Não sei o que aconteceu, mas enquanto olhava aquela bela paisagem, de dentro do carro, sabia que aquele não seira mais um verão qualquer.
LUCY: Filha, acorda. Nós já chegamos meu amor
TAHANNY: Já vou indo mãe. Só deixe eu cochilar mais um pouco
LUCY: Tudo bem. Fique dentro do carro, trancada. Eu só vou entrar no hotel e vou colocar meu biquíni. Enquanto vejo o por do sol na praia, você pode ficar aqui "cochilando"..
Na hora eu levantei. Conheço a minha mãe, ela ia ser que nem toda adolescente e ter um novo amor de verão. Não a vejo sorrir a três anos, desde que o papai nos abandonou. Nada mais importa. Não posso deixar que ela fique mais magoada, por causa de um homem. Não sei o por que mais ela ainda acredita que ira encontrar um novo amor. Eu já perdi a esperança.
TAHANNY: Mãe, pode esperar dois minutos? preciso criar vontade para levantar.
Fechei os olhos mais uma vez, e suspirei, como se fosse a última a respirar o oxigênio do planeta. Quando me deparei, estava jogada na beirada da cama. Como eu cheguei até ali. Ai, não me importa, eu só queria dormir mais. Se passaram longos cinco minutos. Acordei com a minha mãe gritando:
LUCY: Tahanny, não e faça ir ai, vai ser melhor pra você. Anda logo garota, vai se ajeitar.
Olhei para cama mais uma vez, com ar de cansaço. Eu só queria dormir. Mas fazer o que né? Tive que me levantar e colocar o biquíni, o que pelo fato do sono, demorou 10 minutos.
Eu estava pronta, só faltava achar o meu chinelo. Revirei o quarto e nada do bendito. Pela pressa da minha mãe, ela poderia ter levado. Desci de elevador até o 1° andar.
A areia quente, estava em todo o meu pé. Embora fosse já tarde, tudo continuava muito quente. Fui dando gritinhos, enquanto tentava pisar sorrateiramente sobre os pequenos grãos. Senti uma mão firme sobre meu ombro. Com certeza não era a mão de minha mãe, então por impulso, virei assustada. Não sabia quem era, mas sabia que sua face era muito bela.
TAHANNY: Quem é você? Eu juro, não roubei nada eu só estav...
Ele deu um risinho irônico, o que me deixou intrigada.
PLYNIO: Eu não queria te assustar, percebi que parece com dor nos pés. O que houve?
TAHANNY: Não é nada, na verdade, é uma coisa. Mas não é importante.
PLYNIO: Parece sim. Anda, o que esta havendo
TAHANNY: É o meu pé. É tão infantil, mas acho que pedi o chinelo.
PLYNIO: Já sei
Ele se agachou, retirou seus chinelos.
PLYNIO: Aqui.
TAHANNY: Não precisa, só vou encontrar a minha mãe e vou embora.
PLYNIO: Eu insisto. Por favor.
TAHANNY: Tá bem!
Aquele calçado 39, deixou o meu pé tamanho 32 parecendo fichinha. Eu estava tremendo de frio, e ele percebeu de alguma maneira. Eu não disse e nem apresentei nada, mas parecia que ele me conhecia tão bem quanto eu.
PLYNIO: Toma.
Ele retirou um casaco de dentro de uma mochila.
TAHANNY: Como você sabe?
PLYNIO: Faço curso de medicina. Eu sei, através de pequenos detalhes.
MEU DEUS. Ele também quer ser médico.
TAHANNY: E quais são esses detalhes
PLYNIO: Passa lá em casa. Posso te mostrar tudo o que eu sei sobre medicina
TAHANNY: Legal, mais, aonde você mora?
Ele riu
PLYNIO: Passo na sua casa as sete?
TAHANNY: Claro, mas...
Ele se virou, e foi embora, me deixando falar sozinha. Logo após achei minha mãe, e disse que já ia subir, por que sairia com uma amiga as sete. Eu estava tão anciosa.
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