ariane-munhoz Ariane Munhoz

Se alguém lhe perguntasse, apenas culparia os hormônios. Mas Tsukki sabia da verdade. Ah, se sabia.


Fanfiction Anime/Mangá Para maiores de 18 apenas.

#haikyuu #kurootsukki #kuroo #tsukishima-kei #lemon #yaoi #lgbt #pwp
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Um suspiro sôfrego escapou dos lábios entreabertos de Tsukishima quando os dentes de seu senpai se cravaram na curva entre o ombro e o pescoço, encaixando-se perfeitamente a uma altura que ficaria facilmente visível aos olhos curiosos. Queria xingá-lo, pedir para que parasse, mas quando suas mãos se encaixaram no quadril de Kuroo para afastá-lo, o corpo o traiu puxando-o para mais próximo até que sentisse o roçar suave de seu pênis contra o dele.

Era impossível esconder a excitação que sentia naquele momento, o membro pulsando enquanto exigia uma atenção desesperada. Malditos, malditos hormônios!

Os olhos felinos de Kuroo se voltaram em sua direção. Havia algo naquele sorriso que acusava tudo menos inocência quando as mãos dele roçaram o cós de sua calça, brincando com os passadores e tocando sua pele ao ponto de fazer arrepiar os pelos da nuca de Kei.

Havia uma parte de si—uma parte essencialmente lógica—que gritava relutantemente para que afastasse Kuroo. Uma parte que dizia que aquilo era errado, que deveriam se afastar antes que alguém chegasse e os pegasse e todas as preocupações...

− Kuroo... – os dedos gélidos percorrendo suas costas roubaram as palavras. O que ia dizer mesmo?

Hum?— os lábios roçaram sua orelha de leve. Tsukishima suspirou pesadamente, os pensamentos embaralhados.

− E-eu...

− Sim? – as mãos desceram até seus glúteos puxando-o mais para perto e Kuroo o imprensou contra os armários. Estavam no vestiário dos alojamentos e faltava apenas um dia para os grandes jogos. Mas ao invés de estarem visitando os pontos turísticos de Tokyo junto com os outros, haviam ficado ali. Apesar da persistência de Hinata para que os acompanhasse, Tsukishima já estava cansado de ver todos aqueles lugares e Kuroo murmurou algo como não acompanhar um bando de caipiras por aí. Em resumo, desculpas perfeitas para ambos.

E no entanto, nada daquilo havia sido planejado pelo loiro. Não queria aceitar nenhuma investida de Kuroo. Apenas aceitou a proposta dele de treinarem alguns lances, havia decidido que enquanto estivessem nos nacionais, não deixaria que aqueles encontros atrapalhassem seu foco.

− Nós não devíamos... – a mão esquerda tocou sua coxa fazendo com que Kei se retesasse, os músculos rígidos de Kuroo fazendo pressão contra seu corpo. – Eles vão... – mais perto, pela parte interna de sua virilha. Tsukishima mordeu o lábio inferior.

Me diz, Kei...— a voz sussurrada de Kuroo em seu ouvido serviu apenas para excitá-lo ainda mais, nublando quaisquer pensamentos lógicos que ainda pudesse ter. Céus! Tudo o que pensava era naquela boca deliciosa que roçava seu pescoço, os lábios tão quentes e úmidos... – o que você quer?

Um gemido baixo escapou pelos lábios de Tsukishima ainda que tivesse tentado suprimi-lo. Era impossível, inegável dizer o quanto o desejava, o quanto queria que aquela boca estivesse, de fato, em outro lugar.

Kuroo sabia do efeito que causava nele. Na verdade, sentia-se da mesma forma, desejando-o desde o momento que seus olhos haviam detectado a presença do primeiranista da Karasuno. O jeito peculiar de Tsukishima o atraíra mais do que qualquer coisa. O queria para si, desejava-o. E agora Tsukishima estava à sua mercê. Sabia o que ele queria, mas ouvi-lo dizer seria o maior prêmio que receberia.

Tsukishima apertou os olhos quando Kuroo começou a abrir seu blusão. Por baixo vestia apenas uma regata leve destinada ao treino que nunca chegaram a fazer e mesmo assim, seu corpo estava quente. Suor escapava pelos poros de sua pele e cada molécula de si gritava desejando que Kuroo estivesse ainda mais próximo.

− Você. – conseguiu murmurar em meio ao êxtase enquanto ele beijava seu tórax, subindo lentamente sua camisa, deixando um rastro de calor por onde quer que seus lábios passassem.

Kuroo sorriu ao escutar, deixando a camiseta de Tsukishima no chão. Kei estava tão excitado que poderia gozar apenas diante do olhar provocante do capitão da Nekoma.

E o que quer que eu faça, Kei?— novamente aquele sorriso provocante, as mãos firmes presas no quadril do loiro, os lábios próximos dos seus. Tudo nele exalava provocação. O perfume de Kuroo era esse, Tsukishima tinha certeza.

As mãos de Tsukishima se entrelaçaram na nuca de Kuroo e ele o beijou em resposta, a língua invadindo a boca do moreno, explorando cada centímetro. A vontade de Kuroo era aproveitar cada segundo daquilo, cada segundo de mãos bobas e trêmulas que derrubaram seu casaco no chão, que o puxavam mais para perto, gritando desesperadamente através de seus gestos para que os corpos se fundissem em um só.

Mas ao invés de atender a esses desejos, afastou-se, o sorriso estampado no rosto. Tsukishima irritou-se com aquilo.

− Diga. – exigiu o mais velho.

Foi preciso todo o auto-controle de Tsukishima para não enfiar Kuroo dentro de um daqueles armários. Ao invés disso, agarrou os cabelos escuros do capitão e forçou sua cabeça para baixo.

Isso.

Seu sorriso alargou-se tanto que parecia o personagem caricato de algum quadrinho americano. Mas ao invés de atender seu pedido, Kuroo aproximou-se mais, os membros se tocando novamente. O seu estava tão ereto que poderia saltar para fora da calça. O gemido baixo de Tsukishima preenchia seus ouvidos, instigando seus sentidos mais primitivos. Não suportando mais esperar, sua mão se fechou sobre o pênis de Tsukishima, seus gemidos se tornando música para seus ouvidos conforme movimentava a mão para frente e para trás, masturbando-o.

Kei inclinou a cabeça para trás, sentindo o coração acelerar parecendo acompanhar o ritmo de Kuroo. Deixando de lado a timidez, o loiro o imitou. A sensação de ter alguém fazendo aquilo para si era infinitamente melhor do que a sensação de fazer por si mesmo. Surpreendido pela atitude de Kei, Kuroo se permitiu apreciar o momento, mas quando o sentiu próximo do ápice, parou de masturba-lo, arrancando um suspiro de indignação e uma expressão que claramente lhe perguntava a razão daquilo. Mas antes que Kuroo pudesse responder, ajoelhou-se diante do rapaz, passando a língua lentamente pela glande e subindo de maneira provocativa até o corpo do pênis. As mãos de Tsukishima se apertaram tão firmemente que as unhas se cravaram na palma, o rosto corado pelo calor do momento.

A essa altura, seu coração batia tão forte que parecia prestes a explodir. Quando olhou brevemente para baixo, viu que Kuroo o encarava, os olhos afiados e felinos sempre arrumando uma forma de provoca-lo até que engoliu o membro inteiro. A boca ia e vinha para trás e Tsukishima impulsionava o corpo para frente querendo que ele o engolisse inteiro, que o fizesse gozar. A sensação era tão deliciosa que o loiro se perguntava o motivo de nunca ter feito isso antes. Sentia-se inebriado, os pensamentos fora do lugar até o ponto em que gozou dentro da boca de Kuroo, as pernas tão trêmulas que só se manteve firme porque o capitão da Nekoma o sustentou com o próprio corpo.

Tudo o que Kei queria fazer era cair na cama, mas Kuroo não parecia satisfeito. Com o olhar fixo nele, lambeu os cantos dos lábios sem perder a compostura.

− Agora é minha vez.

Ao som daquelas palavras, Tsukishima perguntou-se se seria capaz de fazer um trabalho tão bom quanto seu senpai. Estava prestes a se ajoelhar quando Kuroo ergueu o indicador em riste negando com a cabeça.

− Eu quero outra coisa, Kei. – a forma como ele falou arrepiou até mesmo sua alma. Tsukishima não sabia se estava pronto para isso, mas quando ele começou a masturba-lo novamente, virando-o de frente para os armários e colando o corpo ao seu trazendo aquela sensação de prazer prometido, não conseguiu afastar a ideia de que algo muito melhor viria.

Engolindo em seco, Tsukishima guardou dentro de si o garoto tímido e retraído, o garoto que analisava tudo. Que fosse para o inferno! Seus malditos hormônios queriam apenas que ele gozasse. Por todos os orifícios de seu corpo, se possível fosse.

Prestes a gozar uma segunda vez, Kei espalmou as mãos sobre o armário e respirou fundo ao sentir os lábios de Kuroo em seu pescoço novamente, causando uma leve ardência ao sentir os beijos roçarem a mordida deixada anteriormente.

Sabendo que Tsukishima não gostaria que fosse carinhoso, Kuroo não disse nada além do fato de que o queria. O loiro seria orgulhoso demais para admitir se não suportasse o que viria a seguir, mas o seu corpo daria sinais o suficiente para que o capitão da Nekoma reconhecesse os limites do outro. Até porque já havia estado antes nessa posição, embora não exatamente com Tsukishima.

Tsukishima mordeu o lábio inferior ao sentir os dedos de Kuroo lhe penetrarem enquanto a mão livre do moreno percorria seu peito dando ao primeiranista tempo para recuperar o fôlego. Quando começava a se acostumar com a situação, um novo dedo o invadiu. Tsukishima sentiu uma sensação estranha apesar da dor. Era difícil expressar, mas o que o excitava verdadeiramente era sentir o membro ereto de Kuroo em suas costas.

De alguma forma, apesar de todo seu orgulho e virilidade, naquele momento só desejava que ele o penetrasse tão avidamente que pediu por isso.

− Vai logo... – resmungou baixo. Kuroo apenas sorriu, expondo o pênis e melando-o no gozo ainda recente de Tsukishima. Penetrou-o ouvindo-o gemer de dor a princípio e pensou em recuar, mas no reflexo metálico do armário, viu os olhos apertados de Kei e o quanto desejava aquilo tanto que o sentiu excitado novamente quando começou a masturba-lo pela terceira vez.

Arqueando o corpo para trás, Kuroo gemeu de prazer, extasiado pela forma como Tsukishima parecia levar a sério as batalhas até mesmo em meio ao sexo. Não soube por quanto tempo permaneceram ali, os quadris sincronizados em um movimento único como se fizessem uma dança e soubessem exatamente que passos seguir. Quando Kuroo gozou, garantiu que Kei o fizesse pela terceira vez antes de se largar em um dos bancos do vestiário, tão cansado como se tivesse corrido uma maratona.

O cheiro do suor e do sexo espalhava-se por todo canto e Tsukishima se esparramou ao seu lado no chão. Kuroo estendeu uma das mãos para tocar os fios loiros da cabeça do primeiranista da Karasuno. Kei entreabriu os olhos, tão diferente sem os óculos de grau. Estava exausto, mas jamais admitiria.

− Consegue levantar? – o moreno questionou após alguns minutos. Sentar-se no banco havia sido um esforço colossal após aquela maratona de sexo juvenil.

− Não sou nenhuma mocinha indefesa para não conseguir. – bufou. Mas quando tentou ficar de pé, suas pernas o traíram e Kuroo o ajudou a se sustentar.

− Vá para as termas, vou dar um jeito aqui. Vai ajudar a melhorar sua circulação. – por um momento Kei o encarou, os olhos estreitos e as sobrancelhas arqueadas. – Eu o encontro em cinco minutos.

Ele revirou os olhos e deu de ombros como quem diz que não se importa, mas Kuroo sorriu.

− Kei? – o garoto virou-se em sua direção. – Esteja pronto para o segundo round.

Tsukishima sorriu de volta.

− Desta vez eu fico por cima.

Kuroo deu uma risada baixa e rouca que ecoou pelos ouvidos de Tsukishima mesmo depois que saiu do seu campo de visão. Que se danassem as falsas promessas. Aquilo só serviria para deixá-lo ainda mais focado e mostrar para Kuroo que podia mandar nele fora e dentro da quadra.

X

Omake 01

Hinata ficou calado – e esse foi todo o esforço que poderia fazer – quando viu Tsukishima agarrando Kuroo. Que tipos de exercício eram aqueles que os dois estavam fazendo, tão complexos e cheios de curvas? Pelos gemidos, devia ser doloroso. Com certeza era o que deixava Tsukishima mais flexível. Com certeza.

− Não posso perder! – exclamou ele para si mesmo. No dia seguinte, sugeriria para Kageyama que começassem os mesmos exercícios. Ele certamente saberia como fazer aquilo.

Omake 02

− Preciso do seu conselho.

Tirando toda a graça do fliperama, Kageyama soou com aquela voz séria de sempre. Oikawa fez o que fazia de melhor: ignorá-lo. Mas quando ele permaneceu parado pelos próximos vinte minutos tirando sua atenção, o capitão bufou e se virou para ele.

− Por que eu deveria te aconselhar depois de você e seu timezinho terem chutado a minha bunda?

− Porque não conheço ninguém mais para pedir conselhos e Hinata fez parecer que era importante. – Kageyama prosseguiu. Como se não fossem rivais, ainda que fosse difícil demais para ele admitir que precisava de ajuda.

− Desembucha.

− Kuroo e Tsukishima estavam praticando alguns exercícios de flexibilidade outro dia. Preciso da sua ajuda também.

O riso subiu pela garganta de Oikawa, mas ele o segurou. Sabia bem quais eram esses exercícios. Podia não estar nos nacionais, mas as notícias corriam rápido no grupo dos capitães no Whatsapp.

− Claro. – ele disse, deixando o fliperama de lado. – Vou te mostrar os exercícios, mas só se estiver preparado. Não vai ser nada fácil.

− Eu estou! – exclamou Kageyama, que nunca fugia de um desafio.

Oikawa apenas sorriu diante da vingança que realizaria.

Omake 03

Nunca mais me peça nada. – ele disse a Hinata.

− Eh? Mas e os exercícios?!

Kageyama o xingou de nomes em inglês que Hinata não entenderia nem que fosse letrado no idioma. Pelo visto teria que pedir ajuda a Nishinoya para resolver o mistério...

Notas:

Essa é uma história um pouco antiga que eu tinha postada apenas no Nyah e resolvi passar pra cá na vibe Haikyuu. Me deu até vontade de att o mangá! É isto! Nos vemos em breve!

11 de Junho de 2018 às 23:16 0 Denunciar Insira Seguir história
6
Fim

Conheça o autor

Ariane Munhoz Dona de mim, escritora, louca dos pássaros, veterinária e mãe dos Inuzuka. Já ouviram a palavra Shiba hoje?

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