Adejava, ao redor da ilhota há tempos. De época em época encontrava vários de mim, tantos que nem posso contar. — alimentando-se, assim, como eu. Ilha de pelicanos. Barulhentos e curiosos. Especialmente curiosos. O Farol sempre esteve ali, desde que me lembro. Um sinal de tranquilidade para todos nós, inclusive ao homem que vivera nele; desde sempre também. Existira uma espécie de amizade, ou seria de "cumplicidade"?! Sempre, que avistávamos uma visita inesperada, grassitávamos até ele surgir. Seu binóculo, era antigo, mas funcionava bem. Nunca falhara! Nos fitava silencioso, grato pelo aviso. Não temos nada contra aos outros homens, mas, acostumados estamos com nosso amigo faroleiro. Ele apreciava muito a estar só, e nós, a sua companhia tácita. Os visitantes eram ruidosos, gritões, urravam como animais. Não durava tanto, por vezes, mais de hora. No fim, o silêncio do farol imperava. Soberano.
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