Короткий рассказ
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Curitiba, 14 de julho de 2016.

Tem tempo que não sei o que é gostar de alguém.

Gostar mesmo.

Ficar boba de alegria por saber que aquela pessoa existe.

Por ouvir aquela voz.

Sentir aquele friozinho gostoso na boca do estômago, não aquele gelo de medo.

O coração batendo rápido.

As pernas tremendo.

O sorriso torto.

Os olhos cintilantes, nublados de desejo.

Aquela alegria que independe de como está o tempo lá fora porque dentro do coração é uma eterna manhã de sol.

Aquele nome.

Aquela música que faz lembrar aquele nome.

Aqueles pensamentos antes de dormir.

Aquela vontade de pelo menos uma vez não ter que esquecer.

O gosto daquele beijo que faz cosquinhas na alma.

Aquele abraço apertado em que o mundo inteiro cabe no silencioso aconchego de um sonho.

Aquela certeza de que uma longa espera chegou ao fim.


Tem tempo que perdi o tempero para fazer versos.

Que vivo de uma parte a outra procurando saber onde estou.

Meu coração ainda é meu, mas as juras de amor ainda me parecem um tanto quanto exageradas.

Não porque o sejam.

O amor faz bem à alma.

Aquele amor lá de cima que quando é recíproco fortalece o espírito.

Amor de mentira dói.

Não desacredito de todo das belas poesias, apenas reconheço que um dia fui um sorriso de esperança.

Poesia triste é bonita se não for vivida.

Serve para ser arte, para preencher soturnas divagações numa folha de papel, mas viver triste se torna hábito e quem se deixa escravizar nunca mais consegue distinguir as cores do mundo, sentindo o gosto amargo no fruto doce...

Sem dar-me conta, o tempo passou e eu fiquei no mesmo lugar, sabendo que a antiga versão de mim é uma metáfora e o corpo cansado reúne todos os backups necessários à sobrevivência.

Meu coração não pertence a ninguém porque quem não o partiu brincando com os meus sentimentos, levou um pedaço dele para onde foi e eu não podia ir ou então se foi sem saber que morava ali, sem saber de mim, pois talvez pudesse ficar para não ser recordação.


Tem tempo que preencho as horas com mais ocupações do que posso suportar.

Tempo que o corpo padece de cansaço e a alma chora resguardada.

Tempo que faço silêncio porque as lágrimas de tristeza já se cansaram de clamar.

Aprende-se a viver com dor, mas não é tão bom quanto vencê-la.

Quando um sonho de amor se vai, não há nada que possa devolver ao coração a desprendida paz que já foi o ancoradouro de quem escreve.

Ninguém substitui quem se vai.

Ninguém pode te ajudar a se encontrar quando nem se sabe por onde começar a procurar.


Tem tempo que estou tentando me convencer de que pelo menos haja um bom motivo para guardar no peito todo amor do mundo porque ele é a cura para a alma cansada.

Sei que vou amar e ser amada.

Vou voltar a andar nas nuvens.

É apenas questão de tempo.

Não sei precisar quanto exatamente porque Deus é quem sabe, somente ele.


N/A: Sentimentos de 2016, um pouco atuais porque tenho me sentido assim agora em 2020. Espero que gostem. Bom... obrigada pela amável leitura e até a próxima! =)

4 ноября 2020 г. 0:55 0 Отчет Добавить Подписаться
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Об авторе

Mary uma joaninha itinerante que atende por Maria, Mary, Marisol, que ama previsão do tempo e também contar histórias. na maior parte do tempo, invisível.

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