No pequeno quadrado brilhante refletia-se uma imagem, mas faltava o som. A boca aberta cantava e os anjos, no Céu, aplaudiam. Que pena não ser possível congelar naquele espelho de moldura dourada o momento sonoro, não apenas o visual. O ouro a verter-se no silêncio.
Era uma cantora magnífica, a maior diva de todos os tempos. No espelho só cabia ela e o seu ego, os penteados rebuscados enfeitados de pérolas e penas, os olhos coruscantes, a boca escancarada cantando notas agudas, belas… que estilhaçavam cristal.
Outro espelho desfeito, outra imagem quebrada. Que maravilha! Sem igual, continuava na fantasia louca.
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