krishnagrandi Krishna Grandi

Conto criado a partir da participação dos meus seguidores no Instagram. Exercício criativo em que foi definido o personagem sendo um adulto, o campo como lugar, visão em primeira pessoa e de gênero terror e subgênero aventura.


Короткий рассказ 18+.

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Короткий рассказ
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Único

O campo estava deserto, mas foi quando ouvi meu nome…Era como se fosse um grito que ecoava campo afora. Sem pensar, respondi.

Eu passeava pelo sítio dos meus tios, no interior de Taquara. Quando me dei conta do que se tratava o chamado, era tarde demais! Não tive culpa, eu juro, estava sob possessão. Ele me obrigou a fazer aquelas coisas horríveis... Pulei a portela e meu pé prendeu numa poça lamacenta que se formou logo abaixo dela. Continuei a corrida somente de meia, porque não deu para recuperar aquele tênis. Ele me perseguia num furacão que se formava abaixo de sua cintura. Escutava ele se aproximar com sua risada perturbadora. Logo eu vi seus dentes pontiagudos em sua bocarra escancarada num sorriso sádico. Foi o que eu vi e ouvi daquela criatura tão negra quanto à noite, tão mortífera quanto a sua lenda. Queria vingança.

Corri pela noite, novas poças de lama se formavam no meu caminho. Gritei alto, gritei até interromper o meu choro, clamei por ajuda. Precisava de luz, mas era uma noite sem lua, somente nuvens negras como as minhas ideias. Quando por fim avistei uma luz, tudo pareceu familiar. Eu já estive naquela varanda. Entrei em desespero e tentei voltar, me afastar da casa.

Aquele redemoinho de vento entrou por dentro da minha roupa e parou na minha orelha. Meu corpo tremia. Ordenou para que eu entrasse. Tentei correr na direção oposta àquela varanda, corri, gritei, supliquei para que me deixasse em paz. Mas a casa voltava a surgir na minha frente. Não tinha jeito. Entrei, afinal era a casa dos meus tios. Por fim vi aquela cena horrorosa. Todos mortos... Minha prima na escada, meu tio na entrada e minha tia pendurada no gancho onde ficava um quadro na parede. Sangue fresco. No chão escrito “vingança” e um pito logo ao lado. Foi então que vi as pernas arrancadas. Todos eles estavam sem a perna esquerda. Nas minhas costas senti um bafo quente. Eu juro… Um Saci pegou o machado das minhas mãos.

A lenda era verdadeira, senhor delegado. O Saci induz essas porcarias na nossa cabeça. Eu juro que foi influência dele. Eu não quis matar… Também perdi a minha perna. Era o preço dele. Ele corta as pernas fingindo que procura a dele... Mas é só por diversão. Ele me usou de cúmplice! Nunca mais eu respondo ao ouvir o meu nome! Nunca! Nunca mais!

17 апреля 2021 г. 22:38 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Krishna Grandi Sou escritora, atriz e publicitária. Gosto de escrever sobre tudo um pouco, mas tenho focado em escrita sexy, contos de suspense, mistério, drama e comédia. São os meus favoritos. Quero fazer amigos, contatos e parcerias. Um beijo.

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