retrive retrive geibi

A cor roxa, em determinado momento, ganhou acompanhamento com o preto e Sai viu, diante de seus olhos, sua namorada virar a obra de arte mais linda que já viu na vida.


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#Naruto #SaiIno #BregaFNS #CachecoldoBrega #Songfic #Ino Yamanaka #Sai
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Único

Acho graça quando
Às vezes louca
Você perde a pose
E diz: "foi sem querer"

— Foi realmente sem querer! – ela disparou no momento em que a porta foi aberta pelo namorado.

O moreno franziu a sobrancelha quando a loira o olhou com o seu melhor olhar tristonho. Em sua cabeça, ele já tinha certeza do que estava acontecendo.

Ino havia feito alguma merda.

Tentou olhar para a sala na tentativa de achar alguma coisa fora o lugar, mas tudo parecia em perfeita ordem. Sai se lembrava perfeitamente do dia em que Yamanaka derrubou vinho no estofado branco enquanto estava distraída demais com a novela que passava na televisão. Novela que ela nem assistia, mas se sentiu totalmente atraída pela trama apenas no último capítulo.

A mulher segurou a mão pálida do rapaz e o puxou pela casa.

Passaram pela cozinha e nada de errado. Era bom saber que ele não tinha colocado fogo no apartamento. Não ainda.

— Pode pelo menos me dizer o que aprontou dessa vez? – seu tom de voz era leve.

Não estava com raiva, nem conseguia ficar. A maluca de sua namorada poderia aprontar horrores que ele sempre se rendia a ela no momento em que dizia “foi sem querer” balançando os ombros de uma forma adorável.

Tinha como sentir raiva daqueles olhos azuis tão serenos?

O quarto estava com a porta fechada e Sai duvidava que Ino havia feito algo no banheiro. Então o coração gelou quando percebeu que a porta de seu atelier estava escancarada e a luz do lugar acesa.

— Ino, o que fez?

— Foi sem querer, mesmo – ela suspirou e deixou que o namorado entrasse primeiro.

Não havia tinta sujando tudo e nenhuma das telas pareciam danificadas. Relaxou os músculos e engoliu a seco se voltando para a loira, que estava encostada no batente da porta.

Qual era a merda que ela havia feito? Isso ainda pesava no ombro, mas ele estava mais curioso do que preocupado.

— Eu vi a tela que eu não devia ver – cruzou os braços abaixo dos seios e mordeu os lábios.

Ele soltou o ar pela boca, aliviado. Até deixou escapar uma risada anasalada.

Era apenas aquilo?

A tela seria um belo presente de aniversário. Um retrato de sua amada pintado à mão durante longos 6 meses, os traços quase beiravam a perfeição por conta da dedicação que ele teve. Noites em claro, mas tudo valia a pena quando ele quase conseguia senti-la através da pintura.

Tinha sentimentos naquilo. Tinha alma e amor, sentimentos que ele passou para as tintas que usou.

Ela ter visto antes da hora não era uma surpresa. Dividiam o apartamento a um ano e meio e Sai nunca a proibiu de entrar no atelier, até gostava e ouvir os elogios vindos da loira.

E me fala sem palavras
Que me ama, tudo bem
Tá tudo certo

O olhar da loira era tão tristonho que Sai teve vontade de simplesmente agarra-la ali mesmo até ouvir aquela gargalhada seguida do bom e velho “para com isso, estamos falando sobre algo sério aqui”.

Yamanaka implorava perdão e gritava inúmeros “eu te amo”. Fazia tudo aquilo em silêncio, lançando apenas um olhar.

Por que se condenava tanto? Sai era incapaz de compreender.

— É apenas isso?

— Vi o presente que você estava guardando a sete chaves. Estraguei tudo.

— Não estragou nada, sua dramática – ele sorriu, tinha que se segurar para não gargalhar ou sufocá-la em um abraço. — Vem aqui.

Você sabe como me fazer feliz

Ela entrou no quarto, ainda com os braços cruzados e aquele biquinho infantil. Sai amava quando a loira deixava os longos cabelos soltos. Amava também quando ela ficava andando pela casa apenas com a blusa de moletom velha.

— Você entra em desespero muito fácil, querida.

Levantou o queixo da moça. Quase podia ver sua alma através os olhos claros e encantadores. Sorriu de canto, lhe segurou pela nuca e negou com a cabeça.

— Me deixou preocupado.

— Estraguei meu aniversário.

Sai olhou o relógio de pulso e sorriu com o horário. Era, oficialmente, dia 23 de setembro.

— Seu aniversário mal começou, lindinha. A pintura não era a única surpresa que eu tinha preparado para você.

O olhar dela mudou. O brilho voltou dando espaço para aquela pose de rainha da felicidade e comandante da situação. Parecia até ter se esquecido o motivo de estar se condenando segundos antes.

Sai tomou os lábios dela como seus com toda a fome que sentia em seu interior. Com todo desejo que ela despertava nele com poucos gestos simples.

O beijo dela era sempre mágico. A forma que ela usava a língua sempre era algo que o deixava arrepiado da cabeça aos pés.

Carne e Unha
Alma Gêmea
Bate coração

A pegou no colo. Ino era esperta e travou as pernas no quadril do moreno enquanto era carregada feito uma princesa.

Ele teria tempo de levá-la até o quarto ou não resistiria a tentação até chegar lá? Céus, o cômodo nunca pareceu tão distante. Andar muito atrapalhava as coisas e ele não teve rodeios na hora de pegar o atalho.

Corpos, almas e corações. Era sempre tudo na perfeita sintonia quando o assunto era os dois. Ino se entregava e Sai dava o seu melhor para dar a ela tudo que ela merecia. Ela era uma rainha e ele o súdito que daria a vida por ela, que realizaria todos os caprichos até o último respiro.

O atelier era um canto sagrado do apartamento, mas era seu aniversário. Quebrar uma regra tão tola não faria mal.

As metades da laranja
Dois amantes, dois irmãos

Na mesa onde Sai desenhava esboços, as tintas e papéis voaram. Foi no móvel amadeirado que ele se perdeu, com todo o prazer que carregava no corpo, na intimidade que aclamava pela boca dele.

Teve a pele das costas rasgada, mas não se importava. Queria ouvi-la gritar e senti-la de todas as formas possíveis. Ele queria deixa-la molhada, queria invadi-la e provar para si mesmo que era capaz de deixar aquela mulher em êxtases.

Ino era dele, somente dele e ele gostava de provar isso ao mundo quando a mulher acordava os vizinhos com seus sons excitantes e nem um pouco discretos.

Duas forças que se atraem
Sonho lindo de viver

Sai arfou, mordeu os lábios, fechou os olhos e tentou se conter. Ino estava totalmente preparada e entregue enquanto a parede próxima a janela se tornava o apoio necessário para ambos.

No início era apenas um dedo, mas Ino sempre implorava por três.

— Mais forte, Sai – arfava enquanto tentava se conter na curvatura do pescoço nu de seu namorado.

E ela sabia como despertar a fera que existia no interior do sempre controlado Sai. Sabia como entrar em sua cabeça e fazê-lo feliz de todas as formas. Principalmente no contexto sexual.

Estou morrendo de vontade
De você!

Intensidade, paixão, calor e tinta borrada em um quadro em que a tinta ainda estava fresca. Ele soube que a insanidade ultrapassava os padrões deles quando Yamanaka derrubou, com a bunda em meio a euforia de tocá-lo, tinta roxa por todo o chão. Sujou o próprio abdome com a bagunça que fez.

A mão suja marcou uma palma colorida nas costas do rapaz no momento em que ela chegou em seu ápice.

A respiração saía do controle e o moreno quase não conteve o gemido.

Cada pequena parte do cômodo virou uma parte do sexo afobado. A cor roxa, em determinado momento, ganhou acompanhamento com o preto e Sai viu, diante de seus olhos, sua namorada virar a obra de arte mais linda que já viu na vida.

Pintaram aquela tela juntos e ele teve prazer ao notar que fazia parte da arte. Tinha prazer por saber que Ino o pintava da mesma forma que ele a pintava, com o mesmo desejo e desespero na busca pelo prazer.

Os dedos na cor preto estavam marcados no seio e na coxa. Até mesmo o pescoço de pele alva estava sujo de uma mistura escura de roxo com preto, deixando claro que foi naquele local que Sai segurou enquanto sua boca suja recitavam os mais baixos palavrões no topo do prazer de ambos.

Foi naquele momento que Sai percebeu o quanto preto e roxo combinavam tão bem, quase como se tivessem destinados a dominarem o mundo juntos.

Quando se deu por si, estava por cima da loira sem fôlego e satisfeito assim como ela. Deitados sobre a confusão de tintas formada no chão. Misturando as cores ao cabelo sem se importar com a dificuldade de remover aquilo depois.

Haviam profanado o solo sagrado do rapaz, o único lugar do apartamento que tinha a regra de “nada de sexo” respeitada. Mas Sai carregava no peito o sentimento de satisfação e se sentia honrado por saber que a loira em seus braços sorria e transbordava felicidade.

Por você eu tenho feito
E faço tudo que puder
Pra que a vida seja mais alegre

Ino era a pintura abstrata mais maravilhosa. A tela mais linda que ele teve o prazer de pintar e que pintaria trilhões de vezes mais. Ele também se deixaria tornar tela para ela e não via problemas nos traços avermelhados desenhados com a unha por todo seu corpo.

Viveria milhões de anos ao lado dela e registraria cada momento de suas vidas com a cor roxa que tanto combinava com o azul dos olhos dela e negro do cabelo dele.


Songfic da música: Fábio Jr. - Alma Gêmea 

26 de Fevereiro de 2018 às 04:13 1 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

retrive geibi Ficwritter e designer nas horas vagas. 18 anos, criatividade demais para pouco tempo e muita preguiça. Mama da maravilhosa Igreja Arte do SaiIno Entrano

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