iambyuntiful Barbs Bueno

[PWP || CHANBAEK] Baekhyun estava cansado de reprimir seus desejos em relação ao melhor amigo e companheiro de dormitório na faculdade e, durante as aulas de violão que Chanyeol lhe prometeu, ele encontrou a oportunidade perfeita para que Chanyeol o dedilhe como faz com o violão.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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Baekhyun só queria ser aquele violão.

DEDILHADO

Capítulo único – Baekhyun só queria ser aquele violão.

Byun Baekhyun não sabia mais o que precisava fazer para que Chanyeol entendesse o que de fato queria.

A história dos dois era bastante longa, para falar a verdade, e por isso Baekhyun já estava cansado. Conhecera Chanyeol na época da escola, quando era um aluno novato em meio a tantas pessoas desconhecidas e, por um momento, sem jeito. Não era de seu feitio demorar para fazer amizades e não foi diferente dessa vez; passado o primeiro momento de estranhamento, entrosou-se facilmente com a maioria das pessoas que o adoraram de imediato.

Baekhyun sabia que era alguém fácil de conviver e que as pessoas gostavam de ficar por perto, por isso usou esse fato a seu favor ao começar a montar seu círculo de amizades. Gostava de conhecer um pouco de cada coisa, estar por dentro de tudo o que estava acontecendo e conseguia fazer isso sem soar que estava dando mais atenção a um do que outro.

Aos poucos, com o passar do tempo, Baekhyun enturmou-se facilmente com as pessoas de sua escola e todos já o amavam como se estivesse ali desde sempre. Todos, com exceção de Park Chanyeol.

Park Chanyeol era um garoto distraído e que não possuía muitos amigos, mas os que possuía eram bastante fiéis. Faziam parte do clube de música da escola e, quando não estavam em aula, aquele era o local certo para encontrá-lo caso fosse necessário. O clube de música funcionava como a segunda casa de Chanyeol e era nítida sua paixão por aquele local que ajudou a fundar.

Baekhyun não tinha muito interesse na parte instrumental das músicas – a bem da verdade, entrou para o coral da escola porque gostava muito de cantar e sabia que fazia isso muito bem –, mas possuía grande interesse no garoto distraído e que andava com o violão atado às costas mesmo quando não era necessário.

O garoto Byun era alguém muito consciente de seus atributos e do que sabia fazer para que alguém gostasse de si, mas havia um grande problema em relação a Chanyeol. Ele simplesmente parecia não se importar com a comoção feita em torno do Byun e a existência de Baekhyun não era diferente dos demais alunos do colégio para o Park, o que tornava difícil sua aproximação porque não tinham muita coisa em comum vendo pela superfície.

Sabia que Chanyeol era apaixonado por música, amava seu violão mais do que qualquer coisa e que possuía alguns bons amigos, mas como isso poderia ajudá-lo a se aproximar?

A única coisa que passou por sua mente é que teria que começar a fazer amizade com os amigos de Chanyeol de forma que encontrasse alguma coisa que pudesse ajudá-lo a se aproximar de sua mais nova paixonite – nada mais que uma leve crush no garoto distraído, ele era Byun Baekhyun, afinal de contas, e ninguém o prendia por muito tempo – e fazê-lo finalmente conhecer Chanyeol.

O processo foi lento e um pouco difícil – os amigos de Chanyeol pareciam tão fechados quanto ele –, mas nada que um pouco de persistência não pudesse ajudá-lo. Começou por Sehun, o mais novo entre eles e que parecia ser mais aberto que os outros, que o apresentou a Jongin, o garoto que sabia nutrir alguma paixonite pelo Byun também, que o levou a Kyungsoo que era o melhor amigo de Chanyeol.

Kyungsoo foi a barreira mais difícil que Baekhyun encontrou para passar, mas não era o suficiente para fazê-lo desistir. Conhecia-o de longe, fazia parte também do coral da escola, mas nunca ficava por muito tempo porque sempre dizia estar ali obrigado pelos amigos por sua boa voz. Baekhyun nunca teve realmente uma oportunidade de conhecê-lo porque sabiam que eram bem diferentes, mas agora era necessário.

Falar do coral da escola ajudou bastante para que Kyungsoo facilitasse as coisas para si, tornando-se mais maleável e não o deixando falar sozinho como aconteceu das primeiras vezes. Algumas semanas, duas ou três, foram necessárias para que o garoto começasse a se sentir à vontade consigo e Baekhyun percebeu que seu plano estava saindo melhor do que o esperado porque também passou a gostar da companhia daqueles três.

Faltava apenas seu objetivo principal e que Kyungsoo encarregou-se de fazer.

Sentia-se estranho por estar tão nervoso para conhecer Chanyeol; não era nada fora de comum, era só um aluno como todos os outros e que por acaso despertou sua atenção por ser um pouquinho diferente dos demais, mas nada fora do habitual. Suas mãos não precisavam suar tanto e não precisava estar tão ansioso para algo que era corriqueiro para todas as pessoas. Era só um novo amigo.

Porém, depois de quase dois meses tentando aproximar-se do mais novo através de seus amigos, passando a fazer parte daquele círculo de amizades também sem, de fato, conhecer Chanyeol, Baekhyun passou a aceitar que talvez sua paixonite estivesse se tornando séria demais.

Isso era um fato praticamente impossível para o Byun porque conhecia bem a si mesmo, sabia que não era o tipo de pessoa que criava apego às demais. Talvez estivesse tão fixado em Chanyeol porque sabia que o mais novo era alguém difícil de se aproximar, porque ele era seu mais recente objetivo e, quem sabe após conclui-lo, ele poderia se tornar apenas um bom amigo como Kyungsoo, Sehun e Jongin se tornaram.

Ou era isso o que Baekhyun desejava porque não saberia lidar com algo que nunca experimentou antes.

Conheceu Chanyeol em uma noite de sexta feira que Sehun o convidou para passar em sua casa, sabendo que seus demais amigos também viriam. Sehun era alguém que gostava de pequenas festas, restritas aos amigos, e considerava Baekhyun o suficiente para convidá-lo também – além de ser bastante ciente do interesse do Byun em cima de seu amigo, para tristeza de Jongin que deveria superar sua paixonite sozinho. Não que Sehun visse algum problema em ajudar o amigo nisso, é claro.

O Park chegou com o mesmo violão que carregava para todos os lados, algo que era corriqueiro para as pessoas que conviviam consigo e que Baekhyun passou a se acostumar também. Era até mesmo bonito vê-lo andando com aquilo o tempo todo porque sabia do quanto era importante para Chanyeol e até mesmo o fazia querer conhecer um pouquinho a respeito de sua história com a música.

Baekhyun anotou mentalmente que aquilo era algo que deveria conversar com o mais novo quando tivesse oportunidade.

Chanyeol pareceu surpreso quando o viu na sala de estar de Sehun ao chegar, mas não necessariamente incomodado porque abriu um sorriso tímido e o cumprimentou com um acesso. Baekhyun sorriu de volta e aproveitou-se da disposição de lugares para fazê-lo sentar-se ao seu lado, de forma que tivesse como conversar com o Park pelo restante da noite sem que os outros precisassem se sentir como se estivessem se intrometendo.

Quando de fato começou a conversar com Chanyeol, percebeu que sua ansiedade e o nervosismo gerado em torno daquele encontrou de fato estavam fora de proporção porque, apesar de um pouco fechado, Chanyeol era completamente diferente do que esperava. Não sabia muito bem como conversar com novas pessoas, mas sentia-se livre em meio a seu círculo de amizades e tornava-se uma nova pessoa, mais sorridente e falante, o que encantou Baekhyun ainda mais.

Até o final da noite Baekhyun já era considerado um de seus amigos – “Se você é amigo de todos eles, então você também vai ser meu”, foi o que Chanyeol disse e Baekhyun respirou aliviado por seu plano ter dado certo – e o Byun foi para casa feliz por ter alcançado seus objetivos. Agora que Chanyeol já não era algo intangível, poderia conhecê-lo mais a fundo até que sua curiosidade sobre o garoto fosse saciada e sua pequena paixão por ele fosse encerrada.

Os dias tornaram-se semanas que se tornaram meses e, conforme o tempo ia passando, Chanyeol tornou-se cada vez mais uma constante em seus dias. Era engraçado como imaginava não ter nada em comum com o mais novo e descobriu que, na verdade, eram bastante parecidos em alguns aspectos. Apesar de muito mais extrovertido que Chanyeol, Baekhyun viu muito de si mesmo no amante de música e amaldiçoou-se por isso apenas aumentar seu interesse no rapaz.

Sua amizade com Chanyeol solidificou-se com passar do tempo e com os outros três também não foi diferente. Não demorou para que Baekhyun percebesse que estava passando mais tempo com os quatro rapazes – dois deles do clube de música, dois deles do grupo de dança – do que com as demais pessoas com quem havia feito amizade, mas não se arrependia. Cada dia era uma descoberta nova a respeito de seus novos amigos e aquilo era o suficiente para mantê-lo interessado.

Em relação a sua paixonite com Chanyeol, Baekhyun decidiu que simplesmente não valia a pena tentar. Chanyeol era apaixonado pela música e vivia para ela, era o que seus amigos diziam, e dificilmente notava alguma coisa ao seu redor que não fosse relacionado a ela. Baekhyun decidiu que não valia a pena arriscar seus esforços em conseguir sua amizade com algo que não tinha certeza se poderia dar certo e, ciente do que Jongin também sentiu por si, respeitaria o que tinham no momento.

Não era ruim, entretanto, e ficava bastante satisfeito por ter criado um vínculo com aquele grupo. Juntos passaram por bons momentos durante o último ano escolar; Baekhyun conheceu mais do clube de música e arriscou alguns passos de dança com Sehun e Jongin, fez parceria com Kyungsoo no coral da escola e até mesmo ensinou um pouco do que sabia sobre canto para Chanyeol que descobriu ser interessado por aquilo depois de um tempo.

Saíram juntos diversas vezes, uma melhor do que a outra, e diversas lembranças foram construídas de forma que não soubesse mais o que faria se não tivesse os quatro ao seu redor. Tornaram-se pessoas preciosas, importantes demais para que qualquer coisa pudesse leva-los embora e, quando menos esperava, o sempre tão desapegado Baekhyun descobriu-se afeiçoado por aqueles quatro quando já não tinha como fugir dessa situação.

Não que ele estivesse reclamando de qualquer coisa, afinal de contas. Era sempre bom saber que havia algumas pessoas, poucas que fossem, com quem podia contar no final do dia.

Após o fim da escola, ingressaram na mesma faculdade cada um a seu próprio tempo. Chanyeol e Baekhyun foram os primeiros e faziam o mesmo curso – ironicamente música, já que Baekhyun acabou interessando-se um pouco pela área –, Kyungsoo veio em seguida, fazendo Artes Cênicas, como nunca iriam imaginar, e Sehun e Jongin chegaram ano seguinte realizando o sonho de cursar Dança.

Apesar das diferenças entre seus cursos e do tempo relativamente mais curto que podiam passar uns com os outros, os cinco reunidos, a amizade daquele grupo continuou da mesma forma de quando estavam na escola e Baekhyun não podia estar mais agradecido por sua pequena paixonite por Chanyeol tê-lo levado a procurar seus amigos e torná-los seus também. Não ganhara apenas Chanyeol ao seu lado, alguém que agora era seu confidente para tudo, mas também outros companheiros que não iria perder por nada.

A paixonite de Baekhyun por Chanyeol, com o passar do tempo, tornou-se mais branda até o ponto em que o Byun achava não mais existir. Sentia-se bem com isso porque agora eram mesmo apenas bons amigos e não tinha nada que pudesse preocupá-lo, até o momento em que Baekhyun percebeu que passou um bom tempo enganando a si mesmo. Talvez sua paixonite por Chanyeol pudesse ter esfriado com o passar dos anos, mas não sumido por completo.

Quando estavam no terceiro ano da faculdade e Sehun e Jongin eram apenas calouros completando o grupo, Baekhyun percebeu que não encarava o Park como encarava seus outros amigos. Com a chegada da faculdade, novas pessoas também foram conhecidas e nenhuma delas despertava sua atenção como Chanyeol fazia com poucos gestos, coisas corriqueiras para os dois que dividiam o mesmo dormitório e conheciam bem a rotina um do outro.

Talvez reprimir aquilo que sentia por tanto tempo o tenha levado ao ponto onde chegou, talvez Chanyeol estivesse se tornando mais bonito e atraente conforme os anos passaram, Baekhyun não saberia dizer. A única coisa que sabia é que o amigo nunca parecera tão sexy enquanto tocava violão como parecia atualmente e Baekhyun não conseguia tirar seus olhos de sua figura todas as noites quando Chanyeol queria lhe mostrar uma composição nova.

Naturalmente, havia pessoas interessadas nos dois; Baekhyun sabia de sua beleza e usava-a a seu favor, mas Chanyeol era um pouco mais desligado nesse quesito. Os amigos sempre precisavam alertá-lo de que uma ou outra pessoa estava interessada nele e o questionavam sobre o que faria a respeito, com Chanyeol respondendo não estar interessado de volta na maioria das vezes. Poucas foram as vezes em que Baekhyun o viu devolver o interesse das pessoas, o que o deixava esperançoso e desiludido ao mesmo tempo.

Esperançoso porque aquilo podia significar que tinha chances de conquistar Chanyeol já que ninguém parecia prender a atenção do mais novo por muito tempo e desiludido pelo mesmo fato; o que o levava a pensar que conseguiria conquistá-lo se estava ao lado de Chanyeol há muito mais tempo do que qualquer pessoa naquela faculdade e o Park nunca demonstrou interesse por si?

Contudo, Baekhyun nunca deixou sua persistência de lado e, se conseguiu fazer com que Chanyeol o notasse durante a época da escola em que o Park não parecia se importar com nada além do clube de música, não seria agora que desistiria de fazê-lo notar de todas as formas.

Por esse motivo, usou aquilo que Chanyeol insistia consigo há anos a seu favor: o desejo do mais novo em ensiná-lo a tocar violão.

A bem da verdade, Chanyeol conseguiu fazer com que o interesse nascesse em si depois de vê-lo tocando tantas vezes e parecendo tão feliz com aquilo, sempre tão apaixonado pelo que seus dedos dedilhavam. Sabia reconhecer sua inabilidade com instrumentos musicais e por isso gostava de observá-lo, mas Chanyeol nunca desistiu da ideia de fazê-lo aprender a tocar ao menos violão porque dizia ser um ótimo professor.

Muito bem, Baekhyun testaria suas habilidades então.

Chanyeol pareceu bastante feliz quando o mais velho o pediu para que o ensinasse a tocar violão e combinaram de ter aulas pelo período da noite quando estavam livres da faculdade e podiam fazer nada no dormitório. As aulas aconteciam em três dias da semana – por insistência de Baekhyun já que Chanyeol dizia que era necessário treino diário caso quisesse chegar em algum lugar – e, aos poucos, Baekhyun colocou seu plano em ação.

Jogou algumas indiretas conforme as aulas passavam, mas Chanyeol parecia tão fechado quanto anos antes ao não notá-lo na escola. O Park ficava tão focado enquanto o ensinava as notas, a como dedilhá-las da forma certa ou como espaçar seus dedos para um maior alcance, que qualquer coisa dita por Baekhyun passava despercebida, independente de quantos sentidos escondidos o Byun tentasse passar.

Chanyeol era alguém difícil de se ler, mesmo com os anos ao seu lado e sendo um amigo tão próximo, porque dificilmente o mais novo entendia alguma indireta direcionada a ele. Chanyeol era alguém direto demais para isso – gostava de falar as coisas de forma clara e as entendia dessa forma, sem joguinhos ou enrolações desnecessárias. Baekhyun sabia que essa era a melhor forma de chegar até o amigo, mas ainda havia o medo de arruinar tudo caso o fizesse.

Era melhor continuar jogando escondido e esperar que Chanyeol um dia o entendesse do que atirar-se a campo aberto e pôr tudo a perder.

Por mais algumas semanas, cinco ou seis, Baekhyun arriscou-se a continuar tentando chegar em Chanyeol através de algumas indiretas lançadas, algumas mais ousadas do que outras. Apesar de deixar seu coração palpitando forte frente ao desconhecido – Chanyeol entenderia ou não? Como reagiria caso entendesse? Estava pronto para isso caso acontecesse? –, o mais novo sempre acabava o frustrando por continuar agindo da mesma forma de antes, ajudando-o quando necessário e ensinando-o novas técnicas.

Houve um momento em meio as semanas que se passaram com suas tentativas frustradas que Baekhyun pensou que estava há tempo demais jogando escondido. Eram anos ao lado de Chanyeol mantendo seu interesse encoberto por outros sentimentos, semanas vendo-o sair com outras pessoas e tentando enganar a si mesmo marcando encontros com quem o chamava para sair para que continuasse a suportar a situação como estava. Precisava agir de outra forma agora, já que seu plano não estava se saindo conforme imaginava, e precisava ser em breve porque já não aguentava mais manter aquilo escondido.

Sabia o que tinha a perder, mas tentava manter em mente o que podia ganhar caso arriscasse tudo de uma vez e era isso o que Baekhyun estava disposto a fazer. Independente do quanto seu amigo fosse devagar para entender o que estava nas entrelinhas, Chanyeol entenderia todas suas indiretas de uma forma ou de outra e Baekhyun não descansaria até que isso acontecesse.

Ao final de mais uma aula de violão com Chanyeol dizendo que era o suficiente por hoje porque estava cansado e deveriam dormir, Baekhyun tomou uma decisão.

Durante a próxima aula, o jogo estaria a seu favor.

. . .

Era sexta à noite quando Chanyeol concordou que poderiam tentar mais uma vez.

Os dois rapazes estavam cansados após uma semana exaustiva na faculdade – as aulas começavam a pegar pesado de verdade, apesar de ser um tema que gostavam tanto – e, como se não fosse bastante, associava-se o fato de que precisavam de dinheiro extra ao trabalho de Baekhyun e Chanyeol estava tentando encontrar um emprego também. Dessa forma, não foi incomum chegar em seu dormitório e encontrar o Park ainda engravatado.

Baekhyun xingou baixinho porque Chanyeol ficava tão bonito de terno e gravata que, caso soubesse, usaria mais vezes. Contudo, sabia o quanto o amigo se sentia desconfortável daquela forma e como dizia que as roupas costumavam prendê-lo e isso o fazia odiá-las. Talvez o charme estivesse justamente no fato de usar apenas em ocasiões especiais e por isso era sempre um choque bem-vindo quando o encontrava dessa forma.

Jogou sua mochila aos pés de sua cama e Chanyeol ainda não tinha notado sua presença por estar de costas para a porta e concentrado no violão em seu colo. Já sem o terno, Baekhyun tinha uma visão privilegiada das costas largas cobertas apenas pela camisa social e sorriu para si mesmo. Chanyeol não sabia o que o esperava dali algum tempo, mas com certeza estava contribuindo para a imaginação de Baekhyun.

Aproximou-se do amigo, sentando-se ao seu lado e se fazendo notado, assustando-o com sua aproximação repentina. Riu um pouco da reação exagerada de Chanyeol, mas estava acostumado com isso; gostava de assustá-lo chegando do nada, o Park sempre ralhava consigo e isso o divertia o suficiente para que continuasse fazendo. Esperava que um dia Chanyeol aprendesse e não se assustasse mais, mas todas as vezes eram como a primeira vez.

“Você precisa aprender a parar de chegar do nada, Baekhyun!”, Chanyeol ralhou consigo.

“Você precisa ficar mais atento e parar de viver para o seu violão, Chanyeol”, Baekhyun devolveu. “Eu joguei a mochila no chão, bati a porta e você nem notou que alguém tinha entrado.”

Chanyeol levou a mão à nuca, como sempre fazia quando ficava envergonhado por algo. Realmente ficava desligado quando estava com seu violão. “Você sabe que eu sou meio distraído”, resmungou. “E justamente por isso devia falar alguma coisa quando chega.”

Ah, Baekhyun sabia muito bem o quanto Chanyeol era distraído. “E perder essa sua carinha de assustado?”, Baekhyun riu mais um pouco, fazendo-o contorcer o rosto em uma expressão de desgrado. “Não me tire um dos poucos prazeres que a vida me proporciona, Chanyeol.”

“Você adora se divertir às minhas custas, eu deveria parar de dar aulas para você”, Chanyeol revirou os olhos. “Mas você tem sorte por eu estar de bom humor hoje.”

“Você de bom humor hoje é tudo o que eu preciso”, Baekhyun respondeu com uma piscadela, embora Chanyeol não tenha entendido seu propósito. Estava tudo bem por enquanto; Chanyeol não demoraria a entendê-lo.

Chanyeol disse que só precisava trocar de roupa para que se sentisse mais confortável, o que Baekhyun lamentou ao vê-lo tirando a gravata e jogando-a pelo chão próximo à cama. Às vezes, o Byun detestava essa mania de desorganização de Chanyeol e costumava ralhar com o mais novo por começar a deixar suas coisas jogadas pelo chão, mas aquele era um dia diferente. Deixaria que o Park fizesse o que quisesse para que, depois, ele tomasse o comando da situação.

O mais alto voltou pouco tempo depois com uma nova muda de roupa e mais confortável, vestindo a costumeira calça de moletom que usava para dormir e uma regata antiga que evidenciava os músculos que trabalhou conforme os anos passaram e que só atiçava a imaginação de Baekhyun cada vez mais. Se havia algo que Baekhyun gostava mais do que Chanyeol de social, era o Chanyeol despojado que não se importava com o que vestia porque conseguia ficar atraente até mesmo assim.

Sentou-se na ponta de sua cama apanhando o violão de Chanyeol abandonado na cama do Park, posicionando-se como sabia que o rapaz iria mandá-lo em breve e esperou que Chanyeol sentasse à sua frente para que lhe dissesse o que deveria fazer. O Park era bastante cuidadoso com o instrumento e gostava de deixar tudo certo antes de iniciarem as aulas porque era um momento sagrado para ele.

Mal sabia Chanyeol o que Baekhyun tinha em mente para o término daquela noite e que não envolvia em nada ganhar mais alguns calos dedilhando o instrumento musical.

“Certo, Baek, o que faremos hoje?”, Chanyeol o questionou, sentando-se à sua frente. Suas camas eram colocadas lado a lado, de forma que podiam continuar confortáveis em seus lugares e tornar aquela aula mais prazerosa aos dois.

“Eu tenho encontrado alguma dificuldade em alcançar algumas notas”, Baekhyun explicou, o que não era de todo uma mentira. De fato estava tendo dificuldades com algumas notas e Chanyeol poderia ajuda-lo. “Você poderia me ensinar de novo como faz para espaçar os dedos para alcançá-las?”

“Mas é algo tão básico, Baek”, Chanyeol riu, “nós vimos isso várias vezes.”

“Você não pode me culpar por não ser tão bom com isso quanto você!”, Baekhyun exclamou com um bico amuado em seus lábios. Chanyeol sempre o considerava uma gracinha quando fazia isso e Baekhyun sabia muito bem usar isso a seu favor. “Não seja um mala e me ajuda.”

Chanyeol continuou rindo um pouco, o que com certeza incomodou Baekhyun, mas deixou passar porque não podia deixar que algo tão bobo pusesse seu plano abaixo. O mais novo se ergueu, sentando-se às suas costas para ajudá-lo a posicionar os braços da forma correta – Baekhyun sempre errava o posicionamento, mas dessa vez fora proposital para que Chanyeol se visse na obrigação de modificar sua posição.

Ter o mais novo às suas costas facilitava bastante tudo o que Baekhyun tinha em mente e o sorriso que deu por constatar que estava tudo dentro dos conformes não foi visto por Chanyeol, mas estava repleto de malícia. Deixou que Chanyeol o movesse como desejava, ajustando seus braços em torno do violão e mexendo com seus dedos para mostrá-lo o que deveria fazer para alcançar as notas.

Como aquilo era realmente algo que lhe interessava saber, Baekhyun preferiu ouvi-lo atentamente antes de tentar desconcentrá-lo e, quem sabe, sair ganhando alguma coisa aquela noite.

“Você só precisa fazer isso aqui”, Chanyeol o explicou, mexendo com seus dedos repetidas vezes para que Baekhyun captasse os movimentos. “Vê? Não é complicado. No início é desconfortável, mas você se acostuma aos poucos como se acostumou aos calos.”

“Não sei como você não reclama disso”, Baekhyun comentou. “Meus dedos doeram tanto no início que eu cogitei seriamente desistir.”

“A arte da música nos exige alguns sacrifícios”, Chanyeol comentou e Baekhyun sabia que algum sorriso havia em seu rosto como sempre acontecia quando começava a falar de música. “Alguns calos não querem dizer nada.”

“Você não precisa nem se preocupar com isso, não é?”, Baekhyun perguntou como quem não quer nada, fazendo-o olhá-lo sem entender. “Quer dizer, eu ouvi dizer pelo campus como os garotos com quem você saiu gostavam de como sua mão passava pela pele deles, por ser meio áspera pelos calos.”

Baekhyun adoraria poder estar olhando em direção a Chanyeol porque sabia que ele estaria corando nesse momento. Chanyeol era bastante reservado sobre as pessoas com quem saía e, embora todos soubessem a respeito de sua sexualidade e fossem completamente tranquilos quanto a isso, não se sentia bem estando tão exposto mesmo aos amigos. Perguntou-se como Baekhyun poderia saber a respeito das pessoas com quem saiu já que não ouviu nenhum deles comentando a respeito.


“Eles disseram, é?”, Chanyeol perguntou depois de alguns instantes em um silêncio um pouco constrangedor. “Isso é um pouco embaraçoso para se conversar, não acha?”

“Na verdade, me deixou bastante curioso”, Baekhyun arriscou a dizer. “Eu o vejo tocar violão desde que te conheci, Chanyeol, mas eu nunca tive a oportunidade de saber como suas mãos parecem quando tocam alguém.”

Chanyeol deu uma pequena risada para esconder sua vergonha com o assunto abordado. Conhecia Baekhyun muito bem para saber que o mais velho gostava de flertar com os amigos como forma de divertimento, mas não esperava ser alvo tão repentinamente em um assunto que ainda o deixava envergonhado. Perguntou-se como conseguiram chegar a esse assunto quando tudo começou com a aula de violão a ser dada para Baekhyun.

Sentindo-se tenso, Chanyeol resolveu que a melhor escapatória para os dois era voltar ao que estavam fazendo antes e, por isso, tentou esquecer a imagem que sua mente projetou de Baekhyun pedindo para tocar-lhe e focar no que ainda precisava fazer. O Byun não fez nenhuma objeção quando não o respondeu, dando-lhe a entender que era de fato só uma brincadeira e estava tenso por motivo nenhum.

Baekhyun era estupidamente bonito e quando fazia esse tipo de brincadeira acabava deixando-lhe mais desconcertado do que o normal.

O Park voltou ao que estava fazendo antes, movimentando seus dedos em conjunto com os de Baekhyun, ensinando-lhe como tocar notas simples e combinando-as até formarem uma melodia. Baekhyun parecia concentrado no que estava fazendo, o que deu a Chanyeol a oportunidade de observar-lhe um pouco. O mais velho era o tipo de pessoa que era o sonho de consumo de qualquer pessoa na faculdade em que estudavam, não fazia o menor sentido que ele estivesse dando em cima de si.

Definitivamente, não fazia sentido, Chanyeol só precisava esquecer a forma como a tensão se construiu em seus ombros com uma única frase.

“Você parece distraído, Chan”, Baekhyun comentou surpreendendo-o mais uma vez. Chanyeol se assustou de leve porque não esperava a voz do mais velho tão cedo novamente. “Alguma coisa está te incomodando?”

“Nada, nada”, Chanyeol negou, querendo esquecer seu momento de tensão. Tinha um grande problema em relação a Baekhyun quando o mais novo brincava consigo dessa forma porque reacendia dentro de si o pequeníssimo interesse que teve pelo mais velho durante a escola quando Baekhyun era um dos alunos mais populares. “Você conseguiu pegar o jeito?”

“Acho que sim”, Baekhyun confirmou, jogando a cabeça para trás e encostando-a no ombro de Chanyeol. Sentiu-o enrijecer às suas costas, sorrindo pequeno para que Chanyeol não notasse. “Nada semelhante ao que você faz, é claro. Nada é mais sexy que você dedilhando esse violão, Chanyeol.”

“Você está me deixando desconcertado, Baekhyun”, Chanyeol riu baixinho, consciente até demais de como a respiração do mais velho batia contra a pele de seu pescoço, o ar quente deixando a região tão quente quanto.

“Só estou dizendo a verdade, ué”, Baekhyun insistiu. “Só você não consegue enxergar o quanto é atraente e o quanto você consegue ficar ainda mais fodidamente sexy com esse violão no colo. Se quer saber, sempre quis saber quando seria o dia que você dedilharia o meu corpo como faz com esse violão.”

Baekhyun sabia que aquela era uma jogada arriscada; sabia que Chanyeol poderia se tornar arredio e encerrar aquela noite naquele momento, mas sabia também que não encontraria uma chance melhor para arriscar com o mais novo. Esperou que Chanyeol demonstrasse qualquer coisa, esperou qualquer reação que pudesse lhe dizer o que fazer em seguida, mas, por um momento, Chanyeol não fez nada.

Continuou parado às suas costas, sem afastá-lo e também sem fazer nenhum gesto de quem gostaria de se aproximar mais. Baekhyun esperou mais alguns instantes esperando que Chanyeol processasse o que deveria fazer e estava quase começando a se arrepender do que havia feito quando percebeu a respiração do Park tornando-se mais pesada, como se estivesse se controlando em relação a algo.

Seu sorriso aumentou ao perceber que estava conseguindo arrancar algumas reações do melhor amigo, sentindo-se mais energizado para continuar o que tinha em mente. Chanyeol continuava estático, como se também estivesse esperando que Baekhyun fizesse algum movimento, mas o Byun aguardaria o momento em que o mais novo agisse. Não queria ser a única pessoa a agir naquele momento porque queria ter certeza que Chanyeol queria aquilo tanto quanto ele.

“Isso não é uma brincadeira, é?”, Chanyeol o questionou depois de um tempo, parecendo um pouco receoso. “Você sabe que não tem graça quando faz essas brincadeiras, Baekhyun.”

“Por que eu brincaria com isso, Chan?”, Baekhyun devolveu a pergunta, aproveitando a posição em que estava para poder beijar-lhe o pescoço em diversos selos. Sentiu-se vitorioso ao perceber os arrepios passando pela pele de Chanyeol. “Estou sendo absolutamente sincero com você.”

“E por que isso tão de repente?”, Chanyeol insistiu. “Você flerta com todos os nossos amigos, não quer dizer que será diferente comigo e-”

Sempre foi diferente com você, Chanyeol”, Baekhyun riu baixinho, fazendo Chanyeol arrepiar-se ainda mais com o estímulo em seu pescoço. Era uma região bem sensível de seu corpo. “Você só é um pouco mais devagar que os outros para perceber o que eu quero dizer.”

“E o que exatamente você quer dizer?”, Chanyeol o questionou, tentando ter certeza de que não estava caindo em uma piada do mais velho. Baekhyun não era bem o tipo de pessoa confiável em relação a flertes e Chanyeol não era muito bom em identificá-los, se fosse sincero.

“Eu quero dizer que eu quero você”, Baekhyun sussurrou, seus beijos subindo em direção ao lóbulo de sua orelha antes de sugá-lo. Seu pescoço começava a doer pela posição, mas nada no mundo o tiraria dali naquele momento, não quando estava tão próximo de Chanyeol e com o mais novo não o repelindo.

Nunca duvidou de seu poder de sedução e a forma como sabia conquistar qualquer pessoa; Chanyeol não seria uma exceção em sua vida, mas tinha medo de que o mais novo pudesse recusá-lo e não soubesse como continuar a amizade olhando-o e lembrando-se desse momento. Saber que Chanyeol só estava parado aproveitando de seus carinhos já era infinitamente melhor do que tudo o que projetou em sua mente para esse instante.

Talvez ser tão pessimista em relação a seu envolvimento com Chanyeol tivesse seu lado bom; jamais estaria sendo tão bom se tivesse alguma expectativa sobre o que estava acontecendo agora.

Surpreendeu-se quando o mais novo apanhou o violão de seu colo, colando seu tórax às suas costas, fazendo-o perceber sua respiração irregular. Chanyeol colocou o violão com cuidado no chão, tirando-o de seu caminho antes de derrubar Baekhyun de qualquer jeito em sua cama. O Byun não fez qualquer objeção ao movimento, muito pelo contrário; ajeitou-se sozinho na cama, arrastando-se até a cabeceira com um sorriso malicioso enquanto Chanyeol colocava-se acima de si.

Nunca tinha visto Chanyeol dessa forma e podia dizer que gostava do que estava vendo. O mais novo colocou as mãos ao lado de sua cabeça, sustentando-se em cima de seu corpo e os olhos mais intensos que já se recordava de ter visto. Havia muita coisa tentando ser dita através daquele olhar, mas Baekhyun não conseguia captar todas as mensagens escondidas ali. Precisava de tempo para entender Chanyeol como era necessário, mas não tinha o suficiente naquele momento.

“Você não pode estar brincando comigo”, Chanyeol disse novamente, aproximando seu rosto do de Baekhyun. O mais velho aumentou o sorriso em seu rosto.

“Eu já disse inúmeras vezes que não estou brincando”, Baekhyun repetiu, “mas posso desistir disso caso você demore mais para agir.”

Chanyeol respondeu à sua provocação aproximando ainda mais seus rostos e roçando seus narizes, sentindo a respiração de Baekhyun em sua boca. Os olhos do mais velho fecharam-se por impulso, aproveitando daquele momento que há muito tempo estava aguardando e que não sabia se teria resposta de Chanyeol. Vê-lo tão interessado em si quanto estava nele era ainda melhor do que esperava.

Levantou seu rosto, buscando os lábios de Chanyeol como seu prêmio pela ousadia que teve, encontrando-os no meio do caminho. O beijo com Chanyeol era ainda melhor do que esperava e sentiu o arrepio que passou por seu corpo mais intenso do que qualquer outra vez. Qualquer outra pessoa com quem tenha estado, todas as bocas que beijou em sua vida, nenhuma delas era comparável ao que sentia com o Park naquele momento e só esse beijo valeu a ousadia que teve ao provocá-lo.

Baekhyun se perguntou até onde mais conseguiria chegar com Chanyeol caso continuasse a provocá-lo e estava ansioso pelos próximos passos naquela noite.

Suas mãos misturaram-se aos cabelos de Chanyeol, prendendo-o contra seu rosto e impedindo-o de se afastar; os anos suprindo seu interesse por Chanyeol fazia com que não quisesse que aquele momento acabasse de forma alguma, como se a qualquer momento Chanyeol fosse perceber o que estava acontecendo e afastar-se e Baekhyun queria aproveitar ao máximo o que estavam tendo antes que isso acontecesse.

Contudo, seu momento de realização durou menos do que gostaria quando Chanyeol livrou-se de suas mãos e afastou as próprias de seu corpo, interrompendo o beijo para alcançar ar. Baekhyun estava ofegante embaixo de seu corpo e foi o momento em que se deu conta do que estavam fazendo. Havia acabado de jogar seu melhor amigo em sua cama e o beijado como nunca imaginou ter coragem de fazer porque sempre pensou que qualquer envolvimento com Baekhyun poderia culminar no fim de sua amizade com o mais velho.

Baekhyun era tão estupidamente bonito e entorpecia seus sentidos a ponto de fazê-lo perder o direcionamento por alguns momentos, mas Chanyeol precisava voltar aos eixos novamente e pensar com clareza. O que Baekhyun o fazia sentir com poucas provocações e palavras bem colocadas poderia muito bem ser sua ruína caso deixasse que o mais velho seguisse com o que estava fazendo.

Apesar de desejar tanto continuar com o que estavam fazendo, apesar de seus dedos clamarem para marcar a pele de Baekhyun até que estivesse satisfeito, apesar de querer vê-lo ofegante mais e mais vezes, cada vez mais bagunçado por sua causa, Chanyeol não conseguia parar de pensar no que aquilo poderia causar à sua amizade com o mais velho. Baekhyun era bonito demais para seu próprio bem e o atraía mais do que seria recomendado, mas ainda era muito mais um amigo do que qualquer outra coisa.

“O que houve?”, Baekhyun perguntou vendo que Chanyeol não faria nenhum movimento de voltar a beijá-lo. Não queria que acabasse agora que estava acostumando-se às carícias do mais novo.

“Isso... Isso não parece certo”, Chanyeol respondeu meio receoso. Era nítido em seus movimentos o quanto gostaria de voltar ao que estava fazendo anteriormente, mas a confusão estava instalada em seus olhos. “Nós somos amigos, Baek, isso vai foder tudo...”

“Não pensa nisso, não pensa em nada disso agora”, Baekhyun refutou, erguendo-se um pouco para poder puxar Chanyeol novamente pelo pescoço. O maior se deixou levar, deitando-se por cima do corpo menor novamente. “Não vai foder nada, Chanyeol. A gente sabe o que a gente quer e somos dois adultos, sabemos lidar com isso. Se você quer e eu quero, que mal pode fazer?”

“Você não acha que vai ficar tudo estranho depois?”, Chanyeol insistiu, mas era fácil de adivinhar que estava a ponto de entregar-se novamente pela forma como seus olhos seguiam os lábios de Baekhyun ao invés de fixar-se nos semelhantes. “Eu não quero que acabe tudo depois só por essa noite e-”

“Ninguém nunca disse que precisa ser essa noite”, Baekhyun sussurrou, seus lábios tocando os de Chanyeol a cada palavra dita, aumentando sua vontade de voltar a beijá-lo como se nada mais importasse. Chanyeol não precisava complicar tanto... “Não se você quiser também.”

“Eu não consigo entender o que o levou até aqui”, Chanyeol disse. “Você nunca demonstrou nenhum tipo de interesse...”

Nunca? Eu jogo indiretas em você todo dia, Chanyeol”, Baekhyun riu baixinho. “Você é que nunca percebeu e eu que sempre tive medo demais de arruinar tudo para ser mais arriscado. Mas não hoje, eu já estava cansado de negar para mim o que eu queria e eu sabia que de hoje não poderia passar. Amanhã de manhã seremos os mesmos melhores amigos de sempre, eu prometo. Mas essa noite eu preciso que você seja só meu.”

Chanyeol continuou a encará-lo, tentando decidir qual era a melhor resolução para aquilo, até decidir que não importava mais o quanto tentasse deixar aquilo para trás. Já não havia nenhum retorno desde que cedeu inicialmente às provocações de Baekhyun – independente se parassem agora ou não, o clima continuaria da mesma forma no dia seguinte porque passaram pela linha imaginária que deveriam preservar.

Baekhyun parecia tão bonito esperando por sua resposta, tão ansioso aguardando por mais de seus toques, tão urgente... Nunca imaginara ver o amigo tão entregue em sua cama como estava, logo Baekhyun que sempre fora tão decidido e orgulhoso, não poderia deixar que esse momento passasse desapercebido. Se aquilo era o que seu melhor amigo desejava, Chanyeol não via mais nenhum motivo em reprimir o que também tanto queria, principalmente depois de ser tanto provocado por Baekhyun.

Se Baekhyun estava lhe garantindo que nada na manhã seguinte estaria diferente do que estavam acostumados, Chanyeol não via mais o menor problema em entregar-se aquilo que sabia que queria tanto quanto o Byun.

Voltou a beijá-lo com a fome anterior, suas mãos voltando a acompanhar cada pedacinho do corpo de Baekhyun e satisfazendo-se ao senti-lo se arrepiar contra sua mão. Era divertido para Chanyeol ao mesmo tempo em que lhe era excitante perceber o quanto Baekhyun se tornava uma pessoa diferente nesse momento; suas mãos agarravam-se aos seus cabelos, mantendo-o tão próximo como se tivesse medo que ele se afastasse novamente e interrompesse o que estavam fazendo mais uma vez.

Mas não dessa vez, não mais. Chanyeol estava disposto a ir até o fim dessa vez.

Suas mãos embrenharam-se por baixo da camiseta de Baekhyun, levando-a para cima cada vez mais que avançava seus toques. A pele do Byun estava quente em contato com sua palma gelada e a sensação de diferença térmica também era algo que apreciava bastante. O mais velho era alguém bem sensível a diferença de temperatura e arrepiava-se cada vez mais a cada vez que Chanyeol erguia sua camisa.

Interromperam o beijo para que Chanyeol pudesse tirar-lhe a camiseta, expondo o tronco desnudo de Baekhyun pronto para que pudesse marcá-lo. Baekhyun sorriu um pouco mais ao perceber que estava sendo admirado como sempre imaginou acontecendo ao lado do mais novo; Chanyeol era transparente demais e era nítido em seus olhos como aquela era uma visão que lhe agraciava.

Chanyeol estava meio sentado em seus quadris quando arrancou a regata que estava vestindo, voltando a aproximar-se de Baekhyun e chocando as peles desnudas. Estava começando a se deixar envolver pelas sensações que estava sentindo e como desejava mais e mais daquilo, como se nada fosse suficiente quando relacionado a Baekhyun. As mãos do mais velho passearam por todas suas costas, desenhando o contorno de suas omoplatas, e Chanyeol só desejava que aquilo não tivesse um fim.

No fundo, sabia que Baekhyun era seu tipo ideal de pessoa, aquele que todos sabem o quanto é bonito e mantém certo interesse a respeito, mas sabe que é impossível que seja notado porque há tantas pessoas ao seu redor. Estava lidando bem com isso em relação ao melhor amigo porque sabia que, apesar de não poder tocá-lo, podia tê-lo ao seu lado todos os dias e isso era mais do que qualquer outra pessoa naquele local tinha acesso.

Contudo, agora que tinha o mais velho abaixo de seu corpo, sussurrando baixinho o quanto estava gostando daquilo, sentindo sua respiração entrecortada contra sua pele e vendo-o buscando cada vez mais por seu beijo fez com que Chanyeol se sentisse um pouquinho mais poderoso. Talvez Baekhyun o notasse, caso tivesse tentado; talvez fosse tudo o que Baekhyun esperava que fizesse.

Não se imaginava tendo a atenção de Baekhyun para si da forma como estava acontecendo, mas não tinha a menor intenção de deixar ir embora agora que estava acontecendo. Queria sentir cada vez mais do mais velho, ver tudo o que Baekhyun tinha para lhe entregar e saciar cada desejo que manteve escondido em relação ao melhor amigo por todos esses anos. Poderia lidar com sua consciência lhe dizendo o quanto estragariam sua amizade no dia seguinte – nessa noite, nada era mais importante do que Byun Baekhyun.

O mais velho interrompeu o beijo, dando-lhe alguns selinhos pelo resto, chegando bem próximo de sua boca sem tocá-la novamente. Chanyeol estava ávido por retornar o contato, mas Baekhyun parecia evitá-lo a cada tentativa, como se fosse justamente isso o que queria. Levá-lo ao limite novamente, como sempre fazia quando estavam juntos e acabava caindo nas provocações do mais velho, e ver até onde era capaz de ir.

Dessa vez, Chanyeol também estava curioso a respeito dos próprios limites.

“Eu quero que me toque como se eu fosse o seu violão”, Baekhyun sussurrou enquanto seus beijos desciam pelo pescoço de Chanyeol, sentindo-o arrepiar-se novamente. “Quero que me toque com toda a paixão que o vi dedilhar aquele instrumento por todos esses anos, quero que faça com que eu me sinta tão desejado como ninguém jamais fez...”

Como Chanyeol poderia negar-lhe qualquer pedido quando sua voz fazia parecer tão urgente? Baekhyun falava baixinho e sua voz estava um pouco rouca, deixando-a ainda mais sensual aos ouvidos de Chanyeol que obedeceu a seu comando sem pensar duas vezes. Baekhyun o deixou levantar o tronco e, por alguns instantes, trocaram olhares de admiração em silêncio, como se estivessem tentando memorizar aquele momento.

Os lábios de Chanyeol estavam avermelhados e um pouco inchados e sua respiração estava curta, mas Baekhyun podia jurar que nunca o vira mais lindo do que naquele momento e nunca o desejara mais. Sabia que seu estado não estava muito diferente, mas não estava dando a menor importância naquele momento para quem estava no controle ou não. Tudo o que queria era que Chanyeol lhe fizesse sentir-se tão querido por ele quanto seu violão era e estava ávido por saber como o mais novo faria isso.

Quando Chanyeol voltou a tocá-lo, começou por seu rosto, acariciando cada parte que o compunha enquanto seus lábios vinham em seguida. Baekhyun fechou os olhos para senti-lo melhor e permaneceu dessa forma conforme seus toques desciam por seu pescoço, contornando-o até chegar a sua clavícula e seus lábios tomavam o lugar deixando-lhe marcas avermelhadas pelo pescoço. Gostava da sensação de dor inicial que os chupões causavam e não dava importância ao roxo que permaneceria no local em seguida; as mãos de Chanyeol serviam como anestésico para sua mente e não o deixavam pensar em nada além de seus toques.

Seus lábios desceram por sua clavícula enquanto suas mãos contornavam seu abdômen, sentindo cada parte de seu tronco. Houve um momento em que Baekhyun sentiu-se um pouco avergonhado de suas faltas na academia, mas Chanyeol o fazia sentir-se tão adorado, como se fosse a pessoa mais bonita no mundo, que isso não o incomodou por muito tempo. Os beijos do mais novo desceram por seu tórax, contornando os mamilos sensíveis um por vez e dedicando parte de seu tempo naquele local.

Os gemidos de Baekhyun começaram a se tornar mais audíveis e Chanyeol percebeu o quanto o mais velho gostava de ter atenção naquele local. Decidiu-se manter-se por ali por mais algum tempo, suas mãos voltando a subir pelas laterais do corpo alheio e, enquanto dedicava-se a brincar com um dos mamilos em sua boca, sua mão ocupava-se do outro, entregando sensações mistas a Baekhyun que só não queria que o mais novo parasse o que estava fazendo.

Abriu os olhos pela primeira vez desde que Chanyeol começou a tocá-lo apenas para vislumbrar a cena e não arrependeu-se do que fez; Chanyeol parecia compenetrado no que fazia, seus olhos fixos em seu rosto como se o questionasse se estava tudo bem e Baekhyun não conseguia deixar que nada saísse por sua boca além de pequenos gemidos para que não parasse. Quando Chanyeol intercalou entre os dois, Baekhyun levou a mão até os cabelos alheios, acariciando-os como uma resposta positiva ao que estava fazendo.

Contudo, ainda havia mais partes do corpo alheio para que Chanyeol explorasse e sua boca tornou a fazer seu caminho descendo para o abdômen de Baekhyun, deixando-lhe pequenas marcas a cada parte que passava. As mãos de Baekhyun deixaram seus cabelos e começaram a mover-se nervosas pelo lençol de sua cama e Chanyeol sorriu para si mesmo por estar conseguindo causar alguma coisa ao mais velho.

A forma como Chanyeol o beijava além de tocá-lo como desejava mostrava a Baekhyun muito mais do que o mais novo gostaria de deixar transparecer. Sabia o que havia proposto a Chanyeol – sexo casual entre amigos, nada além disso, nenhum sentimento além envolvido –, mas havia algo no mais novo que lhe dizia que já tinham abandonado essa ideia há muito tempo, talvez entes mesmo de começarem.

Chanyeol dedicava-lhe beijos com uma atenção e carinho que não esperava, apesar de seu pedido. Começaram aquilo de forma desesperada, imaginava que veria o mais novo dessa forma pelo restante da noite, como se cada minuto não fosse o suficiente. Contudo, o Park movia-se de forma lenta por seu corpo, como se estivesse tentando memorizar cada parte por onde passava, sem deixar que nada escapasse de seus beijos e de seus toques e Baekhyun nunca se sentiu tão amado antes.

Aproveitou-se do fato de que o mais novo não estava olhando-o, tão atento como estava em marcar seu o abdômen enquanto entregava seus gemidos em resposta ao que estava recebendo, para continuar a observá-lo. Chanyeol era tão lindo, lindo, que fazia o Byun questionar a si mesmo sobre o porquê de ter aguardado por tanto tempo. Queria Chanyeol para si há tanto tempo que tê-lo no momento não era o suficiente.

Os lábios de Chanyeol chegaram a barra de sua calça e Baekhyun suspenseu sua respiração quando o viu abrindo o botão com facilidade, descendo seu zíper em seguida. Sentia-se ansioso pelo que Chanyeol poderia fazer em seguida, remexendo-se na cama para ajudá-lo a retirar a peça de roupa com mais facilidade. Sequer se importava de estar ficando nu sem que Chanyeol o acompanhasse; naquele momento, faria qualquer coisa que o mais novo desejasse de si sem contestar absolutamente nada.

Ouviu Chanyeol rindo baixinho de seu desespero em arrancar a calça de seu corpo, mas não poderia reprimi-lo. Era a forma natural com que Chanyeol agia que tornava aquilo melhor, como se fosse algo só dos dois – não estavam criando um personagem para tornar-se mais fácil desassociar de ambos o que aconteceu na manhã seguinte e saber que era o mesmo Chanyeol de todos os dias ali naquele momento só fazia com que Baekhyun o desejasse mais ainda.

Estava há muito tempo ávido por Chanyeol para que, no momento em que o tivesse, o mais novo estivesse se preocupando com a forma como deveria agir ou não.

“Você está muito apressadinho hoje”, Chanyeol comentou tornando a olhá-lo enquanto suas mãos desciam e subiam pelas pernas recém desnudas. “Não vai acabar tão cedo para que você se preocupe com isso.”

“Você não tem ideia de há quanto tempo espero por isso”, Baekhyun confessou, não se importando em estar se expondo mais do que o necessário. “Se soubesse, talvez pudesse entender porque quero que faça logo...”

“Talvez eu tenha um pouco de noção, sim”, Chanyeol comentou, deixando-o intrigado. “Acha mesmo que eu estaria imune a seu respeito, Baek? Logo você, uma das pessoas mais atraentes que conheço? Talvez eu não tenha sido o único desligado aqui.”

Baekhyun ficou surpreso com as palavras do amigo – nunca em toda sua vida imaginava que seu desejo era recíproco ou teria tomado alguma atitude muito antes –, mas não teve tempo para pensar a respeito porque Chanyeol voltou a tocá-lo, dessa vez ainda por cima de sua cueca e arrancando-lhe qualquer concentração que tivesse. Sua atenção estaria completamente focada no que o mais novo estava fazendo consigo e nada mais.

Uma das mãos de Chanyeol estava brincando com o interior de suas coxas, levando-lhe sensações gostosas em contraposto a outra mão que brincava com seu pênis ainda coberto, dando-lhe a sensação de agonia por não ser atendido logo. Sentia-se tão duro por Chanyeol que era quase pecado deixá-lo naquele estado, mas o mais novo parecia estar se divertindo enquanto entregava-lhe sensações mistas.

Conhecia Chanyeol bem o bastante para saber o que ele poderia querer de si para que fizesse aquilo que desejava, mas Baekhyun não se sentia impelido a obedecê-lo dessa vez. Não pediria a Chanyeol que o tocasse mais do que já havia feito e esperava que o mais novo entendesse isso sem que precisasse falar ou não aguentaria por muito tempo naquela tortura.

A boca de Chanyeol substituiu a mão que brincava em seu pênis e o gemido que saiu pela boca de Baekhyun foi mais alto do que o normal, tomado pela surpresa e a boa sensação que a acompanhava. Seria ainda melhor se o amigo deixasse de brincar consigo, mas já era bom o suficiente para que Baekhyun não tivesse nada a reclamar. Chanyeol estava fazendo por si mais do que imaginava, mas agora já não era suficiente porque queria tudo que o mais novo tivesse a lhe oferecer.

O Park usou as duas mãos livres para continuar a tocá-lo, brincando com suas coxas e descendo as mãos em direção a sua bunda. Baekhyun estava entorpecido pelas sensações que recebia, dividido entre continuar a gemer e a esquecer seu orgulho para pedir que Chanyeol lhe desse mais e mais. O mais novo estava gostando da visão que tinha de Baekhyun com o rosto afogueado, a boca entreaberta e os olhos semicerrados, exatamente como sua mente lhe projetou tantas vezes.

Sem que o mais velho precisasse pedir, Chanyeol abaixou sua cueca sem aviso e tomou-o em sua boca sem dizer nada, surpreendendo-o mais uma vez. A sensação era ainda melhor sem o pano o atrapalhando e Baekhyun atrapalhou-se com as palavras com o turbilhão que o atingiu; Chanyeol conseguia fazê-lo alcançar o céu sem grandes esforços e Baekhyun só queria experimentar cada vez mais daquela sensação.

Ofegou mais uma vez quando Chanyeol o levou mais fundo em sua boca, aumentando os movimentos de sucção. Não esperava isso de Chanyeol, mas não é como se estivesse reclamando; o mais novo era reservado o suficiente sobre sua vida sexual para que Baekhyun não soubesse de absolutamente nada do que era capaz e cada toque recebido era como abrir uma nova caixinha de surpresas, uma melhor do que a outra, repetidas vezes.

O quarto estava se tornando cada vez mais abafado devido o aumento de temperatura de seu corpo, mas era uma sensação gostosa; sentia-se cada vez mais quente frente aos toques alheios, cada vez mais difícil de respirar com normalidade, e sua garganta não lhe obedecia deixando que cada vez mais ofegos e gemidos abandonassem sua boca, mas era ainda melhor do que estava esperando. Chanyeol era melhor do que jamais se permitiu imaginar em qualquer um de seus devaneios.

“C-Chanyeol”, Baekhyun o chamou, levando a mão aos cabelos alheios. Sentia-se tão bem com o que Chanyeol estava lhe causando que quase se esquecia de que não deveria misturar seus sentimentos ao que estavam fazendo.

Chanyeol ergueu o rosto, trocando sua boca por sua mão e continuou a bombear seu pênis, observando o quanto Baekhyun continuava a ofegar como se estivesse muito próximo de seu orgasmo. Sorriu orgulhoso de si mesmo por levá-lo a tal extremo depois que Baekhyun fez isso repetidas vezes consigo, mas também feliz por conseguir causar tantas coisas em seu melhor amigo. O mais velho era alguém desejado por tantas pessoas, mas era em sua cama que estava ofegando naquele momento.

“Era assim que você imaginava?”, Chanyeol o perguntou baixinho, sem deixar de mover sua mão, mas cada vez mais lento. O rosto de Baekhyun se contorceu em desagrado porque queria que Chanyeol aumentasse a velocidade em sua mão, mas o mais novo não se comoveu. “Quando pediu para que eu o tocasse, era isso o que tinha em mente?”


“É ainda melhor do que eu imaginei”, Baekhyun respondeu. “Você é ainda melhor do que eu imaginei, Chanyeol...”

O afago em seu ego foi suficiente para que perdesse um pouco de sua concentração e foi o momento que Baekhyun esperava para tomar o controle. Sabia que não aguentaria por muito mais tempo caso Chanyeol continuasse estimulando-o, então inverteu as situações aproveitando-se do momento de distração do mais mais novo. Agora era Chanyeol quem estava deitado e Baekhyun estava sentado em seu quadril.

A visão de Chanyeol abaixo de si era ainda melhor do que a que estava tendo, mas Baekhyun não queria perder muito de seu tempo apenas o olhando – tinha tempo o suficiente para fazer isso depois. Chanyeol estava o olhando de forma atenta, esperando para saber o que Baekhyun faria em seguida, e o sorriso malicioso que se desenhou nos lábios do mais velho era o prenúncio do que se passava por sua cabeça.

Baekhyun sempre fora mais seguro do que Chanyeol e o mais novo sabia disso. Sabia que o amigo era mais desinibido, era sempre o primeiro a tomar atitudes e dar o primeiro passo e eram suas ideias que seguia como se fossem as melhores do mundo. Não esperava menos de Baekhyun enquanto estava em sua cama, apesar de tê-lo visto bastante entregue a si minutos antes. Agora estava ansioso pelo que Baekhyun tinha para lhe mostrar.

Conhecendo-o como o fazia, Chanyeol tinha algumas ideias em sua mente, mas nada que poderia dizer com certeza. Baekhyun era uma eterna caixinha de surpresas e seu sorriso escondia tantas coisas ao mesmo tempo em que revelava outras. Suas intenções eram claras quando o mais velho começou a rebolar em seu quadril, mesmo que ainda estivesse usando a calça de seu moletom que passou a incomodá-lo cada vez que sentia seu baixo ventre pulsar.

Baekhyun era um maldito demônio ardiloso e Chanyeol sabia que o mais velho devolveria em dobro tudo o que recebeu – isso era muito bom ao mesmo tempo em que o deixava agoniado porque estava ansioso para receber as carícias do mais velho, mas também sabia que não viriam do modo como as esperava. Baekhyun tinha seu jeito próprio de levar as coisas e não cessaria até que o visse implorar.

E Chanyeol não era tão orgulhoso assim para se negar.

Baekhyun fechou os olhos aproveitando a sensação que recebia ao rebolar contra Chanyeol, bebendo dos gemidos que começavam a sair da boca de Chanyeol – soavam como música em seus ouvidos e esperava ouvi-los ainda por muito tempo àquela noite. Intensificou a forma como rebolava, pressionando-se mais contra o mais novo, sentindo-o tão duro quanto estava embaixo de si.

Sabia que era um pouco de maldade continuar brincando com o mais novo nesse estado, mas não fora isso o que ele fez consigo ao brincar continuamente mesmo que estivesse demonstrando o quanto queria que fosse mais rápido? Não havia mal algum em devolver na mesma moeda nem que fosse só um pouquinho.

Quando abriu seus olhos mais uma vez, avistou uma das peças de roupa que Chanyeol deixou cair pelo meio do caminho e uma ideia surgiu em sua mente. Abaixou-se para apanhar, consciente de sua nudez, porém em nenhum momento envergonhado dela, mesmo que Chanyeol estivesse seguindo-o com o olhar faminto, e apanhou a gravata jogada no chão desde que havia chegado no quarto.

Chanyeol franziu o cenho ao vê-lo com a gravata em mãos porque não sabia o que Baekhyun poderia fazer com aquilo até que um súbito insight lhe ocorreu. Devia imaginar que algo do tipo viria da mente maligna de seu melhor amigo, mas aquilo era ao mesmo tempo excitante. Baekhyun realmente era uma caixinha de surpresas.

“O que vai fazer com isso?”, Chanyeol o questionou só para ter certeza.

“Não acha que é mais excitante quando temos alguns desafios para superar?”, Baekhyun retornou com uma nova pergunta. “Eu acho que pode ser bem divertido.”

“Você é um demoniozinho”, Chanyeol sussurrou vendo-o aumentar o sorriso ardiloso enquanto apanhava suas mãos.

Apesar disso, Chanyeol o deixou fazer o que bem entendesse, deixando que suas mãos fossem amarradas acima de sua cabeça. O nó feito por Baekhyun era frouxo suficiente para que Chanyeol o soltasse quando bem entendesse, mas sabia que era isso o que o mais velho queria; dar-lhe a falsa sensação de estar no controle para que, caso soltasse suas mãos, pudesse dar-lhe as consequências de seu ato.

Baekhyun nunca deixava de estar no controle, independentemente da situação em que estivesse, e não seria dessa vez que abdicaria dele.

“Você não pode me tocar agora”, Baekhyun o avisou, “mas você consegue soltar suas mãos quando quiser. A graça é saber quanto tempo você aguenta sem voltar a me tocar, Chanyeol.”

Chanyeol desenhou um pequeno sorriso. “Você subestima o meu autocontrole, Baekhyun, ou superestima suas capacidades demais.”

Baekhyun deu de ombros, voltando a rebolar em seu colo sem qualquer aviso prévio e deixando Chanyeol atento mais uma vez. Devia saber com quem estava lidando e como Baekhyun brincaria com seus sentidos, alternando entre seus atos e com o que falava, e lhe restava saber conciliar as duas coisas. As coisas tornavam-se cada vez mais interessantes.

“Vamos ver qual das duas opções está errada então”, Baekhyun propôs.

Apesar de querer continuar provocando-o, Baekhyun também estava ansioso para sentir sua pele contra a de Chanyeol novamente e o tecido do moletom abaixo de si estava começando a incomodá-lo também. Por esse motivo, começou a descer a peça de roupa lentamente para ver como Chanyeol reagiria e recebeu em retorno o olhar intenso do mais novo acompanhando cada um de seus gestos.

O Park tinha o costume de não vestir nada embaixo da calça de moletom, o que facilitava em muito o trabalho de Baekhyun. O olhar de Chanyeol continuava atento, esperando que Baekhyun o tocasse como desejava – sentia-se tão desejoso dos toques do mais velho que estava pensando seriamente em começar a pedir antes mesmo que o mais velho lhe indicasse que estava esperando por isso.

Não havia espaço para seu orgulho quando se sentia tão necessitado do mais velho, ainda mais enquanto o assistia analisando seu corpo com o desejo refletido em seus olhos. Não era alguém muito confiante a respeito do próprio corpo, mas sentia-se muito bem com o olhar que Baekhyun lhe dedicava porque havia muita intensidade na forma como o mais velho continuava a encará-lo e o fazia sentir-se atraente.

Chanyeol não precisou pedir para que Baekhyun começasse a masturbá-lo, devagar no início para aumentar o ritmo aos poucos. Seus ofegos começaram a sair mais urgentes porque sentia todo seu corpo sensível aos toques do mais velho e não reprimiu os gemidos que saíam por sua boca. Queria que Baekhyun soubesse o quanto aquilo era bom e como estava gostando do que estava recebendo para que aumentasse cada vez mais.

Entretanto, sua mente não funcionava muito bem nublada pela excitação e não calculou que aquilo era justamente o oposto do que Baekhyun faria – sabendo quanto mais os gemidos de Chanyeol se tornassem frequentes mais o mais novo buscaria por contato, Baekhyun começou a diminuir os movimentos, sem nunca parar por completo, vendo-o grunhir de irritação. Se Chanyeol confiava tanto eu seu autocontrole, o Byun fazia questão de tentar levá-lo ao limite dele.

“Baekhyun, por favor”, Chanyeol choramingou erguendo o quadril em direção a mão do mais velho. “Não seja assim...”

“O que foi, Chan?”, Baekhyun perguntou, fingindo-se de inocente, enquanto mantinha a baixa velocidade em seus movimentos. “Pensei que tivesse um bom autocontrole.”

“Você está brincando comigo”, Chanyeol grunhiu mais uma vez, jogando a cabeça para trás fechando seus olhos. Sentia-se tão sensível, mas Baekhyun não lhe ajudava em muita coisa com a languidez de seus movimentos.

“Você não gosta disso?”, Baekhyun perguntou baixinho. Chanyeol choramingou em resposta. “Na verdade, é bem injusto, não é? Eu sei o que você quer... Eu vou dar a você porque foi um bom garoto comigo.”

Chanyeol se perguntou o que Baekhyun queria dizer com aquilo até receber a boca do mais velho em seu pênis, o aperto característico da sucção fazendo-o ofegar de surpresa. Baekhyun estava torturando-o há poucos segundos, não esperava receber a boca do mais velho em seu pau tão de repente; abriu os olhos para não perder a cena que estava acontecendo e nada poderia ser mais excitante do que Byun Baekhyun encarando-o enquanto o engolia e Chanyeol quase podia ver o sorrisinho irritante naqueles lábios se não estivessem tão ocupados.

Suas mãos coçavam para que as liberasse e pudesse levá-las aos cabelos alheios, mas provaria a Baekhyun que conseguia resistir aos impulsos que seu corpo lhe mandava. Além do mais, sabia que o Byun conseguiria reconhecer os sinais de seu corpo e a forma como pedia por mais daquela sensação. Baekhyun o conhecia bem demais para que precisasse dizer qualquer coisa.

Baekhyun aumentou o ritmo enquanto brincava com seus testículos, enviando um mix de sensações para que Chanyeol lidasse com elas e a única coisa que se passava por sua mente era mais, mais e mais. Queria sorver tudo que havia em Baekhyun e retribuir-lhe de igual maneira, levá-lo a loucura como o mais velho fazia consigo com poucos gestos, fazendo-o alcançar as estrelas em tão pouco tempo.

Quando Baekhyun o largou, Chanyeol não reprimiu o gemido de desaprovação por estar tão perto, mas não disse nada ao observar o mais velho voltando a sentar-se sobre seu quadril e suas mãos descendo pelo próprio corpo como outrora fez com ele. Baekhyun mordia seu lábio inferior quando as mãos alcançaram seu pênis, bombeando rapidamente em frente e Chanyeol, seus gemidos soando como música aos ouvidos do mais novo.

Baekhyun era lindo e ficava ainda mais lindo dando prazer a si mesmo e Chanyeol não faria nenhuma objeção se seu papel era apenas observá-lo dessa vez.

Baekhyun inclinou-se sobre seu corpo mais uma vez, mas, diferente do que esperava, apenas para abrir a gaveta do criado mudo que ficava entre as duas camas, retirando de lá um tubo de lubrificante e camisinhas. Chanyeol acompanhou os movimentos do mais velho; estava tão embriagado pelas sensações que Baekhyun lhe causava que em nenhum momento ocorreu-lhe que precisavam de algo mais naquele momento.

O Byun abriu a camisinha de forma vagarosa, apanhando o pênis alheio em suas mãos novamente, bombeando-o lentamente. Chanyeol grunhiu mais uma vez, mas sabia que o mais velho só estava brincando consigo como adorava fazer. Baekhyun deslizou a camisinha por seu pau, deixando-o ansioso pelo que continuariam a fazer; porém, Chanyeol estava errado quando pensou que ele o soltaria para que continuasse a brincar com seu corpo.

Baekhyun apanhou o tubo de lubrificante e despejou em sua mão o suficiente para que preparasse a si mesmo em frente a Chanyeol. Não havia pudor nenhum em seu corpo naquele momento, tudo o que queria era apressar tudo para que conseguisse finalmente aquilo que desejava de Chanyeol, e gostava da ideia de exibir-se ao mais novo. Testaria ainda mais até onde os limites do mais novo poderiam ser levados e div­ertir-se-ia com o resultado independente de qual fosse porque seria bom para si de qualquer forma.

Em nenhum momento a vontade de liberar suas mãos do fraco aperto que Baekhyun havia dado fora maior do que nesse momento enquanto podia ouvi-lo gemer para si enquanto preparava a si mesmo, observando o entrar e sair de seus dedos e como seus movimentos pareciam se tornar cada vez mais urgentes. Baekhyun parecia querer o ultimato tanto quanto ele, mas sabia brincar melhor do que qualquer pessoa com sua mente enquanto o levava a loucura só por observá-lo.

“Baekhyun, por favor”, Chanyeol choramingou mais uma vez, “por favor.”

“Você já imaginou isso em algum momento, Chanyeol?”, Baekhyun o questionou sem deixar de movimentar os dedos dentro de si. Seus quadris mexiam-se praticamente sozinhos em decorrência da urgência que sentia. “O que se passava por sua mente enquanto imaginava?”

“Você é tão fodidamente gostoso, tão mais do que minha mente poderia projetar”, Chanyeol grunhiu. “Eu já imaginei isso mais vezes do que eu deveria, Baekhyun, não prolonga essa tortura...”

“Você quer que eu sente em você?”, Baekhyun o perguntou. “Você só precisa pedir, Chanyeol. Eu adoraria que fosse o seu pau ao invés dos meus dedos, você deve ser tão bom...”

“Puta que pariu, Baekhyun”, Chanyeol resmungou; a missão de vida daquele garoto provavelmente era levá-lo a loucura. “Eu quero muito você cavalgando em mim. Mostra o que você sabe fazer, Baek. Mostra para mim que você não me leva a loucura só com o que fala.”

Baekhyun deu um novo sorriso malicioso, satisfeito por conseguir fazer com que Chanyeol clamasse por si e retirou os dedos de seu interior, posicionando o pau de Chanyeol em sua entrada. Sentia-se tão desejoso por aquele momento quanto o mais novo e não queria mais prolongar a agonia para os dois, mas não podia negar a si mesmo o desejo de provocar Chanyeol até o último instante. Sentou-se lentamente no pau de Chanyeol, sentindo-o preenchê-lo aos pouquinhos.

Seus gemidos ecoaram os de Chanyeol no momento em que o sentiu por completo dentro de si e parou por um momento para aproveitar da sensação. Era tão melhor do que havia imaginado, Chanyeol era realmente tão bom para si, sentia-se completo. Os olhos semicerrados do mais novo associados ao cenho franzido tornavam-no cada vez mais atraente para si e Baekhyun jogou o tronco em direção ao de Chanyeol para tomar-lhe os lábios mais uma vez.

Foi em meio ao que beijo que trocavam que os primeiros movimentos começaram; Chanyeol jogava seu quadril para cima de encontro ao de Baekhyun, ritmando seus movimentos aos do mais velho, controlando-se para não perder o controle tão cedo. O aperto que sentia em seu pênis era a melhor sensação para si, Baekhyun realmente o abrigava tão bem e Chanyeol só queria poder sentir cada vez mais daquilo.

O beijo que trocavam era sensual e urgente, as mãos do mais velho prendendo-se aos cabelos do Park e exigindo de ti tudo o que estava disposto a entregar. A gravata começava a marcar a pele de seus punhos pela força inconsciente que fazia para soltar-se, tudo para que pudesse sentir Baekhyun mais uma vez, para completar o mix de sensações que seu corpo recebia a todo momento. Queria poder ter tudo de Baekhyun e ter seu tato privado estava começando a agoniá-lo.

“Você não deve me tocar”, Baekhyun o alertou quando endireitou sua postura para voltar a sentar contra Chanyeol. “O seu papel agora é só me observar, Chanyeol.”

“Qual é o propósito do que estamos fazendo se não era para que eu tocasse você?”, Chanyeol reclamou, ainda tentando soltar suas mãos. “Por Deus, Baekhyun, não seja mau comigo.”

“Estou sendo ruim com você, Chan?”, Baekhyun o perguntou, parando de se mover. Chanyeol grunhiu mais uma vez, impulsionando seu quadril contra o de Baekhyun, mas o mais velho possuía o controle no momento. “Achei que tivesse dito que era melhor do que sua mente poderia projetar.”

“Estaria melhor se eu pudesse tocar você”, Chanyeol retrucou voltando a forçar seus punhos.

Baekhyun sorriu mais uma vez, voltando a se mexer dessa vez com mais intensidade, surpreendendo-o já que estava focado em liberar suas mãos. Não daria tempo a Chanyeol para que conseguisse focar-se em uma coisa só; queria entregar-lhe a melhor noite de sua vida, fazê-lo desejar por mais noites ao seu lado baseado na primeira experiência que tiveram e não descansaria até vê-lo perdendo a si mesmo abaixo de seu corpo.

Chanyeol esqueceu-se do que estava fazendo para focar-se no corpo de Baekhyun descendo e subindo em seus quadris, aumentando a força com que investia contra o corpo menor que o seu a cada estocada. Com tudo o que Baekhyun lhe fazia sentir, Chanyeol estava disposto a deixar-se entregue nas mãos do mais velho e deixá-lo fazer consigo o que tivesse em mente contanto que seus movimentos não cessassem.

Suas mentes estavam tomadas pela excitação e já não havia mais a provocação latente que norteou toda a noite, não havia mais o orgulho de Baekhyun ou a vontade de saciar seus desejos em Chanyeol, tudo o que ambos queriam era alcançar o orgasmo que se mostrava cada vez mais próximo. Os movimentos de Baekhyun se tornaram mais intensos, mais rápidos, enquanto Chanyeol continuava investindo seu quadril em direção ao do mais velho.

Chanyeol queria tanto tocar-lhe, mas, naquele instante, o que mais desejava era sentir Baekhyun comprimindo-o em seu interior, fazendo-lhe aproximar-se cada vez mais do orgasmo.

Baekhyun estava inebriado pelas sensações que seu corpo recebia e não percebeu o momento em que Chanyeol conseguiu de fato soltar suas mãos, levando-as de imediato ao corpo alheio para ajudar-lhe em seus movimentos. Sentia-se mais livre agora que podia usar suas mãos para fazer com que Baekhyun não parasse mais, mas isso nem mesmo se passava pela cabeça do mais velho. Tudo o que Baekhyun queria era não parar mais.

Chanyeol endireitou-se na cama, trazendo Baekhyun consigo e ficando meio sentado encostado ao encosto do móvel, dando mais liberdade ao mais velho para que se movesse enquanto podia apoiar-se em seus ombros. Os olhos fechados do mais velho e a boca entreaberta tentando alcançar ar deixavam-no ainda mais atraente e Chanyeol não resistiu ao ímpeto de beijá-lo mais uma vez.

O beijo, contudo, não durou por muito tempo já que as oscilações de Baekhyun em seu quadril o levavam para cima e para baixo, impedindo que suas bocas se conectassem por muito tempo. Chanyeol não se importou; o beijaria pelo restante da noite contanto que os desejos de seu corpo fossem atendidos naquele momento.

“Acho que é a sua hora de mostrar que aprendeu bem nas aulas, Baek”, Chanyeol disse entre uma respiração ofegante e outra, “mostre para mim como você aprendeu a dedilhar o violão.”

Baekhyun entendeu o que lhe foi pedido e não se fez de rogado; seu corpo estava sensível a qualquer toque, pronto para entrar em combustão ao menor estímulo, e estava disposto a qualquer coisa para alcançar alívio. Levou as mãos ao próprio tronco, descendo por seu abdômen aos poucos, sentindo cada parte de sua pele arrepiando-se ao toque até que alcançasse seu pênis negligenciado.

Chanyeol observou cada movimentando, desde o movimentar das mãos de Baekhyun em seu pênis, bombeando-o para que alcançasse seu orgasmo logo, aos movimentos de seu quadril para cima e para baixo mantendo os olhos bem fechados. E Baekhyun jamais esteve tão lindo quanto naquele momento em que seus cabelos estavam completamente despenteados, sua pele estava marcada e sua respiração rarefeita.

“Eu fui um bom aluno, Chan?”, Baekhyun o questionou, rebolando contra seu pênis, ouvindo o gemer de Chanyeol. “Eu aprendi direitinho?”

“O melhor de todos”, Chanyeol respondeu, tornando a aumentar a velocidade com que investia contra Baekhyun, sentindo-se realmente próximo dessa vez. “Estou muito orgulhoso de você.”

“Ótimo”, Baekhyun sussurrou jogando seu contra o de Chanyeol deixando que o mais novo estocasse contra sua entrada livremente. Estava no limite de seu corpo e só queria alcançar seu orgasmo; dessa forma, seu pênis era friccionado entre seu corpo e o de Chanyeol e recebia ambos os estímulos ao mesmo tempo.

Começou a marcar o pescoço alheio, deixando marcas de seus chupões cada vez mais a cada momento que se sentia mais próximo do fim. O orgasmo o alcançou quando marcou pela última vez o pescoço de Chanyeol, gemendo languidamente em seu ouvido, demonstrando o prazer que sentia ao manchar-lhe a barriga. Chanyeol não demorou muito mais tempo, alcançando seu orgasmo em mais algumas estocadas.

Respiraram fundo, tentando encontrar o equilíbrio mais uma vez enquanto Baekhyun continuava deitado contra seu corpo. Sentia-se tão cansado, mas, ao mesmo tempo, estava tão satisfeito que poderia repetir no momento em que Chanyeol quisesse novamente. Estava sempre disposto a ter um pouco mais de Chanyeol e ainda mais após essa vez.

O mais novo retirou-se lentamente de seu interior e Baekhyun grunhiu baixinho pela sensação de vazio, remexendo-se no colo de Chanyeol. O Park riu baixinho enquanto amarrava a ponta da camisinha para dispensá-la em seguida; Baekhyun era a pessoa mais orgulhosa que conhecia e comandou-o durante a maior parte da noite, mas tornava-se um gatinho manhoso após o sexo aninhando-se contra seu corpo.

Não que o Park tivesse algo a reclamar sobre isso, na verdade; desejava cada vez mais conhecer os lados de Baekhyun que não se permitiu conhecer antes pelo medo de ser repelido pelo mais velho sem saber que Baekhyun sentia-se da mesma forma. Perderam tempo demais protelando seus sentimentos e desejos pelo medo de estragarem o que possuíam até não aguentarem mais e Chanyeol sentia que fora tempo demais gasto em nada.

Baekhyun suspirou baixinho quando encontrou a posição perfeita para permanecer no colo de Chanyeol e, apesar de cansado e com dores em seu corpo, o Park não se via no direito de tirá-lo dali. Há tanto tempo desejava encontrar-se dessa forma com Baekhyun que, mesmo se o mais velho decidisse que dormiriam naquela posição, não faria nenhuma objeção. Qualquer coisa para que continuasse a observar o semblante satisfeito do Byun e saber que fora responsável por aquilo.

“Baek”, Chanyeol o chamou, sem receber nenhuma resposta, “você não quer dormir assim, quer?”

“Estou tão cansado que não quero me mover para nada”, Baekhyun resmungou. “Deixe-me dormir assim.”

“Você nunca dormiria desse jeito porque detesta dormir se sentindo sujo, Baekhyun”, Chanyeol o recordou. “Vamos, vamos tomar um banho rápido e voltamos para a cama, precisamos trocar os lençóis também e-”

Baekhyun começou a rir baixinho sem abrir os olhos, como se estivesse tentando se controlar, mas seu riso aumentva conforme o tempo passava. Chanyeol não entendeu o que estava acontecendo e esperando que o amigo resolvesse lhe contar o motivo pelo qual estava rindo, mas nada saiu pela boca de Baekhyun além de seu riso.

O mais velho abriu os olhos, ainda um pouco comprimidos por seu sorriso, antes de voltar a falar. “É engraçado como nem parece que estávamos com medo de que isso estragasse nossa amizade quando agora você está preocupado é em dormir em lençóis sujos.”

Chanyeol entendeu qual era seu ponto.

Em nenhum momento passou por sua cabeça que o que tinha acabado de acontecer havia estragado seu relacionamento com Baekhyun, diferente de seus medos no início. Na verdade, estavam agindo exatamente como antes, com as mesmas piadas, tendo como exceção o fato de estarem nus na mesma cama pela primeira vez. Baekhyun continuava sendo Baekhyun e seu coração continuava a agir da mesma forma que sempre agiu quando perto do mais velho: batendo desenfreadamente e deixando-lhe sem saber o que deveria fazer.

Com o amigo encostado em seu tórax, Chanyeol duvidava que ele não estivesse o ouvindo.

“Bom, higiene é importante, não é?”, Chanyeol deu de ombros rindo também. Sentia-se mais leve agora que percebeu que absolutamente nada havia mudado para pior. “Além do mais, só eu sei o quanto você é chato acordando de mau humor no dia seguinte e isso com certeza vai acontecer se acordar pegajoso como está agora.”

“Você é tão chato, Chanyeol”, Baekhyun reclamou.

“Não é isso o que você me disse agora pouco”, Chanyeol retrucou, o sorriso malicioso desenhando-se nos lábios bonitos. “Não é, Baekhyun?”

“Você vai usar isso contra mim pelo resto da vida agora”, Baekhyun rolou os olhos, “mas você deveria saber que a gente fala qualquer coisa quando está com tesão.”

“Então era só tesão?”, Chanyeol retrucou, querendo saber a verdade. Tudo aconteceu tão rápido que não teve tempo para perguntar-se o que motivou Baekhyun.

O mais velho sabia que esse momento da conversa chegaria em algum momento, mas estava tentando protelá-lo ao máximo. Chanyeol reagiu bem a suas investidas, mas talvez também estivesse com tesão e fosse uma boa forma de extravasá-lo; Baekhyun não reclamaria caso fosse isso porque conseguiu aquilo que queria quando começou a investir contra Chanyeol.

Mas ele reagiria bem também se soubesse de seus sentimentos? Era bem mais complicado do que propor sexo casual entre amigos.

“Na verdade, não. Eu já estava tentando fazer você notar meu interesse faz muito tempo, Chan”, Baekhyun resolveu ser sincero. Seria melhor se fizessem tudo mais rápido. “Eu pedi para que me desse aulas de violão para que você pudesse notar mais rápido, mas você continuou não percebendo como todas as vezes. Eu me senti frustrado e achei que seria melhor se fosse mais arriscado. E, bom, deu certo.”

“Foi por isso?”, Chanyeol o perguntou, surpreso pelo motivo. Imaginava que Baekhyun de fato estava gostando de aprender violão e não que apenas quisesse transar consigo.

“Eu gosto que você me dê aulas, gosto de aprender com você porque faz parecer tão apaixonado pelo que está tocando que eu queria sentir isso também”, Baekhyun consertou. “Mas foi o meu interesse por você que me fez conhecê-lo acima de tudo, Chan. Foi por isso que nos aproximamos na escola, mas eu achei que não valia a pena arriscar nossa amizade e adormeci esse interesse até hoje.”

Chanyeol não fazia a menor ideia de que sua amizade com Baekhyun havia começado por esse motivo, mas também não era algo que desse muita importância. O mais velho nunca o forçou a nada nem o colocou contra a parede para que aceitasse seus sentimentos, apenas seguiu ao seu lado ignorando o que sentia em prol de sua amizade e Chanyeol apreciava isso. Gostava de como Baekhyun colocava os dois acima do que sentia, ao mesmo tempo em que se sentia penalizado por ter passado por isso sozinho por tantos anos.

Chanyeol o entendia completamente porque seu interesse por Baekhyun também não era recente. Passara sozinho por muitos momentos em que poderia estar com Baekhyun caso um dos dois tivesse coragem suficiente de dar o primeiro passo, mas sofreram em silêncio por escolha própria e por tempo demais. Era hora de aproveitarem o tempo perdido e fazer do futuro algo mais proveitoso aos dois.

“É engraçado vê-lo falando isso porque eu queria esse momento há tanto tempo e nunca pensei que você iria me notar um dia”, Chanyeol comentou, surpreendendo-o. Como poderia ter deixado passar quando ficava tão indignado por Chanyeol não notar suas investidas? “Eu tinha medo de tentar alguma coisa e arruinar nossa amizade, que deixasse as coisas estranhas, porque em que mundo você se interessaria por mim, Baekhyun?”

“Você não tem ideia do quanto é atraente, Chanyeol, não sei como pode pensar que eu não me atrairia por você se é a pessoa que mais ronda meus pensamentos há anos”, Baekhyun refutou, meneando a cabeça em negação. “Não acredito que perdemos tanto tempo por medo. Isso poderia ter acontecido há anos.”

Sentia-se bem por Baekhyun o elogiar e parecer tão chocado com a demora que levaram para expressar seus sentimentos um ao outro, mas um medo ainda persistia em sua mente. Precisava tirar a limpo antes de qualquer coisa porque conhecia bem seu amigo. Sabia da profundidade de seus sentimentos, mas e se para Baekhyun fosse apenas sexo?

“E seu interesse continua vivo depois que transou comigo?”, Chanyeol o perguntou, um pouco incerto. Conhecia o histórico de Baekhyun em não se apegar a ninguém.

“Como poderia morrer?”, Baekhyun retorquiu. “Ter você na minha cama é um dos meus desejos mais antigos porque você na minha vida já é uma constante há muito tempo. Não é porque consegui uma vez que eu dispensaria todas as outras, Chan.”

“Então você quer continuar com as aulas?”, Chanyeol perguntou, torcendo para que Baekhyun entendesse a mensagem que escolheu nas entrelinhas de sua fala.

Baekhyun era esperto, é claro que entenderia. “Se todas elas acabarem como essa, eu adoraria ter mais aulas de violão com você, Chanyeol.”

Chanyeol sorriu e, em um ímpeto de coragem, selou seus lábios aos de Baekhyun de uma forma diferente de todo o restante da noite; era calmo e singelo, aproveitando cada momento. Dessa vez, não havia a urgência e o medo de que acabasse porque estavam cientes de que era apenas o início de alguma coisa que não se preocuparam em nomear. Poderiam viver um dia após o outro, conhecerem todos seus lados, satisfazerem seus desejos juntos e, quem sabe, qualquer dia se dessem conta do que já estava acontecendo há muito tempo. Não tinham porquê apressar o tempo se já esperaram por períodos ainda maiores só para que tivessem finalmente um ao outro.

Se todas suas aulas de violão terminassem com Chanyeol ao seu lado em sua cama, dando-lhe beijos tão carinhosos que o faziam se sentir tão amado, Baekhyun estava ansioso pelas próximas. 

8 de Junho de 2018 às 23:28 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

Barbs Bueno Barbs, primavera de 96, ficwriter, chanbaek trash, Baekhyun ultimate biased (ノ◕ヮ◕)ノ*:・゚✧

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