machadorisos Machadorisos .

Kirishima mantém seu segredo guardado por anos, um pequeno descuido faz tudo vir à tona. Qual seria a reação de Bakugou ao descobrir?


Fanfiction Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#boku-no-hero #my-hero-academia #plotatu19 #yaoi #kirishima #bakugou #kiribaku #bnha
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Oi babys, tutupom?

Vamo de Kiribaku hoje? I can hear a amem? Amem!

O plot veio Plotatu, procurem, e se percam por lá como eu.


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— Você demora muito no banho, eu não estou a fim de esperar — Bakugou reclama com a voz ríspida.

— Eu gosto de banhar-me com calma, amor — Kirishima diz de forma calma enquanto escolhia uma roupa e a jogava em cima da cama.

— Faça como quiser, mas não demore, ou não vou a lugar algum! — Resmungou já saindo do quarto.


Eijirou suspirou, guardava aquele segredo por tanto tempo que já nem se lembrava. Tinha tanto medo da reação de Katsuki que tremia só de pensar no que ele faria se descobrisse.


— Você precisa ser mais corajoso! — Lamentou sua covardia eminente enquanto encaminhava-se ao banheiro. Fechou a porta e abriu a torneira da banheira — Como posso esconder isso por mais tempo? Eu preciso encontrar uma forma de contar.... — Calou-se enquanto se acomodava na banheira, seus pensamentos nublaram-se com o calor da água juntamente com o perfume dos sais de banho.


Suspirou, tudo era muito complicado as vezes. Sua vida era boa, era muito feliz com Bakugou, mesmo que ele tivesse um temperamento difícil. Em seu lar, Katsuki assumia outra face, costumava ser carinhoso mesmo tendo a boca suja.


A calidez da água era tão reconfortante que nem percebeu o tempo passar, acordou sobressaltado com Bakugou entrando no banheiro e o olhando assustado. Cometeu o deslize de não trancar a porta, logo hoje, sempre foi bastante atento a esse detalhe. E com o olhar de Bakugou sobre si, encolheu-se de maneira assustada dentro da banheira.


— MAS QUE PORRA — Katsuki o olhava com a face atônita, encarava a imagem de seu namorado, o pacato Eijirou, com uma imensa cauda de peixe, vermelha e brilhante, dentro da banheira — QUE PORRA É ESSA KIRISHIMA?

— Katsuki.... Eu posso explicar! — Kirishima saiu de seu estado de torpor e tentou mexer-se, espalhando água pelo piso.

— É BOM MESMO! — Bakugou estava muito exaltado — COMO CARALHOS VOCÊ TEM A PORRA DE UM RABO DE PEIXE?

— Acho melhor você se sentar — Eijirou falou com a voz branda, embora seu interior estivesse um caos. O medo de ser rejeitado, ou pior, de haver um escândalo devido sua verdadeira forma, o apavorava.


Bakugou sentou-se com certa distância, o olhava estava descrente, mas dava para perceber uma certa mágoa ali. Kirishima arrependeu-se amargamente por estar causando tudo aquilo.


— Antes de tudo — Eijirou cortou o silêncio — Quero me desculpar por não ter lhe contado, eu tive medo e... — Parou quando viu que Katsuki estava vermelho, os olhos estavam quase saltando da face.

— Medo? — Bakugou repetiu com a voz amena, aquilo não era um bom sinal — Você teve medo de me contar a verdade? JUSTAMENTE PARA MIM? — Gritou levantando-se — Teve medo de me dizer que é uma.... — O olhava ainda magoado e muito irritado — Uma sereia?!

— Eu... — Kirishima não sabia o que dizer — Sei que está magoado, Katsuki, mas tente entender... Tive medo que você não fosse me amar mais... — Bakugou suspirou com o tom de voz de Kirishima, com ou sem rabo de peixe, ele ainda não conseguia ter raiva de seu namorado — Eu quis te contar, juro, mas não sabia como...

— Ok — Katsuki sentou-se novamente — Era por isso que nunca me deixou entrar no banheiro enquanto tomava banho?

— Sim.

— Por deus — Katsuki passou a mão no rosto em gesto de nervoso — Que porra Kirishima, conta tudo logo, merda. — Disse impaciente.

Eijirou emudeceu enquanto pensava em onde iria começar sua narração, decidiu por contar de como foi parar na UA, onde conheceu Bakugou.

— Como você pode ver, eu não sou humano — Olhou para Bakugou que rolou os olhos, decidiu continuar — Minha espécie evoluiu ao longo dos anos, passamos a conseguir nos comunicar com humanos e quando estamos secos, fora da água quero dizer, temos pernas humanas para nos locomover.


Bakugou o olhava com atenção, demonstrando assim que estava interessado no que viria a seguir. Eijirou suspirou e ajeitou-se novamente.


— Quando mais jovem, entrei na UA, eu amava do mar, mas algo no mundo dos humanos sempre me chamou atenção. Fora que, para ter segurança, minha espécie não pode permanecer muito tempo numa mesma região, a pesca desenfreada e a busca por seres mitológicos é algo perigoso para nós. Existem muitos nós aqui, é mais fácil viver dentre nossos caçadores do que longe deles. — Concluí com pesar.

— Você... — Bakugou começou incerto — Não sente saudade?

— Sim, sinto muita saudade.... Mas não tenho para quem voltar.... Meus pais morreram em uma tentativa de captura, foi um pouco antes de eu entrar na UA. Passei um tempo com um humano que conhece nossa natureza, ele me auxiliou e me ajudou a começar uma vida aqui...

— Você diz o FatGum? — Utilizou o nome apelido de Taishiro— Achei que ele fosse seu padrinho...

— De fato, ele me ajudou muito quando vim para cá, era de confiança de meus pais, por isso o procurei... Se não fosse ele, nem sei se estaria vivo agora...


A quietude estendeu-se por longos minutos. A luz do Sol entrava por frestas pela janela, iluminando parte do cômodo, sendo refletido pelas escamas de Kirishima.


Um brilho levemente dourado se tornou visível, dando o aspecto de pequenas labaredas na cauda de Eijirou. Katsuki não pode deixar de admirar. Aproximou-se de seu namorado. Olhando de perto era possível notar as nuances conforme a cauda estendia-se majestosa, Katsuki pode ver claramente grandes barbatanas nas laterais e imaginou se deveria ter na parte de trás também. O fim da cauda tinha o tom mais escuro de vermelho, quase como um vinho tinto, possuía uma imagem forte e teve certeza que Kirishima poderia machucar gravemente alguém com aquela cauda, se assim quisesse.


Nos braços de Kirishima tinham pequenas escamas, de um tom mais claro que de sua cauda. Na altura de seu abdômen, elas eram quase que dar cor rosa. A íris de Eijirou tinha a cor verde, tão denso quanto de mata fechada, a pupila era alongada como de um felino, seus dentes tornaram-se maiores e mais pontiagudos. Poderia ser a imagem de um predador, mas Bakugou ainda o achava tão lindo. Sim, lindo, não havia outra palavra que pudesse descrever o quão deslumbrante Kirishima era.


— Você não deveria ter me escondido isso, idiota.

— Eu sei, me perdoe — Pediu com os olhos baixos, apertava as mãos em sinal de nervosismo.

— Eu não acredito que namoro há anos com a porra de uma sereia! — Bakugou comentou com a voz irritadiça, mas deu um pequeno sorriso no final.

— Eu não sou uma sereia — Kirishima desentoou.

— E é o que então, caralho? Um tubarão?

— Sou um tritão. Sereias são do sexo feminino, tritões são viris e másculos.

— Dá no mesmo, cabelo de merda — Katsuki crispou os lábios — Você continua sendo meu Eijirou, com ou sem rabo.

— É uma cauda, Katsuki - Eijirou comentou com os olhos marejados e a voz embargada — Obrigado por me aceitar... Eu achei que... — Foi interrompido com um brusco selar de lábios, característica imutável de Bakugou.

— Não esconda mais nada de mim, estamos na porra de um relacionamento, ok? Você mesmo diz que temos que ser sempre sinceros. — Bakugou sentenciou o fitando intensamente — Eu amo você e isso — Apontou para a cauda extensa de Kirishima — Não muda em merda nenhuma o que sinto, entendido?

— Sim, amor — Eijirou lhe respondeu e selou seus lábios novamente, o beijo foi rápido, pois Katsuki ergue-se e começou a se despir.

— Não estou em clima de sair, posso entrar?

— Claro! - Eijirou respondeu rápido demais e encolheu um pouco a cauda. Bakugou entrou devagar fazendo a água transbordar, Kirishima mexeu-se levemente para acomodar-se melhor — Te incômoda? Posso chegar mais para cá se quiser.

— Tsc — Bakugou resmungou — Cabelo de merda — Olhou atentamente a cauda de Kirishima que parecia brilhar com luz própria, tão bela e imponente. Não pôde se segurar e tocou próximo o fim da cauda, próximo a grande nadadeira, havia duas barbatanas mais longas. De fato, era tudo bem musculoso, mas ao mesmo tempo era suave ao toque. Kirishima tinha o coração acelerado enquanto fitava o quão Bakugou parecia estar admirado e curioso consigo.


Tremeu um pouco com o toque, Katsuki notou e recolheu a mão, pensando que havia o machucado, Eijirou logo percebeu que seu namorado havia entendido errado.


— É sensível — Explicou com a voz manhosa, os toques de seu namorado sempre lhe causavam essas reações — Pode tocar, amor, eu só não esperava naquele momento.

— Você é todo sensível — Comentou em tom irônico — Você consegue nada bem rápido?

— Sim, você gostaria de experimentar?

— Tsc, não exagere...


Os momentos seguintes foram remansos por parte dos dois, um momento de descoberta e fascínio por parte de Bakugou, e de amor e carinho por parte de Kirishima. Logo após vieram várias perguntas, e Eijirou respondia a todas com a maior calma do mundo. Sentia-se feliz, um grande peso foi tirado de suas costas e agora não havia mais nada entre ele, e seu grande amor, podia ver que seu Katsuki estava extremamente curioso, embora ele jamais admitisse.


— Como caralhos esse rabo some? — Bakugou indagou olhando seus dedos que começaram a enrugar pelo longo tempo que permaneceu dentro da água.

— Eu preciso secar bem, normalmente uso secador e uma toalha.

— Por isso você leva tanto tempo aqui dentro?

— É...

— Achei que fosse arrumando esse cabelo ridículo...

— Ei! Meu cabelo é estilos puro!

— Oh sim, como aquele absurdo que você usa nos pés. — Katsuki tinha um sorriso sarcástico.

— O que tem de errado com as minhas crocs?

— O que não tem de errado com aquilo?! — Perguntou retórico enquanto saia da banheira — Vem, vou te ajudar dessa vez.


***


— Até que tudo isso faz sentido — Bakugou murmurou enquanto estavam deitados no sofá vendo uma programação qualquer na TV. — Você nunca quis ir à praia ou piscinas, nunca me deixou tomar banho contigo, e nunca comeu peixe.

— Comer peixe soa como canibalismo — Comentou com voz de riso — Imagine só, se vou a piscina com você e de repente surge uma cauda imensa em mim? Seria estranho — Deu uma risada mostrando os dentes pontiagudos em seu tamanho normal.

— Para caralho — Katsuki concordou — Existem mais pessoas como você? Digo, perto de nós? — Questionou de forma inocente enquanto acariciava os cabelos de Eijirou.

— Sim — Respondeu virando-se de frente para o namorado — Todoroki é um tritão.

— O MALDITO MEIO A MEIO? — Katsuki gritou, logo após a surpresa, aquietou-se e riu — Eu sempre soube que tinha algo estranho no namorado do idiota do Deku.

— Ei! — Eijirou fez beicinho com a palavra usada para definir sua espécie.

— Não fique de birra, Sharkboy — Sorriu de lado ao notar o rubor nas bochechas de Kirishima — Ele é estranho, você é...

— Eu sou?

— Você é... — Katsuki perdeu-se rapidamente na imensidão dos olhos de cor rubi de Eijirou, era impossível não o amar — Você é lindo, Eijirou.


Antes que Kirishima pudesse dizer algo, Bakugou o beijou. Para ele não fazia muita diferença do que Eijirou era, desde que ele fosse sempre o idiota, romântico, alegre e másculo, Kirishima, sua espécie não importava.

3 de Maio de 2019 às 22:09 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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Machadorisos . Cadelinha de AsaNoya Casada com o fluffy ft amante do angst Pode vir, mas vem na maciota

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