lucie Luciane Alves

- Miguel é o Príncipe dos Babacas... - Jasmine! - Ok, desculpe. Miguel é o Príncipe dos Arcanjos. Por milhares de anos, esse gigante sentiu inveja da humanidade. Ele não entendia como seres tão insignificantes puderam tirar toda a atenção de seu pai. Por isso, quando foi banido do céu e se viu obrigado a andar no meio dessas criaturas mesquinhas, não pensava encontrar uma em especial que o fizesse ver as coisas por outro ângulo. Nosso primeiro encontro foi tumultuado, trocamos farpas e não foram poucas, mas hoje estamos juntos buscando o caminho da redenção de um gigante. Por isso convido você a embarcar nessa jornada cheia de ação, revelações e um pinguinho de romance, porque se tem algo que esses anjos gostam é cop- - Já chega. - Descubram mais lendo, tá? Eu e o príncipe dos babacas esperamos vocês. P.s.: essa história é focada em anjos e demônios e contém conteúdo relacionado à religião e crenças. Ressalto que o objetivo é unicamente literário, sem intenção de exaltar ou julgar nenhum tipo de crença religiosa. Desde já agradeço a compreensão. Idade recomendada +16. Contém linguagem imprópria e cenas de violência. Conterá conteúdo sexual. Categoria: Romance Paranormal


#18 em Paranormal #9 em Lúcido Para maiores de 18 apenas.

#anjos #demônios #batalha #ação #setecéus #Arcanjo-guerreiro #romance
25
3.8mil VISUALIZAÇÕES
Em progresso - Novo capítulo A cada 30 dias
tempo de leitura
AA Compartilhar

Prólogo

Há milhares de anos, os anjos estiveram em guerra. Tudo começou a partir da queda de Lúcifer. A Estrela do Alvorecer não suportava todo o amor que seu pai depositava em criaturas feitas de barro. E essa foi uma desculpa para o verdadeiro motivo de sua queda. Ele queria o poder. Poder acima de tudo e de todos, inclusive acima de seu próprio criador. Mesmo após cair, o diabo ainda tinha seus truques. Miguel, Príncipe dos Anjos e também o Primeiro Arcanjo já estava ficando cansado daquelas criaturas insignificantes. O amor pelo Pai era incondicional e saber que o mesmo havia entregado sua existência para criar seres tão insignificantes o enfurecia cada vez mais. Não passava um dia sem que amaldiçoasse aqueles macacos ingratos. A ruína do gigante foi confiar em quem não deveria.

A Estrela da Manhã, após milhares de anos remoendo o passado e tramando seu plano de vingança, conseguiu se aliar ao Arcanjo Uriel. Este, por deter a chave do inferno sob seu cuidado, foi apenas mais um mero peão no tabuleiro infernal. Após ser liberto, o Fogo de Deus foi jogado nas profundezas do inferno, onde continua sendo torturado até os dias de hoje.

Mas Lúcifer não contava com aquele velho ditado que diz: O diabo conhecido. Nem todos os anjos, mesmo os mais revoltados com a tirania de Miguel para com os humanos, não caíram na lábia do capeta para se aliar a ele contra “o inimigo em comum”.

Rafael seguia desaparecido na época. Após a guerra onde Miguel banira Lúcifer e seus apoiadores para o inferno, surgira rumores que a Cura de Deus havia se refugiado entre os homens.

Gabriel vira o caos se instalar entre seus irmãos e amigos, mas, mesmo assim, fora incapaz de escolher um lado. Para ele, as ordens de Deus eram supremas e por isso apoiaria Miguel sem pensar duas vezes, mas se Deus estava “descansando”, como poderia ter certeza de que seu irmão estava fazendo as escolhas certas?

E assim seguiam as dúvidas nos Sete Céus. Por isso quando os rumores e burburinhos começaram a circular, havia os prós e os contras. Ninguém jamais se oporia a Miguel sozinho ou sem o apoio de um bom líder. Mas onde estava esse líder?

O Príncipe dos Anjos não se intimidava. Ele conhecia seu poder e acima de tudo, contava com o apoio de seus anjos guerreiros. O que ele não sabia era que estava sendo apunhalado constantemente por ambos os lados. Baraquiel, seu braço direito e amigo mais próximo foi quem o estava manipulando sem que o mesmo percebesse. Mal sabia o Primeiro Arcanjo que o Anjo das Bençãos de Deus era mais uma marionete de Lúcifer.

Como era de se esperar, a Primeira Hierarquia sempre tinha como solucionar os problemas. A solução seria acabar de vez com ambos. Ou seja, novamente os exércitos de Miguel combateriam Lúcifer de volta para o inferno. Mas como os Tronos, Serafins e Querubins também não davam ponto sem nó, já arquitetavam a expulsão do Príncipe Guerreiro. Mas quem os lideraria? Quem seria forte e cativante o suficiente para combatê-lo quando os outros Arcanjos se recusavam? A resposta era apenas uma: Shamsiel. O guardião do Éden era o escolhido. O mesmo, junto com Sandalphon, o líder dos Serafins eram os únicos que possuíam experiência em batalha, e secretamente para os Tronos, eles eram considerados substituíveis caso não voltassem.

O dia da batalha chegou e como todas, foi sangrenta. Miguel estava crente que mais uma vez seria tido como herói. Claro que ele estava errado. O primeiro choque foi quando Baraquiel se revelou um traidor. A raiva aumentou quando o mesmo foi morto por Lúcifer apenas porque o diabo não gostava de traidores angelicais. Como sempre, lutar com os demônios não era problema para os anjos. Mesmo os duques e antigos caídos que podiam representar maior desafio para os celestiais, acabavam caindo perante à espada do Arcanjo Guerreiro.

A segunda traição do dia, que para o tempo dos anjos eram cerca de muitos séculos para nós humanos, foi a chegada de um terceiro exército, esse sob o comando direto da Primeira Hierarquia. Miguel, como os outros Arcanjos, Anjos e Principados, pertencia à Terceira, recebendo ordens da Segunda Hierarquia composta pela casta das Dominações, Potestades e Virtudes.

Esse terceiro exército surpreendeu a todos quando chegou, derrubando anjos e demônios de ambos os lados. Nem Lúcifer estava preparado para aquela nova batalha, por isso tratou de retirar-se o mais discretamente e ileso possível. Como um bom guerreiro, Miguel e seus anjos se mantiveram firmes em seus postos. Mas o resultado foi terrivelmente humilhante para o Príncipe dos Arcanjos. Além de ver vários dos seus serem mortos por seus semelhantes, ele ainda não acreditava que havia sido traído mais uma vez. Os Tronos tinham um plano para se livrar dele e isso era considerado pior que a morte. A queda.


***


A guerra havia acabado no céu e tudo estava um verdadeiro caos. Shamsiel assumira o comando de todas as legiões celestes e desempenhava o papel que antes pertencia a mim. Lúcifer havia fugido para as profundezas do inferno e eu vagava pela terra sem rumo. Vários anjos e demônios haviam sido mortos no confronto. Muitos pertenciam ao meu exército. Lúcifer tinha seus próprios planos de dominação, então sua punição acabou sendo apropriada até.

Mas como poderia eu, O Primeiro Arcanjo, me acostumar a viver entre esse bando de macacos? Bem, acho que eu nunca me acostumaria. Na verdade, andar entre eles era mais irritante do que observá-los da minha fortaleza celeste. Eram um bando de criaturas mesquinhas, sempre apressadas e completamente egoístas. O lugar onde eu estava parecia um tipo de cidade, não muito grande, mas também não tão pequena. Estou andando há um tempo e parece nunca haver uma saída desse mundo de concreto.

— Está perdido, amigo?

Me viro na direção da voz. Talvez seja algum problema e meus punhos já estão fechados e prontos para a luta.

Um velho. Humano, com certeza. O estudo por um momento e ao ver que se trata apenas de alguém disposto a ajudar, pergunto:

— Como saio dessa maldita cidade?

O velho sorri e responde:

— É só continuar seguindo em frente. Você tá quase saindo da cidade. Essa pista leva até a rodovia estadual. Se você quiser, tem uma rodoviária há duas quadras daqui.

Se eu continuar em frente, talvez possa sair do meio de todos esses prédios irritantes. Aceno com a cabeça para o velho e sigo andando.

Pessoas, pessoas e mais pessoas. Por um instante penso no quanto essas criaturas se multiplicam rápido. São tantas delas que chega a ser irritante. Estou seguindo o caminho que o velho recomendou. É estranho pensar que dei atenção a um humano. Sinto uma vibração estranha no tecido. Algo atravessou o tecido da realidade perto daqui. Não é meu dever me meter em problemas, mas convenhamos... Eu ainda sou um arcanjo e meu corpo ruge pela batalha iminente. Demônios. Quatro ao todo. Meu corpo estremece e eu gosto da sensação de calor que se espalha pelo meu avatar terreno.

Vou em direção a um beco e me deparo com os quatro à espera. Não tenho armas, apenas minhas mãos vazias. Mas elas já derrotaram muito mais do que aqueles seres mesquinhos e toscos. O lugar é sujo e nojento. Vou até eles a passos firmes. Seus corpos parecem humanos à primeira vista, mas a imagem muda aos olhos de quem pode os ver através da membrana. Seus corpos são destorcidos, pele escamosa e buracos negros no lugar dos olhos. Seus dentes são como presas de tubarão e suas mãos são garras pontudas. O mais próximo a minha esquerda fala com sua voz arrastada:

— O que temos aqui? O grande e poderoso Miguel andando no meio de toda essa gente de barro?

Os outros riem e eu apenas aguardo. Talvez consiga alguma informação valiosa desses babacas.

— Sua cabeça deve valer um grande prêmio por aí. Acho que dá para conseguir algo em troca dessa sua carcaça podre.

Ele continua e os outros riem como um bando de idiotas, bem é o que eles são mesmo. Eu arrisco:

— E para quem vocês me entregariam? Acho que o Inferno não está mais como antes, já que houve várias guerras civis entre os sobreviventes e praticamente todos estão mortos.

Eles se entreolham e eu sorrio, triunfante. O benefício da dúvida. Antes que eles se deem conta, eu ataco o mais próximo com um soco. Seu corpo voa e se choca na parede com um baque seco. Os outros saem do estupor inicial e partem para cima de mim com suas garras afiadas. Desvio do ataque de um deles e agarro sua mão, usando suas garras como arma as cravo na garganta do que está se aproximando e o sangue gosmento jorra do ferimento. Desfiro um soco potente na cara do que estou segurando e ouço seus ossos quebrarem. Esse som é música para os meus ouvidos. Chuto seu peito e o jogo de encontro aos sacos de lixo de contra a parede. Antes que tenha tempo de me esquivar, o último saca uma arma e atira contra mim. Sinto uma pequena pontada no ombro direito. Isso me deixa ainda mais animado. Vou até ele o mais rápido que posso e tomo a arma de suas mãos e a jogo longe. Odeio esse tipo de coisa. Um guerreiro não usa armas de fogo. Ele luta com sua espada e quando não a tem, apenas as mãos. Toda a honra está em olhar nos olhos de seu oponente e mostrar que você é superior. Agarro o pescoço da criatura e a ergo do chão. Ele começa a sufocar e tenta em vão me arranhar com suas garras mortais. Eu apenas dou a ele o meu sorriso mais sádico, enquanto o olho sufocar lentamente. Impaciente, aperto sua garganta até ouvir os ossos estalarem e o sangue escorrer de sua boca aberta. Jogo o corpo sem vida num canto e me viro.

Bem a tempo de ver a garota miúda parada a poucos metros de mim, com uma mão sobre a boca e de olhos arregalados.

— Que... PORRA É ESSA?! — ela enfim solta o que estava pensando.





Nota da autora:



oioi ^^ fico feliz em saber que você escolheu entre tantas histórias maravilhosas daqui dar uma chance à minha. Então peço humildemente que curta ou me diga o que acha dela. Sei que aqui não é o Wattpad, onde tem uma interação mais aberta entre escritor e leitor, mas um coraçãozinho ou um comentário positivo ajuda da mesma forma. Obrigada.



13 de Agosto de 2022 às 00:02 2 Denunciar Insira Seguir história
6
Leia o próximo capítulo Capítulo 1

Comente algo

Publique!
Denilson de Oliveira Denilson de Oliveira
Este conteúdo foi do meu agrado, com o primeiro capitulo foi possível perceber o quanto você se dedicou para criação desta historia, isso permitiu que tornasse-a perfeita, espero que crie mas conteúdos.
August 18, 2022, 12:30

  • Luciane Alves Luciane Alves
    Ah obrigada ^^ fico realmente feliz que tenha gostado e espero que a história continue do seu agrado após os próximos capítulos 🙂 August 18, 2022, 13:40
~

Você está gostando da leitura?

Ei! Ainda faltam 3 capítulos restantes nesta história.
Para continuar lendo, por favor, faça login ou cadastre-se. É grátis!