sahsoonya sahsoonya

KAISOO | EXO! KIDS | YAOI | KyungSoo e Kai sempre têm encontros com pessoas, pois acreditam que seus filhos precisam de uma figura feminina e carinho, mas os dois pestinhas - SuHo e Sehun - não estão nem um pouco a fim de conseguir uma nova mãe, e decidem se unir para destruir as pretendentes dos pais. O que será que esses dois paizões farão para controlarem seus filhos, hein?


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#exo #yaoi #kaisoo #+18 #kids #fluffy #slash #au #longfic
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My father is mine

Notas: Então, querid@s, esta é uma das minhas xodózinhas, espero que gostem, pois tive os melhores momentos escrevendo. Quero agradecer todo o apoio da AiKimSoo para que essa fic saísse, pois lembro de quanto ela me incentivou. Obrigada!



O carro se movimentava lentamente pela rua, enquanto as finas gotículas de chuva escorriam pelo vidro. O pequeno garotinho, debruçado sobre a porta, acompanhava as gotas com o indicador, até que sumissem de sua vista. Tamborilava os dedos alvos pelo joelho, enquanto a calma melodia do rádio preenchia o espaço. Ele queria muito contar ao pai todas as coisas incríveis que aprendera na escola naquela tarde, mas não podia.


Não quando Jongin dirigia o carro com aquela conhecida carranca. No fundo, o garotinho sabia bem que estava encrencado. Mas, a astúcia da criança só se desenvolvia com o passar dos anos. Ele sabia bem como uma carinha triste amolecia o coração do moreno. Era uma questão de tempo até seu pai virar o pescoço e lhe perguntar como havia sido o futebol, era o que pensava, quando as luzes do semáforo se tornaram vermelhas e finalmente seu pai dirigira o olhar a si. Tentou fazer sua melhor expressão de desentendido, mas o pai a ignorou, proferindo:


- E então, mocinho... Pode me explicar que história é essa de ir pra diretoria de novo?


A criança engoliu em seco, fitando as sandálias crocs que usava. Verde era sua cor favorita.


- Eu posso explicar, appa... – desviou o olhar da cara de reprovação do pai, brincando com os dedos.


- Pois então comece... – o pai incentivou.


O pequeno suspirou. Como iria explicar ao pai que havia sido pego bolando um plano para se livrar da namorada do pai? Como explicaria os desenhos de GongShil sendo decapitada numa guilhotina?


O combinado da professora com Sehun era que ele mesmo contasse ao pai o por que de o advogado ter sido chamado, mais uma vez, até a escolinha.


- Eu tenho uma mente fértil... É isso. – empinou o nariz, tirando a franja castanha da frente dos olhos de forma teatral.


Porém, quando os olhos do pai se semicerraram para si, ele não pôde evitar engolir em seco.


- Não está dizendo tudo.


- Estou sim.


- Não, não está.


- Sim, estou.


- Não está não! – o pai sibilou, com um sorriso de lado. Seu celular começou a tocar no bolso.


A criança aproveitou-se do momento de desatenção do pai e exclamou:


- Não, não estou.


- Sim, está – o pai disse no impulso.


A criança deu um pulinho no carro, vitoriosa. Jongin suspirou, checando a tela do celular.


- O appa que disse, não eu... – a criança sussurrou para seu boneco de iguana, que trazia no colo. Joker era seu melhor amigo.


Jongin sorriu para o filho, atendendo a chamada, após dizer:


- Continuamos isso em casa.


Sehun alargou o sorriso. Sabia exatamente como ludibriar o pai quando queria.


- Alô GongShil... Não, desculpe, estou no carro com Sehun... Sim, sim...


Sehun estreitou os olhos ao ouvir o nome da garota. Colocou o indicador em frente à boca aberta, simulando ânsias, ao que o pai bagunçou seus cabelos.


Jongin sabia que o filho não gostava muito da nova namorada, assim como não gostava de nenhuma das outras, mas decidiu não dar tanta atenção a isso. Ele esperava com o tempo, que seu filho se acostumasse com a presença dela, afinal, estavam namorando há cerca de dois meses, e Jongin realmente sentia que seu filho peralta precisava de uma figura feminina para ajuda-lo a lidar com toda essa energia que a criança possuía. O moreno estava sempre na escola do garoto, ouvindo dos professores sobre seu comportamento explosivo. Quem imaginaria que aquela criança fofinha fosse dar tanto trabalho?


- Claro, claro, te espero. Sim, ele vai amar. Ok, tchau.


Jongin desligou a chamada, fitando agora a carranca do filho, achando fofa a forma como seus olhos se tornavam uma linha fina quando o encarava daquela forma.


- O que aquela mulher quer?


- Como assim, “aquela” mulher, filho? A GongShil é minha amiga e gosta muito de você.


A criança revirou os olhos.


- Ela não gosta de mim, appa. Só quer você.


Jongin riu baixinho. O filho era realmente hilário.


- Ela vai jantar conosco hoje... – o pai pigarreou, mudando de assunto.


Sehun esboçou uma feição de descontentamento. Ele teria que aturar as marcas de batom no rosto, quando a mulher o beijasse. No mesmo instante, uma ideia interessante se formou em sua mente, e assentiu euforicamente.


- Tudo bem... – disse a criança. – Será divertido.


Jongin desconfiou, porém, não teve tempo de dizer nada mais ao filho, já que o automóvel de trás buzinava sem parar. Aparentemente o sinal já havia aberto há algum tempo. Deu partida com o carro, observando o sorriso do filho.


- Onde será que guardei meu pote de insetos, joker? – Sehun sussurrou para seu boneco.


No carro de trás, KyungSoo bufava, impaciente.


- Por Deus, qual o problema desse cara? Não anda com essa joça? – falou, acelerando antes de que o sinal fechasse novamente. Ajeitou o óculos no rosto e fitou seu filho no banco do passageiro, escrevendo algo em seu caderno.


- Calma, appa. Esse horário é agitado mesmo... – SuHo falou serenamente, sem desgrudar os olhos do pequeno caderno nas mãos.


KyungSoo sorriu. Não era à toa que seu garoto era chamado de mini homem pelas professoras da escola. O garotinho de cabelos negros era muito parecido com uma pessoa encolhida, sempre calmo, escrevendo e observando tudo. Havia puxado a mãe.


- Desculpe, filho. Papai só quer chegar logo em casa pra gente poder jogar aquele videogame novo legal que você ganhou de aniversário.


O sorriso do pequeno aumentou. Ele adorava aqueles momentos com o pai. Estava bem tranquilo, já que o pai havia acabado de romper um relacionamento, pra variar, por sua culpa.


Sorriu com a lembrança de como livrou-se da enfermeira. Ainda não sabia como se safou da situação. Não é sempre que as pessoas confundem creme depilatório com shampoo. O pobre pai ainda levou a culpa e um belo tapa na cara, enquanto o pequenino comemorava calado, mais uma vitória. Já era a quarta namorada do pai que colocara para correr. E SuHo fazia questão de manter registros minuciosos de todas as suas conquistas, naquele caderninho todo especial.


Seguiram viagem, chegando em casa e enquanto seu appa preparava o jantar, SuHo ia tomar seu banho.




***

Jongin estava a preparar o jantar, achando estranho que o pequeno Sehun não tivesse ainda descido para beliscar a comida.


- Esse garoto está aprontando... – sussurrou para si mesmo, em seguida ouvindo a campainha, anunciando que GongShil havia chegado. Se dirigiu á porta, ignorante ao fato de que o filho descia sorrateiro até a cozinha, com sua latinha prateada, cheia de insetos.


GongShil entrou, selando a bochecha de Jongin e sorrindo para o pequeno, que lhe sorria maroto.


- Ele parece de bom humor. – disse ela, olhando desconfiada para o filho de Jongin.


- Sim, ele gosta de você... – Jongin sorriu, sem perceber o olhar atravessado que o menor lhe lançou. Jongin conhecia bem o filho.


Sentaram-se à mesa, enquanto Jongin servia aos dois, feliz de estar praticando suas habilidades culinárias. Ele nunca foi bom cozinheiro, mas se esforçara para impressionar a moça.


GongShil se pôs a comer com gosto, tentando começar uma conversa com o garotinho, que lhe respondia com monossílabos. Jongin olhava para o filho sugestivamente, tentando soar cordial, até que avistou se arrastando pelo prato da moça, uma minhoca enorme.


Seus olhos dobraram de tamanho, enquanto observava a criaturinha se movendo de um lado a outro em meio à sopa que ela tomava, com o estômago embrulhando. Só então se deu conta da animação do filho. Ele fizera aquilo.


O moreno engoliu em seco, quando a garota lhe questionou:


- Tudo bem, Jongin? Está pálido...


E ele não conseguia desviar o olhar do prato dela. A garota morria de nojo de insetos. Tinha que impedir a todo custo que ela visse aquela nojeira.


- Parece até que viu um fantasma, appa... – Sehun sorriu, entendendo o pânico do pai.


- N-não é nada... – ele balbuciou.


Ele sobressaltou-se, ao ver a minhoca sendo içada pela colher da garota. Num impulso bateu a mão na dela, fazendo com que a colher com o bichinho caísse com tudo no prato de sopa, fazendo com que o caldo espirrasse todo no vestido impecável cor pérola da moça.


A garota levantou num rompante, agitando os braços todos sujos, indignada, enquanto Jongin tentava a todo custo desculpar-se:


- Perdão, GongShil...


Ela tomou o guardanapo que ele usava para limpá-la, bufando:


- Qual o seu problema, Jongin? Está louco? Olha o que fez com meu vestido!


Sehun só fazia rir à mesa, enquanto os dois adultos discutiam.


- Eu sinto muito... Minha mão escorregou – ele tentou desconversar.


- Ah, é mesmo? Por que pra mim pareceu que você fez de propósito!


Sehun confirmou com a cabeça, vendo a face perplexa da garota.


- Não, GongShil, não é o que está pensando... Eu só estava... – Jongin não conseguia encontrar as palavras corretas para se expressar. Como dizer a uma pretendente que seu filho era o capeta encarnado numa criança de sete anos?


E neste momento, Jongin soube que estava mesmo perdido. Enquanto a moça reclamava sem parar, ele avistou, subindo pelos longos cabelos dela uma aranha enorme.


Ele deu uma breve olhadela para o filho, não acreditando que aquilo estava mesmo acontecendo. Sehun riu ainda mais alto, apontando o aracnídeo na cabeça da moça, enquanto Jongin implorava em sussurros que parasse.


- GonShel... – disse o menino.


Ela deixou de se secar com o guardabapo de pano emburrada, rebatendo:

- GongShil!


- O que é isso na sua cabeça? – o menino fingiu uma expressão inocente.


Ela parou o que fazia, olhando para cima ao dizer:


- Isso o que?


Jongin tornou:

- Não é nada não... – a risada nervosa ecoando pelo cômodo.


Sehun cruzou os braços em frente ao peito, analisando a aranha enorme que escalava calmamente a cabeça da garota, com uma feição divertida, antes de entoar:


- A dona aranha subiu pela parede... Veio a chuva forte e a derrubou...


Curiosa, a mulher ergueu o braço, pronta a tocar sua cabeça, ao que Jongin não teve opção senão estapear a cabeça da mesma, ouvindo o baque e o impacto de sua mão que fez a garota das uns cambaleios e em seguida, vendo o pequeno animal cair pra longe. Sorriu satisfeito, mostrando a língua para o filho, sinalizando sua vitória.


Porém, Sehun ainda estava confiante, quando apontou em frente, com um sorriso. Jongin se virou de costas, encontrando o olhar furioso da moça e seu cabelo desgrenhado.


- Você acabou de me dar um tapa na cabeça, Jongin?


O moreno riu amarelo, pronto a explicar, até que viu a mão cerrada em punho em direção ao seu rosto.


- Seu grandessíssimo idiota!


Mais tarde, sentados na varanda da casa, enquanto Sehun levava um saco de ervilhas congeladas ao olho inchado do pai, o pequeno ouviu o suspiro.


- Por que você faz essas coisas, filho?


A criança deu de ombros. Seu pai nunca entenderia que ele não queria uma mãe?


Jongin olhou para o céu, fazendo um carinho nos cabelos do garoto, enquanto dizia:

- O que é que farei com você?


O pequeno abraçou o tronco do pai. Jongin não conseguia ficar bravo com o filho por muito tempo. Aqueles olhinhos brilhantes sempre lhe derretiam o coração.


Jongin perdera mais uma namorada.


Sehun acumulou mais uma vitória.



***


SuHo ajeitava seus pertences na carteira, enquanto avistava seu pai na porta da sala, falando com a coordenadora.


- Hum, isso não é bom, JongDae. – falou ele, vendo o coleguinha ajeitando a mochila no encosto de sua cadeira.


- O que não é bom, Junnie? – o pequeno seguiu seu olhar, vendo os dois adultos a conversarem. – Ih, será que ela está contando da confusão com o Kris?


SuHo deu de ombros.


- Não é isso que me preocupa... – o alvo disse, com a mão no queixo – Vê a forma como ela toca o braço dele?


De fato, a senhorita Wang sempre lançava uns olhares cheios de segundas e terceiras intenções para seu pai.


Ela sorria de algo que ele tinha dito, enquanto ele conversava serenamente. Seu pai chamava muita atenção por ali, primeiramente por ser um escritor famoso e por todas as mães por ali saberem que era viúvo. SuHo tinha de admitir, seu pai era um bom partido, mas ele nunca deu atenção a nenhuma delas. A beleza inegável do pai e o modo educado com o qual se portava eram muito apreciados por ali.


- Já vou indo filho, mas saiba que vamos conversar sobre essa briga com seu coleguinha em casa, ouviu? - KyungSoo estreitou os olhos, lançando uma expressão séria ao pequeno.


SuHo assentiu sério. Ele não passava vontade quando algum valentão vinha pra cima de si. Botava a criança no lugar dela e jamais fugiu das consequências de seus embates.


KyungSoo se ajoelhou e deixou um beijinho na testa do filho, sob o olhar atento da coordenadora. Por estar de frente com o pai e ela estar a suas costas, Junmyeon notou o olhar guloso dela em seu appa, analisando-o de cima a baixo. Ele então semicerrou os olhos para a mulher, com uma expressão carrancuda que a fez pigarrear desconfortável.


- Pode deixar que eu conversarei com ele, senhora Wang... - Kyung assegurou-lhe. A mulher não evitou sorrir.


- É senhorita... - ela sorriu.


KyungSoo a fitou meio confuso e lhe sorriu. Ela pareceu ainda mais oferecida em seu sorriso de resposta e o pequeno Junmyeon desejou poder dizer-lhe algumas verdades.


Quando o pai se foi, a mulher se ajoelhou perto de si, acariciando os cabelos negros, tão parecidos com os do pai, enquanto sussurrava para ele:


- Não devia se meter em brigas, SuHo. Com um pai tão jovem e bonito, deveria dar-lhe mais orgulhos do que dores de cabeça. Imagina se ele decide manda-lo para uma escola militar, por exemplo... Você acabaria deixando seu pai sozinho.


O pequeno e seu amigo JongDae lhe lançaram um olhar atravessado, até que os lábios do pequeno se curvaram num sorriso, fazendo o sorriso confiante da adulta esmorecer num segundo.


- Eu jamais permitiria isso. Meu pai pode ser jovem e bonito, mas enquanto eu não quiser uma nova mãe, ninguém além dele e de mim vai botar os pés na minha casa. A garota teria que ser muito boa pra mim para que ele enfim gostasse dela.


A mulher se pôs de pé, envergonhada e se afastou.


Os meninos riram da cara de desespero dela, sentando-se em seus lugares.


- Alguém já te disse que é muito assustador, Junnie? - falou JongDae, abrindo sua mochilinha do homem aranha.


- Ninguém vai tirar meu pai de mim - ele disse convicto.


Ele não facilitaria para ninguém.



***

Sehun estava sentado no balanço, arrastando seus pequenos all stars azuis no chão cheio de terra. Seu amigo BaekHyun não havia vindo à aula e ele estava sozinho na hora do parque. Todas as crianças corriam alegres enquanto ele suspirava pesadamente.


- Aquele traidor... - sussurrou, vendo ao longe duas crianças puxando um daqueles carrinhos de metal de mercado, por trás do parque.


Achou estranho que nenhuma das tias estivesse com a dupla, então já que não tinha nada a fazer, decidiu segui-los e ver no que aquilo tudo iria dar.


Já tinha visto a dupla no parque algumas vezes. Um dos garotinhos se chamava JongDae e morava em seu bairro. O outro, o que todos chamavam de SuHo, era um engomadinho que andava pra cima e pra baixo carregando um caderno. Ele era muito esperto.


Os seguiu por certo tempo, até que os avistou entrando na sala da coordenadora da escolinha. Arqueou as sobrancelhas, dando-se conta de que os dois provavelmente iriam aprontar algo. Foi bem difícil para as duas crianças conseguirem montar e subir naquela escada dobrável sozinhos. O balde estava sendo posicionado em cima da porta da sala, com um pouco de tinta vermelha dentro. Uma gota caiu na bochecha de Junmyeon, mas ele continuou equilibrando a escadinha, enquanto JongDae arrumava o balde na extremidade da porta semi-aberta.


- Anda logo, Chen... - o pequeno dizia.


Ambos se sobressaltaram ao ouvir uma terceira voz na porta do cômodo, e quando Junmyeon esticou o pescoço para o lado de onde vinha a voz, avistou o menininho magro e bem mais alto que si, apontando para o corredor.


- A bruxa está vindo... - o menino falou, agitando as mãos, num sinal de que a coordenadora estava vindo.


Junmyeon puxou a barra da calça do amigo sinalizando que ele devia descer e ambos pegaram as coisas jogando-as no carrinho com pressa, em seguida correndo até a cadeira da bruxa, pulando a janela com a ajuda de Sehun, que era mais alto e os ajudou a descer.


Já pousados na grama, Junmyeon puxou a barra do uniforme do garoto, dizendo:


- Ei, me faz pezinho...


Sehun o olhou confuso.


- Está louco? Temos que sair daqui. Ela vai saber o que fizeram...


- Por favor... Preciso ver a cena...


SuHo dava uns pulinhos engraçados, com aquela mancha de tinta no rosto.

- Ok, mas depois daremos o fora daqui.


Sehun juntou as mãos, arqueando um pouco o corpo perto da parede, para que SuHo segurasse na borda da janela, vendo a senhorita Wang entrando em sua sala, e como o balde virou, sujando-a com toda aquela tinta. Quase gargalhou de felicidade, ao vê-la com a boca aberta, chocada e de braços abertos, coberta pela tinta vermelha.


Ela urrou de raiva e os garotos decidiram que estava mais que na hora de sair dali. Correram pelo gramado, até que decidiram se espalhar, com JongDae indo para a direita, enquanto os outros dois iam para a esquerda.


Se recuperando um pouco da corrida, Sehun pôs as mãos nos joelhos enquanto tentava estabilizar a respiração. Quanto a Junmyeon, ele tirou do bolso do shorts um lápis de escrever, abrindo o caderninho e rabiscando ali, com um sorriso vitorioso.


- O que tanto escreve aí? - Sehun quis saber.


- Nada demais. Eu registro conquistas... - o outro tornou.


Sehun o olhou desconfiado, mas logo sua atenção foi tomada pela imagem do brutamontes do segundo ano, Kris, sorrindo para eles ameaçadoramente.


- Ora ora... Enfim te achei, SuHo.


O menor bufou, enfiando o caderno no cós do shorts e respondendo:


- Sério mesmo que ainda quer mais?


O menino sorriu para Sehun, que alternou olhares entre os dois.


- Seu amiguinho também quer apanhar?


Sehun arqueou a sobrancelha. Não era muito bom de briga. Apesar de ser alto, era esguio e fraco. Engoliu em seco, por saber da fama do chinês, que adorava bater nas crianças menores, e achou SuHo maluco por querer enfrenta-lo.


- Corre, magrelo! - SuHo falou, enquanto desviava do menino enorme.


Sehun pensou em fugir, mas ao dar dois passos, vendo Kris segurando SuHo pelo colarinho do uniforme, ficou parado no lugar, tentando decidir se ajudava ou não.


Foi quando Junmyeon deu um chute na canela do grandão, fazendo-o cair de joelhos, que a coordenadora coberta de tinta segurou seu ombro. Sehun a olhou em espanto, enquanto ela questionava o que é que ele fazia fora do parque.


Sem reação ele viu Kris sair correndo, e gelou ao ver a mulher se aproximando de SuHo.


- O que eu terei de fazer com você?


Os dois a olharam sérios, e quando ela se virou chamando por Kris, Sehun tratou de molhar o dedo com saliva e esfregar na bochecha do menor, tirando dali o rastro de tinta antes que a mulher visse.


- Somos inocentes... - SuHo proferiu serenamente.


Sehun estava chocado com a naturalidade dele.


- Ah, vocês estão muito encrencados - replicou ela, sorrindo para as duas crianças.


KyungSoo voltava do escritório de seu revisor, quando o celular tocou. Ele suspirou ao ver o número que ligava.


Kai acabara de dispensar um cliente, quando em sua pasta o celular tocou. Pôs a mão no peito ao avistar o número da escola ligando, entrando no carro e preparando-se emocionalmente para a traquinagem da vez.


Na sala de espera, do lado de fora da secretaria, SeHun e SuHo esperavam sentados, as perninhas balançando, enquanto se olhavam cúmplices.



Ali começava uma estranha aliança, entre duas crianças travessas.

19 de Junho de 2019 às 00:06 0 Denunciar Insira Seguir história
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