O calor que bate em minha pele e não esquenta-me, os sentimentos que não sinto, o vazio que faz eco quando minha alma grita dentro do corpo, que permanece quieto, imóvel.
Talvez eu já esteja no inferno, no meu próprio inferno. Talvez esteja frágil, frágil em minha mente. Talvez esteja seco, seco de lágrimas. Talvez esteja morto, morto por dentro.
O trovão acorda-me dos devaneios e lamúrios internos. As gotas caem, pingos gélidos que me despertam como um chamado à vida, retorno a viver.
Ao cair da chuva, ao lavar do corpo, ao limpar da alma, finalmente lembro que estou vivo.
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