sandra-longbottom24 Sandra Longbottom

(Genderbend) Rena é confrontada por suas amigas, que descobrem seu segredo oculto. Em vez de a porem de lado, ajudam-na de uma forma inesperada.


Fanfiction Livros Todo o público.

#amizade #fluffy #genderbend #marotos #salily #two-shot #fanfic
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Capítulo 1 - O Segredo Revelado

Nota da Autora:

1) Harry Potter e seus personagens não me pertencem. E sim a J.K. Rowling e a Warner Bros. Entertainment Inc. Essa fanfic não tem nenhum fim lucrativo, é pura diversão.
2) Essa fanfic é uma genderbend, ou seja, é uma fanfic em que o personagem fictício tem seu sexo ou identidade de gênero alterado a partir da norma canônica. A fanfic está situada na época dos Marotos. Minha primeira fanfic com esse tema.

Uma boa leitura a todos ^^


S.L.


Rena Lupin, uma jovem de belos olhos cor de âmbar e longos cabelos castanhos, saía da enfermaria de Hogwarts depois de uma semana intensa de lua cheia. Seu corpo frágil estava dolorido e com novas cicatrizes, mas nenhuma visível. Ela olhava constantemente para suas pernas, para ver se estavam machucadas, mas estavam normais.

Quando tinha chegado à enfermaria, tinha tomado um banho com a ajuda de Madame Pomfrey, que a ajudara a se lavar da sujeira e do sangue seco, desinfetando suas novas feridas.

Para sua satisfação, Dumbledore tinha passado por lá e conversado com ela, para saber como se encontrava. Não tinha disposição, depois daquela semana de sofrimento, de subir as escadas em caracol e entrar na sala do diretor, como se tivesse em encrencas. Já chegava quando tentava salvar suas amigas de detenções, o que era quase todos as semanas.

O diretor era um homem muito amável, que tinha construído um abrigo para suas "Noites de Lua", como ela chamava aos dias de lua cheia. A diretora de sua casa, depois das luas cheias, ia sempre levar-lhe biscoitos de chocolate e uma manta, para se tapar, pois suas transformações, por vezes, eram tão repentinas, que rasgavam suas roupas.

Já passava da meia noite e os corredores estavam desertos, para seu alívio. Se a vissem, no dia seguinte seu nome seria falado por toda Hogwarts e ela não gostava de dar nas vistas. Se investigassem um pouco poderiam descobrir seu segredo, e ela estaria em sérios problemas.

Mesmo com os músculos doloridos, se esforçou por correr. Estava desejosa por chegar a seu dormitório, tomar uma relaxante ducha e se deitar na cama. A água ajudava a minimizar a dor. Se sentia terrivelmente cansada, mal se aguentava de pé, mas fez um ultimo esforço. Era uma garota, uma lobisomem, era forte. Passava pela TPM e pela menstruação e essas dores não se comparavam às transformações.

Tinha uma pequena dor de cabeça, devido à falta de descanso, e massajou as têmporas. Precisava mesmo de descansar. Se dirigiu para a Torre Leste e atravessou o corredor do sétimo andar. Parou à frente da Dama Gorda, que estava descansando e pigarreou. O retrato abriu os olhos, sonolenta e, ao ver o rosto cansado e as olheiras debaixo dos olhos opacos de Rema, disse, suavemente:

– A senha, Rena? – Ela fechou seus olhos, sentindo uma tontura, mas conseguiu se equilibrar e respondeu, com voz fraca:

– Bravura. – A Dama Gorda se endireitou, olhando preocupada para ela, mas abriu a porta, a deixando passar.

Rena entrou aos tropeções e respirou fundo, antes de descer as escadas do Salão Comunal. Viu Jane Potter e Sirena Black sentadas no sofá, em frente à lareira. Estavam ambas de pijama, uns shorts e uma blusa fina, e conversavam em voz baixa. Os cabelos de Sirena, brilhantes e sedosos, caíam como cascatas por suas costas, ao contrário dos de Jane, que eram curtos e rebeldes, e negros como a noite. Seus suaves perfumes entraram por suas narinas e ela se sentiu em paz.

– Oi. – Falou Rena, revelando sua presença. Elas se levantaram de um salto e observaram-na, preocupadas. Sirena foi a primeira a reagir, se dirigindo apressadamente para ela e a puxando pelo braço. Rena soltou um silvo de dor e Sirena largou de imediato seu braço, pedindo desculpas:

– Me perdoe, Rena. – Falou, penalizada – Não queria ser tão bruta.

– Não há problema. – Respondeu ela, massajando seu braço. Sirena entrelaçou suavemente o braço em seus quadris e a encaminhou para o sofá, onde Jane as esperava, de pernas cruzadas, mostrando uma boa parte de sua coxa, e seu rosto estava sério, como nunca tinha visto. Endireitou seus óculos, observando elas se sentando. Sem deixá-la respirar, atacou de imediato com perguntas:

– OK, Rena. – Ordenou, os olhos dela brilhavam em sua direção – Nos fale. Que está acontecendo com você?

– Como assim? – Perguntou ela, tentando se desviar da conversa – Eu estou bem.

– Não está nada. – Falou Sirena, veementemente – Você anda esquisita. Você já é, mas anda ainda mais.

– Nos conte o que está acontecendo, por favor. – Pediu Jane, suavemente – Somos suas amigas.

Os olhos de Rena se encheram de lágrimas com essas palavras, mas ela não falou. Não tinha coragem para revelar seu segredo, mesmo às suas amigas. Sabia que, mal o contasse, seria descartada como um pedaço de lixo, sem uso. Um nada.

Percebendo seu estado alterado, as duas amigas se aproximaram mais e lhe deram um abraço. Antes que Rena pudesse evitar, lágrimas começaram escorrendo por seu rosto marcado pelo cansaço e chorou por uma infinidade de tempo. Elas não a largaram e Rena agradeceu profundamente o caloroso contato.

– Nos conte, por favor. – Pediu Sirena, suavemente. Rena sabia que não podia contar a verdade, tinha muito medo da rejeição. Tinha de contar a mentira do costume.

– Minha mãe… – Começou, mas Jane a interrompeu, se afastando dela:

– Sabemos que sua mãe não está doente, não é sobre ela. É outro assunto mais importante.

Rena sabia que suas amigas eram inteligentes, por isso, quase sempre escapavam às detenções.

– Como? – Perguntou, querendo saber como elas tinham descoberto.

– Porque não é normal você sair só nas semanas de lua cheia. – Falou Sirena, de repente, e ela fechou seus olhos, percebendo que elas sabiam a verdade, que só queriam sua confirmação. Não viu o empurrão que Jane deu a Sirena e os olhares de reprovação. Sirena fez um olhar de cachorrinho abandonado e Jane revirou os olhos, voltando a olhar para Rena. Abriu novamente os olhos e perguntou:

– Que vocês querem saber? -Jane hesitou, sabendo que provocaria dor em sua amiga, mas sabia que tinha de perguntar. Hesitante, falou:

– Rena, você é….uma lobisomem? – Ela sentiu seu sangue correndo rapidamente e deixou de respirar por uns momentos, devido ao choque da pergunta. Mesmo sabendo que ela iria ser feita, era doloroso demais escutá-la.

Olhou para o fogo crepitante da lareira, sentindo frio, mesmo quando o Salão Comunal estava quente. Seu coração tamborilava e as lágrimas inundavam seu rosto. Limpou com as mãos, sabendo que aquele momento, que tanto tentara evitar, tinha chegado. Nunca pensou que pudesse ser tão cedo.

Era uma jovem de doze anos, que tinha sido mordida pelo alfa mais poderoso da sociedade, Fenrir Greyback. Tinha apenas quarto anos, quando tudo aconteceu, por uma desavença estúpida com seu pai, Lyall Lupin, que era uma autoridade de renome mundial sobre não-humanos, espíritos, aparições e outras criaturas estranhas. Não sabia direito a história, seus pais nunca lhe contaram toda a história. Mas sabia que tinha a ver com a morte de duas crianças trouxas.

Mesmo sendo tão jovem, ainda se lembrava da primeira lua cheia, era difícil esquecer a dor intensa que a tinha avassalado quando a lua iluminou os céus. Tinha gritado de dor, implorando pela ajuda de seus pais, mas a porta do quarto enfeitado, onde tinha sido trancada, não se tinha aberto durante toda a noite.

Tinha sentido muito medo de não sobreviver, ela era uma menina que adorava a natureza, a vida. Possuía uma enorme valentia, era determinada e uma pessoa de bom senso, fazendo com que os adultos pensassem que ela era mais velha do que parecia e ficavam espantados por perceberem que era muito nova. Queria esquecer, ser uma adolescente normal, mas não podia. Greyback tinha roubado sua inocência, a beleza da infância.

Tinha sido uma sorte para ela entrar em Hogwarts. Por não ter controle sobre a doença, tornava-se perigosa sempre que se transformava. Parecia impossível que um dia chegasse a freqüentar a Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, pois os pais das outras crianças certamente se oporiam à ideia de que seus filhos estudassem com uma lobisomem.

Mas, quando completou onze anos, Albus Dumbledore assumiu a direção da escola e permitiu que ela estudasse na escola, mantendo sua condição em segredo. Chegou a Hogwarts e Dumbledore tomou alguns cuidados especiais antes de sua chegada, visando a proteção dos estudantes, professores e dela própria.

Foi construído um túnel dos jardins da escola até uma casa no povoado de Hogsmeade, nas proximidades do castelo. À entrada do túnel nos jardins foi plantado estrategicamente um Salgueiro Lutador.

Todos os meses, poderia se esconder nesta casa durante a lua cheia e suas transformações eram tão violentas que os moradores de Hogsmeade acreditavam que a casa, então chamada de Casa dos Gritos, fosse assombrada por fantasmas.

Sempre pensou que iria ficar sozinha, mas fez amizade no trem com Jane e Sirena, que nunca a largaram. Elas já se conheciam desde bebês mas, não sabia porque, queriam inclui-la no grupo. Nunca tivera amigos, tinha medo que soubessem sua condição e que a rejeitassem, mas elas nunca desistiram dela, e se tornaram amigas.

Ainda se lembrava de uma das detenções das duas garotas, um Slytherin a tinha ofendido no meio do Salão Principal, porque tinha tirado uma melhor nota no trabalho de Transfiguração, e suas amigas lhe lançaram um feitiço, que o deixou com borbulhas grandes e mal cheirosas em todo seu corpo. Demorou uns dias para o garoto se livrar delas, e as garotas tiveram de limpar o banheiro feminino, mas nunca se queixaram do castigo, só lamentaram que o feitiço não tivesse sido definitivo. Esse gesto lhe tinha demonstrado que se importavam com ela, e que queriam seu bem e, a partir daí, aceitou abertamente a amizade delas.

Chorando com as recordações, respondeu baixinho:

– Sim… – Tapou o rosto com as mãos, temendo a reação de suas amigas, e continuou – Eu sou um monstro.

Soluçou, ignorando seu corpo dolorido. A dor de seu coração era mais cruel, mais intensa. Ficaram as três em silêncio, Sirena e Jane pensavam, enquanto Rena se tentava acalmar. Ela sabia que, depois dessa revelação, que iria ficar sozinha.

Inspirou fundo várias vezes e olhou para suas amigas, que a olhavam seriamente. Com os olhos brilhando de raiva, Jane perguntou:

– Quem foi o maldito?

– Greyback. – Respondeu de imediato.

– Como aconteceu? – Perguntou Sirena, sua voz estava baixa e tensa.

– Tinha quatro anos na altura. – E contou sua história. Suas amigas escutaram atentamente, sem se mexerem, nem dizerem uma palavra. Por suas expressões dava para perceber que queriam se vingar de Greyback, mas Rena não deixaria. Nunca permitiria que elas ficassem em perigo por sua causa.

Sentiu os braços de Jane a rodeando, um abraço possessivo, e escutou suas palavras, que transbordavam uma sinceridade translúcida:

– Vai ficar tudo bem. – Prometeu – A gente está aqui para você.

Sentiu um toque suave em seus cabelos e Sirena falou, sua voz denotava tristeza:

– Nunca nos afastaremos de você. – Prometeu Sirena – Vamos arranjar uma solução…

– Porque somos as "Marotas". – Concluiu Jane e se afastaram. Rena deu um sorriso tímido, se sentindo mais leve, antes de se aperceber da verdade. De olhos marejados, falou:

– Mas…mas sou um monstro. – Soluçou, se apercebendo que não poderia ter ninguém a seu lado. Elas ficariam em perigo, e nunca se perdoaria se algo de mal lhes acontecesse por sua causa. Jane se levantou, juntou as palmas das mãos, mexendo-as para cima e para baixo, um gesto demonstrava claramente que ela não acreditava no que estava ouvindo.

– Está sendo dramática. – Falou sua amiga, irônicamente – Segure os Testrálios, Rena. Me perdoe por não estar tremendo na sua presença

– Mas, é verdade. – Falou chorosa.

– Você é nossa amiga. – Começou Sirena, seriamente, algo que Rena raramente via nela.

– E não deixaremos você sozinha. – Jane torceu suas mãos, nervosa, e Rena ficou preocupada, perguntando:

– Que aconteceu?

– Eu também tenho uma coisa para revelar. – Começou Jane, fechando seus olhos castanhos-esverdeados. Ficaram em silêncio, por uns momentos, mas Sirena quebrou o momento, falando com superioridade:

– Deixe de ser dramática, Jane, e fale logo.

– Sirena! – Repreendeu Rena – Não pressione, pode ser doloroso para ela falar disso.

– Me desculpe. – Pediu ela, em um muxoxo. Jane ergueu seus braços e falou:

– Está vendo esse braço. – Abanou o esquerdo, e as duas amigas focalizaram o olhar – É, na verdade, mais pequeno que o outro, mas você não consegue ver, especialmente quando faço isso.

E abanou os braços de cima a baixo, movendo os quadris e os cabelos em uma dança ridícula. Rena deu uma risadinha ao ver como ela se mexia. Sirena, a seu lado, observava atentamente suas reações, sentindo o coração apertado. Rena era a melhor pessoa que conhecia, e sofria cruelmente por causa de um monstro.

Tentou imaginar como ela se devia ter sentido tão sozinha durante aquelas luas cheias, fechada na Casa dos Gritos, para não machucar ninguém. Ela não merecia todo aquele sofrimento. Elas, no início do ano, tinham desconfiado de seus sumiços. Conheciam a história de sua mãe, mas algo não batia certo. Um dia, por acaso, quando Jane estava olhando o calendário, no final do primeiro ano, é que se aperceberam da coincidência. Ficaram com receio de lhe perguntar, afinal, podiam estar enganadas. Mas foi uma cicatriz que tinham visto nas costas de Rena, quando ela estava trocando de roupa, que se aperceberam que seus receios eram reais.

Sem ela saber, tinham ido várias vezes à biblioteca, o local mais poeirento de toda a escola e procurado uma resposta. Até aquele momento, não tinham encontrado uma resposta, mas iriam procurar mais intensamente. Afinal, já tinham lido mais de metade da biblioteca, por Rena.

De repente, uma passagem de um livro de Transfiguração do sétimo ano surgiu em seus pensamentos e sorriu. Precisava de reler o livro, para saber mais. Se levantou e Jane parou sua dança ridícula. Rena parou de rir e Sirena falou:

– Creio que Rena precisa de dormir. Nem com maquiagem consegue tirar essa palidez mórbida. Parece um vampiro com falta de sangue.

– Sirena! – Repreendeu Rena, envergonhada com a falta de tato de sua amiga, mas elas ajudaram-na a se levantar, a levando para o dormitório feminino. Retiraram suas roupas, tentando ignorar as cicatrizes em suas costas e encheram a banheira com espuma e água morna. Ajudaram-na a se sentar e Rena suspirou ao sentir a água morna banhando seu corpo. Saíram do banheiro, e Rena se lavou lentamente com uma bucha. Ainda se sentia suja daquelas noites, e sabia que essa sensação só desapareceria dentro de alguns dias.

Se sentia melhor, seus músculos já não estavam tão doloridos. Se lavou e enrolou a toalha no corpo. Lavou os dentes e vestiu o pijama que suas amigas tinham deixado para ela. Saiu do banheiro e viu Jane e Sirena ajeitando sua cama. No criado mudo estava um prato com biscoitos de chocolate e um copo de leite. Estavam-na paparicando.

Com lágrimas nos olhos, se aproximou e agradeceu:

– Obrigada, meninas. – Elas sorriram e Rena beijou-as na bochecha, se deitando na cama. Se entreteu bebericando o leite, que estava morno e gostoso, e comendo os biscoitos. Sirena perguntou, marotamente, usando propositadamente seu apelido:

– Você quer uma massagem, Moony?

– Vá dormir. – Sussurrou Rena, envergonhada com o tom sedutor de sua amiga. Enquanto Sirena tentava não gargalhar, Jane falou:

– Até amanhã. – Lhe deram um beijo na testa e se afastaram. Rena, sorrindo, respondeu:

– Até amanhã, meninas. – Escutou elas se deitando na cama e, poucos minutos depois, no silêncio, terminou seu lanche. Sentindo o sono chegando, só teve tempo de colocar o copo no criado mudo e adormeceu, sem se aperceber que suas amigas estavam esperando ela adormecer, para criarem um plano para ajudá-la.


Continua…


Nota da Autora: Oi! Mais um projeto que iniciei. Dessa vez é genderbend e na Época dos Marotos. Espero que tenham gostado do capítulo. Essa fanfic terá apenas dois capítulos. Espero que gostem do desenrolar da história. Bjs :D

4 de Dezembro de 2021 às 16:02 0 Denunciar Insira Seguir história
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Leia o próximo capítulo Capítulo 2 - Descobrindo uma Solução

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