Sexta-feira, Los Angeles, EUA
Não sei porquê resolvi vir até o bar deste hotel ao invés de ir direto para o meu quarto. Essa semana foi cansativa demais, e ainda bem que hoje já é sexta feira, e logo vou poder ir para casa, voltar para o Brasil.
— Aqui está, senhorita. — o garçom coloca o copo sob a minha mesa e enche de bebida, logo se afastando.
O bar até que está calmo. A algumas pessoas bebendo e conversando no celular, já outros estão aproveitando o show de três garotos que estão cantando a música "Someone you loved" do Lewis Capaldi. Vou ser sincera, eles cantam muito bem. O garoto moreno que está em pé entre os três foi o que mais me chamou a atenção, ele canta como se demonstrasse seus sentimentos em cada palavra. Ele me traz uma sensação que eu não consigo explicar. Seus olhos se encontraram com o meu, e eu senti um frio na barriga, e não sei se isso é tudo por conta dele ou se é efeito do segundo copo de vinho. O moreno fechou os olhos, mas quando os abre ainda continua a olhar para mim.
Mesmo ali no fundo do bar bem afastada do palco, o mesmo continuava a me olhar. Tentei ignorar o seu olhar e foquei em minha bebida não tendo muito sucesso pois sempre acabo olhando para ele. Quando a música acabou e todos baterem palmas, ele desce do palco e eu respiro aliviada.
— Posso me sentar aqui. — ele pergunta ao se aproximar com um sorriso no rosto.
— Tanto faz. — respondo tentando parecer desinteressado nele, só para ver se ele vai embora logo.
Pego o meu celular fingindo estar interessado em algo. Ele começa a rir de algo e eu me viro olhando para ele.
— Qual é a graça?
— A graça é que, antes quando eu estava no palco você não parava de me olhar. Agora que eu estou aqui perto de você, você me ignora.
Desliguei o celular colocando na mesa e virei o resto da bebida em minha boca. Chamo o garçom pedindo mais um pouco da mesma bebida, e ele também pede.
— Não estou te ignorando. E quem disse que eu estava te olhando? — minto.
— Não foi o que eu vi.
— Se eu estava olhando, é porque você também estava me olhando. — retruco.
— Eu gosto de apreciar a beleza, quando eu vejo uma pessoa bonita. Principalmente se for uma fã.
— E quem disse que eu sou sua fã? Eu nem te conheço, nem sei seu nome.
— Sério que você não me conhece? — ele me olha surpreso.
Nego com a cabeça.
Eu não sou muito de ficar acompanhando nenhum famoso, e nem fico muito nas redes sociais. Se você me perguntar que música está fazendo sucesso no momento, eu não vou saber.
— E que não seja por isso, meu nome é Alex Carter, membro e vocalista do grupo 5TAR. Agora você me conhece. — ele sorri ladino, me fazendo revirar os olhos.
— Agora eu só sei o seu nome e que você faz parte de um grupo. Isso não significa que eu te conheço.
Alex abre a boca para dizer algo, mas o garçom chega o interrompendo.
— Aqui está. — ele coloca os copos na nossa frente, e em seguida sai.
— E você, qual é o seu nome?
— Liz Lopez.
— Só isso? Nem algo mais?
Oh que audácia, já não está bom só o nome.
— E o que você quer saber?
— Sei lá, quero te conhecer melhor.
— Para que? Depois não vamos nos ver mais.
— Se é que você diz. — ele dá de ombros dando um gole em sua bebida.
— Ao invés de falar de mim, porque não falamos de você? Por exemplo, quem são aqueles dois garotos que estavam cantando com você?
— Meus amigos, na verdade, eles são como irmãos para mim. Os dois fazem parte do grupo também. O mais baixo com cara de criança é o Kaique, o mais novo do grupo. O outro é o Daniel, o mais velho do grupo. E tem mais outros dois que não estão na cidade, Jason e o Marcos.
— Vocês são daqui mesmo? — pergunto estranhando já que os nomes não parecem ser muito americano.
— Não. Nós somos do Brasil, só estamos aqui aproveitando as nossas férias.
— Ah... você também é brasileiro?
— Sim. Posso não parecer, porque eu passei boa parte da minha vida aqui nos Estados Unidos, e raramente eu ia no Brasil. Mas agora com o grupo passamos bastante tempo lá.
— Hm, interessante.
— Agora me fala um pouco sobre você? O que uma brasileira bonita está fazendo aqui em Los Angeles?
Coro com o comentário e eu dou um gole na bebida novamente para disfarçar.
— Não tenho muito o que falar de mim. Só estou aqui mesmo por conta do trabalho, mas logo vou voltar para o Brasil.
— Você trabalha com que?
— Sou fotógrafa. — espero algum comentário besta como eu sempre recebo, mas não foi o que aconteceu.
— Wow, mas você tira fotos de modelos?
— Só quando eu estou no Brasil, ou onde meus empregadores mandam. Agora quando eu estou em viagens, tiro da paisagem de locais turísticos.
Continuamos a conversar, e a cada vez que nossos copos ficavam vazios Alex fazia questão de chamar o garçom para encher o copo novamente. E no final na hora de pagar a conta nós dois dividimos a conta, nada mais que justo. Quando saímos do bar, não tinha mais ninguém lá além de nós e os garçons e bartender. Seguimos em direção ao elevador e no momento em que eu ia apertar o botão para o meu andar, Alex resolve fazer o mesmo fazendo com que nossos dedos se tocarem.
— Qual andar você está hospedada? — ele pergunta e eu afastei minha mão.
— Décimo segundo. — respondo me encostando na parede de metal e me arrepio com o contato.
— Outra coincidência, estamos hospedados no mesmo andar. — ele aperta e as portas se fecham.
Alex se encosta do meu lado e nós dois ficamos quietos, enquanto o elevador se movimenta.
— Eu já te falei que você é muito bonita? — ele pergunta e eu viro a cabeça encontrando seus olhos.
— Que eu sou bonita já, agora muito bonita, não.
— E que você é muito gata? — ele se aproxima revisando o olhar entre minha boca e meus olhos.
— Não, você não disse...
Não sei se isso é o efeito da bebida acontecendo ou não, mas eu me aproximo dele olhando para os seus lábios. Poucos centímetros nos separa, poucos centímetros. Alex sorri e em seguida grudamos nosso lábios iniciando um beijo nada lento. A porta do elevador abriu e eu coloco as mãos em seu peito o afastando.
— Chegamos. — falo sem olhar e em seguida saio do elevador.
Procuro o cartão do quarto dentro da minha bolsa enquanto ando até a minha porta.
— Está me seguindo? — pergunto ao ver ele ao meu lado.
— Não, o meu quarto é do lado do seu. — ele aponta para a porta.
Finalmente encontro o cartão na bolsa e passo na maçaneta abrindo a porta. Antes de entrar, olho para Alex que me olha também. Lembro do nosso beijo no elevador, e tudo o que eu queria sentir era seus lábios macios novamente.
Não sei se teria essa coragem toda se não tivesse bebida, mas eu encurtei nossas distâncias e o beijei, nem que fosse a última vez. Alex coloca uma mão em meu rosto e enquanto a outra descia para o meu quadril, juntando nossos corpos e nesse momento eu senti o quanto eu o queria.
— Não vou fazer nada do que você não queira. — diz após nos separamos do beijo.
— Mas quem disse que eu não quero?
E com as minhas palavras, entro em meu quarto e em seguida sou surpreendida por Alex que envolve seus braços em minha cintura me puxando de encontro com o nosso corpo. Sem pensar duas vezes o beijo e ele corresponde. Passo a minha mão por sua nuca, em seguida passando por seus cabelos.
Ele me dá um impulso, fazendo com que eu subisse em seu colo intensificando o beijo. Com o pé, Alex fecha a porta e caminha em direção a cama, onde ele me coloca deitada. Nossos lábios se separam, e sua boca desce em direção ao meu pescoço, onde ele começa a deixar chupões que com certeza ficarão marcados amanhã. Alex começa a trilhar mais beijos em direção aos meus seios, mas para levantando a cabeça me olhando, e naqueles olhos eu pude ver que a nossa noite está apenas só começando.
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