Todos nós temos dias fáceis e difíceis. A única coisa que não devemos, é perder a fé.
Sabe aquele dia que a gente desejaria nunca ter existido? Então, este foi um daqueles.
Eu me chamo Alexia, tenho 45 anos, 1,50m de altura, meu peso fica entre 49kg e 53kg, cabelos longos castanhos, olhos castanhos e como todos dizem, um sorriso que encanta a todos. Cada sorriso diferente um do outro. Dias radiante e outros nem tanto. Mas sempre sorrindo.
Pena que este sorriso se desfez, estou passando por momentos de difícil superação. Se não fosse o Ser Maior Do Mundo, Meu Deus, eu não conseguiria passar por tudo isso. Vou contar o que aconteceu.
Meu pai sempre foi meu maior tesouro. Quando ficou doente, com a idade já ficando avançada e a sua surdez, passei a acompanhá-lo aos médicos.
Antes, ele não aceitava que ninguém fosse com ele. Mas entre idas e vindas aos médicos, fazendo acompanhamento diários e todo cuidado que podíamos, ele passou mal e foi levado para o hospital.
Internações, voltas para casa, novas Internações e diversos exames estavam sendo feitos para saber o que ele tinha. Mas dependia de um exame especial, o qual não conseguíamos fazer com facilidade, nem particular era possível.
Depois de dois anos aguardando este exame, vendo meu pai se enfraquecendo dia após dia, o coração foi ficando apertado por não poder fazer nada para ajudá-lo.
Foi no mês de outubro que tivemos um parecer dos médico, o qual ele foi diagnosticado com um possível câncer no fígado. Nada com exatidão, mas um pré diagnóstico.
Foi como se meu chão tivesse se aberto quando tive a notícia. Aí que começaram as tormentas em nossas vidas.
Lembro que fiquei desnorteada, chorei muito, mas o pior ainda não tinha chegado. Precisava dar a notícia a minha mãe e ao restante da família. Começou ai nosso sofrimento, concretizar este diagnóstico ou descartá-lo.
Mandamos o pré diagnóstico para secretária de saúde para que marcasse um especialista. A demora estava enorme, mas, confesso que a esperança também.
Mês de novembro já estava batendo na porta.
Neste momento estava sentindo-me fraca, então, decidi fazer um pedido a Aquele que tudo sabe, tudo conhece.
Fui a um encontro na igreja, uma época festiva, semana chamada cerco de Jericó.
Durante as celebrações aconteceu um momento em que parecia que Deus estava falando diretamente comigo.
O celebrante, que na ocasião era um padre o qual não me recordo o nome. Durante sua pregação usou algumas palavras que foram diretas e tocaram meu coração.
Ele disse que havia uma pessoa a qual estava passando por dificuldades e tinha um desejo muito grande e um pedido especial a fazer por seu pai, ele pediu para que esta pessoa dissesse em voz alta o nome do pai.
Não pensei duas vezes, tomei posse como se fosse para mim e falei o nome do meu pai. Senti como se ele estivesse falando comigo mesmo, no fundo do meu coração.
No dia seguinte fui a adoração com uma sobrinha, ela levou a neném dela. Vocês já ouviram contos de fada? Em especial o do sapatinho de cristal?
Então, a diferença é que, quem perdeu o sapatinho foi a neném.
Antes de iniciar a adoração, notei que ela havia perdido um pé de seu sapatinho. Então avisei a minha sobrinha e ela disse que não era para me preocupar, pois sempre aparecia.
Assim, tirou o outro pé e eu guardei na bolsa e seguimos em nosso momento de oração.
Durante a adoração ao Santíssimo fiz novamente meu pedido. Pedi para que tivesse um sinal qualquer, que teríamos uma boa notícia sobre o problema de saúde do meu pai.
Passando alguns minutos, foi anunciado que tinham encontrado o sapatinho da neném. Ao final, então peguei o outro pé que estava na minha bolsa e fui buscar o que estava faltando.
Chegando lá, olhei para um lado e para outro, então pude ver uma pessoa a qual eu já conhecia, um homem que sempre estava na igreja.
A maneira como ele fazia suas orações, a maneira como demonstrava seu amor a Deus, sua fé parecia que era maior que a de qualquer um que estivesse naquele lugar, isso chamava muito minha atenção.
O sapatinho, foi um ótimo motivo para me aproximar dele. Então o chamei e perguntei-lhe se podia fazer um favor e buscar o sapatinho para mim.
Lembro-me que veio sorrindo em minha direção e disse prontamente que já voltava.
Assim o fez, buscou o sapatinho, porém antes de me entregar, sorrindo me perguntou, onde estava meu terço?
Eu então respondi, que não havia trazido, que ficava em casa.
Ele levou a mão no bolso, me entregou um e disse que não era para sair mais sem.
Eu agradeci, peguei o sapatinho e saí. Mas a imagem daquele sorriso me acompanhou, não saiu da minha cabeça.
Ele então voltou ao que estava fazendo antes de interrompê-lo.
O terço é lindo. Todo de madeira, tem a imagem de Jesus Misericordioso.
Meu coração se alegrou naquele momento, senti como se fosse Deus me dizendo que não era para perder a fé. Que tudo ia dar certo.
Obrigado pela leitura!
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