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“Orgulho: 1. sentimento de prazer, de grande satisfação com o próprio valor, com a própria honra. 2. sentimento egoísta, admiração pelo próprio mérito, excesso de amor-próprio; arrogância, soberba." Até onde deixamos o nosso orgulho nos ferir? Em que momento deixamos de mandar aquela simples mensagem apenas para não adquirimos um orgulho ferido? Um amor de longa data destruído por puro orgulho... O medo de remoer o passado, o pânico de pedir perdão, o apavoramento de assumir certos erros, o excesso de arrogância e soberba nos fazem perder muitas coisas, principalmente aquelas que amamos.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Capítulo Único

Escrito por: @dboy_mochi | @P0lariz3_


Notas iniciais: Olá meus queridos cubos de açúcar, como estão? Eu espero que bem.

Hoje trago uma história baseada no casa da série Grey’s Anatomy. Espero que gostem💜


~~~~

POV

Narradora.

Park Jimin estava sentado sobre o sofá coberto por uma camada de veludo tingido na cor vermelha, o móvel não possuía costas ou laterais, era aqueles típicos que se colocava aos pés da cama ou à beira da janela. No caso do rapaz, era a segunda opção.

Segurava na mão direita uma caneca que continha chocolate quente em uma temperatura tão alta que saía fumaça do objeto, no líquido boiava três marshmallow, dos coloridinhos; eram seus favoritos. Com a mão esquerda, o rapaz acariciava seu gato, Snowbell, que era idêntico ao do filme Stuart Little.

Jimin adorava o gato, mas lhe trazia memórias do passado, pois o animal era um presente do ex-marido, o qual ele carregava ainda em seu coração. Era uma mistura de sentimentos. Quais? Bom, ele não sabia ao certo quais eram estes sentimentos.

— Snowbell… Eu não quero passar a virada do ano sem o Jae. Eu simplesmente vou comprar uma garrafa do vinho mais caro que encontrar, abrir quando der meia-noite, me olhar no espelho e falar: Feliz Ano Novo, Jimin! É tão deprimente. — Suspirou frustrado, vendo que o gato tinha pouco se importando para seu problema. — Você nem mia, aff! Você é igual a “ele”.

Com “ele”, Park se referia ao seu ex-esposo, Min Yoongi. O casal já estava separado há mais ou menos quatro anos, juntos, dividiam a custódia de Min Park JongDae. O porquê do relacionamento de anos chegar ao fim? Bom, existem dois lados dessa linda história de rompimento.

A primeira é a de Yoongi. O rapaz descreve como se o ano de sua separação tivesse sido um grande avanço para o mundo da medicina, e realmente foi. O neurocirurgião havia desenvolvido um método muito bom para ser utilizado em pacientes de casos graves da neuro. Como uma descoberta foi feita, era dever de seu criador mostrá-la em palestras, para que mais médicos a desenvolverem e assim, tornar as coisas um poucos mais fáceis.

Por conta dessas palestras, Yoongi ficava ficava fora por meses, e quando voltava, se focava em seu trabalho no hospital onde trabalhava. O problema era que isso ocupava totalmente seu tempo, e seu segundo casamento virou o primeiro, fazendo o grande neurocirurgião se esquecer totalmente de Park, mas ele tinha bons motivos para isso — estavam falando do futuro da medicina —, seu marido podia esperar... mas não esperou.

Jimin acabou se envolvendo com Lucas, o ortopedista do hospital de Seul, e quando Yoongi descobriu do caso, não teve uma sensação nada boa, atingindo Jimin com diversas palavras que gerou o divórcio do casal mais famoso do hospital.

A segunda parte da história era o lado do Jimin... Ele se viu casado consigo mesmo, sem ter com quem dividir a cama ou brigar pela coberta durante a noite, tinha seu corpo implorando por atenção e um marido muito ocupado para lhe ajudar em momentos difíceis, pois seu trabalho levava o máximo de seu psicológico. Não tinha o seu braço direito lá para lhe dar um abraço.

É faço cair em tentação quando nos sentimos sozinhos, e mesmo amando Yoongi, ter alguém ali lhe dando tudo que seu marido não estava lhe dando fez uma diferença e tanto para se reerguer.

Para Park, Min era o culpado da relação, e para Yoongi, Jimin era. O que não fazia sentido, pois a culpa era de ambos.

Mesmo com apenas com cinco anos, Jongdae já havia escutado ambos os lados tantas e tantas vezes que já estava cansado daquilo tudo. Todos os anos, o garotinho passava o Natal com Jimin e o Ano Novo com Yoongi. Todas as datas comemorativas eram divididas, e até mesmo suas apresentações de escola. O casal nunca comparecia juntos, se Jimin ia, Yoongi cancelava sua presença, e vice-versa. Não era porque eles não se suportavam, eles ainda trabalhavam juntos no mesmo hospital, se viam com frequência, pois as viagens de Min diminuíram bastante. O fato era que ficar um perto do outro trazia lembranças, as quais o sentimento de orgulho que tinha em seus corações não lhes permitiam reviver.

Mesmo tão pequeno, Jae já tinha muita noção da coisa, e depois de uma aula sobre os setes pecados capitais, soube que a separação de seus pais era por puro orgulho ferido, e ele se sentia na obrigação de juntar os dois, já que, em certo momento, Yoongi havia lhe dito que Jae era seu imã que ligava Jimin a Yoongi novamente.

É claro que seu pai estava bêbado nesse dia; ele esqueceu, mas Jae não. E, naquela mesma noite, fez uma séries de perguntas a seu pai, utilizando da fragilidade do momento para adquirir informações, as quais foram muito úteis.

Jimin ouviu batidas na porta e correu para atender, vendo seu ex-marido segurando a mochila de Jae com o garotinho em seu colo todo sonolento.

— A professora disse que ele aproveitou muito o último dia de aula e que o relatório sobre o desenvolvimento dele sai semana que vem — falou entrando na casa do outro, deixando a mochila sobre o sofá. — Ele está cansado, acho que deveria dar um banho nele e o colocar para dormir.

— Não me diga o que fazer, eu sei o que tenho fazer como pai! — disse um tanto arrogante, revirando os olhos pela irritação do momento.

— Como pode ser tão estúpido? Em que momento eu disse isso, Park? Inferno! Eu ia oferecer ajuda, pois percebi que você está cansado, mas como sempre…

— Eu não aguento mais… — A voz manhosa de Jae soou pela sala, fazendo o ex-casal encarar o filho que agora estava sobre o sofá. — Vocês sempre brigam toda hora… — falou se encolhendo, apoiou sua testa em seus joelhos e abraçou suas pernas, chorando baixinho.

— Filho… — disse Jimin, sentando-se ao lado do pequeno e vendo Yoongi fazer o mesmo. — Mil desculpas…

— Não iremos mais brigar na sua frente, Jae… Prometemos.

— Eu não quero vocês brigando quando eu for dormir também… — Suspirou pesado, engolindo o choro e virando seu rostinho para um lado e depois o outro. — Eu só queria um final de ano sem vocês brigando sobre quem vai dar uma festa de comemoração por eu ter ganhado a feira de ciência, ou com quem eu vou passar o Natal e o Ano Novo, sendo que todo ano sempre é a mesma chatice!

— Ah, claro, passando a virada com a Senhora Min, diversão que você não vai ter — disse Park, revirando os olhos.

— Realmente, porque o seu pai, sério daquele jeito, é a pessoa mais divertida para se ter por perto no Natal! O Papai Noel não sabe se sai correndo ao olhar para cara de rabugento do seu pai, ou se entrega os presentes a ele com medo de ser assaltado!

— COMO OUSA?! — JImin já ia se levantar para continuar a discussão, foi quando se deu conta o quanto aquela situação toda estava magoando quem ele mais amava. — Jae…

— Jae, o que você quer fazer esse ano, hein? Eu não vou estar livre no Natal para passar contigo, filho… Sinto muito por isso. — Yoongi sentia que perdia muitos momentos ao lado de Jae, mas tentava aproveitar o máximo quando estavam juntos.

— Eu quero passar a virada de ano com vocês dois! Eu quero que o pai Jiminie decore toda a casa com rosas brancas como ele sempre faz, que o pai Yoongi faça a ceia de virada, apenas para nós três, para podermos ver juntos os fogos pelo terraço daqui de casa…

— Jae, isso não é possível, a virada de ano é a data que o Yoongi tem que ficar contigo, já discutimos isso dois meses atrás…

— Mas é o que eu quero… Por favor, pai… Passa comigo e com o pai Jiminie. Não que eu não goste de passar só contigo, eu só queria ter em mente todos em paz pelo menos na virada de ano, sem brigas…

O coração de Yoongi se apertou, ele amava muito Jae e doía no fundo de sua alma ver o estado que seu filho amado estava passando por conta de seu orgulho ferido.

— Então… o que você quer comer na ceia de virada? — perguntou sorrindo de lado, vendo outro sorriso no rosto de seu filho, que pulou em seu colo para abraçá-lo.

— Irei pegar a lista no meu quarto — falou, descendo do sofá, e saiu correndo rumo às escadas, subindo até seu quarto e procurando uma lista que guardava a sete chaves. — Aqui está, pai…

Listas de presentes

De: Min Park JongDae
Para: Papai Noel

1. Eu gostaria de passar pelo menos a virada de ano com os meus dois pais. Sem as “amigas/ amigos” deles;
2
. Quero que eles parem de discutir por nada, e que também as gritarias diminuam. Eu não aguento mais gritos!
3.
Na ceia de Ano Novo, eu quero que o pai Yoongi faça arroz temperado, o dele é o melhor! O senhor tem que provar. Seria abuso pedir que ele fizesse aquela sobremesa italiana? Eu não sei escrever o nome… mas acho que o senhor deve saber qual é;
4.
Quero que na minha apresentação de final de ano, na escola, os dois compareçam, um sentado ao lado do outro; caso contrário, não irei mais participar das apresentações. É frustrante só ver um deles lá;
5.
Já que eu estou abusando, eu quero um cachorro!

Yoongi riu ao ler a lista, deixando um selar nos anelos de seu amado filho.

— Irei preparar a melhor ceia de Ano Novo que você já viu! — falou sorrindo, abraçando o garoto e lhe entregando de volta a carta.

— Prometemos não discutir mais… e eu irei decorar a casa inteira com rosas brancas!

Jimin se sentia mal por provocar algo tão ruim em seu filho. Preocupava-se tanto em estar sempre certo, em impor seus pensamentos e suas vontades, que acabava esquecendo o que seu filho queria, o que no final era apenas um momento em paz com sua família.

Jae nunca esteve tão feliz, só de imaginar aquele momento, seu coração já disparava.

Naquela semana, Yoongi e Jimin se sentaram juntos na mesa do refeitório do hospital, discutiram sobre o que teria para a ceia de virada, a que horas que deveriam começar, entre outros detalhes.

Por algum motivo, o fato de deixar de lado o passado por alguns instantes e focar apenas no bem-estar de Jae funcionou, deixou o momento agradável. Ninguém estava acusando ou na defensiva, era um clima de paz.

Era muito difícil engolir suas palavras maldosas ou até as frases para jogarem na cara um do outro seus erros, mas, no final, ninguém assumia nada. Estava ficando uma situação chata, porém eles precisavam parar de discutir. Era difícil, céus, como era difícil não discutir um com o outro.

Jimin começou a mastigar chicletes para que não saísse de sua boca aquilo que ele não deveria dizer, tudo para agradar seu filho. Yoongi também estava se esforçando, sempre andava com um copo descartável com água ou qualquer outra coisa e, quando mesmo sem querer Jimin o provocava, ele tomava o líquido e amassava o copo, descontando sua raiva.

— A apresentação do Jae é semana que vem — disse Jimin, entregando-lhe o convite que a escola havia lhe entregado. — Ele quer muito que você também vá, e está na lista… prometemos dar para ele tudo que está na lista.

— Eu pedi para que a Yongsun me cobrisse no dia da apresentação. Pensei em o levarmos para jantar em algum lugar depois que sairmos da escola, a situação está sendo muito difícil para ele, queria apagar algumas memórias ruins construindo boas.

— Acho uma ótima ideia o levarmos para jantar pôs apresentação, ele vai ficar muito feliz, tenho certeza. Sobre o cachorro… na minha casa o Snowbell vai bater nele! — comentou sorrindo de lado, vendo Yoongi pôr as mãos em frente ao rosto, rindo. Não sabia por que ele escondia um sorriso tão lindo como aquele.

— Eu deixo no meu apartamento, estava pensando mesmo em adotar um, aquele lugar fica muito vazio sem o Jae lá…

— Tudo bem. Então já decidimos quase tudo, cachorro, decoração, ceia de Ano Novo, apresentação… Tudo decidido, então?

— Ah… Eu estive pensando sobre a ideia que você deu, de pôr o Jongdae na aula de dança. Eu sei que detestei a ideia de início, mas você sabe mais do que ninguém como julgam um garoto que dança, e o Jae já sofre por ter sido adotado por dois caras.

— Tentamos passar para ele todos os dias que ele não deve se importar com as opiniões dos outros, proibi-lo de fazer certas artes por esses motivos é hipocrisia da nossa parte.

— Eu não terminei de falar — falou um pouco mais sério, porém calmo. — Já que dança é algo que você gosta e fez ele gostar, nada mais justo o pormos no basquete também. Assim, deixamos ele no basquete e na dança, e futuramente, ele fica no que gostar mais. O que acha?

Jimin sorriu abertamente, aquela era a vitória de uma discussão que começou em janeiro, quando Park deu a ideia de pôr o garoto no time de dança contemporânea e Yoongi reprovou totalmente essa ideia.

— Obrigado, Yoongi Hyung. Acho que ele vai gostar bastante se fazer os dois esportes. — O sorriso que Yoongi tanto amava continuava no rosto do mais novo.

— Ótimo! Acho que agora resolvemos tudo — disse se levantando e ajeitando o jaleco. — Vai querer escolher a roupa que ele vai usar na virada, né?

— Irei escolher dois conjuntos e te mandar, assim você participa da escolha, pelo menos um pouco.

E, naquele momento, Yoongi se deu conta de que o maior motivo das brigas eram as disputas de quem o fazer o quê, de quem dedicaria mais seu tempo a função materna que deixava o trabalho um pouco de lado. Mas o fato era que a solução seria dividir, abrir mão de algumas decisões solos para serem tomadas em conjuntos, e esse era um dos principais erros que o ex-casal havia cometido.

— Agradeço, Doutor Park — falou dando seu típico sorriso sacana, antes de levar o copo descartável de café até os lábios, e sumindo do campo de visão do outro, que achava engraçado quando o mais velho o chamava daquela maneira.


{...}


O dia da apresentação de final de ano havia finalmente chegava, JongDae estava animado, abria um pouco a cortina vermelha para ver se seus pais estavam lá. Ele não se importava muito com o fato de não ter uma mãe, sabia que era muito amado pelos pais que o adotaram. O fato era que Yoongi e Jimin pagavam uma das melhores escolas do país para o mais novo, pois lá o povo era um pouco mais desenvolvido e não tratavam homosexualidade como um tabu.

Claro que as piadinhas sempre viam, era inevitável, mas ele pouco se importava, sabia que no fundo era só alguém reprimido tentando descontar sua dor nele.

Um sorriso lindo apareceu no rosto do garoto ao ver Yoongi e Jimin chegarem juntos e se sentarem na primeira fila. Eles não pareciam de mau humor; pelo contrário, estavam sorrindo e aparentavam estar ansiosos para a apresentação do filho.

As cortinas se abriram e lá estava Jongdae, vestido do que parecia o homem de lata, mas logo Jimin percebeu que seu filho representava o orgulho. O teatro era sobre os setes pecados capitais atormentando a coitada de uma garotinha.

Yoongi filmava a apresentação, enquanto prestava atenção na mensagem por trás da peça. JongDae deu um passo para frente e se apresentou como o orgulho, seus olhinhos se encheram d’água, para todos parecia que era por conta do nervosismo, mas o ex-casal sabia que não.

Uma breve troca de olhares que significava muito. JongDae continuou falando, como ele agia no meio das famílias, amizades e dos casais. Jimin respirou fundo e engoliu o choro que estava quase deslizando pelo seu belo rosto, ele poderia dizer que era emoção pelo momento, mas sabia que não ia colar.

A peça chegou ao fim, todos se levantaram e aplaudiram de pé, pois foi merecido.

— Eu vou dar na cara dessa professora… — disse Yoongi baixinho, vendo Jimin rir de seu comentário, pois sabia bem o motivo. Se tratava que aquela peça, o personagem do filho do ex-casal havia atingido eles com um soco certeiro.

— Eu vi um armário no corredor, dá para a trancarmos lá dentro. — Dessa vez quem riu foi o Yoongi, que desligou sua câmera e a guardou, caminhando com o ex-companheiro para o camarim, vendo seu filho tirar a maquiagem de seu rosto. — Nem dança, nem basquete, nosso garoto vai fazer teatro, veja, ele nasceu pra isso — disse Yoongi orgulhoso de seu filho, abraçando-o fortemente quando se aproximou, vendo Jimin não se aguentar e abraçar os dois juntos.

— Eu quero fazer teatro… Gostei de me apresentar e não me senti nem um pouco nervoso — declarou o garoto, mostrando realmente que as lágrimas, as quais quase deslizaram pelo seu rosto, na verdade eram por motivos pessoais que não era nervosismo.

— Iremos procurar um curso de teatro para você, não se preocupe — disse Jimin, deixando um selar sobre a testa de Jae. — Agora vamos tirar essa maquiagem para podermos te levar para jantar.

— O pai Yoongi também vai? — Em seu olhar, tinha uma mistura de alegria e surpresa que era de deixar qualquer um feliz.

— Claro que eu vou! Vê se pode, na melhor parte vai me deixar de fora? Nada disso! Vamos todos juntos! — falou sorrindo vendo o quanto aquilo tinha alegrado Jae. Realmente, todo os esforços para não brigar com Jimin estavam realmente valendo a pena.

A família Min Park saiu junto da escola, e todos foram juntos no carro de Yoongi rumo ao restaurante favorito de Jae. Tratava-se do “Mundo Animal”, um restaurante infantil que sempre tinha shows de pessoas fantasiadas de animais dançando no corredor.

Era um ambiente agradável para se jantar em família. Pediram duas porções grandes de batata frita, uma com queijo derretido e bacon, e a outra sem, apenas a batata. Nada contra, mas Jimin era cirurgião cardiovascular, comer bacon ia contra suas regras.

— Temos um desafio a propor à família — ditou o garçom. — O nosso restaurante oferece o “girafa suculenta“.

— Matar girafa não é crime? — perguntou Yoongi confuso.

— Chamamos de girafa pois o sanduíche é grande em cumprimento, não é feito de carne de girafa, fique tranquilo. Apenas três pessoas conseguiram comer todo o sanduíche, se vocês conseguirem, o restaurante paga a conta de vocês e a criança ainda ganha o urso gigante — disse apontando para um panda enorme de pelúcia. Jimin pôde ver os olhinhos do Jae brilharem.

— Eu quero!

— Ai, Deus… Eu não consigo comer. Yoongi, você consegue? — perguntou Jimin preocupado.

— E se eu perder?

— Você paga a sua conta e fica com cara de perdedor — disse o garçom sem muito entusiasmo.

— Eu aceito! Pode trazer o Girafa Suculenta! — disse firme, acreditando que iria realmente conseguir comer.

— UHULL! — disse Jae erguendo os braços para cima, totalmente animado com a ideia.

— Comemora muito não que você vai ter que ajudar seu pai a comer duas porções grandes de batata frita — disse Yoongi rindo.

Jae ficou feliz em poder comer bastante batata frita, mas depois de um tempo, ele já não aguentava mais. E Yoongi estava animado ainda, comendo aquele sanduíche enorme.

— Meu Deus! Eu acho que vou precisar fazer um exame de colesterol depois de acabar esse sanduíche. Ele é muito bom! — falou rindo.

— Você é louco de topar o desafio — disse Jimin sorrindo. Em seguida, pegou o papel toalha e passou na boca do Yoongi com cuidado, tirando um pouco do queijo derretido ali. — Está todo sujo… parece uma criança comendo!

Yoongi sorriu meio corado ao sentir o cuidado do mais novo consigo, eles não tinham nada mais próximo há algum tempo. Jae sorria radiante ao ver a cena, mas logo desviou o olhar par que não desse tanto na cara a sua alegria.

— O importante é que o Jae vai ganhar o urso gigante! — completou Yoongi sorrindo, voltando a comer aquele imenso sanduíche.

— Vai ficar em qual quarto? Do apartamento do pai Yoongi ou do pai Jimin? — perguntou Jae confuso.

— Justo ficar no quarto do apartamento do seu pai, ele que está comendo o sanduíche. — disse Jimin sorrindo ao ver o quão fofo Yoongi ficava com as bochechas completamente cheias. — Peixinho gordinho, manda beijinho — disse Jimin apertando as bochechas do ex-marido, que fechou os olhos e riu fraco, mandando beijinho em seguida. — Que fofo! Eu deveria ter filmado isso.

— Deveria… porque não vai acontecer de novo. Passa o refrigerante pra mim, Jae — pediu vendo seu filho lhe entregar o copo de Coca-Cola. Em seguida, o rapaz tomou uns bons goles, voltando a comer o sanduíche.

Depois de alguns minutos, Jae e Jimin já haviam terminado de comer seus pratos e só aguardavam Yoongi, que estava no final do dele.

— Eu não estou aguentando mais — disse Yoongi rindo, continuando a comer.

— Você está quase acabando… não desiste agora. — Jimin tentou dar um apoio, mas ele já teria parado faz tempo.

— O senhor deseja parar o desafio? — perguntou o garçom curioso.

Yoongi apenas negou com a cabeça e enfiou o restante em sua boca, levantou-se e ergueu os braços.

— ACABEI! Ou ele acabou comigo, não sei ainda ao certo — disse voltando a se sentar, meio preguiçoso por conta da quantidade que havia inserido.

— Desafio cumprido! — disse o garçom soprando o apito, vendo então outros garçons trazerem o imenso urso para Jae.

— EU GANHEI O URSO! — disse o pequeno, pulando em cima do bicho de pelúcia, abraçando-o fortemente.

O fotógrafo do local tirou uma foto daquele momento, depois uma de Yoongi com a medalha do Mundo Animal por ter comido o maior sanduíche do local, e, por último, uma de Yoongi e Jimin abraçados com o Jae que estava agarrado com seu novo urso.

O ex-casal foi para a casa de Jimin, mas, no meio do caminho, Jae acabou dormindo com a cabeça encostada nos pés daquele urso enorme. Eles entraram dentro do local, Jimin levando o urso, e Yoongi, o Jae.

— Quando eu vir buscar o Jae pra levá-lo pra minha casa, eu levo o urso junto — disse baixinho, vendo Jimin apenas concordar com a cabeça.

Desceram até a sala, sentaram-se um do lado do outro e, mesmo com o silêncio, acabaram rindo ao se lembrarem da noite divertida que tiveram em família.

— Não acredito que você conseguiu comer aquele sanduíche, Yoon — declarou Jimin, chamando o ex-marido pelo apelido carinhoso que havia dado na época que namoravam.

— Nem eu, Minie. — Sorriu abertamente, também chamando o rapaz pelo apelido do passado.

— Obrigado por ter feito isso pelo Jae, nunca o vi tão feliz desse jeito — disse abraçando o mais velho, que correspondeu o abraço e deitou a cabeça no peitoral de Jimin.

— Ele vai ficar mais feliz quando a gente der o cachorro à ele — disse Yoongi com a voz um pouco mais baixa, que fez o coração de Jimin acelerar um pouco.

— Realmente… — concordou.

O ex-casal ficou abraçado por alguns minutos naquele silêncio, foi quando Jimin viu que Yoongi havia dormido. Poucas vezes via o mais velho tão entregue ao sono como agora, ele decidiu ajustar o rapaz no sofá mesmo, cobrindo-o com uma manta de lã. Jimin ainda acendeu a lareira e apagou as luzes, deixando o mais velho descansar sobre seu sofá.

Na manhã seguinte, quando Jae acordou, deparou-se com Yoongi fazendo seu café da manhã enquanto Jimin estava ao seu lado, ajudando-o como podia.

— Bom dia, garotão! Dormiu bastante, hein — disse Yoongi, sorrindo ao ver novamente o brilho no olhar de seu pequeno. — Preparei panquecas, tá afim?

Ele apenas concordou com a cabeça e caminhou até a mesa, sentando-se na cadeira, vendo Jimin e Yoongi se sentarem ao seu lado. Ele nunca havia comido em família com seus dois pais, só quando era muito pequeno, não possuía essa lembrança em sua memória.

Jae sentiu vontade de chorar, mas estava um clima tão agradável que não quis estragar com sua melancolia. Tudo estava dando certo, estava tendo o menor final de ano do mundo! Como ele sempre desejou.


{...}


Semanas antes da virada do ano, Jae começou a perceber que Yoongi o levava mais cedo para casa de Jimin e só saía de lá de madrugada, pois passava muito tempo conversando com o Park.

Certa vez, Jae acordou por conta da risada alta de Jimin. O garoto desceu alguns degraus da escada e ficou observando seus dois pais, eles estavam sentados sobre o tapete da sala, havia duas taças de vinho sobre a mesinha de centro e dois blocos de notas amarelos.

— Eu não acredito que vamos realmente fazer isso… — disse Yoongi baixinho, mas tinha um sorriso em seu rosto.

— Eu não acredito que demoramos tanto tempo para darmos um passo como esse. — Respirou fundo e se virou para ficar frente a frente de Yoongi, pegou a taça de vinho e a virou, e fez a mesma coisa com a taça que provavelmente era do mais velho. Depois de ter adquirido um pouco de coração, começou a ler o que estava escrito em seu bloco de notas.


“Nós estávamos acostumados a ficar juntos todo o tempo, desde a faculdade. Quando tínhamos trabalhos, fazíamos juntos, ou prova, estudávamos juntos para não ficarmos longe do outro.

Eu lembro que uma vez discutimos feio por conta de nossas família, a gente passou o dia inteiro sem se falar, mas quando formos dormir, ainda dormimos de mãos dadas como sempre fazíamos.

O fato é que eu sempre me acostumei a te ter por perto, pois até quando éramos apenas internos, fazíamos de tudo para nos vermos durante o dia.

Mesmo nos momentos mais difíceis, estávamos perto um do outro, e quando você começou a viajar, foi uma mudança grotesca na minha rotina. Não dormir com você ao meu lado ou acordar com a cama vazia... não te ter sempre do meu lado foi horrível.

Isso assusta qualquer um, eu senti que estava perdendo a importância que tinha na sua vida.

A solidão é horrível, Yoongi Hyung, você se sente tão mal e começa a se culpar por estar sozinho e, na maioria das vezes, nem é sua culpa.

Quando você tira o doce de uma criança e outra pessoa oferece um inferior para ela, mesmo não gostando, ela vai pegar, porque é o que ela tem naquele momento.

O Lucas era o que eu tinha naquele momento, foi horrível o que eu fiz, eu sei, mas ele estava ali comigo quando você não estava, e em um momento de fragilidade, eu acabei te traindo.

Eu agi errado, eu entendo que deveria ter procurado outros meios de resolver nossos problemas, mas é que nunca tínhamos tempo para ter um momento de casal, quem dirá para ter uma DR.

Eu sei que te magoei e doeu ver o quanto eu havia te magoado, porque eu nunca tinha te visto chorar tanto, mas senti que só naquele momento tive sua atenção depois de meses.

Você ficou irritado comigo, magoado e deixou a raiva falar mais forte para não demonstrar sua tristeza, foi quando você disse coisas horríveis e eu percebi que não queria aquilo pra mim, que não estava certo continuar com o nosso relacionamento, não daquele jeito.”

Yoongi tirou o bloco de notas da mão de Jimin e o puxou para um abraço, sentindo o mais novo esconder o rosto na curva de seu pescoço, entregando-se às lágrimas que deslizavam sem parar pelo seu rosto. O mais velho o apertou no abraço, sentindo seus olhos começarem a arder também. Separou-se dos braços do rapaz e deixou um selar em sua testa.


— Minha vez… — disse baixo. Em seguida, pegou a garrafa de vinho, virando-a de uma vez só, fazendo Jimin rir alto novamente. — Agora eu consigo — finalizou, limpando o canto de sua boca com o polegar e, pegou o bloco de notas, olhou para Jimin e depois começou a ler.


“Eu sinto que meu maior erro foi ter te deixado sozinho. Era um momento importante da minha carreira, mas depois eu percebi que, sem você, nada tem realmente importância.

Foi um erro marcar várias palestras, sendo que eu poderia palestrar virtualmente, eu perdi vários momentos especiais do Jae, e outros ao seu lado.

Foi um erro, sim, brigar contigo por ter me traído, jogado toda a culpa em cima de você, quando a maior parcela é minha.

Consigo ver hoje que, se eu não tivesse te deixado de lado, você nunca iria me trair.

Eu pensava que, quanto mais eu trabalhasse e me destacasse, melhor eu ficaria para estar ao seu lado, porque você sempre foi a pessoa perfeita pra mim, e eu queria ser brilhante para poder merecer estar ao seu lado.

Eu prometi nos nossos votos ser a pessoa que iria arrancar pelo menos um sorriso de seus lábios todos os dias e, no final, eu tirei apenas lágrimas e te deixei solitário.

Cometi o erro de deixar meu trabalho ser mais importante, eu deixei o orgulho ferido me dominar, paguei de vítima por ter sido traído quando, na verdade, a culpa de tudo foi minha.”


— Eu… — Yoongi tentou falar alguma coisa, mas Jimin foi mais rápido e o puxou para outro abraço.

Jae achou melhor voltar a dormir, sabia que seus pais tinham muito a conversar, e ele tomou a decisão certa.

— Combinamos que íamos escrever as cartas, eu irei ficar com a sua e você com a minha, e aí… — Jimin tentou continuar falando, mas Yoongi começou a enxugar as lágrimas que escorregaram pelas suas bochechas, o que distraiu totalmente.

— E aí vamos conversar, ver o que podemos mudar… — disse deslizando o polegar pelas bochechas do rapaz, secando suas lágrimas. — Para conseguirmos seguir em frente e sermos uma família feliz — completou, falando baixinho e vendo o mais novo apenas concordar com a cabeça.

Aquela noite havia trazido ao ex-casal lembranças ruins e boas que se tornaram ruins. Ambos estavam muito cansados, precisavam descansar.

Yoongi dormiu na casa de Hoseok, que morava naquela mesma rua. Não podia voltar para casa dirigindo depois de virar metade da garrafa de vinho.

Os dias foram passando e, todas as noites, Jimin lia a carta que Yoongi havia lhe entregue, e vice-versa, precisava aceitar o fato que o mais velho o entendia e que se arrependia pelas palavras que um dia lhe disse. Yoongi precisava entender que, se fosse em outra época, Jiminie jamais iria lhe trair, que havia sido um momento de fraqueza, e não de interesse. Precisava acreditar no amor do outro acima de tudo.

Ambos precisavam quebrar o orgulho, parar de apontar o dedo na cara um do outro, e assumir a parte da culpa que cada um tinha. Traindo Yoongi, Jimin fez o rapaz se sentir muito mal, deixando-o com a autoestima baixa e de coração partido. Deixando Jimin de lado, o mais velho provocou uma séries de pontos de interrogação no coração do outro, que se sentia inútil em uma relação na qual não tinha seu marido ao seu lado.

O dia 31 finalmente havia chegado, Jae não entendeu por que durante a manhã ficou sob os cuidados do tio Hoseok, mas, pelo que o rapaz havia lhe dito, seus dois pais estavam conversando.

Em uma cafeteria a dois quarteirões da casa de Jimin, o ex-casal estava conversando sobre assumir seus erros e deixar o passado no passado.

— Eu sinto muito por ter te deixado sozinho, por ser ausente na nossa relação, por não te tratar como você merece, por ter feito você criar dúvidas ao seu respeito. Saiba que os anos que estive ao seu lado foram os melhores da minha vida e que, se a gente voltar, eu nunca mais vou soltar a sua mão — disse Yoongi, segurando a mão do rapaz que estava apoiada sobre a mesa e entrelaçando seus dedos junto aos dele.

Jimin sorriu abertamente ao receber aquela declaração, abaixou a cabeça e respirou fundo, tentando começar a falar.

— Eu quero muito que nosso relacionamento vá para frente, que consigamos deixar o passado para trás. Sei que cometeu erros, se a situação fosse hoje em dia, iria fazer totalmente diferente. Sinto muito por ter te magoado, te deixar com a autoestima baixa e de coração partido, eu fui muito egoísta também… mas prometo mudar.

Yoongi se levantou e sentou ao lado do rapaz, abraçando-o fortemente, tomou coragem e deixou um selar demorado sobre os lábios do outro. A saudade do contato era tanta que não resistiram e acabaram aprofundando o beijo de uma forma calma e apaixonante.

O — agora atual — casal havia decidido dar mais uma chance para o relacionamento e se libertar de todo o orgulho que os rondava.

Naquele dia, o casal, junto com Jae, começou a decorar a casa com as várias rosas brancas que Jimin havia comprado. Pisca-piscas da cor branca também foram colocados sobre o corrimão da escada e em mais alguns lugares, deixando tudo mais alegre.

No final da tarde, Jimin começou a ajudar Yoongi a preparar a ceia de Ano Novo. Estavam os três na cozinha, eles conversavam, riam, e brincavam com o pequeno Jae.

Quando o jantar ficou pronto, Yoongi foi para seu apartamento, tomou um banho rápido e vestiu sua melhor roupa. Óbvio que ele não ia todo de branco — trabalhava em um hospital, tinha horror a cor —, mas sua camiseta social de botões, pelo menos, era no tom branco.

Pegou o transporte, em que havia um cachorro de pelos marrom e uma coleira dourada, escrito: Doutor Holly. Yoongi levou o cachorro para a casa de Jimin, bateu na porta e quem atendeu foi Jae.

— O que você tem aí? — Apontou para o transporte, que tinha um laço branco em cima.

— Nada… — O cachorro latiu, e Yoongi o amaldiçoou baixinho.

— AI, MEU DEUS, É UM CACHORRO! — disse abraçando o transporte, fazendo Yoongi rir, e Jimin também, que o chamou para entrar dentro de casa.

— Bom, como pedir o cachorro não foi um abuso, achamos legal te dar algo a mais além de um final de ano sem brigas — disse Jimin sorrindo. Abaixou-se para brincar com o cão que pulava pela casa, deixando Jae extremamente alegre.

— É o nosso pedido de desculpas, filho, por todas as discussões que te fizemos ouvir.

— Vocês estão muito desculpados — disse rindo, entrando o cachorro lambia seu rosto.

Yoongi aproveitou aquele momento para tirar algumas fotos de seu filho com o cachorro e de Jimin sorrindo. Ele ficava lindo sorrindo.

— Você fica lindo de camiseta branca — falou Jimin em um tom baixo para que apenas Yoongi ouvisse, o que fez o rapaz sorrir abertamente e deixar um selar rápido na bochecha do outro.

Continuaram brincando com o cachorro até que faltavam poucos minutos para a virada do ano. Subiram para o terraço, Yoongi com uma garrafa de champanhe e uma lata de Coca, e Jimin com duas taças e um copo, e Jae — bom, Jae segurava o cachorro.

— Dez, nove, oito, sete, seis, quatro, três, dois, um! Feliz Ano Novo! — falaram todos juntos, vendo os fogos começar a soltar no céu de Seul.

Yoongi abriu a champanhe e colocou nas taças enquanto Jimin servia refrigerante para o filho, que tentava segurar o cachorro que estava com medo do barulho.

— Finalmente consegui! Fica quietinho no meu colo, Holly… AI MEU DEUS! — gritou Jae ao ver seus dois pais se beijando, assustando o casal que o olhou rapidamente e ouviu o choro do animal.

— O CACHORRO, JAE! — O garoto simplesmente havia esquecido do animal e o abandonado sobre o chão.

Naquele momento, Yoongi correu e pegou o cachorrinho, fazendo carinho para que ele não ficasse triste.

— Vocês… vocês… — dizia Jae boquiaberto, mas parecia muito feliz.

— A gente voltou, Jae. Vamos tentar reconstruir a nossa família, sem brigas…

Jimin foi interrompido por um abraço apertado. Yoongi apenas sorriu e se juntou ao momento. Aquela decisão de deixarem o orgulho de lado e se focarem nos bons sentimentos que tinham um pelo outro havia feito bem para todo mundo.

— Esse foi o melhor ano de todos!

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Notas finais:

Gostaria de agradecer a beta @YinLua e a capista @yoonckyn por terem feito um excelente trabalho.

Beijinhos💜

3 de Janeiro de 2022 às 22:11 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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