ageha_sakura Ageha Sakura

"São tolos como você que me fazem ser capaz de buscar a liberdade." Quando menos percebemos estamos sendo rotulados, colocados em algum grupo específico por qualquer tipo de características. TaeHyung aprendeu com sua mãe conhecer de verdade cada pessoa, estudá-la com afinco e não apenas se basear com o que vê. Ele se tornou uma pessoa fria e calculista, mas com o passar dos anos ele consegue se libertar aos poucos dessa "prisão" e Jeongguk é o último degrau que falta para a liberdade completa.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Minha Escolha

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Bom dia / Boa tarde / Boa noite


Sejam todos bem vindos a "I Love Fools Like You"!


É bom estar de volta com essa fic que foi a minha primeira. Espero que possam gostar dessa nova versão ^•^


Boa leitura 💞


_______________


Nesse mundo tudo em nossa vida se baseia por rótulos, classificações e padrões a serem seguidos. Somos obrigados a seguirmos regras, mesmo que não estejamos cientes deste fato.

Vemos isso em situações comuns. Seja um grupo que seja mais popular que outro, assim se auto intitulando melhor que os demais, impondo medo, abusando do seu "poder" sobre os demais seres viventes.

Também existem as classificações por sua roupa, seu estilo, modo de falar, etnia e mais outros diversos argumentos; rótulos criados apenas para nomear alguém como algo que nem sequer é.

E no meio de todas essas pessoas eu sou apenas alguém considerado "normal".

Não possuo título, nunca humilhei ninguém, muito menos perco meu tempo usando roupas para agradar outras pessoas.

Vivo apenas por mim, mesmo que muitos reparem e comentem sobre minha beleza, minhas notas e meu comportamento, ou simplesmente avaliem o fato de não ser cercado por diversas amizades.

Esse último fato é fácil de ser explicado. Eunãoquero amigos, colegas ou qualquer tipo de envolvimento íntimo com seres humanos. Não faço a menor questão.

Tenho meus preciosos motivos para isso, assim como em histórias clichês de alguns livros de romance ou ficção adolescente.

Assim como muitos personagens são descrevidos eu também tenho "traumas" do passado. Tecnicamente não os chamariam utilizando esse termo, para ser mais específico me foiensinadoa ser assim.

Agir como uma pessoa calculista, fria e que analisa cada mínimo detalhe. Como uma bela estratégia em uma partida esquematizada de xadrez.

É preciso estudar seu inimigo, procurar seus pontos fracos e no fim esquematizar sua vitória através de tais informações.

Aprendi tudo isso graças a minha amada progenitora, a mulher que me educou e me mostrou a verdadeira face dos humanos.

Todos podem ser lidos, basta avaliar, estudar seus movimentos e assim você terá certeza de quem aquela pessoa é e não por base derótulos.

Lembro-me com clareza dos tempos em que ainda era uma criança tentando aprender tudo o que o mundo tinha a oferecer.

Minha mãe era uma mulher astuta e muito sábia. Sempre soube enfrentar todos os tipos de dificuldades, nada era impossível para aquela mulher.

Ela venceria em todo e qualquer momento, nem que tivesse de utilizar centenas de pessoas para atingir seus principais objetivos.

Seu nome alcançou o sucesso rapidamente, não existia ser vivente que não a conhecesse. Ela era simplesmenteincrívelao olhos de todos.

E foi durante seu longo período de fama que ela, junto de meu pai, conseguiram mais e mais poder.

A influência de ambos era esplêndida, mas a verdadeira protagonista nessa estória era ela, pois meu pai não passava de mais um fantoche em suas belas e pálidas mãos.

Mesmo eu sendo apenas uma criança inocente conseguia sentir que algo não estava certo, pois sempre que minhaamadamãe se encontrava em casa estava acompanhada por homens diferentes, nenhum deles era o meupai.

Mesmo sem entender continuava observando, sempre tentando buscar respostas que minha falta de conhecimento não era capaz de conseguir desvendar.

E foi nesse meio que fui me tornando quem sou hoje. Levei para minha vida cada um dos seus ensinamentos, sem esquecer nenhum mínimo detalhe.

[.🌸.]

A manhã havia finalmente chegado.

Alguns poucos raios solares ultrapassaram as finas frestas da cortina, chegando em meu rosto e me fazendo despertar para enfrentar outro novo dia.

Sentei-me na cama macia e com o olhar baixo demonstrando minha sonolência observei meu quarto, buscando algum resquício de coragem para levantar.

Cocei minha cabeça deixando meus fios ainda mais desarrumados, levantei e caminhei até o banheiro.

Lá dentro retiro meu pijama, fitei minha imagem através do espelho buscando algo que nem eu mesmo sabia o que era. Após sair do meu pequeno transe me direcionei ao box, liguei o chuveiro e deixei que a água fria que aos poucos iria aquecendo entrar em contato com meu corpo.

Molhei meus fios claros, deixei que a água fizesse seu trabalho escorrendo e lavando cada parte da minha pele amorenada, não deixando nenhum rastro de sujeira. Usei sabonete, shampoo e condicionador sem me importar com o tempo.

Ao fim me enxuguei com a toalha e sai com a mesma envolvida em minha cintura. Caminhei alguns passos em direção ao armário, buscando meu uniforme escolar e tratando logo de vestir.

Sequei meus fios mais uma vez, arrumei cada um deles em um penteado muito utilizado por mim que deixava minha franja cair sobre meus olhos.

Uso um pouco de perfume e finalmente estou pronto. Suspiro avaliando minha visão no espelho, a cada dia que passava estava ainda mais parecido com minhaqueridamãe.

Saio do meu quarto e desço em direção a cozinha, desfrutando do cheiro delicioso que provinha de lá.

Sento-me à mesa, começo a desfrutar do pequeno banquete disposto ali agradecendo em silêncio a nossa cozinheira.

Ao terminar saiu sem perguntar absolutamente nada e vou à pé até a escola.

Faço uma longa caminhada mantendo a mesma expressão de sempre, observando cada pessoa e avaliando suas vidas.

Havia se tornado algum tipo de vício reparar em tudo e todos, investigar apenas com o olhar e me manterinvisívelno meio delas, sem deixar rastros sobre o que fazia.

Sentia-me preso dentro de uma sala branca, recebendo ordens da minha própria mente sobre não mostrar fraqueza, não agir imprudentemente e somente me envolver com pessoasadequadasa minha posição social.

Seguia todas as regras a risco, nunca ousei enfrentar emudarminha própria vida.

Assemelhava-me muito a mais um dos diversos fantoches da mulher que me gerou, a quem devo chamar de mãe.

Finalmente havia chegado no prédio onde ficava minha escola, um lugar repleto declichêsque assistimos em filmes ou lemos em livros.

Sempre o mesmo burburinho se formava quando passava, pois todos queriam saber mais sobre mim. Claro, eu apenas mantinha a mesma postura ignorando-os completamente.

Chegando na sala de aula todos haviam se calado, parecia que falar enquanto eu estivesse presente seria algum tipo de crime.

Eu apenas suspirava pouco me importando com aquela situação, pois meu único desejo era esperar a manhã acabar, ir para casa e esperar pelo dia seguinte.

Tudo era monótono demais, um completo cinza a minha visão.

Parecia que eu não podia ver cores – mesmo eu sabendo que podia vê-las. Meu mundo era apenas preto e branco, nada parecia ser animador, motivador ou que apenas me fizesse bem.

Continuei permanecendo da mesma forma até o professor chegar, passar suas atividades e começar a explicar um conteúdo que eu sabia de có.

Tudo permanecia do mesmo modo até ouvirmos uma batida na porta. Todos voltaram sua visão para a entrada e viram o diretor chamar o professor, conversar algo com ele e depois sair deixando um garoto ao seu lado.

Pela primeira vez havia visto uma cor com clareza e era os fios vermelhos daquele garoto um pouco magro e de enorme sorriso. Ele adentrou todo animado e começou a falar poupando trabalho ao professor.

— Eu me chamo En Yi Tuan, mas podem me chamar de Mark. Cuidem de mim durante esse ano, é um prazer conhecer vocês. – Após sua fala o mesmo se curvou e direcionou seu olhar diretamente a mim.

Foi a primeira vez que havia me sentido tão desarmado na frente de alguém.

Parecia que a imagem de minha progenitora havia desaparecido. Como se eu estivesse liberto daquela caixa gigantesca e abominante.

Como se as cores ao meu redor estivessem com mais clareza, o mundo preto e branco sendo levado como poeira ao vento.

Mark se aproximou de mim o suficiente para direcionar um enorme sorriso e sentar-se na cadeira atrás da minha.

A aula prosseguiu e o efeito havia desaparecido um pouco, trazendo a monotonia de volta.

[.🌸.]

Ao término das aulas pude me ver livre daquelas paredes e finalmente voltar para o meu lar – se é que eu poderia chamá-lo assim.

Quando já me encontrava fora, prestes a seguir meu caminho, pude ouvir uma voz um pouco escandalosa chamar meu nome em alto e bom som.

— KIM TAEHYUNG!

Virei-me o suficiente para vislumbrar o garoto novato com suas madeixas vermelhas ao vento.

— Pode me passar seu telefone? Eu te achei bem interessante e fiquei curioso sobre você... Quer ser meu amigo? – Seus olhos brilhavam em ansiedade como se ofuscassem minha visão.

Fiquei sem saber o que responder, mas uma voz no meu subconsciente havia tomado a decisão por mim. O olhei apenas mais uma vez antes de virar-me de costas e sair dizendo-lhe:

— Eununcafaria amizade com um ser tãoespalhafatosocomo você, poupe-me da sua presença irritante.

Não sabia ao certo, mas meu coração doía bastante. Eu sabia que havia machucado aquele garoto, mas o que eu podia fazer? Deveria seguir as ordens de minha mãe, ela nunca aceitaria que eu fizesse amigos.

Mas ainda assim, mesmo afirmando para mim tudo isso, não conseguia afastar esse sentimento que parecia me consumir de tristeza.

Eu queria experimentar novamente sair daquela prisão.

[.🌸.]

O tempo ía passando, as estações do ano mudavam o acompanhando e mesmo assim aquele garoto não havia desistido.

Ele havia passado todos esses meses me incomodando com sua presença, sempre chegando de maneira chamativa e fazendo a mesma indagação.

Estava se tornando algo normal ser acompanhado por aquele garoto.

Ele sempre parecia tirar assuntos para conversar sozinho por que eu nunca o respondia diretamente. Era até engraçado a insistência e determinação do mesmo, mas era cansativo também.

Havia chegado no meu limite e estava pronto para joga-lo da sacada a qualquer instante. Minha paciência com ele estava escassa, pois era tempo demais aturando a mesma ladainha.

Quando pensava que estava distante o suficiente ali estava ele se aproximando, se jogando ao meu lado e contando sobre o que havia feito noite passada.

Prolongava o assunto com futilidades até me questionar novamente, seja de forma direta ou indireta.

— Por isso eu estava pensando que se você fosse meu amigo poderíamos ir sem o menor problema. O que acha? – Seus olhos brilhantes, seus fios coloridos e sua voz estavam me tirando do sério.

E finalmente havia explodido com todo aquele assunto, finalmente dando o braço a torcer e aceitando fazer amizade com aquele ser completamente espalhafatoso e irritante.

A partir daquele dia ele havia se tornado ainda mais grudado em mim, como se fôssemos irmãos siameses.

Erasufocante!

Mas meu coração se derretia por finalmente não me sentir sozinho. As vezes até pensava se minha mãe não estava enganada em dizer que não valia a pena ter amigos.

Sentia-me extremamente bem estando ao lado daquele garoto, até mesmo fui capaz de contar tudo o que havia acontecido em minha vida.

Se ele ficou surpreso? Fez um escândalo como era de se esperar, mas no fim apenas me abraçou e disse algo que jamais iria me esquecer.

— Você nunca mais estará sozinho, pois o meu coração agora anda de mãos dadas ao seu e a sua dor é a minha dor, por toda a eternidade.

E foram essas palavras que me fizeram, depois de muitos anos, chorar e expôr a dor que meu coração guardava por tudo o que havia vivido.

Foilibertadorpôr tudo para fora e finalmente receber o que tanto senti falta,afeto.

[.🌸.]

Terminamos o ensino médio juntos e escolhemos estudar na mesma universidade, fazendo o mesmo curso que era medicina.

Nem mesmo eu sabia o por que escolhemos este curso, mas Mark dizia ser o que mais se encaixava com minha cara de poucos amigos.

Passamos a viver juntos, onde pude me libertar um pouco das garras da mulher que havia me criado e finalmente pude experimentar o que era desconhecido por mim.

Saíamos para todos os lugares, fizemos algumas viagens e os anos foram passando e a convivência nos deixava ainda mais unidos.

Na universidade conhecemos um baixinho que havia conquistado o coração amigável de Mark, Do KyungSoo.

Assim fizemos uma verdadeira trindade.

Íamos para qualquer lugar, fazíamos tudo juntos e aos poucos fui me libertando ainda mais e agindo de uma forma que parecia ser somente com eles.

Quando menos percebemos haviam feito 5 anos que éramos amigos do moreno e 8 que Mark era meu melhor amigo.

Contudo sempre parecia que algo estava faltando, como se eu sempre estivesse incompleto e por isso aquela mesma sensação de prisão retornava. A voz pouco grossa de minha mãe sussurrava em meu ouvido palavras que me machucavam, perturbava meus sonhos e me tornavaincapazde tentar seguir em frente.

Mas quando abria meus olhos ali estavam eles, diante de mim para me socorrer de qualquer mal e me abraçar fortemente dizendo que nunca me deixariam.

E aquela vez em que tinha dito tudo para Mark voltava, aquela frase era capaz de me reerguer e escalar aquela gigantesca parede novamente em busca da saída.

Mesmo que o tempo passasse, mesmo que eu caísse em todas as minhas tentativas, mesmo que forças me faltassem ainda sim iria escalar em busca daporta de saída.

Eu iria atrás da minha liberdade, pois essa havia sido aminha escolha.


*Notas do Autor*

No passado o que conta aqui estava em 3 ou 4 capítulos, pois eram pequenos e como era meu começo nesse mundo eu não sabia como desenvolve-los bem, mas ela teve sua pequena fama.


Faz 1 ano que eu prometi reescrevê-la e hoje estou cumprindo. Que essa história possa tocar o coração de vocês!


Agradecer pelo belíssimo trabalho da pessoa maravilhosa que fez essa capa belíssima, remarcando meu recomeço com ela usando um novo user haha obrigada por tudo meu amor @YOONIERIS você merece muito amor ❤💜💕💞


Quem quiser conversar minhas redes sociais ^•^


Twitter: @stephy_lilian

CuriousCat:
https://curiouscat.me/stephy_lilian


Nos vemos no próxima capítulo 💕

28 de Agosto de 2019 às 22:44 0 Denunciar Insira Seguir história
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