sankdeepinside Lara Franco

Diante da chegada alarmante da ZYX Corp no mercado coreano, fazendo os números da KJM Enterprise despencarem, Junmyeon se vê obrigado a entrar no jogo de interesses dos jovens empresários. Entretanto, competir não é seu forte e ele acaba preferindo criar amizade com aquele que deveria ser seu maior rival. ceo!au • sulay


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Capítulo Único


Kim Junmyeon tinha o cenho franzido enquanto ouvia Oh Sehun falar. Preocupado, o vice-presidente apresentava ao CEO uma série de gráficos comparativos com o desempenho da KJM Enterprise no último bimestre.

– Estamos perdendo público. – Ele disse por fim, mas aquilo era evidente nos números. – Nunca tivemos uma queda tão significativa em todos esses anos, é preocupante. A chegada da ZYX Corp na Coreia do Sul pode estar diretamente ligada a essa queda. Me parece que nós temos um oponente, Junmyeon-ssi.

Ao ouvir aquelas palavras, o CEO soltou um longo suspiro. Conhecendo bem seu vice-presidente, Junmyeon sabia que Sehun iria pedir que ele jogasse duro com seus oponentes.

– Entendo. Bem, não é como se fosse a primeira vez que tivéssemos um concorrente à altura da nossa marca. Precisamos pensar em estratégias de vendas e investir em marketing, chame nossos marqueteiros, irei me reunir com eles esta semana.

– Isso não é o suficiente. – Sehun dissera e Junmyeon não se surpreendera, ele conhecia bem como a mente de seu amigo funcionava. – Precisa jogar duro, Junmyeon, não podemos ser passados para trás por uma marca chinesa! O nosso prejuízo não pode ser desconsiderado.

– O que você tem em mente? – Dissera seguido de um suspiro.

– Você tem aquela convenção para jovens empresários na semana que vem, ele provavelmente vai estar lá.

– Quem?

– Zhang Yixing. O chinês, CEO da ZYX Corp. Ele deve ter quase a mesma idade que você e deve estar à procura de aliados para criar suas raízes aqui. Deve aproveitar essa oportunidade e tentar sondá-lo quanto a suas intenções.

– Não gosto disso. Por acaso esqueceu do fracasso horrível que aconteceu quando me mandou sondar aquele possível investidor chinês ano passado? Eu quase apanhei. – Junmyeon respondera com um bico e Sehun revirara os olhos, abrindo um sorriso em seguida.

É claro que o vice-presidente ainda se lembrava do fiasco que fora Junmyeon tentando usar seu mandarim enferrujado. Ao confundir a pronúncia de uma palavra o empresário se irritara com o Kim, acreditando que ele o estava ofendendo e quase partira para as vias de fato.

– Impossível de esquecer. – O mais novo dissera e ajeitara os óculos arredondados na face. – Eu preciso que você seja mais firme, Junmyeon-hyung, a impressão que dá é que você está bem com tudo e todos, que não tem interesse em sobressair sobre eles. Precisa competir, colocar medo nos seus oponentes.

– Eu não preciso fazer isso, o nome da nossa empresa já tem respeito o suficiente para as pessoas terem cautela conosco. Além disso, acredito em competição saudável, não sou como você, que vê tudo como uma ameaça a ser derrubada. Eu venço jogando lindo, dando o meu melhor. Equilíbrio, Sehun, não há nada de errado com isso.

– Você é muito despreocupado, pelo amor de deus! Vá falar com Zhang Yixing e não volte sem o mínimo de informações úteis!

– Minha nossa, quando foi que você ficou tão competitivo? Parece meu pai.

– Se eu falir por sua causa eu vou te excomungar pelos próximos 50 anos.

Junmyeon não aguentou e começou a rir. Sehun tinha aquele poder incrível de deixá-lo contente mesmo em meio a uma bronca. Era grato por ter um amigo tão bom e preocupado, se havia conseguido chegar tão longe tinha certeza que ele tinha um grande mérito.

– Me envie o que tiver de informação sobre Zhang Yixing. Farei o meu melhor.

– Certo, vou pedir para minha secretária fazer um apanhado. Também vou pedir para marcarem sua reunião com nossa equipe de marketing.

– Obrigada Hunnie, não sei o que faria sem você.

– Viveria em segundo lugar, provavelmente. – O mais novo abrira um sorriso torto e em seguida se retirara.

Apesar do excesso de bondade, Junmyeon ainda era um homem extremamente competente e inteligente. Sehun admirava sua capacidade de não ter inimigos. Era benevolente e nem mesmo os donos de empresas que perdiam o lugar com frequência para a KJM Enterprise conseguiam odiá-lo. Aquele era um dom, de fato.

Sabia que talvez fosse um pouco exagerado de sua parte tentar forçá-lo a ir contra a própria natureza, mas Sehun tinha medo que alguém acabasse puxando o tapete deles. Acreditar na bondade dos outros era arriscado, por isso precisava que seu líder tivesse pulso firme para lidar com oponentes.

Alguns poucos minutos mais tarde, um e-mail da secretária de Sehun chegara na caixa de entrada de Junmyeon. Ao abri-lo, mover a sobrancelha em um arco fora quase inevitável.

Descobrira que Zhang Yixing era apenas alguns meses mais novo que Junmyeon, mas, diferente do empresário coreano, o chinês tinha uma lista extensa de escândalos e rumores na mídia. Aparentemente, Yixing gostava de festas extravagantes e noites com companhias que iam além do que era de se esperar. Os rumores era de que ele não dormia apenas com mulheres, mas com todo o tipo de pessoa que despertasse seu interesse.

Aquela informação fora mais do que suficiente para deixar Junmyeon intrigado. Conhecer o empresário chinês poderia ser interessante.

Yixing chegara à convenção acompanhado de sua secretária. Se dependesse de sua própria capacidade de reconhecer rostos, ele dificilmente conseguiria qualquer aliado ali. O único problema residia no fato de sua pequena secretária também adorar fazer o papel de mãe.

– Preste atenção, chefe, esse é um ambiente de ne-gó-ci-os. – Disse pausadamente. – Sei que um fim de semana em um hotel pode ser muito animador para o senhor, mas tente se comportar, são apenas dois dias. Precisamos de parceiros para a ZYX Corp, faça um esforço.

Yixing soltou um muxoxo e cruzou os braços.

– Você já repetiu isso cinco vezes. Já entendi, nada de arrastar moças para minha cama, ser gentil e amigável, fazer parceiros, blá blá blá.

– Isso mesmo, dê o seu melhor! Fighting!

Yixing então permitiu deixar que seu olhar varresse o espaço da convenção. As mesas estavam distribuídas de forma organizada, de modo que empresários que tivessem mais afinidade sentassem juntos e jogassem conversa fora enquanto dividiam uma garrafa de espumante. No palco, o primeiro palestrante se preparava para fazer sua apresentação, o que significava que era melhor que encontrasse seu lugar rapidamente.

– Senhor Zhang, pode me acompanhar, por favor? – Um staff do hotel o direcionou para o lugar em que deveria se sentar.

Olhando para as pessoas da mesa, Yixing não conhecia ninguém. Havia um misto de pessoas distintas, desde senhores com idade muito avançada a outros tão jovens quanto ele próprio. Estava prestes a se virar para a secretária e pedir informações a respeito daquelas pessoas quando seu olhar se fixou em alguém.

Outro empresário, que acabara de chegar, se acomodava a dois assentos de distância de Yixing. Tinha cabelos escuros bem penteados, pele clara e lisa como seda, olhos inteligentes e observadores, lábios pequenos e rosados. Tão bonito que Yixing quase esquecera onde estava, recordou-se somente quando o mesmo par de olhos que admirava se voltaram em sua direção e a sobrancelha do jovem se movera em um arco de dúvida.

Yixing rapidamente desviara seu olhar e se virara para a secretária.

­­– Quem é aquele? – Fora a primeira coisa que lhe perguntara em voz baixa.

Aparentemente a pequena secretária também estava estupefata. Seus olhos brilhavam num misto de deslumbramento e antecipação.

­– Senhor! – Ela quase cuspira as palavras na cara de Yixing – Aquele é Kim Junmyeon, seu maior rival no mercado, no momento.

Yixing franziu o cenho.

– KJM Enterprise? Oh não.

– Sim! Ah, eu já li alguns artigos sobre ele em revistas, ele é tão misterioso, ninguém sabe além do básico sobre ele. É um dos coreanos mais cobiçados pelas mulheres da alta sociedade. Realmente não fazia ideia que pessoalmente ele seria tão lindo! Aposto que ele deve cheirar tão bem!

– Pare de ficar assanhada!

– Me desculpe. – Disse encolhendo os ombros.

O público começara a bater palmas para o palestrante e ambos rapidamente ajeitaram a postura, acompanhando as palmas. Yixing, todavia, se viu com problemas para se concentrar. Há poucos metros de Kim Junmyeon, era difícil resistir à tentação que era olhá-lo de soslaio.

Tudo o que conhecia sobre ele fora o que havia sido dito por seus acionistas. KJM Enterprise era a empresa líder do mercado coreano e seu CEO tinha uma reputação impecável, não tinha inimigos ou escândalos amorosos. Era um oponente respeitável e Yixing tinha muita curiosidade em conhecê-lo, entretanto, não estava esperando que ele fosse tão atraente.

Quando a palestra acabara e a equipe do hotel começava a preparar os preparativos para servir o jantar, os empresários na mesa começaram a conversar entre si. Yixing ficou um tanto perdido, sem saber com quem puxar assunto. Sua intenção era justamente procurar parceiros para fortalecer sua marca contra a KJM Enterprise e ter aquele tipo de conversa com o CEO da empresa a alguns passos de distância seria constrangedor.

Yixing se viu deslocado, olhando para todos desesperadamente em busca de alguém para conversar sem parecer estranho.

– Zhang Yixing, eu realmente estava curioso para conhecê-lo pessoalmente. – Uma voz suave e educada soara atrás de si, fazendo-o olhar para trás, em busca de quem falara.

Lá estava Kim Junmyeon de pé, com sua taça de espumante cheia em uma das mãos e a outra enfiada no bolso da calça social enquanto sorria gentilmente. Yixing sentia que podia derreter apenas com aquele sorriso.

– Kim Junmyeon. – Dissera retribuindo o sorriso. – É um prazer conhecê-lo.

A pequena secretária então se levantara e oferecera seu lugar para Junmyeon.

– Por favor, senhor Kim, se sente aqui.

– Oh, não é necessário.

– Por favor, fique à vontade, eu vou dar uma volta antes de servirem o jantar. – A pequena secretária lançara um olhar fulminante pra Yixing, um que dizia silenciosamente para que ele se comportasse e tomasse cuidado com o que pronunciaria em coreano.

Ela fizera uma pequena reverência e se retirara rapidamente, Junmyeon não teve escolha a não ser se sentar ao lado de Yixing. Era impossível não reparar no quão profundos eram os olhares que o chinês lhe lançava, Junmyeon apenas podia supor o que se passava em seu pensamento.

– Quando aceitei participar dessa convenção não imaginei que acabaria sentado ao lado do meu maior rival. – Yixing confessara com um sorriso torto. – Se eu soubesse, teria vindo preparado.

– Você não acha que “rival” é uma palavra muito forte? Parece que somos inimigos.

– E nós não somos?

– Eu literalmente acabei de te conhecer, é um tanto precipitado classificar você como inimigo, não acha? Somos empresários, competir faz parte do que fazemos, mas acho que temos o poder de escolher se a competição vai somar com nossa bagagem profissional ou não. Nem toda a competição vale a pena.

– Quer que eu desista de competir? – Uma ruga se formou na testa do chinês. – Por acaso está sugerindo que eu feche as portas? Por que não há a menor chance disso acontecer.

Junmyeon sorriu largo e deu de ombros. Yixing queria ficar irritado, porque ele não parecia levar aquela conversa nem um pouco a sério, entretanto, acabou se perdendo no encantamento outra vez. Não estava certo se alguma vez já tinha visto um homem tão bonito e encantador.

– Seria ótimo para meu negócio se você fechasse as portas, mas isso também seria cruel. Nós estamos no mesmo ramo e é natural que tenhamos uma competição, isso nos faz buscar por sermos sempre melhores. O que estou dizendo é que não precisamos matar um ao outro para chegar longe, podemos chegar juntos, sem trapaças, sem golpes baixos, como empresários, podemos usar a competição para crescer.

– Você não quer ser meu inimigo. – Yixing dissera aquela sentença sentindo a batida do próprio coração acelerar um pouco.

– Não, eu não quero. – Junmyeon tomou um gole de seu espumante e fitou Yixing por um breve instante. O chinês era um homem muito bonito com olhos castanhos penetrantes e um sorriso charmoso, um tanto trocista.

– Mas a melhor parte de competir é a vitória. Eu realmente gosto de vencer, mas você está no meu caminho.

– Bem, minha preferência é por competir de forma saudável, mas se quiser jogar duro, eu não tenho escolha a não ser jogar também. Meu vice-presidente está pronto para devorar a ZYX Corp com kimchi no jantar.

– Você não gosta desse tipo de satisfação?

– Não sinto satisfação em ganhar fazendo alguém se sentir mal com minha vitória. Não gosto de fazer inimigos.

– Você entende que, no nosso ramo, é impossível não fazer inimigos? Ao menos não se você quiser chagar a qualquer lugar algum dia. Você quer ser meu amigo? É por isso que estamos tendo essa conversa?

– Eu não sei. Você quer?

Yixing desviou o olhar e riu. Seus planos quando chegara naquele lugar incluíam armar uma guerra contra a KJM Enterprise e agora ele estava daquela forma, rindo para aquele que deveria seu pior rival. Estava certo que Kim Junmyeon era um homem muito diferente dos outros empresários que conhecia, tinha modos cordiais e falava com gentileza. Parecia ser de sua natureza ser amigável, do tipo que não aprecia conflito. E, droga, ele era tão bonito, estava sendo difícil apenas manter as mãos longe de tocar seu corpo.

Yixing realmente gostaria de ganhar aquela disputa, mas sabia que já havia perdido no instante que aquele homem lhe sorrira. Tarde demais, estava completamente atraído.

– Precisa de um pouco mais para me convencer de abrir mão de uma vitória gloriosa, senhor Kim.

– Ah é? Do que você precisa?

Yixing voltou a rir e deixou o olhar fitar o dele diretamente.

– Ainda não tenho resposta, mas devo pensar em algo para pedir em troca.

– Tudo bem, peça quando quiser.

O jantar enfim seria servido e Junmyeon fez menção de se retirar do lugar em que a secretária de Yixing estava, mas o chinês o impedira, colocando a mão diante de seu tronco.

– Fique, ela pode se sentar onde você estava. Garanto que ela não irá se importar.

– Não acha que se eu ficar irei atrapalhar que crie laços com os outros empresários?

– Acho, mas não me importo. Fique.

Junmyeon o fitou por um instante e acabou cedendo. Havia algo no empresário chinês que despertava seu interesse. Talvez tivessem sido todas as coisas que lera sobre ele, talvez fosse sua beleza e sua personalidade um tanto teimosa, mas o Kim quis ficar.

Os dois aproveitaram o jantar, fazendo comentários vez ou outra sobre a comida. Quando algum empresário cumprimentava Junmyeon de longe, ele rapidamente se virava para Yixing e fazia um breve resumo de quem havia sido a pessoa que o cumprimentara e a qual ramo se dedicava. O coreano também aproveitara para dar algumas dicas para Yixing ao se aproximar de alguns deles.

– O senhor Jung adora golfe, a melhor maneira de convencê-lo a fechar um negócio é chamá-lo para uma partida no fim de semana, assim você irá conseguir sua aprovação com mais facilidade e ainda vai aproveitar um tempo ao ar livre.

– Eu não sei jogar golfe. – Yixing fez um bico sutil e Junmyeon sorrira, achando graça.

– Bem, você devia tentar aprender, vai facilitar muito a sua vida.

– Vou avaliar essa possibilidade.

Junmyeon terminou seu prato e limpou os lábios com um guardanapo em seguida voltou a falar:

– Seu coreano é realmente muito bom. Estava com medo de tentar falar com você em mandarim, porque meu mandarim é horrível.

– Eu estudo há alguns anos, mas minha pronúncia não é perfeita, eu me esqueço de algumas palavras de vez em quando. – Yixing então abrira um sorriso malicioso – Você devia treinar seu mandarim comigo.

Junmyeon agitara ambas as mãos avidamente em uma negativa.

– Não, não.

– Vamos, comece um diálogo comigo.

Junmyeon suspirou nervoso e pressionou o espaço entre as sobrancelhas com os dedos.

– Ni hao! (Olá) – Dissera relutante e o sorriso de Yixing se abrira um pouco mais. Junmyeon estava levemente corado de vergonha, era adorável.

– Ni hao, wo jiao Zhang Yixing. (Olá, me chamo Zhang Yixing). – Junmyeon o olhara sem saber o que dizer em seguida, então ele aproveitara para dizer mais algumas palavras em seu idioma natal. – Ni zhen de hen yingjun (Você é lindo demais para ser real).

– E-eu não entendi a última frase. – Falou com o cenho franzido. – O que disse?

– Disse que foi realmente um prazer encontrá-lo aqui.

– Oh. – Junmyeon sorriu timidamente. – Também estou grato por isso.

Os dois continuaram conversando sem se darem conta de que as horas passavam rapidamente. Quando deram por si, a pequena secretária de Yixing estava cutucando seu ombro e abafando um bocejo.

– Chefe, está tarde, todos da mesa já se retiraram. Acho que devemos deixar o senhor Kim ir se recolher.

Junmyeon então checara o relógio de pulso e fizera uma expressão de espanto. Realmente não havia percebido que tantas horas haviam se passado desde o momento em que chegara ali.

– Minha nossa, não me dei conta que já era tão tarde. Acho que é melhor que eu vá agora. Por favor, pense em minha proposta e no que irá querer em troca de aceitá-la. Não precisamos ser inimigos, acho que agora eu realmente não quero que me odeie.

– Vou pensar, não se preocupe. – Junmyeon se levantara para se retirar, mas Yixing se lembrara que ainda não haviam trocado telefones e pedira que ele desse seu número antes de ir.

A pequena secretária observou atentamente enquanto os dois trocavam os números e sorriam um para o outro. Era chocante porque naquela manhã mesmo o senhor Yixing havia dito que acabaria com a KJM Enterprise e não queria nem saber quem eram os homens por trás dela, não importava.

Ela poderia até achar que o chefe estava fazendo um jogo de interesses, mas ela o conhecia bem o suficiente para saber quando seus sorrisos eram sinceros ou não. O olhar e o riso nos lábios de Yixing não mentiam.

Quando os dois entraram sozinhos no elevador, a primeira coisa que fizera fora acertar um tapa na parte de trás da cabeça do chefe.

– O que pensa que está fazendo?!?

– Ai! – Ele resmungou e passou a mão sobre o local atingido.

– Esse hotel está lotado de empresários que podem alavancar a nossa carreira na Coreia do Sul e você está perdendo o seu tempo dando em cima do seu rival! Ficou maluco? Sabe que esse tipo de coisa é perigoso para sua imagem!

– E-eu... não fiz de propósito. Ele foi o único que parecia interessado em mim...

– É claro que ele parecia interessado, ele quer saber sobre o senhor para passá-lo para trás!

Yixing poderia facilmente ter acreditado naquele argumento, mas se viu hesitando. Ele não falara tanto sobre si mesmo, não revelara nada demais, pelo contrário, Junmyeon fora muito mais revelador. Muito prestativo em ajudá-lo.

– Não sei... ele não parece ser esse tipo de pessoa.

– Você já está cego de paixão por ele? Chefe, não seja ingênuo, além disso, você nem mesmo sabe se ele tem os mesmos interesses que você. É arriscado, seja cuidadoso. Prometa para mim.

– Prometer o que?

– Prometa que não vai se envolver romanticamente com Kim Junmyeon. Ande, levante a mão e jure.

Yixing revirara os olhos e erguera o braço para fazer a promessa, mas naquele exato instante o elevador parara no andar em que ficava o quarto da pequena secretária e a porta se abrira.

Haviam pessoas aguardando para entrar então ela precisaria sair depressa.

– Prometa! – Dissera em voz baixa prestes a sair, Yixing então reerguera a mão e dissera silenciosamente.

– Prometo. – A secretária se despedira com uma pequena reverência em respeito e, felizmente, não conseguira ver os dedos cruzados que Yixing escondera junto às costas.

Não acredito nisso! – Sehun ralhara do outro lado da linha. ­– Eu te dei um trabalho, Junmyeon, um único trabalho!

– Me desculpe! Não há nada de errado com ele, como eu poderia tratá-lo mal?

Junmyeon começara a rir e a raiva de Sehun pareceu inflar ainda mais.

Não pedi para tratá-lo mal! Pedi que investigasse algo relevante para nossos negócios! Ah, minha nossa, o que é que eu faço com esse seu costume de ser amigo da Ásia inteira?

– Depois de tantos anos, acho que já devia ter aceitado. Não se preocupe, Sehun-ssi, eu realmente acho que ele é uma boa pessoa e poderemos conviver em paz no mercado.

Junmyeon ouviu Sehun suspirar longamente do outro lado da linha.

Certo, espero que não esteja errado sobre isso. Vou confiar no seu julgamento, mas se estiver errado...

– Se eu estiver errado você tem direito de me xingar o quanto quiser.

– Tsc, que seja. Vá dormir, não esqueça que tem um dia inteiro de convenção amanhã.

Junmyeon se despediu sorrindo, apesar de discordar, sabia que Sehun não estava realmente furioso. Ele deixou o telefone sobre o criado mudo e se encaminhou para tomar um banho.

Enquanto a água se espalhava por todo o corpo, Junmyeon deixou seu pensamento vagar de volta pra Zhang Yixing. Ainda não havia conseguido tirar do pensamento tudo o que pudera reparar sobre ele no tempo em que passaram juntos. Se fechasse os olhos, quase podia ver novamente o movimento de seus lábios pronunciando as palavras em mandarim, o modo como o lábio inferior era ligeiramente mais cheio que o superior e contornava seu sorriso de forma adorável. E o sorriso, é claro, lindo, adornado por uma covinha adorável. Junmyeon estava debaixo de água morna, mas apenas a memória era suficiente para arrepiá-lo.

Não esperava que sentisse todas aquelas sensações por uma pessoa que vira uma única vez. Junmyeon não queria aceitar, mas sentia que estava atraído. Assim que lera o rumor sobre a possível bissexualidade do chinês uma parte de si já havia ficado curiosa e, ao conhecê-lo, aquele interesse apenas se aprofundara.

Ele fechara o chuveiro e passara alguns instantes respirando fundo, tentando trazer um pouco de bom senso de volta à própria cabeça.

– Foque no seu trabalho, não fique se distraindo com besteira. Sua empresa precisa de você. – Dissera baixo para si mesmo e em seguida se vestira com o roupão. Precisava de uma boa noite de sono para voltar aos eixos.

Enquanto colocava a roupa de dormir, seu celular voltara a acender. Daquela vez não era uma ligação, mas uma mensagem. De Zhang Yixing.

ZYX:

Já está dormindo?

Por um instante, Junmyeon pensou em fingir que já havia ido dormir e ignorar aquela mensagem, mas sua curiosidade foi mais forte e ele acabou pegando o telefone para responder.

VOCÊ:

Ainda não. Por quê?

ZYX:

Quer dividir um vinho? Há um Cabernet Sauvignon excelente aqui.

VOCÊ:

Sua secretária me mandou ir dormir, acha que ela irá ficar zangada?

ZYX:

Não se ela não ficar sabendo disso.

O que acha?

VOCÊ:

Onde eu o encontro?

ZYX:

Eu vou até você.

Qual o número do seu quarto?

VOCÊ:

Já estou de pijama.

ZYX:

Isso não é problema.

Qual quarto?

VOCÊ:

Você devia ter me falando antes dos seus planos!

ZYX:

Não tinha planejado isso.

Diga logo o número da droga do quarto!

VOCÊ:

808, oitavo andar.

Traga taças, se tiver.

ZYX:

Estou indo.

Eu não tenho taças.

Junmyeon sentiu um frio na barriga atingi-lo de súbito. Yixing estava a caminho. Assim, de repente. Seu coração disparou quase que instantaneamente, mas ele não tinha tempo para tentar pensar razoavelmente, em alguns instantes o chinês estaria ali e ele tinha que ao menos deixar o quarto parecido com o de um CEO respeitável.

Correu rapidamente e pegou o roupão que havia jogado molhado sobre a cama e o pendurou no banheiro, as roupas sujas que ficaram espalhadas por uma das poltronas foram precariamente recolhidas e enfiadas avidamente num bolso da pequena bagagem que havia levado consigo.

Parou dois segundos no meio do quarto tentando identificar o que ainda precisava ser guardado quando bateram na porta. Tempo esgotado. Havia esquecido de arrumar a bagunça que ele mesmo se encontrara.

O cabelo úmido estava bagunçado, a camiseta que usava para dormir era uma regata reveladora demais e a calça... bem, a calça era de pijama.

– Ah. – Dissera em meio a um suspiro enquanto agitava a cabeça de um lado para o outro.

Ao abrir a porta, encontrara Yixing escorado ao lado da porta, com uma garrafa de vinho em mãos. O chinês ainda estava gritando mentalmente consigo mesmo por fazer algo tão impulsivo, sem sequer pensar nas consequências. Era arriscado e ele bem sabia que não podia se dar ao luxo de arriscar, mas seu instinto continuava insistindo para ele ir adiante. Estava genuinamente preocupado e fechou os olhos por um segundo enquanto ouvia Junmyeon abrir a porta.

Yixing ainda estava com parte do traje formal de mais cedo, havia se livrado apenas da gravata e do paletó. Seu olhar encontrara o de Junmyeon por um instante e o chinês sentiu aquilo novamente, aquele misto de emoções e curiosidade fervilhando em seu interior.

– Oi. – Dissera em meio a um sorriso contido. – Entre.

Yixing estava acanhado, mas em situações como aquela gostava de vestir um disfarce brincalhão para esconder seu nervosismo.

– Me desculpe aparecer tão tarde, eu realmente gostei da sua companhia e não estava com sono, então...

– Não precisa se desculpar, vamos sentar. – Junmyeon apontou para o sofá e ambos se jogaram nele quase que simultaneamente.

– Seu quarto é bagunçado. – Yixing comentara. – Estou feliz por descobrir isso.

– Droga, eu juro que tentei disfarçar. – Os dois sorriram e Yixing começou a abrir a embalagem do vinho. – Mas por que ficou feliz em saber disso?

O chinês deu de ombros e varreu o olhar pelo quarto em busca de um saca-rolhas elétrico. Junmyeon apontara para onde ele deveria estar e Yixing foi buscá-lo, sem interromper o assunto entre os dois.

– Você... você parece ser um cara perfeito. É um pouco chocante. Muito gentil, inteligente, cheio de qualidades... – Yixing fizera uma breve pausa – bonito. É um pouco intimidador, pois você parece ser um homem sem defeitos. Por isso é bom saber que seu quarto parece um chiqueiro, me deixa mais aliviado.

– Não sei se agradeço ou reclamo pela ofensa. ­– Junmyeon riu sonoramente. – Eu também tinha uma impressão diferente de você.

– É mesmo? – Yixing sorrira torto. Diferente do coreano, era muito fácil achar todo o tipo de informação sobre si com uma simples busca na internet.

– Achei que fosse achá-lo arrogante, ouvi coisas muito ruins sobre você. Não parecia sério.

– E você mudou de ideia?

Junmyeon dera de ombros.

– Me surpreendeu que você ficou calado, acanhado numa mesa. Não achei que fosse desse tipo. Me fez gostar um pouco mais de você.

– Não gosto de agir se não me sinto confortável.

– Acho que temos isso em comum.

Yixing conseguira abrir a garrafa e voltara para o sofá. Ele tomara um pequeno gole e em seguida a estendera para que Junmyeon também tomasse, direto do gargalo. Ele não pareceu se importar com a falta de copos e aceitou a garrafa sem delongas. O chinês mal se esforçara para desviar o olhar, seus olhos ficaram fixos no movimento do pomo de adão do coreano a cada gole na bebida.

Quando Junmyeon voltara a abaixar a garrafa, seu olhar se encontrara com o de Yixing, entretanto, nenhum dos dois foi capaz de dizer uma única palavra. Por um longo instante, predominou apenas o silêncio e aqueles olhos, que pareciam dizer mais do que toda uma vastidão de palavras.

– Você gostou? – Yixing perguntou baixo, os olhos ainda fixos nos lábios pequenos de Junmyeon.

– Do que?

– Do vinho.

– Ah, sim. É bom.

Yixing então desviara o olhar e pedira de volta a garrafa, tomando um largo gole da bebida, tentando não tomar muita consciência de que os lábios de Junmyeon a pouco haviam tocado aquele mesmo gargalo.

Junmyeon percebera que o chinês de repente parecia inquieto. Havia fechado os olhos enquanto tomava do vido avidamente.

– Está tudo bem, não precisa se apressar. Beba com calma.

– Isso... – dissera um tanto ofegante ao livrar o gargalo do contato com os lábios – isso foi uma péssima ideia. Não devia ter vido aqui.

– Por que? Eu disse algo errado? – Junmyeon questionara preocupado e aquilo fizera com que um sorriso entristecido se abrisse nos lábios do chinês.

– Não, isso não é sua culpa, é minha. Fiquei fascinado por você, acabei criando uma ilusão na minha cabeça e agora estou aqui, me sentindo um tolo. Eu sou horrível em medir as consequências do que eu faço.

Junmyeon tomara a garrafa das mãos de Yixing e a pousara no chão, ao lado do sofá, o chinês havia bebido muito em uma velocidade assustadora.

– Não se culpe. – O olhar de Junmyeon percorreu todo o corpo de Yixing, se demorando um pouco demais no único botão que havia sido aberto em seu colarinho. – Eu fiquei fascinado também, não fui capaz de negar nada, mesmo que o bom senso me dissesse constantemente para fazer o contrário.

Yixing abriu a boca para responder, mas se viu sem palavras. Junmyeon lhe sorria envergonhado, suas maçãs do rosto estavam coradas e seus lábios se comprimiam tentando suprimir o riso. Queria beijá-lo mais do que qualquer coisa.

– Junmyeon?

– Sim?

– Quero beijar você. – Dissera baixo, quase num sussurro.

Junmyeon ficou perplexo por um instante, não esperava uma afirmação tão direta. Entretanto, ele o compreendia. Sentia exatamente o mesmo.

– E o que você está esperando? – Respondera em tom semelhante, sentindo o próprio coração começar a bater acelerado no peito.

– Essas palavras. – Logo em seguida, Yixing se permitira avançar.

Estava um tanto bêbado, mas não o suficiente que não pudesse ser consciente do próprio coração acelerando à medida que avançava mais no espaço pessoal de Kim Junmyeon. Como pudera imaginar, ele cheirava maravilhosamente e sua pele era morna e macia a toque.

Yixing ainda ficou alguns instantes ali, a pouquíssimos centímetros de seus lábios, apenas tentando memorizar o máximo que podia daquele momento, mas Junmyeon não pode esperar muito mais e tornou aquela distância nula, tocando seus lábios nos dele.

Yixing tentara ir devagar, temendo que Junmyeon estivesse em choque com aquele tipo de toque masculino, entretanto, o coreano estava tão ansioso por aquilo quanto ele. Apenas tê-lo a menos de um dedo de distância fora suficiente para fazer aquele sentimento de antecipação em seu âmago e tudo o que ele queria era saciá-lo.

Suas mãos percorreram depressa o caminho em direção aos ombros do chinês, puxando-o um pouco mais para perto de si, envolvendo-o em um abraço enquanto se permitia sugar avidamente aquele lábio inferior cheio de Yixing, que parecia clamar por mordidas e chupões impiedosos.

Quando suas bocas enfim se separaram, em busca de ar, Yixing estava estupefato.

– Porra. – Praguejou em voz baixa e aquilo fez Junmyeon rir, seu sorriso era lindo e contagiante. Yixing sentia que ia desintegrar, mas ao invés disso, ele lhe deu outro beijo. Um ainda mais intenso.

As mãos do chinês seguraram o rosto de Junmyeon, sentindo o calor de sua pele nas palmas, subindo em seguida em direção à nuca do coreano, resvalando as pontas dos dedos pelos fios ainda úmidos do empresário.

Talvez fosse loucura, mas Yixing se sentia diferente. Havia tido mais casos de uma única noite do que era capaz de contar, entretanto, ali, tocando aquele homem, ele sentia que tudo parecia diferente. Tudo parecia mais intenso, mais arrebatador. Talvez fosse por Junmyeon ser quem fosse, ou talvez Yixing estivesse encantado demais por tudo à respeito daquele homem, a ponto de poder se apaixonar por ele.

Quando suas bocas voltaram a se separar, buscando por ar e por um pouco de sanidade, Junmyeon voltou a falar.

– Isto fica apenas entre nós, certo? Eu posso confiar em você? – Perguntara sério. – Não está brincando comigo, está?

Yixing se sentiu um tanto ofendido por aquela pergunta. Apesar disso, ele a compreendia. Eles haviam acabado de se conhecer e, tecnicamente, eram rivais. Aquela noite seria uma arma poderosa nas mãos de alguém perigoso e poderia danificar exponencialmente a imagem imaculada que o CEO da KJM Enterprise construíra com cuidado.

O chinês se afastou e se colocou de pé, sentindo o olhar de Junmyeon acompanhando com cuidado cada um de seus movimentos. Yixing colocou as mãos nos bolsos e se virou para ele.

– Eu não posso fazer com que confie em mim num passe de mágica, isso leva tempo, ainda mais se tratando de dois homens de negócios como você e eu. – Yixing dera alguns passos na direção de Junmyeon, parando diante dele. – Posso apenas lhe dar pequenas coisas, pequenas palavras e então construir confiança aos poucos. Eu abro mão da vitória. Não preciso vencer de você. Eu aceito seus termos. – Dissera por fim.

O chinês ficara apreensivo, mas então aquele sorriso radiante voltara a se abrir no rosto de Junmyeon. Como se um pequeno sol particular tivesse se aberto exclusivamente para apreciação exclusiva de Yixing.

– Você, tão competitivo, abrindo mão da vitória. Estou impressionado. O que vai querer em troca disso? Já se decidiu?

– Eu quero... – foi a vez de Yixing sorrir, revelando a covinha de um modo charmoso, quase sexual demais – Eu quero você. Cada pedaço de você, da cabeça aos pés. Posso ter?

O chinês lhe estendera a mão de forma cordial e a sobrancelha de Junmyeon se erguera desafiadora. Não estava certo se realmente devia confiar nele, entretanto, escolheu fazê-lo. Esperava não se arrepender mais tarde.

Sua mão pousou sobre a de Yixing e ele o puxou devagar para que também se levantasse. O chinês tirara um instante apenas para apreciá-lo em sua plenitude, o olhar percorrendo todo o seu rosto, descendo pelos ombros à mostra, graças à camisa regata, salivando involuntariamente ao reparar no quão tonificado era seu corpo.

Junmyeon sentiu um arrepio percorrer por todo o seu corpo quando sentiu Yixing puxando sua camiseta para cima, até tirá-la completamente de seu corpo. O olhar do chinês percorreu avidamente cada fragmento de pele exposta.

– Você é o homem mais lindo que já vi na vida. – Disse num sussurro, com os lábios colados à orelha do coreano, apenas para ele ouvir. – Eu quero tocá-lo, posso?

– Faça o que quiser. Sou todo seu essa noite.

Yixing agradeceu imensamente por aquelas palavras e deixou que as próprias mãos pousassem sobre o tronco nu do empresário. Era lindo, a pele clara imaculada era quase um pedido por beijos e mordidas. Estava tão atraído por ele, queria apenas jogá-lo no chão e foder até perder a consciência, mas a parte sã de si pedia que apreciasse bem aquilo, pois talvez não tivesse outra oportunidade.

Junmyeon, entretanto, não estava com a mesma paciência, voltando a puxá-lo para si, até seus corpos colarem e voltar a beijá-lo ferozmente. Yixing arrastou as unhas pelo baixo ventre do coreano, arrancando alguns grunhidos dele em meio ao beijo.

As mãos de Junmyeon se encaminharam ao colete de Yixing tirando cada botão de sua casa e o deslizando em seguida por seus ombros até cair no chão. Àquela altura, Yixing sentia que não conseguiria mais ir com calma. O desejo era mútuo e eles estavam ardendo.

Junmyeon separou o beijo para despi-lo de uma vez da camisa social, sem muita paciência para abrir todas as casas de botões da peça, abriu somente as três primeiras e puxou a peça pelo seu tronco acima, deixando-o nu da cintura para cima também.

O chinês o levou em direção à cama, jogando Junmyeon sem piedade sobre o colchão. Admirando com prazer ao vê-lo arquejar surpreso ao cair sobre a cama. Os lábios pequenos de Junmyeon brilhavam rosados por conta dos beijos intensos e Yixing queria muito atacá-los novamente, mas todo o seu corpo ainda precisava de atenção.

Yixing engatinhou sobre o corpo de Junmyeon, até seus olhos ficarem na mesma altura que os dele, em seguida ele levou a boca em direção à orelha do coreano, mordiscando de leve o lóbulo e chupando-o suavemente em seguida.

As mordidas de Yixing desceram devagar em direção ao pescoço, onde cada mordida dolorosa foi amortecida por um beijo suave e uma chupada de leve. O chinês continuou fazendo o caminho de descida, arrancando arquejos de Junmyeon quando ele prendeu um de seus mamilos entre seus dentes e o circundou com a língua em seguida.

Yixing sentiu Junmyeon se remexer levemente abaixo de si, estava claramente impaciente, mas ele ainda não havia terminado de brincar. Usou a língua para traçar uma linha úmida até o umbigo do coreano, onde depositou outra mordida, uma um pouco mais forte, a ponto de fazê-lo gemer rouco.

– Não me apresse, ou eu posso ser mau.

– Pare de brincar. – Junmyeon segurou forte nos cabelos de Yixing, erguendo um pouco sua cabeça. Seus olhares se encontraram por um instante, os olhos de Junmyeon ainda mais negros com o tesão evidente. Yixing sorriu largo, dando novamente uma amostra deliciosa da beleza de seu riso cínico.

– Como quiser, senhor.

Era sexy, muito sexy. Junmyeon mal sabia o que fazer com tamanha sensualidade ao alcance de suas mãos. Sentia o tesão pulsando, não apenas no meio de suas pernas, mas também em seu sangue. Zhang Yixing era lindo e, porra, era muito sexy.

Junmyeon soltou aos poucos seus cabelos e Yixing decidiu atendê-lo, despindo-o rapidamente da calça do pijama, a única que ainda faltava ser tirada. O chinês engoliu seco ao notar que ele já estava completamente duro. Se apressou em desafivelar o próprio cinto, mas ao ver que ele estava tendo dificuldades, Junmyeon se sentou e afastou ambas as mãos de Yixing do cós da calça.

– Me deixe fazer isso. – Disse olhando nos olhos de Yixing.

Suas mãos deslizaram suavemente pelas coxas do chinês e desafivelaram o cinto, desabotoando a calça e abrindo o zíper em seguida. Junmyeon deixou que a calça social deslizasse até os pés de Yixing e o puxou pelo quadril para mais perto. Yixing estremeceu quando Junmyeon também brincara com sua pele, mordendo devagar um pouco acima do umbigo, enquanto suas mãos puxavam devagar o elástico da boxer para baixo. Yixing cerrou os dentes, sentindo o próprio membro pulsar com a excitação que agora transbordava por todo seu corpo.

Não pode evitar a soltar um gemido pouco discreto quando uma das mãos de Junmyeon o envolveu, estimulando-o devagar, circundando a glande úmida com o polegar enquanto a outra mão o mantinha firme naquele lugar, segurando-o pelo traseiro. Quando o olhar do empresário voltou a encontrar o seu havia um questionamento em seus olhos, mas àquela altura, Yixing daria a ele qualquer coisa que pedisse.

Junmyeon se curvou um pouco para frente, levando os lábios rosados ao membro de Yixing, tocando a glande suavemente com eles, antes de experimentá-lo com a língua e então chupá-lo. Yixing arquejou alto sentindo a boca morna de Junmyeon envolvendo-o, chupando-o e estimulando-o, seu quadril se moveu quase que involuntariamente, investindo contra a garganta do empresário.

A língua macia do Kim fazia percursos lentos, quase torturantes para Yixing, que gostaria apenas que ele lhe desse tudo de uma única vez. Junmyeon o chupou por toda sua extensão e então parou, os lábios macios brincando com a glande sensível, fazendo o chinês estremecer por inteiro. Ele poderia gozar com muito menos do que aquilo, apenas fitando diretamente o olhar lascivo do Kim.

Mas ele queria bem mais do que aquilo, queria se satisfazer e satisfazer Junmyeon também. Queria senti-lo dentro de si e também queria estar dentro dele. Ele se retirou da boca de Junmyeon e rapidamente buscou pelo sachê de lubrificante que sempre levava consigo no bolso da calça (afinal, ele nunca sabia quando as oportunidades apareceriam).

Depois de encontrá-lo, Yixing voltou a derrubar Junmyeon na cama, sem esperar mais do que já havia feito até então. Voltou a subir sobre ele, sentando sobre seu baixo ventre e rebolando devagar numa provocação pouco sutil.

O chinês mordeu o lábio com força, enquanto sentia o tesão subir depressa por suas veias. Junmyeon apertou suas coxas dando o seu melhor para não se render àquela provocação, mas senti-lo deslizando por seu membro, estimulando-o devagar com seu bumbum, era demais para que pudesse aguentar por muito tempo.

Yixing voltou a se debruçar sobre ele, deixando os lábios muito próximos dos de Junmyeon.

– Quem começa? Você ou eu?

– Pode começar, faça como preferir.

– Como eu preferir? Será que tem disposição?

– Tente.

Yixing voltou a beijá-lo intensamente, enquanto se movimentava suavemente, abrindo espaço para sua mão úmida de lubrificante tocá-lo. Junmyeon gemeu baixinho quando o polegar do chinês brincou com sua parte mais sensível, mas ele não se demorou demais naquele estímulo, usando o dedo médio para penetrá-lo.

O chinês também compartilhava daquele sentimento de deslumbramento. Não se lembrava de ter ido para cama com ninguém tão bonito e tão entregue. Até mesmo o som dos grunhidos de Junmyeon eram adoráveis. O cheiro de sua pele, seu corpo, o ondular lascivo de seu corpo pedindo silenciosamente por um pouco mais a cada vez.

Yixing sentia que devia começar depressa, pois estava a ponto de gozar apenas com os sons que emanavam de sua boca e o cheiro de sua pele. Ele se posicionou e começou a penetrá-lo, devagar, mas sem fazer interrupções. Junmyeon franziu o cenho com o volume que o invadira, mas ele estava excitado demais, apenas queria Yixing para si logo de uma vez.

O chinês começou a estocá-lo com força, segurando-o pelas coxas, movendo o quadril gradualmente, até o som alto de seus corpos se chocando ser o som predominante em todo o quarto.

Junmyeon apertou os olhos com força e mordeu os lábios, tentando conter os gemidos enquanto o sentia se movendo dentro de si, estimulando-o a cada estocada intensa com seu baixo ventre.

– Não. – Yixing dissera ofegante, enquanto uma de suas mãos segurou em seu queixo. – Abra os olhos, olhe para mim. Quero me lembrar dos seus olhos.

Junmyeon o obedeceu devagar, mas não pode evitar gemer alto ao senti-lo se despejar dentro de si. Ele havia chegado ao seu ápice, os lábios entreabertos enquanto ele buscava por ar e por um mínimo de sanidade, sentindo todo o corpo tremular com o completo êxtase. Yixing sabia que não era de seu costume gozar tão depressa, mas absolutamente tudo sobre aquele homem o excitava e fora impossível não se sensibilizar demais pelos pequenos detalhes. Pelos gemidos, pelos arquejos, pelo seu próprio suor se misturando dele e por tê-lo, completamente entregue a si. Era surreal.

Yixing se permitiu desmoronar sobre Junmyeon, respirando avidamente enquanto buscava recuperar o ar. Seu corpo reluzia com gotas de suor e seus olhos escuros ainda procuravam pelos seus para se conectar com eles. Garoto obediente.

– Vamos trocar. – Disse enquanto se retirava de dentro dele, deixando um suspiro suave escapar por seus lábios, ainda estava muito sensível.

– Está cansado.

Yixing sorriu e se sentou sobre os joelhos, rindo lascivo como fizera outrora.

– Ainda não estou satisfeito, meu cansaço é momentâneo. Vai ficar só deitado?

Uma sobrancelha de Junmyeon se moveu em um arco. Estava sendo desafiado na cama, aquilo era quase engraçado, se a provocação não lhe soasse tão excitante. Zhang Yixing definitivamente era um ser único e Junmyeon começava a se preocupar com o fato de que estava gostando demais de estar com ele.

O coreano se levantou, saindo da cama e ficando de pé de frente para Yixing. Ele encontrou o restante do lubrificante que o outro havia largado anteriormente e usou o que ainda restava no sachê sobre seu membro duro.

Junmyeon moveu a cabeça sutilmente para o lado e sorriu torto. O cabelo escuro caindo úmido de suor sobre sua testa enquanto sentia as gotas escorrendo por suas costas.

– Você realmente quer isso? – Yixing notou o olhar dele percorrendo incontinente por todo o seu corpo nu, demorando um pouco mais em suas coxas. O chinês sentiu um arrepio correr por todo o corpo ao ser quase consumido por aqueles olhos escuros.

Yixing engatinhou pela cama até onde ele estava, deixando o rosto muito próximo de sua ereção, já completamente úmida de lubrificante e pré-gozo.

– Eu quero. Preciso implorar? – Sua língua deslizou por seus lábios, umedecendo-os, já se preparando para chupá-lo.

– Não. Se depender de mim, você terá tudo o que pedir sobre essa cama, não precisa implorar por nada. – O polegar dele refez o contorno de seu lábio inferior, o mesmo que o fascinara desde o primeiro instante, o mesmo que sentia um desejo incontrolável de encher de beijos e mordidas. – Vire-se para mim.

Yixing então o obedeceu, virando e continuando de quatro. Uma risada suave e prazerosa escapou de sua boca quando sentiu as unhas de Junmyeon arranhando impiedosamente suas coxas, partindo das curvas dos joelhos e parando um pouco abaixo de seu traseiro. O chinês se viu ansiando por mais, abrindo um pouco mais as pernas, empinando um pouco mais.

Um arquejo surpreso escapou por seus lábios ao sentir a mão de Junmyeon se espalmando com força contra sua bunda. Antes que Yixing pudesse expressar qualquer outra coisa, ele o puxou pelo quadril para mais perto, penetrando-o de uma única vez. A boca de Yixing se abriu num grito mudo pela invasão inesperada, porém deliciosa.

– Muito forte? – Junmyeon perguntara.

– Eu gosto. – Dissera movendo o quadril suavemente, tentando se adaptar ao volume dentro de si.

Junmyeon começou a estocá-lo com força, fazendo um suspiro escapar de seus lábios a cada arremetida, a cada vez que entrava por completo. Suas mãos deslizaram pela extensão das costas de Yixing e se emaranharam ao seu cabelo, fazendo-o arquear um pouco mais as costas enquanto ele aumentava a velocidade das investidas.

O chinês se esforçou o quanto pode para não fazer barulho demais, mas não pode se conter quando ouviu o próprio Junmyeon gemer rouco com prazer, puxando-o para si com força. Yixing atingiu o segundo orgasmo da noite, gemendo alto.

Junmyeon quase não aguentou ao ouvi-lo murmurando seu nome de forma quase incompreensível, rebolando manhoso enquanto ele voltara a estocá-lo de forma ritmada. Ele manteve o quadril de Yixing colado ao seu enquanto o orgasmo o atingiu de uma única vez e ele se despejou completamente no chinês, arquejando alto.

O coreano se retirou e ambos desabaram exaustos sobre a cama, respirando ofegantes, contemplando em absoluto êxtase o que haviam acabado de fazer.

Os dois se aconchegaram na cama, olhando fixamente nos olhos um do outro. Nenhum deles sabia bem o que dizer. Yixing sabia que havia se arriscado muito indo tão longe, entregando-se tão abertamente para aquele homem, entretanto, não estava sequer minimamente arrependido.

– No que está pensando? – Junmyeon disse baixo.

– Estou pensando.... – Um sorriso suave se abriu em seus lábios – estou pensando em como fazer esse momento durar para sempre, é possível?

– É perigoso, para nós dois. – Dissera baixo enquanto se aproximara um pouco mais de Yixing, o envolvendo num abraço. – Mas eu o compreendo. Nunca me senti assim com ninguém antes e estou assustado.

– Assustado? Eu o assusto?

– Não, mas me faz desejar coisas que não estão ao meu alcance. Me faz desejar você.

– Devemos acabar aqui, certo? É algo apenas de uma única noite.

– Certo. – Junmyeon fechara os olhos, sentindo o cansaço arrebatá-lo. – Estou tentando me convencer disso, mas honestamente, eu não quero acabar aqui. Estou preocupado.

– Eu também. Não posso me apaixonar por você, é complicado demais.

– Eu sei... mas não consigo controlar tudo isso que estou sentindo.

– Também não consigo.

– O que vamos fazer? Eu ainda quero vê-lo depois que o dia nascer e também após outros dias nascerem também. Como posso fazer isso sem que ninguém desconfie?

– Você ainda irá falar comigo amanhã?

– É claro.

Yixing sorriu, sentindo as palavras dele aquecê-lo por dentro.

– Então pensarei em algo.

– Certo, vou esperar por sua solução. Agora vamos dormir, estou morto.

Yixing concordou em silêncio e se aconchegou melhor junto a ele. Junmyeon adormecera depressa, mas ele ainda ficara alguns bons minutos apenas observando-o. Ele realmente se esforçara para não se apaixonar, entretanto, àquela altura, estava certo de que havia sido vencido.

Kim Junmyeon lhe dissera que não gostava de competir, mas ele claramente competira contra seu coração e vencera, mas Yixing não estava zangado. De alguma forma se sentia grato. 

11 de Julho de 2018 às 22:57 4 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

Lara Franco Jornalista de 23 anos de idade e ficwriter desde os 15. Completamente apaixonada por Kim Junmyeon, Moon Taeil e tudo o que os rodeiam, defensora de Zhang Yixing e Kim Dongyoung, mantém um sonho secreto de povoar o site com fanfics SuLay, 2Ho e Doil. Milita a favor do fim da guerra entre ships e sonha com o dia em que os couples flops irão dominar o mundo.

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sahsoonya sahsoonya
Meu Deus, eu te achei!!! Não imaginei que estaria por aqui tbm. Ok, isso deixou meu dia mais feliz com certeza. Que ótimo vai ser te acompanhar por aqui também! Eu amo seu amor por SuLay e vou proteger esse ship enquanto eu viver... Amo sua escrita e tudo sobre suas histórias.... Que bom ver um perfil conhecido por aqui. Confesso que me sinto solitária aqui no site. Saudades da época que o Spirit era bom pra se escrever... era mais simples a comunicação com os leitores. Bem, estou muito feliz que você também posta aqui. Fiquei super animada viu? Até
May 13, 2020, 13:23
Bea Goncalves Bea Goncalves
um extra cairia bem...
February 25, 2019, 10:11
C. W. Serafim C. W. Serafim
vi aleatoriamente o seu tuite sobre as capas no twitter e não resisti em vir aqui ler o que você escreve. sorte a minha ter iniciado a minha jornada nas suas fanfics por essa sulay. tão bem escrita! é tão boa que li num piscar de olhos e não me arrependo. sua escrita é agradável e nos faz emergir, mesmo que seja uma história de cunho sexual. ai, tô apaixonada, NA MORAL VOCÊ É INCRÍVEL
November 21, 2018, 01:05

  • Lara Franco Lara Franco
    Ahhhhh muito obrigada!!! Na verdade essa história é o primeiro lemon que escrevi depois de ficar quase um ano sem escrever esse tipo de cena. Eu tive muitos problemas que me desanimaram por alguns leitores quererem impor heteronormatividade nesses tipos de cenas em outras fics e isso me desanimou bastante. É porque aqui não tem como eu por as notas que coloquei originalmente quando publiquei ela no spirit, mas ao mesmo tempo que foi um descarrego pra mim como autora, também foi uma fic que eu me diverti muito escrevendo. Fico muito contente por você ter gostado! Obrigada por ter comentado! Abraços! November 21, 2018, 01:19
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