Os olhos negros refletidos no espelho, a fez pensar em como seria a escuridão de sua morte.
O medo fez com que seu corpo arrepiasse, deixando uma leve sensação de frio.
Seus olhos se fecharam enquanto sua mente trabalhava todo o período do enterro de seu corpo imóvel e nu.
A imagem distorcida mostrava toda sua família e amigos a chorar perante seu caixão aberto.
Seu nariz sentiu o cheiro insuportável das flores deixadas aos pés do caixão.
O tempo não era de sol, e sim de muita chuva, fazendo o enterro parecer mais sombrio e obscuro.
Ninguém dizia nada, apenas algum soluço devido às poucas lágrimas dentre alguns rostos.
O silêncio estava deixando sua mente inquieta.
Após longos minutos da mesma forma, tinha chegado a hora do adeus.
Todos se afastaram e logo sentia seu corpo com o caixão flutuar. Era uma sensação boa, porém, solitária, estavam dando a última caminhada até sua sepultura.
Já no fim do túnel, uma pessoa horrorizada gritou:
— Filha! Pare! Não cometa suicídio!
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