N/A:AZUL E ANNYE EU TERMINEI*chuva de confete*, deu um trabalhinho mas é iss
Aproveitem♡
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Era uma cena um pouco cômica se parássemos para pensar
Afinal mesmo que Daichi e Kuroo estivessem se beijando, Kuroo com a sua mão vaga segurava um copo e Bokuto o bebia pelo canudo
Apesar de tudo, Suga olhava aquela cena com atenção
Ele tentava desviar o olhar mas não conseguia e não sabia o porquê
Seu corpo não respondia e seu peito doía
Finalmente seu corpo começou a reagir a uma cena que nem no pior dos pesadelos imaginaria
Virou o rosto para a cena, seguindo para a porta com passos pesados mas lentos
Lento... era assim que seu raciocínio estava
Ainda não havia caído a ficha para ele então tentava se afastar calmamente dos outros, causando certa confusão mas não dando um alarde
Ao sentir o ar de fora da quadra, Suga se permitiu desabar
Por outro lado dentro da quadra, o beijo do casal de capitães havia terminado
Kenma suspirou aliviado e se afastou sentando no banco, pegou seu PSP e...fingiu jogar
Mas por que ele fingiria jogar?
Fingir pode não ser a palavra correta mas ele não estava concentrado em jogar tanto que morria muita vezes
Sua cabeça estava um caos mas ele não queria causar alarde, enquanto volta e meia virava os olhos para a animação das pessoas próximas ao casal
“Casal” essa simples palavra estava matando os levantadores por dentro
Ver a pessoa amada com outra pessoa é difícil era como uma facada, não... uma facada não várias facadas
Parece que o fio vermelho do destino de ambos, que era conexão deles com seus amados, foi cortado
Como um corte de um fio vermelho poderia causar tanto estrago?
Kenma estava com as mãos tremendo de tanto que queria chorar mas queria guardar pra quando chegasse em casa
Suga estava morrendo por dentro e por fora
Era como se aquilo fosse um incêndio dentro de si e não parava de queimar por nada
Ele havia parado de chorar mas era como uma chama eterna
Estava sendo queimado vivo por ele mesmo
Tentou se reerguer e respirou fundo, entrando novamente pela mesma porta que havia saído e foi se trocar e logo depois Kenma, não iriam ficar muito tempo ali
Depois de se trocarem pegaram suas coisas e foram embora sem chamar atenção
Kenma seguiu tranquilamente até sua casa que admitiu que era uma corridinha de lá
Suga sabia que precisaria do ônibus se quisesse sair de lá, que bom que já estava quase na hora então sentou do lado de fora e esperou pelos outros
Ele não parecia uma pessoa revigorante, naquele momento ele só queria...
Beber?
Suga pulou com esse pensamento
Talvez ele merecesse se encher de pinga, mesmo que só um pouco
Nunca pensou que fosse se tornar uma “mamãe corvo” cachaceira, mas pois muito que bem ele ia se encher de pinga aquela noite sim
Ao perceber a presença dos outros Suga levantou e foi em direção ao ônibus procurando um lugar em que ele pudesse ficar isolado, só com a companhia de seus pensamentos e optou por um lugar único na frente
Todos estavam curiosos para saber o porquê de Suga ter saído tão de repente
Mas ninguém tinha coragem de encará-lo e perguntar, pois sua aura estava assustadora
Suga estava tentado a usar o seu 3G e ouvir sofrência mas ele não o fez
Ao chegar ao Colégio Karasuno, houve uma reunião na quadra mas (felizmente) não durou mais de dez minutos
Suga estava ciente de que Kageyama e Hinata treinariam até mais tarde, mas não protestou, já estava com problemas demais em sua cabeça
Por mais que ouvisse cochichos sobre ele e sua mudança de comportamento tão repentina, prosseguiu tranquilamente até em casa
Era um pouco estranho ter uma casa sua mas era bom de certa forma, por mais que para pagá-la tivesse que trabalhar e isso deixava ele quase sem tempo nenhum em sua agenda era bom ter uma casa pra chamar de sua
Após guardar suas coisas , foi se trocar afinal não iria com seu uniforme beber
Vestiu uma roupa casual e pegou sua carteira
Era sortudo que naquele mês nada havia quebrado ou algo do tipo, assim poderia gastar o seu extra
Pois muito que bem já era hora de ir
Por mais que Suga ainda tivesse algumas preocupações pelas consequências de seu ato de luxúria, ainda iria do mesmo jeito
Não era muito familiarizado em beber pra afogar as mágoas mas...
Vamos dizer que ele têm algumas influências
Foi até um bar que havia perto de sua casa
Ajeitou-se em uma banqueta
—O que vai querer?—disse o barista
—Uma garrafa de vodka—disse Suga, chocando o barista—Por enquanto...
Enquanto Suga iria começar sua noite de bebederia, Kenma estava deitado em posição fetal, abraçado a um travesseiro e chorando
Analisando seu rosto era notável a presença de olheiras devido ao tanto que havia chorado
Ele precisava beber água e comer alguma coisa mas...
Sua mãe havia chamado Kuroo para tentar anima-lo- que irônico logo a pessoa que é o motivo dele estar tão mal- e não queria nem olhar na cara dele
Ele sabia que Kuroo não sairia tão cedo, então ele decidiu sair de sua amada zona de conforto
Estava tão fraco que quase caiu ao sair da cama, mas seguiu com passos lentos até a porta
Depois de abrir a porta foi o mais discreto que pode até cozinha
Abriu a geladeira, pegou uma garrafa de água e depois uma maçã
E tentou voltar para sua amada zona de conforto
—Você finalmente saiu huh?—disse Kuroo
Kenma estava estático
O que ele iria fazer?
Quando Kenma levantou o rosto para olha-lo, Kuroo percebeu suas olheiras
—Quem ou o que te fez chorar assim?—perguntou Kuroo como se fosse destruir o culpado disso
Kenma percebeu esse tom de voz e começou ficar com raiva, muita raiva
—VOCÊ SEU IDIOTA—disse Kenma e depois correu o mais rápido que podia para seu quarto
Kuroo ainda estava processando o que ele havia dito mesmo que fossem apenas três palavras
Foi até a porta do quarto de Kenma e bateu três vezes
—Kozume—Kenma estremeceu ao ouvi-lo falar seu nome, apertando mais o abraço que tinha com o travesseiro—Pode me falar o que eu te fiz? Por favor?
Kenma suspirou e conseguiu parar de soluçar
—Pensei que você fosse inteligente—disse Kenma, confundindo ainda mais Kuroo—Eu te amo, mas eu sei que você não vai retribuir meus sentimentos—Essas palavras foram como um balde de água fria para Kuroo—Então por favor vá embora e me deixe te superar do meu jeito
—Certo...—por mais que ainda quisesse conversar com ele, ele entendeu, como sempre entendia
Kenma sentiu um peso enorme tirado de seus costas
Mas ainda ia chorar por pelo menos um mês
Talvez Kenma estivesse sendo mais maduro do que Suga, mas aquilo não era hora pra ser maduro
Pelo menos não para Suga
A garrafa de Vodka chegou
—Posso pedir mais algumas bebidas?—disse Suga e o barista assentiu
Suga nunca havia pensado que gostaria tanto do efeito que o álcool lhe passava
Por mais que estivesse se queimando por dentro-afinal estava apagando fogo com álcool-, estava querendo mais
A cada gole, a cada música que cantava
—E O PREÇO QUE EU PAGO É NUNCA SER AMADA DE VERDADE—Cantava Suga com uma garrafa de uísque na mão—NINGUÉM ME RESPEITAR NESSA CIDADE
Sabia que estava se atolando, mas que atolamento bom da porra!
—Essa vodka tá fraca! Manda mais!—disse Suga claramente com muita coragem porque a noção ele jogou lá na puta que pariu—Tô em todo lugar...—começou Suga quase ao mesmo tempo que a própria cantora do rádio
Suga bebia
Suga cantava
E Suga chorava
Esse era o resumo daquela noite
Depois de quatro garrafas de vodka-sem contar as de cachaça e os litres-, Suga estava acabado e com lágrimas escorrendo pelos olhos, além de uma conta pra pagar
Suga secou as suas lágrimas e pegou seu cartão de crédito
Gastou todo o seu extra...
Depois de pagar a conta saiu “rastejando” até sua casa
Depois de várias tentativas de abrir a porta e mais outras para fecha-la, Suga se jogou na cama e adormeceu
Suga acordou pelo seu alarme que tocava sem parar
Espera... alarme?
—”Mas que merda...”—pensou Suga ao perceber que ele iria perder os treinamentos, e provavelmente desfalcar o time e preocupa-los
Suga ao levantar a cabeça sentiu uma dor que parecia ter vindo do quinto dos infernos
Se levantou dolorido e com dor de cabeça e desligou o alarme que irritava sua mente
Olhou seu celular e viu que ele estava vibrando mais do que nunca
Mas antes de ver do que se tratava precisava de um remédio pra dores
Urgentemente
Com muito esforço foi até a cozinha
Se pôs nas pontas dos pés pra pegar a caixa de primeiros socorros
Infelizmente a caixa caiu em seu rosto
—Que dia maravilhoso!—comentou Suga e quando passou inconscientemente um dedo mais abaixo de seu nariz percebeu que o mesmo estava sangrando
Suga respirou fundo
O universo estava conspirando para que ele se fodesse, e sem lubrificante!
Suga percebeu que naquele dia ele sairia muito arrombado e assado
Mas ele tinha que seguir a vida mesmo assim então aproveitou que o algodão havia caído e pegou um pedaço e molhou na pia
Limpado o sangue exposto, foi tratar de sua dor de cabeça
Depois de tomar seu remédio para as dores foi tomar um banho, estava já impregnando a casa com seu de cheiro de meia velha e álcool
A cada peça de roupa mais percebia que talvez não apenas tivesse custado seu extra
Ao passar pelo espelho e ver seu reflexo
Era um ser humano desprezível não era?
Não não comece com essas porra Koushi
Um suspiro profundo ecoou no banheiro
E foi substituído pelo barulho da água do chuveiro
Tal água que percorria sobre todo o corpo de Suga
Uma água quente que evaporava, esfumaçava o vidro do box e transformava o banheiro em uma verdadeira sauna
Além de esconder as lágrimas que escorriam do rosto de Suga
Suga percebeu que seria cozido vivo se não desligasse a água
Desligou e saiu do box, amarrando uma toalha na sua cintura
Ia fazer um tratamento no rosto e no cabelo, afinal tinha que estar na fossa mas tinha que estar belíssimo
Pela primeira vez ia usar os potes de tratamento que Shimizu tinha dado no seu ultimo aniversário
Fez tudo de acordo com as instruções, até usou uns “rolos” no cabelo
Agora precisava esperar os 20 minutos, então foi verificar seu celular
—254 mensagens?!—Suga sabia que se preocupariam mas 254 mensagens?!
Suga mandou pra todos os contatos a mesma mensagem: “eu estou bem não se preocupe”
Depois de terminar essa difícil tarefa, começou a procastinar com auxílio de seu celular e sua cama-que precisava mudar o jogo de cama pelo mal cheiro que havia ficado-, tentando não pensar que tinha perdido um dia inteiro de treino por estar com ressaca
Não é como se fossem saber... Talvez Asahi e Shimizu descubram -o que é bem possível que aconteça por sinal-afinal é fácil saber já que se tocassem na ferida uma vez ele ia acabar contando tudo
—“Chega de se afundar em pensamentos ,Suga, os 20 minutos já passaram”—pensou Suga jogando pra longe tal possibilidade
Foi até o banheiro e começou a retirar os rolos dos cabelos, se surpreendendo com o resultado
—Nunca imaginei que eu conseguisse ficar ainda mais bonito—comentou olhando no espelho admirado—Mas ainda falta tirar essa máscara
Suga foi tirando com cuidado a máscara, seu rosto estava bem melhor, pelo menos bem melhor que antes
Suga anotou mentalmente que ia começar a gastar seu extra em produtos de beleza
Mas não só de flores é a vida então Suga parou de se admirar e foi se vestir pra começar a tirar o mal cheiro impregnado em sua casa
Varreu, passou pano, trocou o jogo de cama e lavou e estendeu o outro e entre outras tarefas
Mas felizmente seu cabelo continuava maravilhoso apesar de tudo
Depois de terminar tudo se jogou na cama
Mas não teve tempo pra descansar pois estavam batendo na sua porta
Suga aos resmungos disse algumas palavras chulas e foi abrir a porta
—Suga-san?—dizia Noya que escondia Asahi, aparentemente de Daichi
—Eu vejo que finalmente usou os “potes mágicos” que te dei—comentou Shimizu—Ficou melhor do que eu pensei
Suga tapou parte do rosto com a mão afim de esconder o vermelho que havia se formado em seu rosto
Suga virou seu olhar para Daichi, se chocando com o olhar do mesmo ficando ainda mais corado
Shimizu e Asahi se entreolharam, percebendo o gesto de Suga
—Gente... não é melhor esperarmos o Daichi lá—aconselhou Shimizu apontando para uma praça
Todos pareciam confusos-exceto Tsukishima que havia entendidos que se tratava-mas foram arrastados para a tal praça
Suga estava com medo e Daichi confuso
—Eles... não te contaram certo?—perguntou Suga cabisbaixo
—Não me contaram o que?—disse Daichi ainda mais confuso
Suga respirou fundo
—Daichi me perdoe—Daichi se espantou—Eu não queria eu juro...
Lágrimas começaram a sair dos olhos de Suga, molhando o tapete de entrada
—P-Por que está pedindo desculpas?—disse Daichi se aproximando para tentar acalma-lo
—Eu juro que não queria...—disse Suga levantando lentamente a cabeça e sentindo a mão de Daichi em seu rosto—Me apaixonar por você... Eu sei que você é comprometido
Daichi estava paralisado, como ia adivinhar que seu melhor amigo estava apaixonado por ele?
—Por favor me perdoe...—disse Suga entre soluços—Me diga que a única forma de te ter ao meu lado ainda é possível... Por favor...
Daichi sabia que qualquer coisa que falasse ia fazê-lo chorar ainda mais então apenas o abraçou
Agora não apenas as lágrimas de Suga molhando seu casaco também gotas de chuva
—Melhor vocês irem... Já vai chover—disse Suga se afastando de Daichi e secando suas lágrimas—E não vão querer pegar um resfriado...
—Você vai ficar bem?—perguntou Daichi
—Não sei—disse Suga—Mas realmente é melhor vocês irem
Daichi suspirou, não ia conseguir convencê-lo
Se despediram e Daichi percebeu que aquela conversa tinha demorado demais
Todos já haviam ido embora
Daichi abriu seu guarda-chuva e começou a caminhar até sua casa
Ao perceber que Daichi tinha ido embora, Suga entrou em sua casa
Estava pensativo
Será que havia feito certo?
Será que a sua reação foi boa pra si?
E mais mil e uma perguntas corriam em sua mente
A verdade é que a várias formas de superar um amor perdido
Isso vem de cada um
Mas é claro que você não deve fazê-lo te amar a força
E sim entender a dura realidade de a pessoa não te ver desse jeito
Obrigado pela leitura!
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