Um menino de cor, descalço, aparência abatida surge em meu trajeto enquanto caminho por uma movimentada rua da cidade de Parintins. Percebo que o Garoto mora na rua há um tempo. Parecia não dormir. Virei para ele e sem muito o que dizer soltei: "a jornada é longa e complicada, não é pequeno?!" e entreguei 50 reais que tinha na carteira. Com os olhos como estrelas agradeceu e saiu correndo.
Aquele acontecimento me marcou severamente. Fiquei dias a pensar nos diversos menores abandonados, órfãos na sociedade. Sem perspectiva de vida. Isso mexeu muito com meus pensamentos. Pois, lembrei-me de todas as manhãs calmas e quietas na qual caminhava. O orvalho matutino trazia as fragrâncias das flores. Era refrescante sair em tal atmosfera. Era como sair de um quarto de oração.
Refleti nisso por que talvez o jovem abandonado jamais tivera uma oportunidade desse tipo, já que a fome desfaz qualquer beleza.
Ponderei ainda sobre os pais. Será que morreram?! Teriam os pais largado o jovem a própria sorte?
Numa manhã de domingo andando pelas ruas de Parintins. Fui surpreendido pelo menino que pensara jamais voltar a ver. Estava debaixo de uma palmeira bem em frente a antiga prefeitura que agora virou projeto de museu. Aparentava de longe mais um saco de lixo do que um ser humano. Estava dormindo em posição fetal. Uma felicidade rompeu meu coração grato por ter um pé de palmeira para ajudá-lo a descansar.
Nesse momento minha mente me levou a concluir que não se aborta apenas o filho na barriga. Todavia, todas as crianças que são esquecidas pela sociedade em geral são exemplos de aborto social.
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