kim_namoon Beatriz

S/N tem câncer de tireoide estágio IV, já não reage aos tratamentos e tem um ano e meio de expectativa de vida. Jung Hoseok não pode lidar com isso. Não pode lidar com o fato de que a namorada está morrendo, então, ele decide deixá - la. Ou Onde um cara é covarde demais para amar incondicionalmente o amor de sua vida. "Todos dizem que amar é deixar ir, mas ninguém te avisa que isso vai deixar seus dias chuvosos." !SONGFIC! ||ONESHOT|| SAD™ 》Inspirada na música - Will It Rain de Bruno Mars.


Фанфикшн Группы / Singers 13+.

#kpop #drama #fanfic #hoseok #bts
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Single Chapter - There's Somenthing Before The Storm


Notas da Autora: Olá! Sejam bem - vindes ao meu primeiro projeto em dupla. Essa One foi escrita em parceria com uma amiga minha, a @/MySeokim (no wattpad e spirit), que infelizmente não está na plataforma. Espero que vocês gostem, e aproveitem. Ah, e se puderem dar seu feedback, nós adoraríamos, amo vocês ❤️.

S/N: Seu nome.


❤️


Três de Novembro de 2020.


Dias de chuva são tristes, me fazem refletir muito e eu sempre acabo deitada em minha cama com a cabeça a mil.


Na verdade, os dias ensolarados não eram tão diferentes, me faziam refletir tanto quanto, talvez fosse saudade, ou apenas o meu psicológico martelando a todo instante que você foi embora.


A chuva me lembra de você, me lembra da situação em que você me deixou quando decidiu partir, o Sol me lembra da maneira como me sentia quando você entrava pela porta da frente e sorria, seu sorriso era o sol, o meu Sol.


Eu não entendo porque você se foi, mas depois disso meus dias nunca foram os mesmos, a sua presença era o Sol, e toda vez que eu lembro que você foi embora, é como se chovesse dentro de mim.


Eu penso em tantas maneiras menos dolorosas que você poderia ter partido, como por exemplo, uma estaca em minha garganta ou ter deixado morfina na minha porta, porque seria necessário muita medicação pra que eu não sentisse falta do que costumávamos ser.


Mas a culpa é minha?


Eu carrego um ano de culpa, a culpa do vazio e da ausência de palavras ou explicações da sua parte, adiantaria se eu fosse atrás de você e perguntasse o porquê, a razão pela qual você preferiu partir? Eu poderia ter feito diferente?


Eu nem sei como você está agora, se achou outro alguém, se ela te ama tanto quando eu te amo...


São questões que me rondam 24 horas, mas não há como voltar atrás, não há como te ter de volta por pelo menos um segundo...


Vou pegar meus pedaços quebrados até sangrar, se isso te fizer meu novamente, por um segundo sentir a alegria que sua presença me proporcionava, sentir seu toque.


Seria bom se não passassem de lembranças.


F L A S H B A C K O N


Um ano atrás, nove de Dezembro de 2019.


Noites frias de inverno me fazem querer sair, ir a algum parque próximo a minha casa, passear com o Mickey e sentir o vento.


Faço isso, e vou á uma praça próxima, a espera de alguém, as ruas estavam enfeitadas para o Natal, cheias de luzes, pinheiros decorados e músicas natalinas, clássico. Até clichê, eu diria.


Escuto meu telefone tocar e atendo com pressa, já ciente de quem era.


— Hey, onde você está?


— Estou acariciando o Mickey, sentada num banco em uma praça perto de casa, e você?


— Estou do seu lado.


Encerro a chamado e o olho sorrindo, ele sorriu de volta.


— Sabe que isso já perdeu a graça né, Hobi? Toda vez que a gente se encontra você faz isso. — Vejo - o rir brevemente e se aproximar, pegando Mickey nos braços.


— Vamos ficar aqui, comer algo? Eu cheguei há pouco, podemos passear se você quiser.


— Vamos voltar pra casa, eu... Tenho que conversar com você. — O vi ficar tenso, e contrair o músculo da mandíbula de forma inconsciente. Ele só fazia isso quando estava nervoso.


Hoseok nem ao menos senta no banco comigo, naquele dia ele nem me tocou tanto quanto costumava fazer. Era como se estivesse procurando poupar a si mesmo, ou a mim. Eu não sei, e não vou saber nunca.


— Vamos pra casa, então. — Com uma mão no bolso do casaco vermelho, e outra segurando a guia de Mickey, ele se mantém a distância durante todo o trajeto até casa.


Quando chegamos, é como se toda a tensão pudesse ser cortada com uma faca. Eu me lembro de estranhar a feição culpada de meus pais quando entramos, e a forma como eles me trataram com ainda mais cuidado que o normal durante o almoço silencioso que nós quatro partilhamos.



[...]



— Então, sobre o que quer falar comigo? — Depois de comer, nós subimos para o meu quarto, e eu sentada na cama, abraçando um bichinho de pelúcia que tinha sido presente dele, o esperava falar.


Aquela foi uma das poucas vezes em que vi Jung Hoseok parecer sem palavras. Com as mãos a frente do corpo, ele as retorcida em sinal de ansiedade, enquanto parecia escolher as palavras.


— Seok? Amor? O que foi? – Ele fechou os olhos por um momento, e eu apertei o ursinho de pelúcia em minhas mãos, começando a ficar nervosa.


— Olha, S/n... Eu não posso mais fazer isso. — Hoseok aponta pra mim e pra si mesmo, indicando nosso relacionamento. Por um momento, eu fiquei em choque, sem entender o que ele queria dizer, mas depois que percebi, eu senti as lágrimas ameaçarem sair.


Jung Hoseok era como o Sol, e eu era um pequeno planeta, orbitando ao redor dele, o amando, e sendo amada. Aquecida.


— Espera... Você- Eu... Quê? – Com a expressão extremamente confusa e magoada, eu abandonei a cama e andei rapidamente em direção a ele, que se afastou ainda mais rápido.


— Acabou, S/n. Nós dois, isso daqui, chegou ao fim.


— Fui eu? Eu fiz alguma coisa? Olha, me desculpa, eu não queria te magoar. Por favor, Hobi. Não me deixa... – Eu senti lágrimas grossas começarem a cair, e tentei toca – lo, mas o vi recuar como se temesse meu toque.


— Por favor, não torne as coisas mais difíceis. Seus pais me contaram que você tem câncer de tireoide em estágio IV. Eles me contaram que você não reage aos tratamentos há meses, e que só tem mais um ano e meio de vida. – Naquele momento, a única coisa que consegui fazer foi desabar. Imagine sentir o peso de um planeta nas suas costas, agora imagine ver a única pessoa que você já amou verdadeiramente te deixar, com o mundo nas costas. Se você imaginou isso, sabe uma parcela pequena de como me senti naquele dia.


— Hoseok, amor... Eu juro que ia te contar. Olha, eu sei que deve ser difícil pra você, mas por favor não me deixa. – Eu lembro que aquele dia havia sido extremamente ensolarado, e durante a noite deu uma esfriada, mas nada se comparava à frieza de Jung Hoseok ao olhar para mim. Ele foi rápido em acabar, deu o recado que precisava, e não me tocou, beijou, ou demonstrou qualquer tipo de afeto.


— Não, S/n. Estou falando sério, eu não quero mais isso. Eu quero uma família, filhos... Eu quero alguém saudável. – Aquela foi frase que mais doeu, porque jogou na minha cara que eu não teria um futuro, que eu não teria filhos, ou uma família. Hoseok estava certo, ele merecia alguém melhor.


— Se você for, vai chover, amor. Se eu te perder, não vai ter luz do Sol.


— Alguma coisa vai acontecer depois da chuva, s/n.


F L A S H B A C K O F F


No dia nove de dezembro de 2019, Jung Hoseok saiu pela porta do meu quarto, e nunca mais voltou.


Mickey ficou triste por dias, e tivemos que leva – lo ao veterinário, mas nada se comparava ao estado em que eu fiquei. Eu me recusei a comer por alguns dias, não falava, não saía de casa... Eu parei de viver por alguns meses, eu morri todos os dias esperando por ele.


Agora, já faz um ano desde que ele se foi, e as coisas não melhoraram. Eu não reajo aos tratamentos, meus pais não conseguem ficar cinco minutos no mesmo ambiente sem brigarem, meus amigos sumiram... Acho que a única coisa boa dos últimos tempos é Mickey, ele tem energia o suficiente para animar a casa toda, e está sempre ao meu lado.


Ah, minha expectativa de vida diminuiu, agora, segundo os médicos, só me restam dois meses. Acho que é por isso que meus pais brigam tanto. É a forma deles de lidar com o fato de que eu vou morrer. Sendo sincera, eu já aceitei isso, e vai ser bom não precisar mais sofrer durantes madrugadas inteiras com todas as dores, vômito e os dias internada.


De uma alguma forma, eu ainda acredito que ele vai voltar. Ainda acho que ele vai aparecer de surpresa na porta, que vai pegar Mickey nos braços e me levar para um passeio na praça. Que vai me beijar com todo o carinho que fazia antes, que vai rir das piadas sem graça do meu pai, e cozinhar com a minha mãe.


Eu me lembro de que um dia Hoseok me disse que realizaria todos os itens da minha lista de “coisas para fazer antes dos 30”. Eu lembro de quando nós fizemos tatuagens iguais, um Sol e uma Lua nos nossos anelares... Lembro de quando roubamos bebida dos pais dele, mesmo que eu não pudesse beber. Me lembro da nossa primeira vez, de todo o cuidado com que ele me tocou, e de como ele gostava de me chamar de anjo.


Eu lembro de tudo, e dói como mil sóis em brasa dentro do meu peito.


Eu espero por ele todos os dias, mas não acho que por muitos.


N A R R A D O R P O V


No dia nove de dezembro de 2020, S/n morreu. Durante uma crise às três da manhã, e naquela noite, ela escreveu um bilhete, que foi achado na sua mesinha de cabeceira.


“Querido Hoseok,


Se você está lendo isso, eu morri. Sinto muito por não ter sido saudável e comum o suficiente pra ti, sinto muito, por tudo.


Durante o último ano as coisas foram difíceis, mas eu me lembro de que você disse que depois da chuva há algo, e eu achava que esse algo era você, mas era a morte.


Eu ainda te amo, eu te amei durante mil anos, e vou continuar te amando por mais mil, quando eu em outra vida eu for sua garota.


Obrigada por ter feitos meus dias menos chuvosos, eu te amo.


Sua, sempre e pra sempre, S/n.”


❤️

Notas da Autora: Muito obrigada por lerem, amo vocês, e até a próxima.

13 мая 2021 г. 6:58 0 Отчет Добавить Подписаться
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Beatriz O meu coração é um museu de versões de mim morrendo sem fôlego.

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