Sojung chegou cansada no dormitório.
Tudo estava estranhamente silencioso, mas é óbvio que aquilo não durou muito tempo. Assim que abriu a porta do quarto, ouviu um gritinho que a fez pular no lugar.
– Unnie, você voltou! – Exclamou Soobin sorrindo largamente e a outra respirou fundo, colocando a mão no coração acelerado.
– Por Deus, Soobin. Quando vai parar de me assustar desse jeito? – Ofegou ainda surpresa e a mais nova riu levantando-se rapidamente.
Sojung foi lavada com uma enxurrada de palavras. Soobin tagarelava sem parar sobre diversos assuntos ao mesmo tempo e a pobre Exy sequer sabia no que prestar atenção primeiro. Talvez devesse estar acostumada, já que todos os dias era praticamente a mesma coisa, mas concluiu que nunca conseguiria.
Soobin a seguia ao redor da casa falando sem parar enquanto Sojung comia algo e se trocava no quarto. Sabia que os comentários aleatórios era apenas para irritá-la, já que a Park sabia que a mais velha gostava de paz quando o dormitório estava vazio como naquele dia, pois gostava de descansar quando tinha o mínimo de tempo possível sobrando.
Sentou na cama após estar finalmente em seu pijama, fechando os olhos enquanto ouvia Soobin em um monólogo sobre o quanto havia gostado das roupas do comeback anterior, quando foi interrompida pela mais velha.
– Binnie, pelo amor de tudo o que é mais sagrado, fique quieta ou juro que vou... – Ergueu o travesseiro no alto, como se indicasse que iria agredi-la.
– Vai o que? – Incentivou a mais nova como se a desafiasse e Sojung bufou largando o travesseiro de lado. Levantou-se e marchou até a cama ao lado, enfim a enchendo de cócegas. As palavras se foram e agora o único som ecoando dentro do quarto era a gargalhada alta de Soobin, que se contorcia sob os dedos longos de Exy que a pinicavam aqui e ali.
Quando cansou, a mais velha caiu na cama ao lado da outra que ainda se recuperava do ataque de risos e limpava as lágrimas de seus olhos.
– Ugh, você é tão fofa que eu mal posso te agredir. – Resmungou apertando as bochechas gordinhas e Soobin riu mais uma vez, encarando-a de baixo.
– É verdade, você me ama – Afirmou com um sorriso convencido e Sojung deu de ombros.
– É verdade. – Repetiu. – Tenho vontade de te bater tanto quanto tenho de te beijar.
– Se quer saber, eu passo os tapas, mas aceito os beijos – Exy rolou os olhos, mas sorriu também, inclinando-se para beijar os lábios doces que tanto gostava.
Era sempre a mesma rotina: Soobin enchendo a paciência de Sojung e tirando-a do sério, para no final acabarem aos beijos enquanto o sol se punha do lado de fora do dormitório. Exatamente como tudo deveria ser.
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