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Seul está em apuros. Desastres estão acontecendo de forma inesperada, assustando os cidadãos da capital da Coreia do Sul, e especialistas alegam que não é por questões da natureza. Mas… o que está realmente causando isso? O que nenhum deles sabem é que tudo está sendo provocado por Park Jimin, um extraterrestre vindo de um planeta desconhecido chamado Higher. Vendo o caos começando a se alastrar pela cidade, Park Min Yoongi, também oriundo de Higher, usa seus poderes para interromper os desastres. E para impedir que isso continue acontecendo, ele se (re)aproxima de Jimin, seu marido, que não se recorda dele. Ao mesmo tempo, Yoongi tenta descobrir os planos de Kim Taehyung, outro extraterrestre que está disposto a usar sua sabedoria para o mal contra o planeta Terra, a fim de exterminar os humanos e dominá-la com intuito de criar um novo mundo. Contudo, Yoongi está disposto a enfrentar Taehyung pelo bem de sua família: Lilith e Jimin; e de seu novo lar, o qual aprendeu a amar.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

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7 Meses Antes

Escrito por: @AneLolita | @Jeissiane79


Notas iniciais: Capa e banner maravilhosos feitos por @snuffyoon | @cocogoat

Betagem maravilhosa feita por @mimi2320ls | @bebeh1320alsey e @YinLua

Muito obrigada por tudo. 💜💜💜

Fiquem com o primeiro capítulo dessa história. Boa leitura!


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A penumbra no quarto testemunhava Jimin e Yoongi sobre a cama de casal, nos braços um do outro, trocando carícias sôfregas e delirantes, fazendo-os sentir um calor ardente que fazia o suor escorrer por ambas as peles.

Os dois não estavam nus. Ainda era o início do que planejavam fazer pelo resto da noite.

— Minha lua… — Jimin sussurrou contra o ouvido de Yoongi, antes de encostar seus lábios carnudos atrás da orelha dele. — Você é tão lindo que me enlouquece.

Um arrepio intenso se alastrou pela derme clara do outro Park, e a visão dele turvou-se, como se tudo ao redor estivesse sumindo de repente. Jimin tinha um enorme poder sobre si, fazia-o delirar com tão pouco.

— Tem ideia do quanto eu senti falta de tê-lo assim, em meus braços, tão desejoso e manhoso por mim? — Jimin continuou sua fala com a voz rouca de desejo, friccionando seu tórax desnudo no dele. Yoongi vestia apenas um short cinza folgado, e Jimin, uma calça de moletom preta.

— Por favor, meu amor… Continue me tocando, eu quero tudo de você hoje, tudo.

Yoongi gemeu manhoso ao sentir a boca do marido trilhar a curva de seu pescoço. Um chupão foi dado no local, e os cabelos dourados de Jimin logo foram golpeados por uma das mãos longas do seu homem, enquanto a outra desceu por suas costas largas. Yoongi fincou suas unhas curtas nelas com força.

E Jimin só pode ranger de prazer no ouvido do marido.

— Assim eu vou ficar todo arranhado — Jimin sussurrou e encarou o outro.

— Essa é a intenção.

Yoongi sorriu ardiloso. Adorava marcar a pele do homem que era seu, escutar os sons de deleite escapar da boca dele e ver com seus próprios olhos os vestígios da paixão.

Isso o deixava eufórico e aumentava sua libidinagem.

Os lábios de Jimin desceram pelo peito de Yoongi, tocando-o com um desejo voraz, provocando arrepios intensos na derme do outro. Ouviu a respiração pesada e os suspiros baixos do marido, principalmente quando sugava e beijava os mamilos com fome. Suas mãos apertavam as coxas nuas do amado, passeando para cima e para baixo, sentindo o corpo pincelado por seus toques ferver.

Quanto mais fazia Yoongi se excitar, mais seu sangue corria por suas veias completamente em chamas.

— Aah! Marido. — Yoongi soltou outra lamúria de deleite, arqueando as costas.

Jimin grunhiu, mordendo em seguida a barriga dele. Estava tão necessitado, precisava tanto dele.

Desde que Yoongi descobriu que estava grávido de Lilith, os momentos quentes como esses foram diminuindo com o passar dos meses. E não era por falta de desejo, paixão… Mas os homens de Higher que podiam engravidar tinham mais riscos de perder a criança.

Às vezes, o medo entre eles era maior do que o desejo ardente que sentiam um pelo outro, então preferiam namorar impondo certos limites. Eles chegavam ao ápice do prazer carnal, mas de outra forma, que não necessitasse se conectarem tão profundamente.

Jimin parou as carícias de repente, e Yoongi resmungou, movendo sua face corada e suada para baixo. Viu seu peito subir e descer rapidamente e Jimin admirar sua barriga; os dedos dele saíram de suas coxas e se moveram para tocar seu estômago.

Algumas estrias estavam ali, como se fossem finos raios. Jimin dedilhou-as como uma joia preciosa delicada, porque eram marcas que faziam os dois lembrarem que ali uma criança ficara por 9 meses, uma criança que fazia parte dos dois e que os uniria para sempre.

— Você gosta delas, não é? — a voz de Yoongi soou pelo ambiente, misturando-se ao som das suas respirações tão pesadas.

— Sim… Eu as acho lindas. É um incômodo para você, minha lua? — Jimin retrucou. Lançou seus orbes azuis para Yoongi, encarando os castanhos dele. Um sorriso suave decorou os lábios do outro Park, que balançou o rosto negando.

— Nunca será um incômodo, meu amor. Já fazem parte de mim. O nosso amor da vida inteira fez morada em minha barriga, e claro que iria deixar de alguma forma seus rastros. — Riu, sendo acompanhado pelo esposo.

Jimin subiu seu corpo outra vez, e seu rosto ficou na altura do de Yoongi. Suas respirações quentes batiam uma contra a outra, e, enquanto resfolegavam, encarando-se com tanto amor, Jimin passou seu nariz no do outro, esfregando-o num carinho meigo.

Yoongi fechou os olhos e suspirou. Sentiu uma mão parar em sua nuca.

— Vem cá, minha lua — Jimin murmurou e beijou os lábios finos e apetitosos do Yoongi.

Enquanto se beijavam tão apaixonadamente, provocando seus corações que bombardeavam descontrolados, não imaginaram que Lilith, a pequena bebê de 3 meses, estava sendo retirada de seu quarto e de seu lar, silenciosamente. Se os pais não tivessem tanta conexão com a filha, eles continuariam se amando e a bebê estaria correndo perigo. E, felizmente, as coisas não eram assim.

O coração de Jimin deu um salto estranho e, sem demora, ele parou o beijo.

— Lilith! — Jimin pronunciou o nome da filha, abrindo os olhos assustados e se distanciando do marido.

Yoongi os abriu também, e acompanhou o marido no ato, como se tivesse percebido o mesmo que Jimin percebera.

— A presença de Lilith… E-ela está fraca. Eu quase não a sinto — a voz de Yoongi falhou. O brilho de desejo sumiu por completo, se transformando em um brilho de desespero. O calor ardente no seu íntimo e no de Jimin esfriou, como se um balde de gelo tivesse caído sobre a cabeça deles.

— Vamos pro quarto dela agora, Yoongi!

Com pressa, o casal saiu da cama e foram até o quarto da filha que ficava no mesmo corredor.

A porta branca estava fechada. Jimin tocou a maçaneta com uma certa rigidez em seu corpo, ouvindo o coração bater forte contra o peito dolorosamente. Ele abriu a porta e a primeira coisa que viu foi Yeji, a melhor amiga de Yoongi, desacordada no chão próximo a cama de solteiro dela.

Jimin arregalou os olhos e correu até o berço.

— O que aconteceu aqui? — indagou-se, vendo o berço vazio. Sua respiração acelerou enquanto sentia seu peito queimar em angústia.

— Levaram nossa filha, Jimin! Levaram nossa filha! — O grito dolorido de Yoongi reverberou pelo quarto, fazendo as pernas do outro homem estremecerem.

Yoongi mexeu nos tecidos e objetos do berço desesperado, arrancando cada um, procurando uma criança que não estava ali.

— Cadê Lilith, Jimin? Cadê? — ele perguntou chorando, se deixando escorregar até o chão. Parecia que estava morrendo naquele momento tamanha dor que o dominava.

Jimin observava o marido, sem saber o que fazer. Sentia uma culpa tremenda em seu âmago. Lilith sumiu dentro da própria casa deles sem nem perceberem. Que tipo de pais eram? Que tipo de pai ele era?

Jimin abaixou ficando na altura de Yoongi. Ele tocou em um boneco colorido que estava no chão e apertou entre suas mãos. Ela gostava tanto desse brinquedo… Direcionou seu olhar para o marido outra vez, que tremia segurando o cobertor de Lilith.

Estava angustiado por dentro, mas precisava manter a cabeça no lugar e ser forte para manter Yoongi erguido.

— Yoongi, nós vamos encontrá-la.

— Como, me diz? — questionou encarando Jimin, este desviou o olhar de Yoongi e olhou para o chão, como se procurasse pelo menos uma pista, mas estava envergonhado para sustentar o olhar. — Ela sumiu debaixo do nosso nariz, Jimin… Ela sumiu!

Jimin fitou a mulher. Com certo esforço, se levantou e a pegou nos braços, pondo-a na cama.

— Yeji só está desacordada, mas quando ela acordar, talvez ela possa nos dizer o que aconteceu.

— Até ela acordar pode ser tarde — Yoongi respondeu, olhando a amiga com tristeza.

Yoongi fungou e pôs a mão no peito, cravando suas unhas nele como se quisesse arrancar seu coração para não sentir mais tanta aflição.

Encarou o pequeno e fino travesseiro azul da filha no chão, e então o pegou entre os dedos, levando-a até o nariz e fechou os olhos. O aroma dos cabelos da bebê adentrou suas narinas, o que fez seu desespero crescer mais e seu rosto banhar-se de mais lágrimas.

— Se não tivéssemos tão distraídos, talvez… poderíamos ter evitado que nossa filha fosse sequestrada — Yoongi sussurrou melancólico.

Sentiu os braços de Jimin o envolverem por trás. Abriu os olhos outra vez, não enxergando direito o que tinha a sua frente.

— S-se tivéssemos sidos mais atentos, talvez… talvez… — Yoongi parou de falar e enxergou um pequeno borrão branco debaixo do berço da filha. Ele passou os dedos nos olhos, e logo seus olhos dobraram de tamanho. — Jimin, olhe!

Yoongi apontou para o papel dobrado que estava debaixo do berço e se esticou para pegá-lo. O abriu rapidamente com as mãos tremendo.

— O que diz nesse papel, Yoongi! — A ansiedade já estava a mil nesse momento e Jimin só queria saber se o bilhete poderia dar uma pista de onde estava sua filha.

Yoongi tinha visão turva então entregou para o esposo.

— Eu não consigo ler.

Jimin não perdeu tempo, sentou no chão e leu silencioso.

"Se meu querido irmão estiver lendo esse bilhete, saiba que adorei conhecer minha querida sobrinha. Ela é tão linda, puxou a você. Não pude resistir em pegá-la para mim, mas você também deve saber que detesto crianças. Então, não demore a vir pegá-la. Só que existe um porém: só devolverei se estiver de acordo com o que irei propor. Como sei que não sabe onde moro, vou deixar meu endereço logo abaixo. Até breve, Jimin."

— Taehyung — Jimin murmurou enquanto suas mãos tremiam.

— O que você disse?

— Taehyung! Ele está vivo, está aqui na Terra. Ele que pegou Lilith! — Jimin rosnou, e deu um soco no chão com violência.

— Mas…Como?

— Eu não sei, mas se ele machucá-la, eu faço a vida dele um inferno.

Ficou com tanta raiva de seu irmão, que era impossível contê-la. Seria capaz de matar Taehyung sem arrependimentos, de usar seus poderes para isso, e resgatar seu amor maior.

Desde que Taehyung explodira o planeta deles, e Yoongi e Jimin conseguiram fugir antes da explosão de Higher — cada um em uma nave —, nunca mais souberam do que aconteceu com os que viviam lá. Nem com a família de que ainda se lembravam tão bem e sentiam falta, e, muito menos, com o causador da destruição do planeta, Kim Taehyung, o irmão mais velho de Jimin — o qual deveria ser rei de Higher, se os pais deles não tivessem escolhido outro dos três irmãos e excluído, mais uma vez, o primogênito.

— Temos que ir atrás dela, Jimin. — Yoongi tocou o braço do marido, chamando a atenção dele. — Ele é capaz de fazer qualquer coisa para provocar o caos, sabemos bem disso. Não podemos esperar mais.

Jimin balançou a cabeça concordando.

— Você está certo.Pegue duas camisas, eu vou pegar a chave do carro.

Rapidamente, os dois ficaram em pé e saíram do quarto infantil.

Embora Jimin e Yoongi tivessem visto com os próprios olhos a obscuridade que Taehyung provocou com os cidadãos de Higher e demonstrou sua maldade, nenhuma se comparava a maldade que ele havia acabado de fazer e a dor que eles experienciaram naquela situação.

Nenhum deles entendia a real razão de Taehyung ter pegado a filha deles, e nem como ele entrou na casa deles de forma tão silenciosa. Era provável que ele estivesse sem poderes ou sem a maior parte deles, mas de qualquer forma, ele continuaria usando sua inteligência para causar o mal.

Minutos depois, ambos já estavam na estrada.

Jimin dirigia em alta velocidade pelas ruas de Busan, sem se preocupar se poderia causar um acidente no caminho, sua mente só tinha Lilith e nada mais.

Yoongi tentou manter uma calma inexistente, ignorando o ar gélido na barriga e o aperto em seu peito. Ponderou o que iria acontecer quando ele e Jimin se encontrassem com Taehyung. Tentava formar planos em sua cabeça, mas só poderia executá-los se tivesse seu bebê em seus braços outra vez e Jimin ao seu lado.

Eles não demoraram a chegar a uma rua isolada e pararam no prédio mais alto entre os outros. Segundo o bilhete, Taehyung morava no último andar.

Yoongi visualizou o prédio pela janela e um arrepio forte percorreu sua espinha.

— Eu estou com medo — disse baixo e com a voz embargada.

Jimin desligou o carro e olhou para seu marido.

— Jimin, eu estou com medo! — gritou dessa vez.

Jimin sentiu como se tivesse uma pedra na garganta, impedindo que falasse palavras de conforto para Yoongi. Ver ele chorando tanto na sua frente de novo só fazia a dor em seu coração aumentar.

Mesmo que Jimin não tivesse derramado nenhuma lágrima, só ele sabia o quanto seus olhos ardiam e sua alma estava sendo corroída.

Lilith era seu tudo, seu amor maior. Se algo acontecesse com ela, sua alma morreria.

— Eu também estou com medo, Yoongi. Medo do que meu irmão pode estar fazendo com ela, medo do que ele pode querer — confessou e o choro do esposo se tornou mais forte.

Tudo o que Jimin fez foi abraçá-lo naquele instante.

Yoongi buscou pelo menos um pouco de conforto nos braços dele, como só ele sabia dar, no entanto, dessa vez, não adiantou de nada.

— Por que ele pegou ela? P-por quê? E-eu não entendo — Yoongi soluçava enquanto sussurrava.

Jimin cerrou os olhos com força. Não queria chorar. Não era a hora de mostrar suas fraquezas, precisava se manter firme pelos amores de sua vida.

— Eu também não sei, mas aconteça o que acontecer, Lilith vem em primeiro lugar.

Yoongi encarou os olhos angustiados de Jimin, vendo o quanto ele sofria também.

— Ela vem sempre em primeiro lugar — Yoongi murmurou dolorosamente. Segurou o rosto dele e deu um selinho rápido nos lábios dele.

O coração de Jimin tinha sido rasgado ao meio. Por alguma razão desconhecida, ele sentia que esse seria o último contato deles.

— É melhor a gente ir agora. Vamos resgatar nossa filha e você vai voltar com ela para casa em segurança.

Yoongi arregalou os olhos e seus ombros estremeceram. A possibilidade de Jimin não retornar com eles foi como se tivesse recebido um choque brusco.

— Você vai voltar com a gente, Jimin!

— Não tem como nós dois saber, Yoongi! — rebateu, fazendo o marido paralisar, e passou os dedos trêmulos por baixo dos olhos dele.

Yoongi balançou o rosto, rápido e desesperado. Queria sair desse pesadelo, queria acordar e ver que tudo foi uma ilusão criada pela sua cabeça.

Por que sua nova família estava sendo vítima da maldade? Por que tudo isso estava acontecendo? Porque sentia que perderia um deles? Por quê?

Jimin segurou o rosto dele, fazendo-o parar.

— Se acalme, Lua, por favor… Se acalme… — Jimin pediu suavemente. Yoongi o escutou, pondo as mãos sobre as dele que estavam frias, e respirou fundo uma, duas vezes. — Isso… Vai ficar tudo bem. Respira.

Yoongi suspirou.

— Vai sim — ele murmurou com a boca trêmula.

— Você é forte, o homem mais forte que eu conheço… E se eu não estiver junto com vocês… nunca esqueça… que eu vou amar Lilith e te amar todos os dias da minha vida.

Yoongi assentiu, permitindo dar um sorriso curto no meio do sofrimento.

— Nem eu e nem ela vai esquecer do seu amor, Jimin, eu prometo.

Yoongi fez sua promessa e Jimin sabia que ele cumpriria. Os dois se apressaram para sair do veículo e entraram no prédio.

Passaram pelo hall de entrada e entraram no elevador, sem tempo para cumprimentar o recepcionista, que apenas encarou confuso os dois homens. Nem saiu do lugar para pará-los, afinal havia percebido pela maneira que eles estavam que não adiantaria.

O número do apartamento já estava grudado na cabeça deles, e, quando o elevador parou, procuraram pela porta certa.

Havia três apartamentos nesse andar apenas. Um deles era onde Taehyung estava hospedado.

— É esse aqui, Jimin. — Yoongi mostrou para ele, respirando rápido, pronto para bater na porta.

Só que, antes, a porta foi aberta por Taehyung, que apareceu diante deles completamente sereno e com um sorriso sínico nos lábios, sem se importar com os dois pais perplexos ao vê-lo.

— Chegaram rápido — Taehyung pronunciou, pondo as mãos dentro dos bolsos da calça jeans. Ele fitava o irmão sem remorso algum, notando a vermelhidão nos olhos dele. — Achei até que iriam demorar mais. Estavam tão ocupados no quarto, que nem notaram eu entrar na casa de vocês e pegar Lilith para mim, não foi? — Riu, arqueando sua sobrancelha esquerda.

Yoongi entreabriu a boca, e Jimin fechou as mãos em punhos, pronto para socar o belo rosto do irmão.

— Seu desgracado!

Antes que fizesse seu ato irado e impulsivo, Yoongi segurou a mão dele.

— Jimin, não. Precisamos saber o que ele quer para termos Lilith de volta.

Ao ouvir a voz fraca e sofrida do marido, Jimin apertou as pálpebras por um breve instante, expirou profundamente, e retornou a abri-las.

— Para com esse jogo, Taehyung. Cadê a Lilith? Quero minha filha o mais rápido possível! — cuspiu as palavras, raivoso.

— Quer tanto sua filha? — perguntou, sarcástico, adorando ver o sofrimento dos dois, principalmente de Jimin, o irmão que "roubou" todo o amor de seus pais.

— Por favor, eu suplico para você. Devolva nossa menina, e estaremos dispostos a fazer o que você quer — Yoongi implorou, apertando a mão de Jimin, tremendo.

O Kim olhou para Yoongi dos pés à cabeça. Já havia percebido durante suas observações a nova família do irmão de longe que o homem à sua frente era um deles, e possuía certeza que ele era da baixa hierarquia. Não sentia nenhuma energia de poder nele. Talvez, nunca o viu em Higher e, se o viu, não era importante — Yoongi era insignificante.

— Ah! Você é o marido de Jimin. Qual será o motivo de meu irmão ter se casado com você?

— Merda! Isso não importa agora — Jimin proferiu.

— Poxa, só fiquei curioso! mas você está certo — alegou Taehyung, sem tirar o sorriso do rosto. Ele deu espaço para os dois homens entrarem. Eles percorreram o olhar pela sala, procurando Lilith, e Taehyung notou. — Ela não está nesse cômodo. Terão que me seguir.

Taehyung andou, atravessando a sala, e entrou em um corredor.

Jimin pensou em várias formas de atacá-lo por trás. Yoongi segurava sua mão, ajudando-o a manter o controle. Seria como assinar a morte de alguém ali, e talvez, nem seria a do sequestrador de Lilith.

Taehyung parou diante de uma porta dupla metálica, sentindo o coração ansioso para ter o que desejava, e a abriu. Era um laboratório estupidamente branco, que podia cegar olhos sensíveis. Uma máquina — desconhecida, para o casal Park — estava ali, junto a uma mesa com materiais tecnológicos para experimentos e uma maca, local onde Lilith estava deitada.

— Ela está aqui. Minha querida sobrinha, em meu local de experimentos. — Taehyung foi até ela e a pegou nos braços, segurando-a com o braço esquerdo.

Yoongi sentiu seu corpo paralisar no momento em que viu sua filha pequenina; ela estava tão branca que o assustou. Jimin andou até o irmão, e este gesticulou com a destra para fazê-lo parar.

Jimin trincou o maxilar e cerrou os dentes, parando no caminho. Ele observou a filha e seu coração deu uma palpitação brusca. Precisava pegar Lilith e salvá-la. Ela corria perigo.

— Por que ela está tão pálida?

— Não podia deixá-la fazer barulho quando a pegasse. — Taehyung beijou a testa fria da menina. — Então, injetei um veneno que eu mesmo criei na veia dela.

— VOCÊ O QUÊ?! — Yoongi berrou, começando a perder o controle. Avançou alguns passos para alcançá-lo e Jimin o segurou pela cintura para impedi-lo.

Taehyung inclinou levemente a cabeça para o lado.

— Acho que vocês dois não são surdos para fazer eu repetir. Não é?

— Taehyung, devolva a minha filha — Jimin alegou pausadamente num timbre baixo. — Eu estou pedindo.

— Eu vou devolver, irmão. Tenha calma. Só que… você terá que fazer um favor para mim.

Finalmente, Taehyung estava chegando à parte que queria. Ele sabia que os dois não iriam deixar a filha em perigo por muito tempo e que fariam qualquer coisa para resgatá-la.

Eles precisavam de Lilith, Taehyung precisava de Jimin.

Seu poder estava fraco demais após tê-lo usado para destruir Higher, e Jimin, que foi um dos sobreviventes junto a Yoongi, tinha o poder que queria, que precisava para concluir os objetivos que planejou desde que conhecera a Terra.

— Entre naquela máquina, Jimin! — Apontou para ela com o queixo. — E entregarei minha sobrinha para seu marido inútil com o antídoto.

— Taehyung-

— Agora, Jimin, ou sua filha morre! — Taehyung levantou a voz grave e soltou um riso outra vez, tão maldoso que espremeu o coração dos pais. — Você não quer ver ela morrer, não é?

Jimin olhou a máquina e engoliu em seco. Soltou o marido que quase o impediu, e caminhou em direção a ela em passos apressados, ouvindo seu coração bater forte contra as costelas. Seu medo aumentou com todas as forças.

O que essa máquina faria com ele? Por que sentia que não viria mais sua filha e seu marido?

Yoongi estava atônito com tudo o que estava acontecendo. Aos poucos estava percebendo o que o cunhado queria. Trocou o olhar entre Jimin e Lilith. Era a filha em troca do marido; teria de volta um amor, e talvez perderia seu outro amor. E Taehyung teria Jimin para usar o poder dele de alguma forma. Era claro que ele perdeu muito o dele quando usou contra Higher.

— Entregue para Yoongi minha filha e o antídoto, então entrarei nessa máquina.

Taehyung sacudiu o rosto e foi em direção a Yoongi.

— Eu entregarei depois de ver você entrar na máquina. Não pense que serei estúpido a ponto de entregar antes e você tentar me agredir — proferiu sério, perdendo a paciência.

Jimin ouviu os soluços do marido, olhou Lilith mais uma vez, entristecido. Suplicou aos deuses para que seus dois amores ficassem a salvo de qualquer maldade.

— Me deixe despedir dela pelo menos, por favor, Taehyung?

— Não!

Ao escutar a fala dele, Jimin não pode mais se manter forte e chorou. Ele queria segurá-la mais uma vez, queria senti-la em seus braços e sentir o cheirinho dela antes que nunca mais a visse. Se sentia incapaz naquele momento. Ele podia ter poderes, mas do que adiantava se não podia usá-los? Do que adiantava se não podia manter sua família por perto e segura?

— Aah! Você está chorando, Jimin? Achei que fosse mais forte, mas acho que me enganei — cantarolou irônico.

— Taehyung… Eu… eu te peço, deixe Jimin e Lilith em paz, pare com isso, não levará você a lugar algum. Só está causando dor ao seu irmão e à sua sobrinha. Os dois têm seu sangue também, vocês fazem parte da mesma família — Yoongi tentou mais uma vez, tentando ser firme para convencê-lo.Ele queria que o cunhado mudasse de ideia, no entanto, suas falas não fizeram efeito algum nele; pelo contrário, ele apenas sorriu.

Jimin ouviu a fala de Yoongi e encolheu os ombros, desviando o olhar da cena. Era humilhante demais. Doloroso demais. Desde quando um pai tem que suplicar para ter sua criança de volta?

— O tempo está passando, Jimin. Quanto mais demorar, mais rápido Lilith morrerá.

— NÃO! — Yoongi berrou.

Jimin não aguentou mais presenciar toda essa situação e entrou. Não tinha outra alternativa. Ele levantou a tampa de vidro, adentrou a máquina e se deitou, porém ainda podia ver o que estava ocorrendo.

— Muito bom, irmão. Já estava achando que preferia sua filha morta. — Taehyung olhou Lilith e a entregou para o pai.

Yoongi abraçou sua bebê de maneira protetora e enfiou seu rosto rente ao pequeno pescoço dela, inalou o cheirinho que amava e distraído, não viu o Kim pegar algo de dentro do bolso.

— Pegue essa seringa. — Taehyung balançou no ar. — Está com o antídoto. Só dê a ela quando estiver fora daqui.

Yoongi segurou rapidamente e Taehyung se afastou, indo até a máquina.

— Minha filha, me perdoe, me perdoe — Yoongi sussurrou para Lilith, beijando o topo da cabeça fria dela. Ele andou até a porta, precisava sair dali para poder livrá-la do veneno. Mas, antes, não pôde deixar de fazer mais uma pergunta para Taehyung.

— O que você fará com Jimin?

— Saia daqui — Taehyung avisou sem olhar para Yoongi e continuou ligando a máquina, apertando alguns botões. Uma fumaça azul fez Jimin desaparecer da vista deles. — E se eu fosse você, esqueceria ele para sempre. Porque meu irmão não se lembrará mais da sua existência e nem do que construiu com você.

As palavras duras e secas do Kim causaram uma tortura no íntimo de Yoongi, assim como as tosses altas e agressivas do esposo. Ele saiu do laboratório e do apartamento, tonto e fraco como se carregasse um peso nas costas. Só suportava tudo pela sua pequena Lilith.

Uma última lágrima escorreu em sua face até pingar no rosto da filha, que fez um simples movimento, como se tivesse sentindo a dor do pai através do líquido.

Como iria ficar tranquilo sabendo que Jimin seria usado por Taehyung? Que ele não se recordaria da sua família? Quem Jimin seria após esse dia? O que seria deles a partir de então? Tudo mudaria e, com todos esses questionamentos, Yoongi teria que aprender a viver sem o marido.

Com as pernas estremecendo, encostou as costas na parede do elevador e escorregou até sentar no chão. Ele injetou o antídoto na veia do bracinho da menina com todo cuidado, desejando que ela ficasse curada e que o veneno não deixasse sequelas.

Lilith começou a chorar e seu coração sofreu ainda mais, se isso era possível.

Tão pequena e já conhecendo a maldade do mundo.

— Vai ficar tudo bem, filha.. Vai ficar tudo bem — Yoongi sussurrou, tirando a agulha do corpo dela. — Eu farei seu pai voltar para nós. Eu prometo.

~~~~


Notas finais: O que acham que vai acontecer a partir de agora? Estão curiosos? Esperem pelos próximos capítulos. Tem muita coisa para rolar ainda. 💜



18 de Maio de 2022 às 21:57 0 Denunciar Insira Seguir história
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