1.Eu ainda te amo
Pensando bem, talvez ele fosse paciente. Ele realmente deveria ser, vendo que tinha um filho de seis anos hiperativo correndo em torno de suas pernas junto a menina mais velha que gritava que ele devolvesse sua boneca.
Vendo que seria impossível de fazer o café da manhã para as duas crianças barulhentas desse jeito, largou os pratos na mesa e suspirou
— Certo, Seun, devolva a boneca da Irene, querido. — Taehyung se abaixou parando os movimentos das duas crianças. Seun fez beicinho e o olhou com olhos negros profundos, tentando parecer inocente de suas travessuras.
— Mas, papai. Eu estou brincando com ela! — Seun rapidamente se defendeu, balançando a boneca pelos cabelos loiros e sorrindo, um sorriso de coelho brilhante.
— Você está machucando a senhorita Amélia. Tio Taehyung, faça-o devolvê-la para mim. — A menina implorou agarrando as calças de pijama de Taehyung tentando chamar mais sua atenção longe do sorriso encantador de seu filho.
— Seun irá devolvê-la a você Irene, não se preocupe. — Taehyung murmurou levantando em sua altura normal e levantando uma sobrancelha interrogativa para seu filho que lentamente levantou o braço direito que segurava a boneca e a entregou para a menina.
— Obrigado, Seun! — Irene gritou, agarrou sua boneca e olhou o menino, tímida.
— Obrigado, Seun. — Taehyung agradeceu seu filho bagunçando os cabelos claros fazendo o menino sorrir novamente. — Agora deixem o papai fazer o café para vocês e vão brincar na sala.
— Sim! — Ambas as crianças falaram juntas e correram para fora da cozinha em direção a sala.
Taehyung sorriu e voltou a preparar torradas e sucos para as crianças. Não era difícil cuidar de duas crianças, mas ele estava aliviado que era apenas por algumas horas.
Quando as torradas ficaram prontas, Taehyung chamou as crianças e as ajudou a sentarem nas cadeiras ao redor da mesa e enquanto cuidava ambas desfrutando dos alimentos tomava seu café amargo, seu estômago revirou inesperadamente o fazendo engasgar um pouco com o café e largar a xícara na pia.
Seu coração acelerou quando a campainha tocou, mas sem saber o por que, Taehyung ficou congelado em seu lugar respirando com força.
— Papai!!! — Irene gritou pulando da cadeira com um pedaço de torrada nas mãos e correu até a porta.
Taehyung saiu de seu transe e piscou, antes de ir atrás da menina de 8 anos, com seu filho o seguindo logo atrás.
— Abra, abra, tio Taehyung! — A menina gritava entusiasmada enquanto o olhava esperançosa.
— Acalme-se Irene, estou indo. — O sorriso de Taehyung começou a diminuir à medida que ele se aproximava da porta, algo estava o dizendo que não era Jimin quem ele iria encontrar atrás daquela porta.
Seun continuava atrás de Taehyung se escondendo atrás de suas pernas enquanto esperava por seu pai a abrir a porta.
— Papai! — Irene gritou assim que a fechadura girou e quando a porta se abriu por completo ela parou antes que pudesse saltar nos braços do homem ali parado, que realmente não era seu pai.
A menina fez beicinho e se agarrou as pernas de Taehyung, talvez assustada com a imagem que se deparou.
Cabelos negros e olhos profundos foram tudo o que inauguraram a bela vista no corredor, Taehyung realmente tentou impedir que seu coração pulasse para fora de seus lábios entre abertos.
— Jungkook? —Taehyung tentou falar, seus olhos estavam doendo, ele realmente queria chorar.
O homem continuou parado o olhando, as mãos enfiadas profundamente nos bolsos da calça negra.
— Eu posso entrar? — Foi tudo o que ele falou. E então seus olhos desceram até a menina que se encolhia contra as pernas de Taehyung. Ele sorriu e a menina apenas ficou olhando-o.
Taehyung saiu de seu estupor e limpou a garganta. — Irene, leve Seun e brinquem no quarto, sim querida? —
A menina balançou a cabeça e caminhou para trás agarrando o braço do menino que se escondia e o puxou junto com ela. Mas o menino se soltou do aperto fraco e ficou olhando para o homem na porta, ele gostou dos olhos do homem mais velho e sorriu de volta quando o homem sorriu para ele com um sorriso encantador. E então Seun voltou a correr até seu quarto.
Taehyung apertou as mãos fechadas em punhos enquanto apreciava a interação de pai e filho antes de respirar fundo e encarar Jungkook profundamente.
— Por que você voltou?
— Eu precisava ver ele. — Jungkook respondeu ainda parado no lado de fora da porta, sendo que não havia recebido uma resposta para entrar no apartamento. — E você.
— Não precisamos de você. — Taehyung resmungou apertando os lábios. Eu senti sua falta. — Você deve ir agora, você já nos viu. — Agarrando a porta Taehyung tentou fechá-la mas foi impedido pelas mãos que a seguraram.
— Taehyung, por favor.
— Já fazem seis anos, Jungkook.
— E eu ainda te amo.
Obrigado pela leitura!
Podemos manter o Inkspired gratuitamente exibindo anúncios para nossos visitantes. Por favor, apoie-nos colocando na lista de permissões ou desativando o AdBlocker (bloqueador de publicidade).
Depois de fazer isso, recarregue o site para continuar usando o Inkspired normalmente.