cecifrazier Ceci !!!

Eu estava fora de mim. Pensando em cada momento que tive durante a briga com Midoriya, revi cada detalhe que me lembrava. Em partes, o arrependimento toma conta da minha mente, mas por outro lado, me recuso a acreditar que os atos dele não tiveram segundas intenções. Se Midoriya não sentisse o mínimo de culpa, ele não teria pegado suas coisas e saído do nosso apartamento. E eu só conseguia pensar em uma pessoa na qual ele poderia ter recorrido: Todoroki Shouto. Por causa daquele cara, Midoriya começou a ficar estranho comigo. Ele colocou senha no celular, às vezes recusava as minhas caronas da faculdade para casa e ainda mentia sobre com quem estava. Mentiras e mais mentiras, eu não aguentava mais. Fui paciente por todos aqueles meses até que chegou a noite que explodi. Eu não aguentava mais, então eu o matei [...]


Fanfiction Anime/Mangá Para maiores de 18 apenas.

#bakudeku #tododeku #bnha
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Prólogo


Julho, 2009. 

Um novo período se iniciava no curso de Letras da UA, renomada faculdade do Japão. O jovem Midoriya, aspirante a professor, estava tão animado! 

Desde pequeno gostava de ensinar. Seja sua mãe, seus coleguinhas de classe e até mesmo seu cachorro, que não entendia uma palavra que a criança falava. Apesar de tão jovem, mantivera-se focado nos estudos, pois achava que curtir com um futuro garantido era o melhor a se fazer. 

Mas, como ninguém é perfeito, certa noite ele acabou indo à uma festa há dois anos, por tanta insistência de seus amigos, Uraraka Ochako e Iida Tenya. 

Eles também não eram desse meio, porém achavam que estando todos juntos não teria problema.

Oh, sim, teve problema. Um grande problema iniciado por um drink de presente e 20 chamadas perdidas no celular do nerd que sumiu na balada; encontrado apenas no dia seguinte, na casa pertencente ao ex-valentão do colegial, agora, formado em medicina há três anos no longínquo ano de 2007. 

Ou melhor, na cama deste, mais conhecido como Bakugou Katsuki.

Com o tempo, a relação entre ambos passou de encontros casuais, vindo a tornar-se algo bem mais sério. E mesmo com a diferença de oito anos de idade, eles se davam bem.

Enfim.

Não faltava muito para Midoriya Izuku completar dois anos na faculdade, e então faltariam só mais dois anos. Ele mal conseguia esperar para lecionar de verdade.

— Amor, hoje eu vou de ônibus, tá bom? — Midoriya disse ao namorado. Estava terminando de tomar café. — Eu ainda vou passar no banco pra sacar dinheiro, pode ir pro consultório direto.

— Não tem problema, eu te levo. — Bakugou bocejou.

— Mas você não precisa chegar cedo hoje?

— Já disse que não tem problema. — O loiro cheirando a orvalho, beijou o pescoço repleto de sardas do outro. — Podem te sequestrar...

— Não, não vão. — Izuku decidiu deixar a xícara sobre a mesa, antes que acabasse derrubando. Ele mordeu o lábio inferior quando sentiu aquelas mãos tão habilidosas apertarem sua cintura. — Ei, agora não...

— Bora, uma rapidinha depois do café não faz mal. — Ele riu ao pé do ouvido de Midoriya e 

se afastou. — Adoro essa sua carinha. 

— Q-quando eu chegar em casa vou fazer karaage... ou você quer korokke? — O esverdeado se levantou e deixou a louça na pia. 

— Vou chegar mais cedo e te ajudar a fazer os dois. 

Midoriya sorriu bobo, pois Bakugou era tão gentil. Na verdade, ele aprendeu a ser com o tempo. Muitas vezes, o loiro falava e agia de uma forma que o magoava, afinal, ele sempre teve um temperamento agressivo. Entretanto, Bakugou havia mudado e muito. Agora, pensava antes de falar quando estava com raiva, porque tinha medo de deixar Midoriya triste.

— Vamos então? — Izuku deu um beijinho na bochecha do namorado.

— Vamos. — Bakugou sorriu.

 o o o

Midoriya caminhava até sua sala, passando pelo corredor cheio de cartazes sobre futuros eventos próximos, como palestras ou mostras. Ele participava da maioria, ou pelo menos tentava. Sempre ficava empolgado com projetos assim, era uma das coisas que mais gostava. 

Ele entrou na sala e automaticamente, espirrou. Talvez o ar-condicionado estivesse potente demais, entretanto, Midoriya andava preparado: moletom, lenços de papel e sorine. 

Nunca se sabe quando pode pegar um resfriado devido à baixa temperatura e tendo um médico em casa, era quase impossível se descuidar. 

— Oi, Midoriya, bom dia. — Momo Yaoyorozu, apenas a garota mais inteligente da classe, o cumprimentou. 

— Bom dia, YaoMomo. — Izuku sorriu. — Você poderia aumentar o ar? É que tá tão frio, que meu nariz arde. 

— Ah, sim, tudo bem. — Momo se levantou a fim de buscar o controle do ar-condicionado. 

Ela era praticamente a única amiga de Midoriya no curso, pois os outros universitários, bom... eles não pareciam gostar muito de interagir.

O esverdeado colocou suas coisas sobre a carteira e vestiu-se com o moletom. Era de Bakugou, então estava impregnado com o cheiro deste. Izuku não negaria, adorava sentir o cheiro do mais velho e aquilo o acalmava, porque salas de aula o deixava um pouco ansioso. 

No ensino fundamental, por exemplo, ele não tinha um amigo sequer. Por algum motivo, todos o viam como um estranho ou coisa assim, mas tudo melhorou quando chegou no ensino médio. Parecia que naquele momento, tinha amigos de verdade. 

Midoriya olhou ao redor a fim de ver se Momo já havia retornado e pendeu levemente a cabeça para o lado. Tinha um aluno novo, o que era impressionante, pois transferências eram feitas apenas por indicação e isso significava que ele deveria estar no mesmo nível de Momo, em quesito inteligência. 

O tal transferido lhe parecia familiar, talvez já estivesse estudado com ele em alguma ocasião. Porém, não fazia sentido, afinal se lembraria de alguém tão cativante. 

Ele possuía cabelo de duas cores diferentes, vermelho do lado esquerdo e branco do lado direito; olhos heterocromáticos, um azul e outro cinza e uma cicatriz no rosto, mais parecida com queimadura. 

Sim, para Midoriya, aquele rapaz era muito cativante. 

Com certeza se não estivesse apaixonado e namorando Bakugou, venceria sua timidez e se aproximaria. 

— Pronto, Midoriya. — Momo chegou perto do garoto, que se encontrava aéreo. — Está em 23 graus, nem quente, nem frio.

— YaoMomo, não sabia que tinha um aluno transferido. — Izuku murmurou, desviando o olhar recluso. 

— Oh, é verdade, eu tinha me esquecido. — Ela deu uma risadinha quando percebeu as bochechas coradas do colega. — Todoroki Shouto, ele passou em primeiro lugar no curso de Letras na Shiketsu, só que sua nota foi tão alta a ponto de cobrir até a minha. 

Dessa vez, Momo cruzou os braços. Claramente ela estava incomodada com aquele fato. 

— Então ele foi transferido para cá, pois a UA solicitou. 

— Pensei que o stalker fosse eu. — Midoriya abriu um sorriso e coçou a nuca.

— Apenas fiz uma pesquisa. — Momo respirou fundo. — Espero me manter no pódio. 

— Certeza que vai, você é a pessoa mais inteligente que conheço. 

— Você é muito gentil, Midoriya. — Ela agradeceu com um afagou nas madeixas verdes do colega. O gesto não era muito comum, mas o fizera mesmo assim. — Bom, vou me sentar antes que a aula comece. 

— Certo. — Izuku a viu ir até sua própria carteira, ironicamente, na frente à de Todoroki. 

Ah, pobre aspirante a professor. Estava começando a se sentir culpado por observar demais o novato, ou melhor, eram escancaradas aquelas olhadas para ele. Simplesmente, não conseguia se concentrar na matéria, a não ser naquele rapaz tão diferente de tudo o que já vira antes. 

Não! Midoriya precisava parar! Amava Bakugou e não podia ter olhos para mais ninguém. 

Em todos os anos de relacionamento, várias pessoas apareceram em sua vida —oportunidades, como muitos diriam —, e sequer prestava atenção nas segundas intenções destas, sempre recuava ao percebê-las. 

Mas... sentia uma vontade enorme de se aproximar de Todoroki, por algum motivo que ainda não conhecia. 

Bom, ele nunca teve muitos amigos e aquele rapaz realmente parecia ser uma boa companhia. Momo com certeza o ajudaria, afinal ela sempre conseguia se dar bem com todos. 

Um amigo a mais não parecia tão ruim assim. 


1 de Janeiro de 2019 às 06:29 0 Denunciar Insira Seguir história
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