elli_mei Elli Mei

Você pensa que não reparei? Seus olhares, movimentos e palavras, todos eles me desejavam de uma forma intensa e eu sabia disso… ou era o que minha confiança dizia. Eu sei, era arriscado brincar com fogo. Todavia queria, imaginava como seria fazer essas coisas com ele estando sóbrio… e enciumado hehe. Todo animado levantei-me da cadeira e pronto fui ir a sua procura. Mas era como eu esperava, talvez fosse pedir demais que ele fizesse isso por mim, afinal, nem o próprio gostava de largar seu slime por motivos tão fúteis. — Hum… Sóbrio ou não, hoje você não me escapa, Makara.


Fanfiction Comics Para maiores de 21 anos apenas (adultos). © Andrew Hussie

#HS #Gamtav #PWP #Lemon #Erótico #Romance #AU #Homestuck #Gamzee Makara #Tavros Nitram #PB!J
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Apenas seu

 Tavros POV


 Com passadas firmes e rápidas cheguei ao quarto do troll. Já não me surpreendia a bagunça no local, se bem que nem mesmo eu poderia falar algo, pois sou um desastre também com todas minhas cartas de fiduspawn.

 Adentrei o recinto facilmente, como sempre ele deixava a porta aberta, um completo irresponsável, não fazia ideia de como isso era perigoso vivendo na Terra C.

— Gamzee? — Chamei-o.

 O silêncio predominou, mas o suave som de água caindo provinha do banheiro.

“Tomando banho? Huuuuuum... Ou estaria fazendo algo a mais?”

Um sorriso malicioso repousou em minha face e só pensava em fazer travessuras com o desprevenido troll a se banhar.

 Tirei minha camisa e sapatos, logo fui andando até o banheiro, abrindo a porta silenciosamente com certas expectativas, porém estas não foram atendidas.

— Aun… — gemi tristonho.

 O outro deu um pulo pelo susto e se virou de frente para mim, sorrindo de alívio ao reconhecer minha face. Algo tinha de errado nele, parecia tão… normal…

Foi então que me toquei, ele havia comido slime de novo!

— Gamzee! — O repreendi.

— Eu, honk honk — Riu-se e de alguma forma arranjou uma buzina, a tocando e fazendo barulho.

 Bufei indo em sua direção. Ele não recuou, apenas sorria bobamente enquanto o prensei contra a parede fria do local, agora ambos sendo molhados pela água gélida que escorria por nossos corpos, esfriando inutilmente o meu calor.

— Uou… parece que as coisas vão esquentar por aqui — maliciou o maior.

— Sim. Mas você tinha prometido que não comeria slime! — Continuei o repreendendo.

 O maior coçou a cabeça e olhou para o lado, parecia querer arranjar uma desculpa válida para limpar seu erro, o que de nada adiantaria, falo de antemão.

— Foi mals aê, mano Tav… mas sabe que eu não gosto muito disso… — Seu olhar baixou-se e pareceu lembrar de algo.

— Mas eu gosto… quero dizer… — Corei e desviei o olhar — E-eu não tenho problemas em te aceitar do jeito que é...

 Esperei ouvir um elogio ou algo como “Honk honk” junto de um beijo, porém fez-se silêncio e tive de olhá-lo, tentando entender o que havia feito para causar esse estranho constrangimento.

— Cara… eu… — Ele sorriu um pouco forçado — Me sinto fudidamente feliz, mas… algo me diz que eu não sou “daquele” jeito, ou ao menos não deveria ser um filho da puta com meus amigos. Então eu vou ouvir o meu coração e comer slime até… sei lá… Honk honk.

 Suspirei e senti uma pequena pontada de dor dentro do meu peito. Teria sido por causa da palavra “amigos”? Já fazia tempos que nos tornamos matesprit, era um pouco triste ouvir isso dele.

— Eu achei que tivesse se aberto pra mim — Sussurrei cabisbaixo.

Ele riu.

— Hehe, mas isso eu já tô a muuuuuito tempo, honk.

Suas mãos deslizaram por minha costas, senti alguns arrepios e acabei tendo uma ideia.

— Sabe que eu não tô falando disso! Gamzee! — Resmunguei e segurei sua mão — Não poderia ficar sério nem por um minuto?

 Tentei o persuadir com pressão, fazendo uma carinha inocente na tentativa de que cedesse ao meu pedido. Ele até pareceu que pensava, pois sua feição mudou para de preocupação e logo em seguida aflição.

— Mano Tav, veja só… Eu te considero pakas, mas sabe que se eu tiver que ver mais um machucado filho da puta em você, depois que me acalmasse, eu me sentiria tão ruim que teria de ser mais autoritário quanto aos seu pedidos filhos da puta… e pelos milagres que fazem a porra da terra girar, nós não queremos isso.

 Gamzee parecia referir a si como se existissem dois, o que até fazia sentido depois de tanto tempo ao seu lado, mas não eram mais do que suas raivas reprimidas e presas a muito tempo dentro do próprio. Só não conseguia entender pra que ele continuava a fazer isso consigo quando tinha tanta gente o apoiado. Tirando o Equius, ele não ajudava muito com esse negócio de “sangue nobre” e ordens “amigáveis” junto de excessivo suor lascivo.

— E se eu disser que eu gosto? — Murmurei.

 De fato eu realmente apreciava esses momentos, claro que sem desprezar os que ele também era divertido, bobo, simpático, atencioso e amoroso. Eu sempre gostei se sentir-me útil, principalmente quando era algo que se relacionava ao meu ex-fake-moirail, atual mate. Por mais que nossa relação tivesse avançado, a necessidade que tinha de o conhecer, amar e proteger ainda coexistiam e eu só queria… queria ser o milagre dele, não apenas de palavras.

— Não, cara. Vamos só aproveitar o milagre filho da puta e nos deixar levar nessa brisa de água fria? — Falou me confundindo um pouco com suas gírias.

— Urgh… certo… — Desisti — Mas também não me culpe depois.

— Culpar pelo quê, meu brother? — Parecia tão avoado quanto o normal.

— Por isso.

 Virei-o de costa pra mim e o fiz ficar com o rosto apoiado sobre o azulejo frio.

Eu queria tanto ter experimentando isto de maneira diferente, um pouco mais… selvagem? No entanto, se ele queria que fosse assim, acho que não era tão ruim…

— Espera, que cê vai fazer, cara? — Perguntou um pouco nervoso enquanto colocava as mãos na parede para servir-lhe de apoio.

 O certo era, o que eu “não” iria fazer.

 Ele nunca me deixará ficar por cima desde que Equius me deu essas pernas, às vezes até me olhava apreensivo enquanto nós… uh… enchemos baldes…

 Sempre tive curiosidade de saber se me sentiria tão bem quanto antes, quando eu ainda era paraplégico e não conseguia sentir minha parte inferior, usando apenas da minha imaginação e excitação para deduzir o que era o real prazer. Será que ele tinha vergonha de pedir? Antes ele não parecia ter esses problemas quando pedia para brincarmos de formas diferentes, sempre era curioso e proativo na nossa relação sexual. Bem, seja lá o que fosse, agora era minha vez e Equius falou que eu podia fazer o que eu quisesse.

 A animação tomou conta de mim e comecei a beijar sua pele acinzentada, desde a nuca, até a costa.

— Sabe que não precisa ter medo de me pedir essas… Uh… coisas — Murmurei ainda distribuindo beijo por sua pele — Eu nunca vou mudar minha forma de pensar, mesmo que meu corpo não seja mais o de antes, Gam.

Ele estremecia a cada toque suave que eu lhe dava com meus lábios, às vezes suspirava, mas não me rejeitava. Sabia que no fundo ele era sensível com o que eu dizia, e eu gostava disso nele, pois cada palavra romântica que dizia o fazia o troll mais feliz do mundo.

— Porra, cara… Olha o que tu fez — Me repreendeu enquanto fechava as pernas — Agora eu tô todo excitado!…

Soltei um riso mínimo e afastei seu longo cabelo do pescoço. Subi beijos pela área e logo mordi o local sem muita força, soltando um gemido baixo que o arrepiou.

— Tudo bem, era essa a intenção — Sussurrei.

A água continuava a escorrer, fria e gélida por nossos corpos, porém apenas atiçava mais ainda o fogo que aumentou entre ambos. Já não podia mais segurar, entretanto antes de começar, chupei a pele de seu pescoço, deixando uma sutil marca roxa. Infelizmente seu cabelo iria cobri-la quando tivéssemos acabado aqui, todavia sentia o prazer de poder fazer isso.

— Droga, mano… Ah… Cê vai ficar me chupando ou vai me deixar virar pra matar o desejo de te beijar? — Parecia bem frustrado.

 Dei uma espiada por cima de seu ombro e fiquei feliz com o que vi. Seu bulge já estava pra fora, tentava se enrolar torpemente em si próprio, procurando apaziguar a euforia do local.

— Desculpa, eu… Hum… Não posso te virar agora. Tenho total certeza que você iria me atacar e acabaríamos fazendo do seu jeito — Tentei explicar — E dessa vez eu não vou deixar.

— Erh… me desculpa, mano Tav… Acho que fui um filho da puta impaciente — Sussurro um pouco abatido.

 Estava tentando entender porque as desculpas, afinal, não havia falado que detestava sua atitude impulsiva, pelo contrário, adorava, até que caiu a ficha. Talvez minhas ações e palavras o tenham feito pensar o contrário do que eu queria. Tratei rapidamente de desfazer esse mal-entendido.

— Não é isso! — Alarmei-me — Uh… Eu gosto quando fica impaciente também… mas eu queria tentar algo diferente.

 Ao terminar de falar levei minhas mãos até seu quadril e o fiz ficar um pouco mais empinado.

— Você não lembra? Eu tinha dito que queria ficar por cima na próxima… testar… você sabe… isso… — Tentava timidamente achar palavras para completar minha frase, sem sucesso.

 Por algum motivo me sentia com vergonha! A possibilidade de estar perdendo de novo minhas primeiras vezes não ajudavam muito. Era como se tudo se tornasse desconhecido outra vez, uma nova chance de sentir aquilo que já passei, novamente.

— Mano Tav, relaxa o rabo e se acalma — Falou meio tonto — Seja o que for fazer, não precisa ficar nervoso. Ouça o seu coração filho da puta e vai fundo. Honk.

 Sua voz mostrava estar despreocupado, mas seu membro continuava a se mover aflito. Sei que ele estava se esforçando para não me deixar mais nervoso ainda… Eu sou péssimo companheiro… droga.

 Suspirei. Não é como se já não tivesse pensando na possibilidade de isso tudo dar errado, é só que… eu tava com tanto medo! Entretanto, ele tinha razão, não dava para ouvir meu coração de forma literal, mas minha confiança gritava que eu conseguia seguir em frente. Seguiria o conselho do mais velho e meteria fundo, como o pedido.

— C-certo — Gaguejei.

 Mordi meu lábio inferior e levei uma de minhas mãos até meu bulto metálico. Tinha ficado tão temeroso que não pude reagir adequadamente a situação, mas agora eu conseguiria!

 Comecei a esfregar o local, passando meus dedos pelo bulto, estimulando meu nook e o bulge a sair de dentro. Foi difícil ao principal, mas quando deixei de pensar, relaxei. Meus gemidos ganhavam vida e ecoavam pelo banheiro, logo foi interrompido por um “puta que pariu” que foi proferido baixinho, mas me fez rir, por saber que estava deixando o maior louco.

— Desculpa. Não queria te fazer esperar — Fui sincero e amável.

— Tudo bem, eu dou conta aqui — Parecia estar em seu limite.

— C-conta? — Perguntei curioso, seguindo o caminho que sua mão ia, até perceber sobre o que ele se referia — Não! De jeito nenhum!

 Não o deixaria se mastubar agora! Justo quando iria começar? Não seria justo!

Segurei seus braços pra trás do corpo e voltei a prensá-lo contra a parede.

— Honk? — Pareceu confuso.

— Shiuuu… Apenas… relaxe — Repeti suas palavras e prossegui com um riso baixo.

 Meu bulge já estava duro, meu coração pulsando rápido e meu corpo todo arrepiado. Foi só questão de segundos, nada mais, nada menos. Posicionei a ponta do tentáculo na entrada do seu nook e dei pequenos empurrões para dentro.

 Foi mais difícil do que pensará. O maior não estava mais acostumado comigo, todo apertado daquele jeito. Na verdade, parecia até ter diminuído ali. Meu bulge não entrou por inteiro e ele gemia alto, um tanto surpreso.

— Gamzee.. Uhn… Você precisa relaxar — Falei com dificuldades.

— Caralho… Urgh! N-não dá, mano… — Sussurrou com a voz trémula — Esse é meu limite já… uhn… N-não é melhor tirar e continuar outro dia?

 Senti um pouco de pena por ele, pois sua voz se ouvia como se estivesse aguentando o choro. No entanto, se eu parasse agora, seria tudo em vão. Era por isso que eu queria ele no modo agressivo, parecia que as coisas se tornavam um pouco mais rudes e ninguém reclamava.

— Me desculpe... — Sussurrei.

 Ele virou o rosto de lado e tentou olhar para mim, porém, o fiz virar de frente. Na primeira oportunidade que tive, dei uma forte investida fazendo o restante que não coube, entrar de uma só vez.

 Um grito abafado ecoou pelo banheiro, enquanto eu fechava os olhos e mordia o beiço para conter meus gemidos.

— Urgn… Mano Tav, porque… Ngh… Tá fazendo isso comigo?… — Falava entre soluços, fazendo-me fraquejar.

Soltei um gemido baixo. Não dava, eu não podia mais aguentar isso.

— V-você falou pra meter fun-do… — O lembrei.

— Eu disse? Porra! Mas não… ah… dessa forma! — Se preocupou.

 Fiquei envergonhado na hora, não podia crer que havia errado se ele sempre gostou assim. Talvez um membro sintético não fosse o mesmo que o real.

— Me desculpe — Murmurei.

 Mudei a posição, agora havia abraçado o maior, deixando espaço para que ele apoiasse na parede com suas mãos. Era também minha forma de remediar o erro que cometi antes. Ficamos em silêncio, ou quase, apenas gemidos de dor e respirações descompassadas sendo escutadas.

 Os minutos passaram, esperava ansioso o troll se acostumar, pois queria logo dar início e continuar a sentir o prazer junto a ele. Todavia ele estava com medo, temeroso da dor, e isso não ajudava nem um pouco.

 Realmente não funcionava desse jeito com ele, todo sensível e bobo.

 Respirei fundo. Iria fazer algo bem constrangedor, mas que ajudaria nessas horas.

— Gamz? — Murmurei próximo de sua orelha.

 O maior, receoso, me respondeu com um olhar de canto. Seus olhos banhados em lágrimas e a feição corada me eram estonteantes, se não dizer, lascivo.

— Eu te amo — Gaguejei um pouco e apertei mais o abraço.

 Queria esconder meu rosto em algum canto, e assim o fiz, apoiando-me sobre a curvatura de seu pescoço. Apenas para aliviar, mordisquei o local, uma forma de dissipar a vergonha que sentia no momento.

— O-o quê? — Pareceu perder o sentido de fantasia e realidade, e se eu não tivesse espiado rapidamente, teria perdido sua feição tomada pelo rubor.

— E-u-t-e-a-m-o — Sussurrei beijando seu rosto.

 Eu sei que era ridículo dizer tais coisas, pois eram definições humanas um tanto arcaicas para unir relações fracas e efêmeras. Porém eu também sei o quanto o maior era fascinado por isso, as vezes até glorificando, pelo simples fato de ser considerado um “milagre” que a humanidade fielmente acreditava ao ponto de torná-la real… Admito que no fundo também me intrigava...

— Mano Tav… eu… — Sussurrou choroso — Eu também te amo, cara!

 Soltei um suspiro e fui puxado para um beijo, do qual correspondi com prazer. Nossas línguas se entrelaçam e podia sentir a excitação dele passando para mim, algo quente e reconfortante.

 Ficamos um tempo apenas nos beijando, sentindo um ao outro, nós “amando”. Mas logo a necessidade de um contato físico maior foi aumentando e nada pode evitar os atos seguintes que surgiram.

 Estalos de nossas boca ecoavam pelo banheiro, as vezes seguidos de chupões já não tão carinhoso e um tanto apaixonantes. Não podia mais fingir que não sentia as suaves reboladas que ele dava contra meu membro junto dos apertos de seu interior húmido. Já estava ficando sem fôlego e paciência também. Apenas comecei a responder, não com palavras, porém com meu corpo dando suaves investidas.

— Aah… S-se eu for longe de mais… Uhn — Tentava falar entre beijos — Por favor… me avise… Aah…

 Ele apenas moveu a cabeça de forma positiva, ainda de olhos fechados, se negando a me deixar afastar dos beijos quente e perversos que só me levavam ao delírio.

 Aquilo se tornava cada vez pior. Minhas mãos não tinha controle, exploravam o corpo do troll como se tivessem ganhado vida própria, mesmo eu sabendo que eram meus desejos externados de tocar cada canto suave dele. Tateava seu peitoral e descia até o quadril, logo estava apertando suas coxas enquanto, sem que me desse conta, aumentava a força e velocidade das investidas. Estava queimando, mesmo com a água nos molhando. Era incrível a sensação!

 Ofegantes, uma hora tivemos que dar pausa no beijo, claro que uma longa, pois não conseguiríamos aguentar se continuássemos nos beijando até o fim.

— Isso é… Ah! Tão bom! — Gemi.

— Hehe… Oh, se é...Ngh! Continua, cara… Aah… Mais forte — Falava embriagado pelo prazer.

 Sorria como se não mais lembra-se do ocorrido anteriormente.

 E a necessidade de tocar seu corpo aumentava. Estava insatisfeito! Precisava sentir mais dele, saber que não era imaginação minha todas essas sensações que me invadiam intensamente, totalmente diferente de antes.

— Aah! C-calma… T-Tavros! — Implorava enquanto eu violava o resto de espaço pessoal que tinha.

 Não lhe respondi, apenas agarrei seu membro e comecei a acariciar rapidamente o local. Minha mão livre ainda agarrava sua coxa, mas tão forte que marcas arroxeadas poderiam ser vistas mesmo depois de dias quando acabasse aqui.

— Gamzee… Ah… — Proferi apaixonadamente o nome dele, o chamando cada vez que queria gemer, acariciando seus ouvidos com a doce ternura das palavras ditas.

 Estava chegando ao meu limite. Grunhi ao som das batidas que nossos corpos soltavam ao se chorarem violentamente uns contra o outro e o som da água tornando tudo mais bruto. Talvez “perder o controle” seja a palavra exata para descrever meu ânimo agora.

 E em meio a tantas ações, senti o líquido derramar de seu membro, melando minha mão com algo quente e viscoso.Sabia bem o que era. Seus gemidos perdiam intensidade, se tornando tímidos e deixando o arfar tomar conta enquanto seu corpo tinha vários espasmos pelas consecutivas investidas dadas por minha parte, o impedindo de poder desfrutar do torpor recorrente após gozar.

— Gamz… ah… acho que não consigo mais segurar… — Sussurrei fechando os olhos e mordendo o lábio inferior.

 O Makara não me respondeu, apenas soltava gemidos, que voltavam a se tornar altos, dando sinal que gozaria de novo por tanto estímulo, afinal não soltei o seu membro e continuei masturbando. Aproveitando do silêncio, com a respiração descompassada, cheguei ao ápice do que os humanos chamam de “sexo”, me derretendo em seu interior. O mesmo não aguentou e se juntou a mim.


{...}


 Deitado sobre a cama, olhava para a parede roxa repleta de pôsteres. Via imagens de coisas sobre o amor,etc. Não existiam mais os palhaços engraçados de antes, apenas coisas da religião humana e filosófica. Isso me fazia pensar até onde ele iria com esse assunto, porém não queria perguntar, era supérfluo de mais, qualquer um sabe bem a resposta só de analisar.

 E que pensamentos bestas estava tendo agora, apenas me contradizendo.

 Os dedos do outro começavam a brincar, esfregando-se contra os meus, mesmo estando entrelaçados. Parecia adorar manter contatos simples deste tipo, me encantando pela sua ternura.

 Voltei meu olhar para ver mais de seu rosto — o qual eu tanto amava — dando um sorriso fraco e recebendo em troca um animado. E alguns ‘’honks’ foram ditos em meio a risos de um troll que obviamente ainda estava drogado, com um olhar vago me encarava, mas tenho certeza que era sincero e me contemplava como um poeta contempla sua poesia… bem… ele me ensinou um pouco disso também.

 Curioso não pude conter:

— O que está... pensando? — Pergunto com um sorriso tímido.

 Mais alguns “honks” e falou:

— No quanto eu tô fodidamente amando você ao ponto de pensar que é mais viciante que minha torta de slime ou Faygo.

 Não sei se ele pode notar, mas meu olhar brilhou com suas palavras ditas, enchendo-me de esperanças por ser o seu número um. Acredito que, no coração do mais velho, eu era especial o bastante para tomar lugar dessas besteiras que usava. Claro que respeitando seus desejos. Nunca o forçaria a parar de ser quem era, pois assim estaria mudando o troll que ele é, então não seria mais o Gamzee que me cativou, nem o matesprit que escolhi.

— Eu não me importo de ser seu único vício — Com a voz suave retorno seu carinho. Pego nossas mãos unidas e acaricio meu rosto com a costa da dele — Quero sempre estar assim com você.

 A cama se movimentou, mas meu olhar já havia sido desviado para baixo, apenas vendo algo, talvez um futuro que queria tornar real. Fui abraçado como se o mesmo sentisse o que eu queria, me dando conforto, além de beijar a ponta de meu nariz. Me tratou como um lusus carinhoso, mas não queria que fosse assim, pois me sentia infantil.

— Gamzee — O chamei.

 Quando ele se concentrou, fixando seus olhos bi-colores, pensei que iria me perder dentro dos mesmos. Tons púrpuras mistos do cinza criavam uma cor única, apagada, e linda. Não sabia descrever ao certo se era uma suave ametista ou irisado, apenas que a maturidade se acercava no tom dos seus olhos, dando sinais que logo se tornaria um adulto completo, assim como eu.

 Hipnotizado, soltei sua mão e puxei delicadamente seu rosto para um suave beijo. Nossos lábios se tocaram, calando nossas bocas, mas não os palpitar de nossos corações. E depois de confirmar mais uma vez para o mesmo a forma certa de me tratar, como um — quase — adulto que eu era.

— Obrigado por estar ao meu lado, mano Tav — Falou sem xingar, me fazendo rir.

— Não é por isso que deve agradecer — Quebrei o clima, maliciando as minhas palavras.

Ele ficou confuso, mas quando viu meu olhar insinuante fez uma cara maliciosa também.

— Ah… entendi — Ficou sentando rapidamente e retirou a camisa — Parece que agora é minha vez, hehehe.

16 de Março de 2018 às 15:37 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

Elli Mei Futura artista, desenhista, escritora de fanfic´s que gosta muito de comer sem engordar. "Eis o meu segredo — disse a raposa —, é muito simples: apenas se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos". Antoine de Saint-Exupéry

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