laura-botelho1995 Laura Botelho

Lily uma garota de onze anos amaldiçoada que possui visões, ela é orfã e nunca conheceu os pais. Onde quer que ela vá uma maré de azar a acompanha, como Lily lidará com essas forças ocultas?


Conto Todo o público.

#terror #378
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I

1994, país Montvil que fica entre a Inglaterra e o País de Gales, assolado por guerras e destruições, Lily Lunna cresceu em um orfanato cuja a paisagem era sombria, sua vivência no local fora terrível, sugou toda sua alma e desejos, e ainda por cima ela mal tinha amigos, era esquisita, tinha visões e comportamentos estranhos, as crianças tinham medo dela; sua aparência terrível com suas olheiras e pele pálida, Lily mal comia, era anêmica, gosta de ler livros obscuros e estranhos, vivia tendo terríveis pesadelos à noite com monstros horrendos que falavam língua estranhas, "Potemskslkkslas" eram o tipo de coisa que ela escutava durante à noite, quando escrevia para as assistentes sobre seus pesadelos macabros elas riam da cara, tinham certeza que era louca, só não a internavam num hospício porque tinham dó da menina. Ela vira diversas famílias passarem por ela, todas tinham medo da aparência da garota, sem falar que o fator de não falar uma palavra não atrair as famílias, Lily era muito quieta e sensível, seu tempo na biblioteca era precioso, era o único lugar que poderia ser ela mesma.

A garota tinha uma pele sensível ao sol, tentava se cobrir ao máximo para não entrar em contato com ele, mas também dias de sol eram raros em Montvil, o país era famoso por seu tempo chuvoso e nublado, era uma atmosfera estranha que o cobria, no qual lenda sobre mal espíritos da guerra o cercavam. Ninguém acreditava nessas histórias toscas, mas Lily tinha certeza que o orfanato era cercado de presenças ameaçadoras, ela ouvia trotes de cavalos durante à noite e ia na janela olhar, via que era nada, porém ficava bastante arrepiada pois podia sentir algo ao seu redor, não saberia explicar o que era.

Ela acreditava em amuletos e pendurava uma rolha no pescoço para protegê-la, as outras crianças riam dela, Lily nunca deixava se abater. Ninguém sabia dos seus pais, fora achada deixada numa cesta na porta do orfanato, ela nem sequer tinha sobrenome, por isso inventou o Lunna como sobrenome, muitos achavam isso engraçado na garota. Sempre era bastante julgada e ninguém gostava de dormir no mesmo quarto que ela, achavam que era um mau agouro, uma criança ruim.

Já tinha onze anos que ela se encontrava naquele estranho orfanato, um dos seus livros favoritos era "Cabra, minha querida cabra", que contava a história de uma cabra demoníaca que assolava as pessoas durante o sono, era difícil acreditar que um orfanato teria esse tipo de livro, porém eles mal tinham verbas e aceitavam qualquer tipo de livro. Lily tinha perdido as esperanças de encontrar uma família que quisesse adotá-la, todas a rejeitavam facilmente e também faziam cara feia para ela. No orfanato tinha uma espécie de escolhinha, Lily pouco se importava com os estudos e também não conseguia prestar muita atenção, gostava de escrever histórias, histórias terríveis sobre os monstros que via em seus pesadelos. Um dia o professor leu para as outras crianças a história de um dos pesadelos que era sobre uma boneca chamada "Ontoa" que ficava presa dentro de uma grade e se dividia em três partes, o professor se assustou com a história da garota e achava que ela precisava de ajuda psiquiátrica. Não chegaram a levá-la ao hospício, entretanto, a fizeram ver um psiquiatra que atendia crianças negligenciadas, uma das assistente do orfanato a levou para levá-la ao doutor que se chamava Togashi que tinha ascendência japonesa.

Era um doutor muito famoso na região e fez questão de atendê-la, se interessou bastante pelo caso dela, Togashi não era muito velho e nem muito novo, estudou medicina e estava finalizando seu mestrado em Esquizofrenia Paranóide. Lily sentia desconfortável nessas consultas, o doutor sabia que ela não falava, então pedia para que ela escrevesse o que estava sentindo, Togashi também mexia com arte terapia e gostava de observar os desenhos de Lily para poder identificar algum indício de transtorno mental; em crianças era dificílimo encontrar um diagnóstico certo, ainda assim todos do orfanato e inclusive Togashi concordavam que Lily deveria estar em constante observação.

Togashi sempre usava ternos cinza, era até um homem simpático, fazia mais era perguntas para Lily e ela respondia escrevendo num papel, apesar de toda a aparência estranha da garota, o doutor não achou algo de tão incomum em seu comportamento, sabia que ela havia passado por um trauma, porém considerando que era uma órfã, isso parecia bastante compreensível. Até mesmo os pesadelos dela que todos do orfanato achavam estranhos (já que ela gritava à noite), Togashi via algo bastante plausível diante da situação em que ela se encontrava. O que o deixava curioso era sua aparente mudez, todos do orfanato diziam que ela parou de falar aos seis anos e ninguém sabia porque, o doutor acreditava que Lily presenciou algo bastante traumático nessa idade e gerou a mudez como sintoma inconsciente.

"Lily, como você esta hoje?" era o que ele costumava perguntar .

Por mais que ele tentasse desvendar o que ocorreu com ela aos seis, Lily nunca parecia dar respostas, seus desenhos eram até bastante comuns para sua idade, não parecia haver qualquer tipo de ideia bizarra neles. Lily também dizia que sentia uma presença estranha na escola, Togashi achava que se tratava mais de algo fruto da imaginação infantil do que uma possível psicose. O doutor mal dormia a noite pensando no Caso Lily, ele tinha diversos pacientes, mas Lily era quem despertava mais sua curiosidade. Não era casado e jamais teve filhos, sempre fora muito recluso desde pequeno e por mais que não gostasse de admitir se identificava com Lily, quando era criança também fora acusado de estranho erroneamente e passou tomar antidepressivos pelo resto da vida como forma de "cura". "Ela não pode acabar como eu." ele pensava desesperado.

A tese de Togashi era que era aquele orfanato que estava fazendo Lily tão desconfortável, a presença estranha para ele parecia ser uma clara alusão que ela detestava o local e sofria em viver lá. O diretor do orfanato, esperava que Togashi "concertasse" Lily, ele era resistente mal sequer dava medicamentos para a garota tomar, o diretor ficava indignado. O nome do orfanato era "Belleville", em Montvil tinha-se bastante influência da antiga dominação francesa, por mais que o país falasse apenas inglês, haviam diversos nomes e sobrenomes franceses, também havia uma certa influência gaélica em alguns nomes. Os pesadelos de Lily deram uma melhora com as consultas de Togashi, ela gostava dele, era uma das poucas pessoas que a tratavam com humanidade e ficava feliz dele respeitar seu desejo de não falar, ela nunca aprendera a linguagem de sinais, ninguém teve paciência de ensiná-la. Togashi tentou ajudá-la a aprender um pouco da linguagem de sinais, ele aprendeu para poder lidar com crianças surdo-mudo.

"Como são esses monstros que você vê?", ele a perguntava, Lily os descrevia com detalhes, fazendo até mesmo o cético doutor se arrepiar um pouco, eram de fato muito medonhos e específicos, às vezes até ele se questionava a existência de tais criaturas.

Lily ainda sentia uma presença estranha no orfanato, era como ela se sentisse desconfortável em todo lugar daquele ambiente, tinha a sensação que as paredes ia se fechar diante de si à qualquer hora. Togashi insistiu que ao menos uma das assistentes e o professor aprendessem linguagem de sinais para lidarem com Lily, "Ela precisa de muita atenção, é uma garota sensível" ele afirmava para toda a equipe do local. ela havia aprendido rápido, não custava nada os outros se esforçarem para isso. Togashi salvou Lily de uma existência maldita que ela estava tendo no orfanato, agora Bertie (uma das assistente) se comunicava com ela e até mesmo algumas crianças perderam um pouco de medo de se aproximar dela. Lily não gostava dos brinquedos do orfanato e criava seus próprios com talheres descartáveis, desenhava faces engraçadas neles e Togashi adorava vê-la brincando com eles, percebia-se que ela uma criança "normal" apesar de todos os rótulos que ganhara no orfanato de "louca" ou "surtada".

Togashi tinha um plano secreto, tirar Lily daquele orfanato, estava quebrando a cabeça de como faria aquilo e foi arquitetando tudo pouco a pouco, Lily seria livre! Num domingo à meia noite, resolveu ficar em seu escritório ainda examinando aspectos da questão de libertar Lily, seu cérebro funcionava a mil, estava ansioso e chegou até tomar alguns ansiolíticos. Ele sentia uma sede irracional, toda hora tomava um copo d'água e em consequência ia ao banheiro, sentia um suor imenso percorrendo por todo o corpo, o que era estranho considerando que era sempre um homem limpo e cuidado. Não entendia o que estava ocorrendo, seus pensamentos estavam rápidos, sentia uma força tomar conta dos seus sapatos caros de couro e logo depois do seu corpo.

Suas mãos mexiam automaticamente, ele gritava em desespero, queria fugir do seu consultório. A força ficou mais forte e começou a engasga-lo, não conseguia respirar, tentava se libertar daquilo sem sucesso. "Pare, pelo amor de Deus!" ele gritou implorando.

"Togashi, a garota é nossa, ela é só nossa. Não é seu brinquedinho." disse a força com uma voz estranha no ouvido dele.

Ele conseguiu se libertar um pouco, mexendo seus pés lentamente, estava fazendo o possível para lutar contra a força. O esmagamento também parou de repente, o psiquiatra recuperava o seu folêgo aos poucos, "Eu venci, eu venci." ele pensou aliviado.

Togashi conseguiu se levantar da cadeira do escritório, estava bastante zonzo, demorou para se levantar, tinha certeza que estava perdendo toda sua sanidade. Ele foi andando devagarinho se apoiando na mesa, tinha uma sensação esquisita, como se diversos tentáculos estivessem puxando-o para o chão. Ele, um médico renomado que sempre acreditou na ciência, que achava que as visões de Lily eram apenas frutos de sua imaginação, agora ele já não sabia mais em quê acreditar, estava arrependido de não ter escutado a garota, "Eles virão, virão atrás do senhor" um dia ela disse através da linguagem de sinais, ele achou que era apenas mais umas das tolices dela. Agora, ele viu perfeitamente que era a verdade, Lily não era louca e nem traumatizada, na verdade ela era mais sã que todos eles já que tinha essa habilidade peculiar de ver coisas que ninguém mais via.

"Eu só queria fazê-la feliz" disse Togashi chorando, sendo puxado mais uma vez pela força até o chão, tentava resistir, era impossível, já estava muito forte. Togashi caiu de cabeça no chão e a última coisa que ele fui foi um completo apagão diante de seu cérebro. Morto, estava morto, com uma fratura terrível no crânio, as circunstâncias da sua morte, para sempre um mistério.

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Lily Lunna ficou completamente transtornada com a morte de seu psiquiatra, como resumir os meses que ela passou em luto por ele:

Noites terríveis, mal dormidas
Os barulhos de trotes aumentaram em seu dormitório
Além de ter visões, agora também ouvia vozes onde quer que ia
Sua sensação ruim com o orfanato só aumentou
Via sombras na beirada da sua cama antes de dormir

E isso era apenas metade dos problema, resolveram colocá-la num hospício, sabiam que ela havia perdido completamente a insanidade e já que seu psiquiatra havia morrido e ela se recusava a ter outro, tiveram que acabar por obrigá-la a ir. Davam medicamente bastante fortes para ela, os doutores a acusavam de ser uma esquizofrênica paranóide e que podia ser uma paciente perigosa e agressiva.

No hospício ao menos falavam com ela através da linguagem de sinais, mas até mesmo assim Lily recusa a "falar". Estava traumatizada, tudo que teve de bom algum dia havia sido tirado dela, apenas continuava escrevendo suas histórias de monstros esquisitos e lendo seus livros bizarros. O hospício eram um local de última linha, haviam médicos considerados excelentes, era um local com bastante espaço, haviam diversos leitos e pacientes, a maioria das salas eram de vidro e tinha um local para os parentes encontrarem as crianças, Lily certamente não receberia a visita de ninguém.

Suas vida no hospício era bastante entediante, lá era um hospício mais voltado para crianças e não gostavam de utilizar o termo hospício, mas sim "hospital psiquiátrico". Para Lily a denominação não mudava absolutamente nada para ela, tinha medo daquele lugar, mais até que o orfanato. Não sentia uma presença estranha, porém achava todos médicos do local meio assustadores, não sabia explicar porquê. Gostava de explorar o locar que era até consideravelmente grande, havia uma lavanderia com secadoras para que todos lavassem a roupa, às vezes Lily esquecia algumas roupas por lá pelo efeito dos remédio, não gostava de tomar banho no banheiro de lá, tinha um tamanho considerável, porém, trazia uma sensação desconfortável à ela.

Sua vida carregada de tragédias não deixa abalar seu espírito livre, ainda era uma garota que prezava por sua criatividade e sentia na leitura uma forma de se libertar diante de toda aquela opressão. Tinha uma enfermeira chamada Claudia que veio da Alemanha, era mais idosa e tinha cabelos longos, era uma das poucas que tratavam Lily como um ser humano. Claudia era muito paciente com a garota e lia histórias para ela dormir, histórias menos assustadoras, falava com ela com os sinais e Lily chegava até "conversar" com ela propriamente. Seu leito tinha um bom tamanho e ela tinha o quarto só para si, não havia televisão e durante à noite vinham algumas pessoas com lanterna verificar se ela permanecia no quarto ou se estava bem. A maioria das janelas do orfanato eram fechadas, já que eram mais altas e podiam apresentar risco de vida para alguns pacientes, havia álcool gel por todo o hospital para que higienizassem as mãos, algumas crianças burlavam os códigos de não fumar ou usar drogas (algumas eram mais velhas), o que era um transtorno para os médicos, só podiam sair para uma volta caso os médicos autorizassem, no caso de Lily isso provavelmente nunca ocorreria.

Claudia (sua enfermeira) era espírita e no fundo acreditava que o que Lily dizia era verdade, porém seu trabalho era como enfermeira e sabia que tomar partidos não ajudaria no hospital. Havia uma pequena área em que os pacientes podiam sair e sentar em cadeiras, Lily não gostava de sair já que era sensível à qualquer claridade. Claudia comprou óculos escuros e chapéus para a garota se sentir mais à vontade, Lily ficou tocada pela ação dela. As outras crianças do hospital eram também bastante estranhas, algumas eram muito agressivas, outras gritavam à noite, outras eram muito caladas, Lily evitava ao máximo se socializar com elas, não gostava delas.

Davam remédios para a garota dormir, mesmo assim ela tinha pesadelos horrível vendo a força matar seu psiquiatra e ainda a ouvia dizendo "Eu ainda voltarei, Lily. Voltarei", o que deixava a garota completamente agonizada, tocava na sua rolha pendurada no pescoço porque tinha fé que a protegeria.

Tinha televisão no hospital, Lily assistia alguns cartoons como X-men e Os SImpsons, haviam brigas todos os dias entre as crianças, algumas eram bastante perigosas e tinham até que ficar num quarto isolado. Os médicos viam Lily uma vez por semana, mesmo dando diversos medicamentos para ela, a garota continuava alegando que ainda tinha visões, achavam difícil ela receber alta se continuasse assim.

Tinha ódio de tomar os medicamentos, deixavam-a zonza na maior do tempo e sem senso de direcionamento, também davam muito sono, ela tomava café para tentar cortar esses efeitos colaterais. Não adiantava nada fingir que não os tomava, eles acabavam descobrindo, mesmo quando Claudia fazia o máximo para acobertar-la. O emprego de Claudia estava por um triz, estava se arriscando demais pela menina.

Claudia vivia dizendo que Lily devia deixar de ser preconceituosa com as outras criança, não era porque ela aparentemente não tinha nada que ela deveria ser hostil com elas, Lily achava isso ruim, sua vivência no orfanato a traumatizou sobre a convivência com outras crianças. Ainda assim, tentou ouvir a enfermeira, sabia que as crianças do hospital eram bem diferentes das do orfanato, a maioria não ia encher seu saco e sabia respeitá-la.

Tentava evitar as mais agressivas como Benjamin Hobbes, um garoto que chegou a atear fogo na própria casa por nenhum motivo aparente, felizmente ninguém se feriu durante esse incidente. Boris Goodman era outro mané que gostava de caçar briga, a última opção para Lily parecia ser um tal de Jack Bennet que parecia ser mais quieto no seu canto e vinha poucas vezes ao hospital. Lily se aproximou dele aos poucos, primeiramente com a linguagem de sinais, ele sinalizou à ela que não entendia, então ela escreveu: "O que está fazendo aqui?", ele a respondeu escrevendo meio discretamente como se estivesse com medo de algo: "Minha mãe me colocou porque eu tenho quatro irmãs, não tem tempo de cuidar de todos nós e eu passei a apresentar problemas na escola, ela ficou preocupada e me colocou aqui. Os médicos dizem que sou hiperativo e provavelmente tenho algum déficit de aprendizado, não devo ficar aqui por muito tempo."

Lily apenas acenou com a cabeça, compreendeu que o caso dele não parecia ser tão sério quanto o dela, parecia ser um bom garoto que apenas tinha dificuldade na escola e precisava tomar remédios para focar sua atenção. "Você sempre foi muda?" Jack tentou perguntar com a maior delicadeza possível, "Desde os seis", ela escreveu rapidamente para ele, "O que aconteceu aos seis?" ele não resistiu em perguntar, ela apenas levantou os ombros e fez que não com a cabeça indicando que não sabia. "Tudo bem, não ligo, posso aprender a linguagem de sinais." ele disse com um imenso sorriso para ela, a garota também sorriu para ele e gostou dele de primeira, sabia que seriam grandes amigos.
Porém, a boa interação entres foi curta, ouviram gritos na entrada no hospital, pareciam ser de uma garota, todos pararam tudo que estavam fazendo para ver quem era e o que estava acontecendo. Haviam diversas crianças e enfermeiras no corredor observando, Lily e Jack juntos com elas.

Na entrada do hospital ouviam-se os gritos se aproximarem que geravam calafrios em todos, à medida que os médicos e as enfermeiras se aproximando, viram a garota gritando, tinha cabelos castanhos e olhos azuis assutadores com olheiras, ela gritava coisas terríveis e que ninguém ṕarecia entender, parecia possuída pelo demônio e estava com uma camisa de força.

Os médicos e enfermeiras traziam ela à força, continuava dando seus gritos terríveis, todos morrendo de medo. Lily sentia um desconforto imenso ao ouvir aquela garota, como se fosse capaz de entender o que ela estava dizendo, "A força esteve com ela." Lily afirmou para si mesma, pressentindo algo ruim.

"Meu Deus!" exclamou Jack surpreso "Eu conheço essa garota! É da minha cidade!".

Lily lançou um olhar de curiosidade para ele esperando que ele o percebesse, Jack logo "captou" o que Lily queria e respondeu: "É Peggy LaVey, a família dela tem uma fama estranha na minha cidade de bruxos ou ocultistas, claro que sempre achei bobagem, eram apenas boatos..." Lily lançou um olhar desconfiado para Jack, ele continuou sua fala.. "Mas, fiquei sabendo recentemente que ela supostamente matou a mãe, por isso veio parar aqui." Lily achou toda aquela história um tanto suspeita, o nome da família de Peggy não lhe era estranho, sentia que devia estar envolvido em algo, algo que só ela via aparentemente, algo terrível. A medida que Peggy ia chegando mais perto de Lily, a garota se sentia cada vez mais desconfortável, queria poder fugir dali, era uma sensação ruim demais.

Quando Peggy finalmente chegou perto dela, a LaVey lançou um olhar sombrio para Lily como se a reconhecesse, Lily sentiu as pernas ficarem bambas e tinha sensação que iria cair. "Lily?" Jack chamou a atenção dela preocupado.

Tarde demais,

Lily desmaiou e bateu fortemente sua cabeça no chão e tudo se apagou.

"Potemskslkkslas"

Ela ouviu antes de apagar.

11 de Agosto de 2022 às 22:49 0 Denunciar Insira Seguir história
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