miyosin Anne (miyosin)

Jeon JungKook e Jeon Jimin eram um casal que enxergavam crianças em seus futuros. Bem, Jimin visualizava-se rodeado por aqueles seres tão adoráveis, pequenos e fofos, para que pudesse proteger e amar e ser chamado de papai por elas. Entretanto, JungKook visualizava-se amando as crianças bem longe de si, sendo responsabilidades de outros e não transformando sua vida num inferno. Mas o que Jimin não pedia dengoso que JungKook não fazia sorrindo amarelo? KOOKMIN | Comédia | Papais!AU ft. TopJKProject


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Capítulo Único


Jamais que um dia meu sonho seria ter um filho. Quero dizer, eu amo crianças, mas um tipo de amor que eu distribuo gratuitamente para, por exemplo, o cachorro do meu vizinho; o tipo de amor que quanto maior a distância, maior ele fica.


Jimin não pensava da mesma forma que eu, e isso ele deixou claro desde quando namorávamos e pretendíamos nos unir. Ele sempre fora absurdamente adorável e amável, bondoso e carinhoso, e um amante de crianças e animais. Os bichinhos de estimação, vulgo um BullDog e um gato Siamês, eu até aceitei, e com prazer, pois havia me apegado bastante ao Charles, “O cão babão” e ao Luke, “O gato folgado” depois de tantas idas a sua casa — ainda na adolescência.


Aceitar criar uma criança era completamente diferente.


A minha teoria era: tenhamos bichos e não humanos. Afinal, pensem, é muito mais fácil cuidar de um bichinho! Você só precisa alimentar, dar banho e levar ao veterinário quando necessário. Animais são as maiores distrações para nós, visto que passam o dia brincando com você e depois vão dormir sem mais os incomodar. Cachorros ainda são impressionantemente obedientes. O Charles, por exemplo, não demorou dois meses para aprender a sentar e dar a patinha para mim, isso apenas na base de um bom cafuné na cabeça como recompensa. Apenas depois, quando tentei o fazer deitar e rolar, que tive de apelar para os biscoitinhos.


Jimin ainda usava o argumento que queria ser chamado de papai e ter um bebê para cuidar; acreditam que ele não aceitou apenas eu? Era para eu ser o único a ser chamado de bebê por ele, e dane-se se teria de o chamar de papai, mesmo que depois fosse engraçado o bebê fodendo o pai, mas isso é assunto para outro momento. Meu marido estava irredutível quanto a termos um filho. Ele queria porque queria, fim.


Mas isso fazia sete anos. Sete anos em que eu jurava ser o suficiente para Jeon Jimin esquecer da ideia maluca que era a adoção.


Meu coração queria sair do peito e eu podia me imaginar escalando o Monte Everest, pois a dificuldade para respirar naquele momento não era normal, ou era algo pessoal do meu corpo, ou o ar estava rarefeito.


— E então, o que acha? — perguntou, novamente, genuinamente animado e com um sorriso maravilhoso adornando seus lábios apetitosos.


Não, aquilo não estava acontecendo, tinha de haver outra explicação. Óbvio que não posso esquecer que deveria visitar aquele otorrino-não-sei-das-quantas, minha mãe mesmo vivia a me dizer que eu não deveria escutar música nos fones de ouvido em volume tão alto. É, estraguei mesmo meus tímpanos, estou até achando que Jimin voltou a falar de filhos.


— Não faz essa cara, Kookie — disse, fazendo bico em seguida. Ele estava chateado — Você não acha uma boa ideia, não é?


Respira e inspira; é um exercício fácil, certo? Para quem se gaba dos três minutos que aguenta debaixo da água não deveria estar morrendo agora, logo agora, onde tem oxigênio em volta.


Certo. Quer dizer, nada certo. Meu cérebro estava começando a parar, pois, adivinha? Eu não estava conseguindo levar oxigênio para ele. Eu podia jurar que meu rosto estava extremamente vermelho, querendo ficar roxo, e o que seria a berinjela perto de mim se eu tivesse ficado mais três segundos sem respirar?


Meu marido era um gênio, e não me cansaria de me gabar disso, afinal, quem, vendo uma pessoa morrer por falta de ar na sua frente, acertaria um gancho no estômago da mesma? Somente Jeon Jimin. Pelo menos Deus foi bondoso e decidiu me deixar aproveitar mais noites ao lado daquele loirinho em vez de me levar para um lugar melhor.


— P-Por que fez isso? — grunhi, fazendo uma careta horrível em homenagem a dor que estava sentindo.


— E-Eu — arregalou os olhos — é-é que você não e-estava r-respondendo e f-ficou r-roxo.


Só iria o perdoar porque ele ficava incrivelmente fofo quando gaguejava dessa forma, todo nervoso por achar que fez algo errado ou algo do tipo.


Eu não resistia a Jeon Jimin.


— Só espero que sua forma de salvar vidas não se resuma a violência, vai acabar as matando — e ainda se diz enfermeiro, completei em mente, sorrindo debochadamente para ele.


— Eu só entrei em desespero! — tentou se justificar — Não é como se eu de repente esperasse que no meio de uma conversa você travasse.


— Vou te perdoar porque você ainda está estudando e começou a pouco tempo no seu estágio.


— P-Pabo.


Jimin sofreu muita pressão para se tornar advogado, como o pai, tanto é que havia um certificado de advocacia na prateleira ao lado da televisão da sala, e ele até atuou por quatro anos e meio na carreira, mas depois que, finalmente — ou infelizmente, caso isso tenha soado um tanto alegre demais —, o sogrão veio a falecer, e ele enfim teve a oportunidade de seguir seu sonho: enfermagem.


Mas não pensem que minha quase morte fez Jimin esquecer do tal assunto principal. Ele voltou a insistir, agora, usando todas as palavras para dizer:


— Eu quero ter um filho — me encarou, suplicante.


— Amor, eu… — respirei fundo. Ah, era bom respirar — Tem certeza que quer uma criança ocupando espaço em nosso ninho de amor?


— É claro! Iremos a amar também!


Okay, ele não havia entendido o duplo sentido no final da frase.


— Amor — segurei suas mãozinhas fofas e o encarei firme nos olhos —, tem certeza que quer adotar um empata foda?


— Empata foda? Jeon JungKook! — exclamou completamente exaltado — Não está querendo me dizer que seu desapreço por ter um filho e apenas por isso né? Porque se for eu-


— Não! Claro que não! — Sim! Claro que sim! — Eu só não acho que estamos preparados para tamanha responsabilidade, amor — e raiva, pois é isso que eu tenho certeza que irei passar —, nós pouco cuidamos até de nossos sobrinhos.


— É, JungKook — começou. Ele estava bravo —, mas meu sonho é ser chamado de pai, não de tio.


— Você que não gostou do Daddy Kink, eu falei para aderirmos e — Jimin cruzou os braços.


. . .


Não me orgulho disso, isso acaba com minha imagem de ativo da relação que possuo, mas bastou um olhar matador, a cruzadinha de braços e o pé batendo no chão impacientemente para eu entender: ele faria greve.


Agora eu estava dirigindo, com uma mão no volante e a outra tentando atacar a coxa do meu marido, que estava convicto que não rolaria absolutamente nada até seu sonho de princesa ser realizado. O que eu não faço por esse bolinho?


Foi assim que chegamos no orfanato ao qual Jimin diz ter ido visitar antes, e acho que nem preciso mencionar o quão traído me senti. E eu estava perdidinho, Jimin sorria maravilhosamente feliz em estar naquele lugar comigo, enquanto eu tentava evitar deixar meu semblante se contorcer em puro desgosto.


Deus é pai, que marido que fui arranjar?


Uma mulher, da altura do meu marido, veio distribuindo sorrisos a toa oferecendo seus serviços de turismo do orfanato Raio de Luz — e que nominho nojinho. Como Jimin já conhecia o bendito lugar, ele prontamente ignorou a mulher, mas a troca nem tão singela de olhares e a forma que ele apertou minha cintura, colocando uma das minhas mãos na sua, não me enganava, parecia ser a única coisa que prestaria eu indo naquele lugar: treta. Jimin não gostava daquela mulher, e eu gostava de uma confusão de vez em quando já que tinha uma vida pacata.


— Ah, adoraria — sorri amarelo —, já que é minha primeira vez aqui.


Eu gostava sim de uma confusão — pequenininha para não dar muito trabalho —, mas sabe aquela sensação de que você cutucou a onça com a vara curta e iria morrer? Era exatamente a sensação que senti apenas com a aura esmagadora do baixinho a minha frente.


— M-Mas — voltei a falar para a mulher que tinha ficado animada com poder nos guiar, ou me guiar, acredito — acho que meu marido está bem familiarizado com tudo isso aqui, então, o-obrigado, mas não precisamos que nos guie.


O sorriso brilhante e convencido dele não me deixou concluir outra coisa; eu havia me safado por muito pouco.


O pior momento fora quando demos de cara com a diretora da porra toda. A mulher era uma velhinha muito bem cuidada com uma carinha de anjo e um olhar do capeta.


— Oh, Jimin querido — disse toda fofa para com meu marido —, você realmente veio.


— Sim, nonna — sorriu grandemente —, e este é o JungKook, meu marido, que já mencionei.


Ela sorriu de um jeito totalmente suspeito para mim.


— Fico feliz que tenha vindo JungKook, Jimin falou muito de você — encarou-me — Tenho certeza que amará JunHyun.


E eu tinha sérias dúvidas sobre isso.


— Certeza que sim — sorri amarelo. Céus, que falso que sou.


Seguimos por um corredor estranho com uma pinta alegre demais. Eu estava me sentindo um protagonista do Toy Story, naquele onde os brinquedos vão parar numa creche, onde assim que o Sol saísse do céu, iria começar um protótipo estranho de Five Nigths At Freddy’s.


A diretora, ao qual não dei atenção quando se apresentou, contava histórias e mais histórias das crianças e, principalmente, do tal JunHyun. Jimin também falou bastante dele enquanto continuávamos a andar como lesmas por aqueles corredores estranhos e felizes.


Mas nada se comparava quando olhei para aquela criança. Jimin correu para abraçá-la numa cena digna de algum filme de reencontro entre pai e filho mesmo, foi bonitinho, até. E mágico, tremendamente mágico. A minha mente se clareou demais apenas de olhar aquele pequeno brotinho agarrando alegre o pescoço do meu loirinho.


Aquele era o JunHyun, e só de vê-lo, pensei:Tenho que correr antes que não dê mais tempo. É, minha mente estava bastante clara quanto a isso.


— Amor — Jimin me chamou. O tempo acabou, droga —, vem conhecer o JunHyun!


Aproximei-me cauteloso. A criança, de certa forma, se parecia bastante comigo. Ele tinha os olhos esbugalhados escuros e o nariz um pouquinho maior que o das outras crianças que reparei, mas as bochechas gordinhas seria algo completamente de Jimin se, claro, JunHyun fosse filho legítimo nosso, mas até que dava para fingir bem olhando para aquela carinha dele. Mas eu ainda não gostava dele.


O problema era que eu podia ver o brilho no olhar do meu marido, o amor que ele havia criado por aquele brotinho de capiroto, então eu não tive vez, pois era impossível negar algo ao meu bolinho.


Toda a papelada foi milagrosamente fácil de se resolver, ou mais fácil do que eu esperava, visto que vivíamos em uma sociedade homofóbica. Talvez o fato de JunHyun ter ficado animado demais com a ideia de ter dois pais e não um pai e uma mãe tenha contribuído para isso também; o psicólogo garantiu que a criança seria feliz, mesmo ainda recomendando que ele tivesse algum modelo feminino frequente na vida — minha mãe e a de Jimin ficariam com essa parte. O que o psicólogo não entendeu é que não era a criança que precisava ter a mente acompanhada, e sim eu, que iria pirar com o pestinha.


Eu tinha sido muito bem avisado que a adoção, logo no início, mesmo com todas as visitas que antes poderíamos ter feito, pode ocorrer uma etapa de “estranhamento”. Os cientistas — substituídos pela diretora e coordenadora do orfanato — afirmam que a criança poderia ter dificuldade em realmente aceitar a nova realidade, vulgo adoção, graças a sentimentos como o medo; medo de ser devolvida, visto que “não era da família”. Pelo que eu soube, JunHyun, na verdade, já havia sido adotado duas vezes, e ambas as famílias haviam o devolvido com a desculpa esfarrapada da personalidade dele ser difícil de lidar. Confesso que sabendo disso criei um pequeno sentimento de proteção por ele, patrocinado por dó e amor, este último vindo do meu bolinho sedução.


Mas não tinha como sentir dó, pena, proteção, carinho, amor, ou qualquer outro semelhante quando, no terceiro dia de mudança, quando finalmente havíamos arrumado o quartinho de JunHyun e este estava livre para correr pela casa — apesar de não literalmente —, meu coração é quebrado em uma facilidade extrema; JunHyun havia realmente feito uma maratona pela casa e, passando pela sala, trombou com o armário, levando meu action figure do Iron Man novinho, que ganhei com muita fé em uma aposta com meu melhor amigo em um jogo de futebol, ao chão. Quero dizer, Jimin deu uma bronca no JunHyun e explicou que deveria ter mais cuidado e não correr pela casa — alerta de síndrome de SeokJin, o omma da nação —, mas não tinha como consertar. Eu estava arrasado vendo meu Iron Man sem a cabeça, ignorando as outras peças da armadura quebrada, quase chorando, e tudo que JunHyun recebeu depois foi um pedido para que fosse para o quarto que Jimin conversaria comigo.


Sinceramente, naquele momento, eu podia jurar que não poderia ficar pior.


Mas eu estava redondamente errado.


Fora descoberto naquela cria do satanás um grude sem fim e completamente voltado ao Jimin. Antes, quando tínhamos aquele tempo de preguiçoso, onde nos embolávamos na cama e ligávamos a televisão em algum filme aleatório e trocávamos milhares de beijos no decorrer do mesmo, era um momento meu e de meu marido. Agora? Não, não tínhamos mais isso. JunHyun vinha com aquela carinha de anjo, fingindo querer assistir filme, quando na verdade só queria ficar no nosso meio, atrapalhando-me de agarrar minha razão de viver enquanto ele podia fazer isso.


Eu já queria tacar JunHyun pela janela, e olha que ele nem havia entrado na dos porquês ou da adolescência para me estressar com a tal da puberdade.


Só que, nem tudo era assim, e vou ter que ser sincero e contar que nós dois tínhamos salvação sim.


JunHyun era muito mais parecido comigo do que um dia achei possível e todos reconheciam isso. Aos poucos, entendi que nossa relação no começo só foi conturbada por sermos semelhantes. Ele era talentoso e aprendia as coisas com facilidade, era determinado, irritante, sarcástico e ciumento, com uma pitada de possessividade. Agia tanto como eu que, às vezes, parecia eu. Como naquela vez que fomos o buscar na escolinha e o professor genuinamente ousou tentar flertar com meu marido, mesmo vendo a porra de uma aliança dourada de 24kl no dedo anelar dele, quase ofuscando a visão do professor de tão brilhante, e eu, que tinha ficado no carro, estava pronto para descer e arrebentar com a cara do idiota. Contudo, JunHyun apareceu, e não foi três segundos para a criaturinha chutar com força as duas canelas do professor e agarrar o Jimin.


Nesse dia, confesso, comprei pizza e sorvete para comemorar uma aliança — quase — de paz entre eu e o pirralho, tendo nas cláusulas que trabalharíamos juntos para tirar os bobocas do pé do meu marido, também pai dele.


E será que vocês lembram quando disse que morria de medo do pestinha ser um empata foda? Ah, eu cuidei muito bem disso.


A prova era o dia em que eu e o Jimin chegamos do trabalho no pique. Demos atenção para o JunHyun e o colocamos para dormir, só para sairmos já pelo corredor nos agarrando, indo aos tropeços para o quarto. Aquela noite iria ferver, ah se ia. Eu beijava Jimin com todo o amor que tinha, passando minhas mãos por aquele corpinho maravilhoso, o explorando como bem entendia com a minha boca. Jimin era só gemidos, todo entregue e submisso para mim, perfeito. E quando eu estava prestes a tirar nossas últimas peças de roupa, eis que a porta do quarto se abre, e JunHyun entra no recinto com aquela carinha de sono agarrado a um ursinho engraçado de um pato.


— Perdi o sono, appa — murmurou ao que me viu, logo fazendo uma carinha cômica de confusão ao que me viu em cima do Jimin — O que estão fazendo?


Jimin arregalou os olhos e estava pronto para me jogar para escanteio enquanto tentaria fazer uma criança de sete anos entender e não entender o que se passava, quando fui rápido em o prender abaixo de mim, ficando no meio das pernas dele mesmo, para provocar.


— Estou cuidando de seu papai agora, Jun — sorri, como se tivesse acabado de o perguntar se queria sorvete — Lembra do Lepo Lepo? — ele assentiu — É o que estamos fazendo agora, mas você atrapalhou, e qual é a regra?


— Nunca atrapalhar o Lepo Lepo — respondeu sorridente. Ah, que orgulho desse garoto.


— Exatamente. Então volte a dormir e talvez amanhã eu te dê mais uma bola de sorvete de sobremesa.


Ele correu para fora todo animado. E eu, feliz e excitado, voltei a dar atenção para o amor da minha vida.


— Você só pode estar de brincadeira, Jeon JungKook! — exclamou tentando soar bravo, mas ele segurava o riso — É isso que ensina pro nosso filho?


— Manual Anti-Empata Foda, licença.


É, eu aprendi a lidar e amar JunHyun e tudo que nele compõe, assim como sei que JunHyun também aprendeu a me amar e lidar comigo. Aprendemos juntos como era um relacionamento de pai e filho.


JunHyun preencheu um espaço na minha vida e na de Jimin que, até então, eu não desconfiava ter. Claro que mais confusões estava por vir, mais brigas e reconciliações, mas eu me esforçaria para que tudo continuasse bem, perfeito, mesmo eu ainda sendo um protótipo de papai.

28 de Janeiro de 2019 às 13:47 2 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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Anne (miyosin) FICWRITER // "Escrevo para me encontrar, pois quando um homem não encontra a si mesmo, não encontra nada". // JM!Bottom <33 KookMin Forever

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Maira  Pareja Maira Pareja
Siempre he dicho JIMIN UKE nunca IN-UKE . Vamos apoyen está revolución .
August 28, 2019, 23:31
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