Chegamos ofegantes ao topo da colina, quase uma hora depois, bastante exaustos, mas sorridentes. Eu sabia que valeria a pena, eu disse que valeria a pena.
A neblina ainda não se dissipou e a vista é essa coisa incrível, um pouco etérea, mística e até profética. Não lembro se me senti assim da outra vez que estive aqui, mas dessa, parece uma confirmação do reinício.
Sentamo-nos na grama e eu suspirei, inalando aquele frescor cheio de possibilidades.
– E aí, você ainda beberia uma dose de neblina se pudesse?
Meus devaneios foram interrompidos pela pergunta e pela consequente gargalhada que partilhamos em seguida. Essa é uma das tantas coisas que estavam esquecidas nas minhas memórias e que quero reencontrar. Sejam as coisas boas ou as ruins, eu preciso revisitá-las, entendê-las e superá-las.
E eu sei que em algum ponto as coisas começam a melhorar.
Obrigado pela leitura!