sonumber Nana Li

Jongdae apenas precisava que Minseok a dissesse que não precisava sair de casa e ir para a escola outra vez... Porque Jongdae não queria sair nem mesmo de dentro de si mesma, nunca mais. [Fem!Xiuchen][TW!Abuso]


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#xiuchen #exo #femxiuchen #tw-abuso #angst #drama #oneshot #os #xiumin #chen
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There's supposed to be a cheat code for happiness


notas iniciais: a história trata de abuso sexual, portanto, peço que se for algum tipo de gatilho, não leia.


“Morra, morra, morra, morra....”

Jongdae murmurava para si mesma, falando sozinha como sempre. Seu quarto escurecido era uma bagunça, combinava com a garota no geral. Seu quarto era uma boa metáfora de si mesma. As cortinas estavam bem fechadas, a cama em que se sentava tinha os lençóis e cobertores revirados, havia revistas em quadrinhos empilhadas pelo chão e sacos de salgadinhos e desenhos realísticos e impressionantes na escrivaninha.

A única luz vinha do aparelho de televisão ligado à sua frente. Em meio à toda simplicidade, o aparelho se destacava juntamente ao computador e ao videogame, todos de última geração. Não era à toa que todas as suas prateleiras, se não cheias de quadrinhos, eram cheias de jogos: Jongdae ganhava a vida testando-os e dizendo o que achava sobre isso.

A tela brilhava em azul e refletia imagens diversas em seus óculos de grau. Os cabelos estavam presos em um coque no topo da cabeça, emaranhados e despenteados como se não os tocasse a menos que para prender há mais de cinco dias. Não era mentira, qual fora a última vez que os lavara? Jongdae não gostava muito de lavar o cabelo, nem de tomar banhos longos. Não gostava de sair do quarto, na verdade. Imagine então sair de casa...

Algumas batidas fracas vieram da porta. Como sempre, Jongdae as ignorara. Não conseguia prestar atenção em nada que não fosse atirar nos irritantes alienígenas ao apertar incansavelmente cada um dos botões gastos. Mesmo que murmurando para si mesma, sua mente não saía do jogo tão facilmente. Era como se estivesse em uma bolha azul, onde o som e qualquer outra coisa não entravam. Aquela era sua área de conforto.

Não viu quando a porta se abriu, apesar de Minseok a fazer com um movimento brusco. Minseok era brusca. Era uma menina um tanto bruta, na verdade, apesar de doce. Era o tipo de garota que não conseguia controlar sua força, mesmo que nunca tivesse verdadeiramente intensão de machucar.

Jongdae não a vira até que esta pulasse sobre seu corpo na cama, esmagando-a em um abraço meio de lado, por causa da posição dos braços de Jongdae. Minseok a apertava fortemente, e Jongdae sentia os braços doloridos na região dos ombros, mas não deixava de gostar. O carinho da garota mais velha sempre foi bem-vindo, em qualquer momento, mesmo que fosse sempre um tanto desastroso.

“Dae! Você nunca ouve quando eu chego!” Ela choramingava, apertando-a contra suas bochechas gordinhas. Minseok jogou seu peso contra o corpo da outra, fazendo-a não ter escolha a não ser deitar-se na cama e deixar de lado o jogo, apesar de ter insistido um pouco a ter o controle em mãos, pelo menos até que matasse os últimos três alienígenas e conseguisse o checkpoint. “Vai conversar comigo agora?” Minseok perguntou, depois de assistir quieta à amiga jogar.

“Nós já estamos conversando.” Jongdae a respondeu, em tom ameno. Apesar de um tanto ríspida com outras pessoas, Jongdae não conseguia tratar Minseok de uma forma que não fosse carinhosa. Minseok era sua exceção. Havia sete bilhões de pessoas que Jongdae odiava no mundo, incluindo a si mesma, mas Minseok parecia ter vindo de um lugar fora dali, fora daquela massa de hipocrisia e ódio. Minseok era a única pessoa no mundo que Jongdae não odiava.

“Não é uma conversa se você nem ao menos olha para mim...” Ela tornou a reclamar, baixinho, passando os dedos pequenos pelo cabelo embaraçado de Jongdae. Esta virou seu rosto para a amiga de longa data, olhando-a como se esperasse que dissesse alguma coisa. Jongdae não era boa em começar conversas.

“Você vai voltar para o colégio depois destas férias, não vai?”

Ali estava. Jongdae sabia que viria. Vira nos olhos da mais velha que ela pediria aquilo outra vez. Minseok sempre repetia a mesma coisa todos os semestres, e sempre que vinha lhe visitar em casa. Ela não desistia. Nunca desistia. Nunca lhe deixaria em paz sobre aquele assunto.

Jongdae erguera-se na cama, pegando a manete de volta para jogar. Queria se distrair daquele assunto, fugir dele como sempre fazia. Minseok sentara-se também, suspirando cansada. Jongdae estava rígida, podia ver sua mandíbula cerrada pela luz que vinha da televisão. Minseok abrira uma das cortinas, vendo seus olhos castanhos brilhantes fecharem-se um pouco com a claridade.

“Pode fechar, por favor? Eu não consigo ver o que estou fazendo.” Jongdae pedira, mas Minseok não tornara a tocar nas cortinas, e ela tivera que deixar cair o controle sobre as coxas magras. Bem, pelo menos estava salvo.

“Você precisa voltar. Sei que não é um ambiente confortável para você, mas não pode passar sua vida inteira desse jeito.” Minseok dissera, repetindo o mesmo discurso de sempre. Jongdae queria não prestar atenção no que ela dizia, mas não conseguia se concentrar no jogo também, então apenas fingia que não estava ouvindo.

“Não vou voltar.” Ela disse, com toda a certeza em sua voz. Minseok cerrou os lábios gordinhos, prendeu aquela raiva que florescia em seu interior sempre que Jongdae resistia, e fechou de volta a cortina para que parasse de incomodar seus olhos.

“Você precisa! Vai ficar o resto da sua vida em uma cama? Jogando videogame? Você não tem vontade de terminar seus estudos e conseguir um emprego de verdade, Dae?” Ela perguntara, tirando os pés de cima da cama ao se sentar ao seu lado, fitando seu rosto o tempo todo. Estava séria. Nunca brincava com aquele assunto, e por isso Jongdae sabia que ela estava certa. Mas não podia concordar com aquilo. Não conseguia sair nem ao menos do seu quarto, direito, imagine sair de casa e ir para a escola!

“Eu estou bem assim. Enquanto estiver ganhando dinheiro, não preciso me incomodar com nada.” Jongdae rebateu, apertando alguns botões aleatoriamente enquanto outra cena carregava no jogo. Minseok, no entanto, negou com a cabeça, suspirando.

“Não está bem assim. Está perdendo um mundo inteiro lá fora. Você pode jogar sempre que quiser, mas qual foi a última vez que se arrumou para sair? Quando você tomou um sorvete lá fora, ou quando foi que, ao menos, tomou sol? Você está nesse quarto há uma semana! Sua mãe disse que não quer nem ir buscar comida na cozinha.”
Jongdae ficara calada outra vez, sentindo um bolo na garganta que a impedia de engolir ou respirar normalmente. Minseok desviou o olhar de si para seus próprios pés, ficando caladas por alguns minutos.

“Sei que a situação...Não foi boa. Sei que isso te incomoda ainda. Eu não posso entender porque não foi eu quem senti. Mas, por favor, não deixe sua vida ser atrapalhada por isso, okay?”

Minseok se recostara à amiga lentamente, baixando a saia de uniforme da escola, que subira quando se sentara na cama. Jongdae deixara o jogo de lado, baixando a cabeça, envergonhada. Não gostava de saber que decepcionava tanto Minseok. Era a pessoa que mais amava no mundo e é claro que não queria decepcioná-la! Mas, céus, como poderia?

Queria dar a ela a certeza de que levantaria no fim das férias às seis da manhã, e que tomaria um banho, vestiria o uniforme esquecido no fundo das gavetas e a acompanharia de bicicleta até o colégio. Se pudesse, Jongdae prometeria de dedinho que levaria os polvos de salsicha que ela gostava de roubar de seu lanche, para que as duas dividissem, sentadas no jardim. Queria prometer à Minseok que ficariam depois da aula para ler Bokura Ga Ita na biblioteca, e que a levaria na garupa de volta para casa, enquanto assistiam o pôr do sol e tomavam sorvete.

Mas como poderia?

Se o castigo por Minseok ter faltado àquela aula fora nunca mais ver o sorriso de Jongdae, o de Jongdae era nunca mais poder ser os motivos para o sorriso de Min.

“Você está tremendo, Dae...” A menina mais velha comentou, e Jongdae tentou ignorar seu tom choroso e quebradiço. Ela como ouvir dela que estava sangrando, a preocupação em sua voz era palpável. Os olhos doces desceram do rosto quadrado para as mãos que, postas sobre as pernas, tremiam como se a temperatura do quarto tivesse caído em alguns graus. E Minseok desejou que passar as mãos pequenas de palmas quentes por seus braços fosse o suficiente para aquecer o coração que há tempos se tornara gelado. Fazia tempo que ela não deitava no colo da amiga para ouvi-lo bater, e desde então era como se Jongdae estivesse morta.

Jongdae não conseguiu conter quando os olhos tornaram-se piscinas profundas de mágoas antigas. Seis meses. Há seis meses tremia em pensar no colégio, no uniforme ou no refeitório. Tremia ao pensar nos garotos, na insistência. Tremia ao pensar em Minseok. Tremia ao pensar em sair de casa, em olhar para as janelas, em ir até a cozinha, em ir até o banheiro, em sair do quarto, ou em sair da cama. De pouco a pouco, Jongdae começava a temer sair de seu próprio corpo.

Não queria. Jongdae poderia dizer em voz alta milhões de vezes que não queria tremer daquela forma quando o assunto vinha à tona, porque sabia que assustava Minseok. Sentia-se um monstro, egoísta. Porque Minseok, ali quieta, tomando suas mãos com carinho, queria que ela curasse, e Jongdae não conseguia fazer nada por si mesma.

Como no mundo poderia causar um choro tão sentido como aquele que acometia sua melhor amiga? Jongdae sussurrou para si mesma que não queria que ela chorasse, mas Minseok não deve ter ouvido. Jongdae quis estar bem para que ela nunca mais tivesse que chorar por si. Quase mais doloroso que o seu próprio choro, era o dela. Minseok olhava para seu rosto, para suas mãos trêmulas, e tremia e soluçava como se ela tivesse sofrido pessoalmente tudo aquilo.

Jongdae guardava para si a culpa por não conseguir dizer que a perdoava em voz alta. É claro que não era culpa dela. Como poderia saber? Mas Minseok sofria, corroída por dentro por não ter estado lá para impedir. Jongdae via isso nos olhos castanhos, na boca pequena que perdia a cor. Estava se torturando nos últimos meses, Jongdae sabia que sim.

Por tudo o que aconteceu e que não pôde ser evitado, Minseok nunca mais desenhou elas juntas em uma bicicleta, nem contou para ninguém que passavam os aniversários juntos em festas do pijama. Minseok jurou uma vez para Jongdae que ela seria seu maior segredo dali para frente, para protege-la do mundo lá fora. Jongdae rira consigo, achou irônico. Ela vivia querendo arrastá-la para sentir o sol na pele, mas ela mesmo temia o quanto Jongdae poderia se queimar.

Quem não temia mais? Jongdae não sabia como Minseok podia conviver com o medo dia após dia sem se encolher no quarto.

“Você vai me prometer, Dae? Que vai tentar?” Minseok pediu outra vez, procurando um jeito de olhá-la. Os dedos correram até o elástico em seu cabelo e soltou-o para que caísse como uma cascata ao redor de seu rosto. Prometeu-se que seria a última vez que torturaria Jongdae com aquela conversa, mas já havia prometido aquilo a si mesma um milhão de vezes. Não conseguia cumprir. Enquanto passava os dedos pelos nós, tirando uma parcela muito pequena daquele embaraço que eram seus cabelos, ela sentiu penosa os ombros magricelos tremerem.

“Para quê, Min? Para sentir tudo na pele de novo?” Ela esbravejou, num grito que estava engasgado e entalado há um tempo mais longo do que podia contar. Foi a primeira vez que se olharam, naquela tarde, assim olho no olho. Minseok podia sentir a dor de Jongdae através das íris amendoadas, tão forte como se fosse sua, esfolando sua própria pele branca. Olharam-se tão profundamente que Minseok pôde ver refletidos nos olhos molhados tudo o que Jongdae viu enquanto aquilo aconteceu.

“Então troque de colégio. Vá para outro lugar.”

“Eu não quero sair de casa.” Jongdae chorou. Minseok sempre esteve ali enquanto era fraca, mas era tão doloroso deixa-la saber o quanto estava doendo... Jongdae quis esconder-se, e se debruçou contra o próprio corpo. Não deixou que Min visse suas lágrimas. Se ela não as visse, talvez se sentisse melhor. Por isso tapou os olhos com as mangas do moletom velho, secou os rastros, mas o que poderia abafar a voz vacilante que tentava pedir desculpas de novo e novo? O que abafaria aquele engasgo que a garganta apertada produzia sempre que tentava prometer que tentaria?

Jongdae não prometeu mês passado?

E mês retrasado?

E no dia seguinte a tudo?

E depois de ouvir falar que sequer deu manchete, e que ninguém fora penalizado juridicamente? Que os dois garotos foram expulsos e só?

Quantas vezes, por Minseok e apenas por Minseok, Jongdae tentou jurar que iria voltar para o colégio e continuar vivendo como a menina normal que sempre foi? E o que aconteceu entre um momento e outro, que fez a dor crescer como um balão alimentado de mágoa, e a sufocou para dentro de seu quarto?

Que a fez faltar no primeiro dia depois do incidente, como justificavelmente doente pelo trauma, mas que continuou tirando seu ar toda vez que tentava olhar para o lado de fora? Jongdae queria sentir o sol na pele, talvez ver as pessoas, mas o único rosto no mundo que a trazia conforto era o de Minseok. A única imagem no mundo que não trazia um ardor intenso no âmago eram os traços amáveis de sua única amiga e da única pessoa que amava.

Minseok, que cobria seus machucados com bandaids e dizia que iria sarar. Minseok, que dava beijinhos em suas bochechas e dizia que ela era linda. Minseok, que a vestia em vestidos, pensando que poderia ser uma imagem adorável. Minseok, que não mais conseguia curar dores com beijos, porque beijos de repente tornaram-se culposos, dolorosos, e memórias asquerosas que rastejavam para o fundo de suas gavetas, junto ao uniforme imundo de sangue e sêmen.

E Minseok tentou tantas vezes curar as feridas... Jongdae não a culpava por não saber curar coisas que não se pode ver. Minseok passou os braços ao seu redor, deitou-se contra suas costas como se pudesse cobri-la de toda a dor, de tudo o que a assustava no mundo. Minseok segurou suas mãos para que Jongdae visse que havia ali, naquele pedacinho de mundo que ela era, um lugar seguro para onde fugir, um pilar para se apoiar. Mas seu interior ainda ardia como o inferno. As memórias ainda a apavoravam como monstros. Jongdae ainda se sentia pequena e humilhada. Jongdae ainda se sentia sozinha e esquecida.

Esquecida entre gritos, entre corredores, entre mesas, entre ecos que não chegaram a lugar nenhum. Ninguém ouviu Jongdae gritar. Ninguém ouviu que ela queria que parasse, ou que estava doendo, nem que estava sangrando. Minseok estava longe demais, naquele momento, para salvá-la. Então Dae tremia como se ainda estivesse naquele mesmo lugar, sob os mesmos corpos, imposta sob as mesmas forças, posta num pesadelo seguido de uma paralisia que nunca realmente fora embora.

Jongdae estava no maldito checkpoint do qual não conseguia passar, presa naquele lugar, agonizando de tanto tentar de novo e de novo. Era um jogo difícil, ela pensava nisso toda noite e sinceramente... Jongdae queria parar de jogar.

Não aguentava mais o cenário. Não suportava olhar para seu corpo, fosse no espelho ou no banho. Não suportava estar ali dentro, vendo tudo por aqueles olhos. Não suportava mais ouvir os próprios gritos ou sentir os tapas que a tonteavam toda vez que tentara se soltar.

“Você não precisa ir para a escola, Dae....” Minseok sussurrou, entre um soluço e outro. Entre a cortina de cabelos emaranhados, ela via o rosto destruído de quem havia sido um dia uma menina normal. Costumava ser linda. Minseok parava para pensar na monstruosidade do ato sempre que o via refletido ali, naquele rosto que nunca mais mostrou nada além de terror. Seis meses atrás, mas Jongdae ainda não havia deixado de sentir como se fosse ontem, ou como se fosse agora. Não havia um segundo que fosse que não temesse ou se perguntasse se podia ter feito algo para evitar, estivesse ela enterrada sob seus escombros, dormindo para não ter que pensar, ou anestesiada pelos jogos. Por que sentia-se tão burra sempre que revivia aquilo, mesmo depois de Minseok beijar seu rosto e dizer que ela não tinha culpa?

Por que é que a boca amargava quando olhava para si mesma e se perguntava se havia merecido tudo aquilo?

Jongdae não levantou, não quis mostrar seus cacos, mas Minseok estava ali para tentar juntá-los entre os dedos pequenos, mesmo assim. Ela escorreu as mãos pelas costas magras, sentiu as costelas e a linha de sua coluna, e escondeu sua preocupação e tudo de ruim que tomava seu peito, cada uma daquelas sensações penosas. E puxou o rosto de Jongdae, para mergulhar nos olhos opacos que refletiam à tela de pause de um jogo qualquer.

“Não quero sair daqui, Min...” O lábio inferior da garota tremeu, porque ela estava sempre tomada pelo frio de ter medo todo segundo de sua vida. Os olhos emergiram para os seus para buscar por um ar que pudesse respirar, que não fosse a podridão que se tornava seu interior violado, tomado por monstros. Buscou por compreensão. Minseok assentiu, passou os dedos quentes pela pele fria. Jongdae buscou o tecido leve de suas roupas, e Minseok vestia-se como um anjo.

Foi acolhida entre braços amorosos, segurada, mas Minseok sentia Jongdae desfazer entre seus dedos. Sentia os fios quebrados de cabelo enrolarem-se em seus dedos e ali ficarem. Sentia a carne encolher, os ossos virarem pó. E Jongdae escondia-se mais em si mesma do que escondia-se no quarto.

“Você não precisa sair daqui. Esqueça o que eu disse.”

E por dizer isso, Minseok desligava a televisão, o videogame, deitava na cama fria, acolhia o corpo inerte entre os braços e se perguntava se um dia passariam daquela fase, e se era uma fase. Jongdae fechava os olhos, sentia o perfume de casa, esperava que o calor a fizesse parar de tremer...

E desejava profundamente que alguém apertasse o maldito botão e acabasse com aquilo tudo, que a desplugassem da tomada. Porque não importava o quanto comparasse, a metáfora nunca era uma representação literal e não haveria um cheatcode para felicidade.

E enquanto Minseok dormia, “morra, morra, morra...”, Jongdae murmurava.

25 de Outubro de 2018 às 02:59 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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Nana Li apaguei-me e fugi de casa, para um lugar onde não precisasse ser uma casca ou uma máscara, ou onde pudesse ser somente a consciência que vive dentro dela. (nana + ficwriter + kaisoo + exo)

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