baeptae ariel .

Min Yoongi não acreditava ser possível se apaixonar em apenas 12 horas. Tudo que Jeon Jeongguk precisava para provar-lhe o contrário era de um pouco de falta de sorte e um voo perdido. [ yoonkook x fluffy ]


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Hora 0: O Infortúnio

[Hora 0: O Infortúnio]

Min Yoongi sempre fora conhecido por seus amigos por sua irritante “pontualidade britânica”. Era realmente intragável combinar de sair com o garoto, que sempre ficava pronto com uma hora de antecedência e chegava no destino na hora exata em que fora marcada. Se seus amigos estivessem sendo sinceros, diriam inclusive que o loiro tinha o hábito de chegar até mesmo nos milésimos de segundo combinados, não abrindo espaço para atrasos. Aliás, adendo feito, era preciso deixar bem claro que este detestava atrasos — ou melhor, os repudiava com todo o seu coraçãozinho.

Em linhas gerais, Yoongi não se atrasava. Ponto. E, não fosse por sua incrível falta de sorte associada a uma ironia ou duas da vida, aquela sexta-feira na qual saiu de casa com uma hora e meia de tempo livre não teria sido diferente. Fazendo seu caminho em direção ao Aeroporto Internacional de Seul com destino a Daegu, ele quase podia sentir o gosto da comida de sua mãe e o cheiro das bromélias do jardim de sua casa.

Apenas mais algumas horas e poderia se aconchegar no seu sofá, abraçar seus pais e descansar. Não necessariamente nessa ordem.

O único problema é que, às vezes, o universo gosta de pregar algumas peças e, entre uma pessoa e outra, acabou escolhendo justamente o Min para tirar um sarro naquele dia excepcional. Naquele fim de tarde, uma chuva não planejada transformou o centro de Seul em um completo caos: nuvens negras dominaram os céus, avenidas inteiras ficaram engarrafadas e diversos carros quebraram devido à água que entrava em seus motores. E, entre uma adversidade e outra, cada pequeno minuto de sobra do loiro foi lentamente gasto. Consumido. Puf! Sumiu!

Toda essa série de eventos desastrosos nos trazia ao momento presente, onde, após ter corrido duas quadras com uma mala que era o dobro de seu peso embaixo de um dilúvio — ele podia até mesmo jurar que viu Noé e um casal de esquilos náufragos por ali —, Yoongi se encontrava em frente ao check-in da sua companhia de viagem, um olhar indignado tomando suas feições.

— O que você quis dizer com “você não pode realizar o check-in”? — praticamente gritou, assustando a atendente.

— Senhor, eu já lhe expliquei, o embarque já começou. Não podemos realizar seu check-in quando os passageiros já começaram a entrar!

— Mas faltam trinta minutos para o avião decolar! Trinta minutos dá tempo demais de entrar na porra do caralho da merda do avião! — Sua voz subiu um trilhão de oitavas, parecendo mais um garoto que estava passando novamente pela puberdade do que um marmanjão de vinte e quatro anos.

Ok, antes que vocês comecem a xingar o nosso personagem principal — algo que pressinto que farão —, é preciso primeiramente esclarecer que não, não era como se Yoongi quisesse ser um daqueles idiotas mal-humorados que descontam tudo nos atendentes; é só que seu nervosismo e irritação estavam tão à flor de sua pele que, eventualmente, ele tinha que explodir.

Sério, era a mais pura química. Ou física. Sei lá — ele nunca foi muito bom com essas matérias que envolviam cálculo, muito menos esse narrador quem vos fala.

Além disso, convenhamos, Yoongi tinha corrido duas quadras no meio de um segundo dilúvio: ele meio que estava no direito de se sentir irritado e até mesmo injustiçado com todo o universo e quem mais pudesse culpar.

— Senhor, não podemos abrir nenhuma exceção. O que podemos tentar fazer é arranjar outro voo para você com destino a Daegu — por uma pequena diferença, é claro.

— Pequena diferença?

— Sim. Aproximadamente duzentos e cinquenta mil won.

— Duzentos e cinquenta mil won?! — gritou, uma veia pulsando em sua testa. Min Yoongi iria cometer um crime de ódio. Sério. — E você chama isso de pequena diferença?!

— Senhor, por favor, peço que se acalme–

— Eu estou calmo! — Yoongi disse, nem um pouco calmo. — Eu estou tão calmo que alguns até diriam que sou a reencarnação do Buda!

A atendente, parecendo saber o que era melhor para ela, permaneceu calada. Já não bastava trabalhar ali com baixa remuneração, horas exaustivas e sapatos de salto incômodos — ela com certeza não precisava lidar com um cliente estressado, muito obrigada.

O loiro respirou fundo, massageou suas têmporas e, após alguns segundos, abriu sua carteira. Não era como se pudesse fazer muito mais do que se resignar.

— Quando é o próximo voo?

— Em doze horas.

Ele quase teve outra crise naquele instante. Não tivesse contado até dez e desviado seu foco para pensamentos felizes (do tipo ursinhos carinhosos assassinos tocando fogo naquela pocilga), provavelmente teria tido uma.

— Ok, ok, faça a reserva para esse voo.

E assim a atendente o fez, passando a nova passagem para o rapaz com um sorriso amarelo pintando seus lábios vermelhos. O loiro precisou de todo o seu autocontrole para não rosnar de volta para ela e, sentindo-se bastante maduro por não ter feito isso, rumou em direção a uma daquelas típicas cadeiras de aeroporto que possuía uma tomada para carregar seu celular.

Sentado em uma dessas cadeiras e jogando as malas para o lado — mas com um cuidado em particular com o estojo do violino que trazia em mãos —, no entanto, outro ser igualmente azarado e zoado pelo universo se encontrava com uma cara emburrada. Yoongi não sabia ainda, mas aquele era Jeon Jeongguk, sua futura maior fonte de dor de cabeça pelas próximas doze horas.

Sem desperdiçar um segundo olhar no menino mais novo — até porque Yoongi tinha algo melhor a fazer do que reparar em como aqueles cabelos negros caíam suavemente pela sua testa, ou ainda como a pequena cicatriz em sua bochecha lhe dava um ar mais charmoso —, tirou o celular do bolso e discou furiosamente o número de Namjoon, seu melhor amigo.

Ele já estava se preparando para a risada escandalosa e filha da puta que o filhote de urubu daria quando colocou o aparelho em seu ouvido e escutou a linha ficar muda.

— Mas o quê…? — resmungou, apertando o botão de ligar várias vezes.

É, seu celular havia descarregado. Com setenta por cento de bateria. Será que o coitadinho tava precisando de uma visita ao PROERD ou era só o azar latente do loiro que havia lhe desestabilizado?

— Ah, isso é simplesmente perfeito! — Jogou os braços para cima, lutando com o cadeado que havia colocado em sua mala para sair à procura do carregador.

É, aquele realmente não era o seu dia. Ou a sua semana. Ou o seu mês.

Em outras palavras, para os leigos: Min Yoongi havia arremessado um trem na cruz em outra vida.

Mas talvez — só talvez — sua sorte estivesse prestes a mudar.

— Você quer o meu carregador emprestado? — uma voz melodiosa soou perto de si.

Era o desconhecido bonitinho, sorrindo para ele com todas as suas fileiras de dentes imaculadamente brancos à mostra.

Aquelas longas doze horas — e nossa história propriamente dita — teriam início ali — e, estivesse na cara ou não, o universo tinha vários planos para aqueles dois desconhecidos unidos por uma falta de sorte e um voo perdido.

3 de Julho de 2018 às 17:09 0 Denunciar Insira Seguir história
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