Estava correndo como se nada de mal estivesse acontecendo, junto a mim estava uma garotinha de cabelos castanhos claros e olhos verdes, ela se parecia muito comigo, tirando os olhos, ela era minha pequena. Estávamos correndo em um local onde tudo era pastos, nos rolavamos e corríamos, sabendo que nada iria acontecer, sempre teríamos este local para nos tira toda preocupação do mundo. Estava tudo tao calmo e tranquilo, somente o som das nossas risadas preenchia o local. De repente o lugar que era iluminado ficou vermelho e um homem apareceu, este usava uma roupa preta, somente os cabelos negros eram visto.
—Mamãe, por favor me ajude!— Gritava minha pequena, enquanto o homem se aproximava dela, eu nada consegui fazer. Tentava correr ate ela, porem eu não conseguia sair do lugar, tentei a todo custo gritar, mas nenhum som saia de minha garganta. Acordei assustada, casei minha pequena no quarto onde tinha acordada, mas nada encontrei, somente Natan deitado ao meu lado e me encarando preocupado.
—Teve outro pesadelo Aranel?— Ele disse me analisando, somente me joguei em seus ombros e comecei a chorar.
—Ele quer levar nossa menina Natan, você não pode deixar!— Digo entre os soluços, ele ver o alarme em meus olhos e tenta me acalma, eu não sabia por que eu estava tendo este pesadelos, já fazia 12 anos mortais quando minha Miranel teve que deixar o paraíso, pois ela sofreu uma morte em sua primeira vida muito chocante por assim dizer.
Recebi a alguns dias mortais atras, (já que o paraíso não tinha noção de tempo) a proposta de reencarna, uma nova vida para poder esquecer a dor e volta para o meu grande amor Natan Reyel e para minha irma de Alma Ariel, também não podia me esquecer de minha outra pequena Marciel que eu apelidei carinhosamente de Marce. Então voltei a minha realidade quando meu grande amor prometeu que iria fazer o que estivesse ao seu alcance, mas eu já sabia que não podia nem ao menos fica la, não com o buraco que minha filha deixou no peito, eu iria aceitar a vida humana que me fora dada, e viver feliz, esquecer e criar novos laços com minha familia.
Gabriela Rodrigues
