Eu assisto as borboletas na vidraça,
Seu bater de asas repleto de graça.
Elas voam livremente, seguindo sem medo pelo meu jardim
E assim, sonho em algum dia ter essa mesma oportunidade,
Quando enfim,
Colocarão sobre minha cabeça uma coroa de alecrim
E minhas asas vão esvoaçar,
Tomarão conta deste lugar
Pelo qual não tenho nenhum apreço
E em que suplico, imploro, peço
Que alguém venha e se proponha a me salvar.
Voarei rumo ao horizonte
E de lá, não retornarei.
O caminho de volta para casa é incerto,
Penso em um dia voltar, mas até mesmo aquele laço que tanto prezo,
Já não me parece concreto.
Abro os olhos quando escuto um barulho.
Sigo presa ao chão e a esta prisão a que chamo de consciência,
Sendo ela minha única companhia neste esquema de existência falho,
Que me causa tanta impaciência.
Logo, continuo a devanear,
As borboletas observar
E assim, sonho com o dia em que tomarei o seu lugar.
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