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Rafaella Oliveira


O homem viril Adrian Richstoffen, um Vampiro poderoso e respeitado salvou a vida da jovem Misa Kamphy quando era criança, criou um contrato fazendo-a pertencer a ele dentre suas outras riquezas, sem saber até então que iria se apaixonar por ela. Tudo se complica quando o triunfante Caçador de Vampiros Natan Grant, jovem galã, conquista o coração de Misa.


Fantasia Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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CONTRATO DE SANGUE, O INÍCIO DE TUDO

CAPITULO 1.

VAMPYRE'S SLAVE



Correndo desesperadamente com sua filha no colo, Julieta foge de aldeões revoltados que a persegue correndo com uma alcateia de lobos domados, está tão cansada que pode ouvir seu coração bater descontroladamente, o único momento em que olhou para trás foi para ver seu marido que parou no caminho para distrai-los enquanto ela foge com a criança, aquela corrida parecia não ter fim, logo ela o perde de vista e ele vai ficando para trás, sem parar de correr com lágrimas sobre o rosto, cansada e apavorada ela cai sobre a imensidão daquela neve.

Quando tudo parecia estar perdido, alguém se aproxima, ela ver a silhueta de um homem cobrir a luz de seu rosto, com uma capa de frio bege e capuz sobre o rosto tampando seus olhos, ele estende sua mão para ajuda-la a levantar. O barulho dos aldeões e lobos está se aproximando e não há muito tempo para pensar, Julieta segura em sua mão e ele a leva para um barraquinho de madeira, ela se esconde atrás de uns caixotes abraçando forte sua filha.

Eu volto logo. - disse ele com sua voz seria e calma.

Julieta está desamparada sem saber o que fazer, chora baixinho para não acordar Misa, abraçando-a ouvindo os barulhos, ruídos e gritos que viam do lado de fora da casinha.

Alguns instantes depois o silêncio tomou conta do lugar por alguns minutos, ela não sabia o que tinha acontecido do lado de fora, ouve a porta se abrindo e o homem que a ajudou entrar e se aproxima.

Pronto, eu já terminei, você já pode sair daí, moça. - Voz seria.

Com semblante triste e olhos inchados com lágrimas Julieta sai de trás das caixas e caminha até ele, ficando frente a frente com o homem que a salvou no último instante sem a conhecer. Só se ouve a respiração forte dela, seu corpo treme de medo, com sua filha no colo se ajoelha sobre ele.

Você nos salvou, nos ajudou sem nos conhecer! Muito obrigada moço! - suas lagrimas escorrem sobre o seu rosto, com olhos apertados fechados ela continua:

Como posso te agradecer pelo que fez por mim ? ?

Ele respira e então solta um sorriso discreto no canto da boca, parecendo meio maldoso, a responde:

É bem simples o que eu quero... quero sua filha!

— O QUE! ? - Espantada com o que ele disse ela da dois passos para traz.

Ele resolve se apresentar tirando calmamente o capuz de sua cabeça, assim finalmente vai revelando seus olhos, agora podendo ver seu olhar sombrio, aqueles olhos vermelhos cor de sangue com sua pele pálida e gélida. Ela o olha espantada e a reação que ele tem é de um meio sorriso que mostra suas presas grandes e afiadas. Julieta não consegue acreditar.

É- é ... é um vampiro?

A aparência que ele tem é de um homem alto e forte, cabelos negros e lisos até o ombro, com uma franja jogada em seus olhos, seu olhar sério e misterioso, aparência de um homem viril. Seus olhos mudaram para um verde bem escuro e aparentemente suas presas também não estão mais afiadas como antes.

É, você adivinhou. Agora vou me apresentar oficialmente. Meu nome é Adrian Richstoffen... para ser mais direto, o que eu quero é a alma de sua filha para mim por toda a eternidade.

Não, não posso fazer isso, você a salvou e agora quer matá-la?

Pelo contrário, quero que ela seja minha serva.

Serva? Quer se alimentar do sangue dela? Eu não entendo, serva de um Vampiro ?

Sim, mas não precisa se preocupar com isso agora, vocês duas vão para casa, ela viverá e crescerá ao seu lado, e quando ela completar seu vigésimo primeiro aniversário eu quero que ela venha comigo. Eu cuidarei dela todo o tempo mantendo uma distância e a protegerei contra tudo, até porque a vida dela pertence a mim e eu não quero que nada acontece com ela, não é mesmo? - ele da uma risadinha irônica —Ela será a minha serva tendo que me servir em tudo, basicamente falando, a vida dela agora é minha!

Ele se aproxima de Julieta olhando Misa dormir em seus braços, tão pequena com 3 anos, ele a observa por uns instantes e vê que Julieta não está nada confortável com aquilo, mesmo assustada ela permanece quieta sem dizer uma só palavra.

Qual é o nome dela?

Ela fica com receio em responder mas sabe que não tem escolha, com uma voz baixa, responde:

Misaela Kamphy.

Misaela Kamphy é? humm... interessante rs ...Eu farei um contrato de sangue que me tornará o dono dela!

— E se eu me recusar?

— Eu não disse que você tem escolha, disse? - expressão calma e irônica é uma característica típica dele, quando encara seu olhar é penetrante.


Ela não sabe como reagir, está abismada e branca como papel, no momento em que ele disse que não machucaria a Misa ela até se acalmou um pouco podendo então pensar mais no assunto, apesar de achar tudo aquilo um absurdo.

— Alguma dúvida? Ah mas é claro que sim...Se não cumprir com o contrato o que acontecerá? Digamos que a jovem Misa não cumpra com o que eu ordeno... Todos aqueles que descumprem com o contrato de Keyrvion, é transformado em um vampiro e jogado no calabouço de fogo, imortal ele queimará por toda a eternidade. Acredite, vai preferir ser uma humana obediente!

Ele puxa de dentro de sua capa uma folha, é o contrato de 'Keyrvion'' que faz de um humano vivo servir a um vampiro, sendo ele no caso.

— Não se preocupe, não farei mal a ela, estará a salva. Aliás, vocês estão com sorte, no contrário de outros, eu costumo ser um Vampiro bom com meus servos.

Adrian se aproxima da criança pegando uma de suas pequena mãozinhas, com uma peixeira afiada ele faz um pequeno corte em um dos dedos fazendo que a gota de sangue caia sobre o contrato, criando um selo sanguíneo sobre os dois, Misa começa a chorar e os gritos tomam contam do lugar. Uma marca surge no ombro, um simbolo que acompanhará pela vida toda enquanto ela for uma serva.

A marca em seu ombro serve para lembrar a qualquer vampiro que tente atacar que não poderá sugar seu sangue, deverá recuar imediatamente. Se algum vampiro morder um humano que seja um servo de outro vampiro, estará declarando guerra com o mesmo, sendo considerado entre eles uma falta de respeito.



20 anos se passaram, Julieta faz questão de sempre lembrar a filha que devem respeitar o Adrian, nunca foi revelado a verdadeira história, ela apenas o vê como um super protetor e tem toda confiança nele, uma noite por semana ele vai pessoalmente visitá-las. Todos esses anos ele tem protegido Misa sem que ela saiba, sempre mantendo distância para não ser notado.

Quando Misa completou 15 anos um sentimento foi nascendo dentro do coração gelado de Vampiro, começou a ter um ciúme inexplicável de Misa, isso fez com que afastasse da vida dela todos aqueles que ameaçassem roubar o seu coração, sem imaginar tudo o que ele fez, ela o trata muito bem e o admira, nunca comentou mas o acha um homem bonito e atraente .


TIREI O SANGUE DE ALGUÉM! FINALMENTE, NÃO ACREDITO! - escandaloso comemora Tico, o único amigo que cresceu com Misa, Adrian não o vê como uma ameaça, é um simples garoto estudioso.

Não se acostuma, ta bem? - responde Misa com o algodão no antebraço estancando o sangue da véia, ela da risada do escândalo de Tico.

Já é de noite e o trio de amigos estão saindo do Curso de Enfermagem, Tico, Misa e Cristina que é a mais seria e dedicada. Misa optou por estudar a noite para ajudar sua mãe no trabalho durante o dia.

Cristina:

Então, já são 22:00! Vamos passar em algum lugar para comer alguma coisa?

Estou ficando mal acostumado, toda a noite estamos comendo um baita hamburguer com fritas.

Gente se quiser vocês podem ir, eu estou muito cansada hoje, acho que já vou para casa. -diz Misa bocejando.

Eles se despedem enquanto Cristina e Tico vão para um lado e Misa segue para o outro, é uma noite bem deserta e com ventos gelados, folhas caídas das árvores sobrevoam a rua deserta enquanto Misa caminha sozinha com braços cruzados devido o frio que está fazendo com os ventinhos que surgem do nada, caminhou dois quarteirões e notou algo estranho, ela tira um dos fones do ouvidos da orelha e discretamente olha para trás e lá estava um homem suspeito fumando um cigarro e a observando. Misa apressa os passos pois percebeu que aquele estranho estava a seguindo, ele começa a andar mais rápido atrás dela.

Ela começa a pensar consigo mesma:

Calma Misa, calma Misa. - seu coração está acelerando.

Ei garota, melhor não tentar fugir, me passa agora esse celular!! - O homem grita correndo em sua direção mas Misa foge dele correndo bem a sua frente, não aparece ninguém na rua naquele momento, parece que tudo está a favor do bandido.

Atravessando algumas ruas sendo perseguida, cansada ela olha para trás e não vê mais o ladrão, ele simplesmente ficou para trás em algum lugar, foi tão rápido que ela nem viu o momento em que ele parou de persegui-la. Ela para para descansar com as duas mãos sob o joelho, seu coração ainda está acelerado a respiração ofegante, fecha os olhos e respira fundo aliviada. Ali então ela prossegue andando depressa para sua casa pois teme de ele encontrá-la de novo, chegando no último quarteirão Misa sempre pega o atalho seguindo pelo beco, hoje o beco está escuro as luzes dos postes parecem estar falhando, acendendo e apagando até se queimar e não poder enxergar mais nada. Ela fica com medo e começa a analisar se seria melhor dar a volta na esquina ou pegar o atalho como sempre.

Decidida seguir pelo beco, caminha lentamente naquela escuridão tentando

enxergar o máximo possível mas parece haver algo estranho que ainda não consegue ver precisamente, seus passos estão bem devagar e tem algo que aos poucos vai chamando sua atenção. Derrepente! um tremendo susto faz Misa ficar branca, um monte de morcegos sai voando do escuro voando próximo a cabeça de Misa e sumindo pela cidade, nesse momento seu coração começou a acelerar e suas mãos estão soando, ela prossegue tentando atravessar o beco no escuro, quanto mais ela caminha mais ela vai conseguindo enxergar algo, enfim as coisas vão ficando mais claras, é a silhueta de um homem que parece estar pendurado no alto de uma escada! Misa se aproxima apavorada com o que está vendo... ela treme e o suor começa a escorrer sobre sua testa, é o corpo de um homem que está amarrado em uma corda pelo pescoço. Ela para de caminhar olhando aquilo, está em choque e sem reação.

Esse...Esse... esse é o homem que tentou me roubar à alguns minutos! O QUE ACONTECEU!?

Minutos depois Misa chega em casa, Julieta está inquieta já estava preocupada com a demora da filha, mesmo sabendo que Adrian está por perto na maioria das vezes, se preocupa em saber que existem vampiros prontos para fazer o mal.

Julieta:

Até que em fim Misa, não sabe como estava preocupada! Como você demorou hoje filha!

Misa chega cabisbaixa e logo sua mãe percebe que algo está errado.

Eu falei com você Misa, está no mundo da lua, está tudo bem?

Aconteceu uma coisa muito estranha hoje mamãe. - tira sua mochila dos ombros e se senta.

Que coisa estranha?

Misa olha para Julieta e decide não contar para não dar mais preocupações, ver em seu olhar como está cansada em trabalhar o dia todo.

Ah mãe, quer saber, não foi nada demais rs. Está calor aqui dentro, vou tomar um ar aqui fora e já volto para dormir. - está com um sorriso no rosto tentando passar a imagem que está tudo bem, Misa vai para um banquinho que tem em frente a sua casa pegar um ar, não consegue tirar a imagem do homem de seu pensamento, mil perguntas ao mesmo tempo surge em sua cabeça, como ele pode ter chegado na sua frente quando ficou para trás ? quem poderia ter feito aquilo e porquê com tanta crueldade ? Está concentrada em seus pensamentos quando é interrompida por uma voz masculina.

Está meio tarde para você está aqui fora, não acha, Misa? - Diz Adrian com sua voz tranquila e despreocupada, sempre bem social com sua imagem séria, usa um terno escuro sempre aberto sem gravata, com suas mãos no bolso ele se aproxima.

Misa fica surpresa em vê-lo, a visita dele é sempre imprevisível.

Adrian! Não pensei que fosse vê-lo hoje ainda mais a essa hora da noite.

Hun, eu gosto da noite! Caminhar sobre a cidade deserta à luz da lua! É tudo bem melhor quando o sol se põe.- após terminar de falar ele abre um sorriso discreto e senta-se ao lado dela, Misa é uma pessoa imperativa e até ele percebeu que ela está diferente.

— Aconteceu alguma coisa ? Não parece estar muito bem.

Ela está feliz por ter alguém para desabafar, não gostaria de ter essa conversa com sua mãe.

Você tem razão, estou um pouco arrasada hoje...Sabe, você não deve saber como me sinto, mas parece que todos que se aproximam de mim acabam se afastando ou... se machucando. - há um tristeza em sua voz e Adrian escuta cada palavra atentamente concentrado. — É como se tivesse algo de errado comigo, sabe ? Eu tive alguns colegas quando era criança que se mudaram da cidade, um sofreu um acidente e o outro eu nunca mais tive notícias! Hoje, quase fui assaltada e depois de alguns instantes me deparei com o homem, ele estava morto, foi uma cena chocante! Não estou assim pelo que aconteceu hoje e sim sobre o que tem acontecido na minha vida na qual eu passei anos fingindo não enxergar.

— Não há nada de errado com você Misa. - uma brisa passa sobre eles no silêncio daquela noite. Você só é especial!

É que... eu tenho dois amigos que gosto muito mas... eu nunca me senti tão sozinha, sabe. - de cabeça baixa ela fecha os olhos desabafando seus sentimentos.

Ele a oberva com um olhar forte e surpreso de ouvir aquilo, aparentemente é um homem sem sentimentos mas ouvir ela falar aquilo daquele jeito frágil o fez sentir vontade de abraça-la, só se escuta o vento soprar pois ambos ficaram em silêncio, ele coloca a mão sobre o banco querendo se aproximar dela para consola-la mas recua, ainda não é o momento de se aproximar dela.

4 de Outubro de 2023 às 02:15 0 Denunciar Insira Seguir história
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