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Yoongi, desde sua infância, criava desenhos de personagens aterrorizantes, como Shooky, Guinho e Infires Man. Bem, o que ele não esperava era que, depois de um dia exaustivo e cansativo dia de estudo na faculdade, ele encontraria sua casa repleta daqueles diversos personagens que desenhava desde a infância, tendo que lidar com acidentes e situações estranhas. Pelo menos ele teria Jimin — seu personagem mais perigoso e que, há anos, Yoongi tinha um penhasco por ele — para o ajudar. Parando para pensar… ele não o ajudava tanto assim.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 21 anos apenas (adultos).

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Quero-te

Escrito por: girl_daegu

Notas Iniciais: E estou eu aqui com mais uma fic pra esse projeto lindo 😔💜

Essa fic tem uma pegada mais comédia e não é lá super mirabolante, mas foi muito bom escrever ela e espero que vocês gostem 💜


~~~~


Eu podia sentir que, em questão de segundos, daria de cara com a mesa na qual eu apoiava um cotovelo e segurava minha cabeça que, insistentemente, tombava junto com meus olhos, que sempre se fechavam, rendidos ao sono durante a aula.

A tão odiada aula de ergonomia — diga-se a matéria mais chata de todo meu curso — onde eram estudadas as relações entre os humanos e a tecnologia, visando segurança e qualidade. Qual era, mano?! Eu amava meu curso, mas o que aquilo tinha a acrescentar para minha vida de futuro designer? Nada, isso mesmo.

Desde pequeno, sempre tive o gosto de criar personagens, desenhar árvores que via pela frente e rabiscar todas as paredes. Que aliás, minha mãe quase voava em cima de mim, vendo toda a minha obra de arte nas recentes paredes pintadas de casa.

— MIN YOONGI! — Fui despertado pela voz exagerada da professora, que, em questão de segundos, não pôde continuar sua fala, pois foi interrompida pelo último sinal da noite: o que indicaria a saída dos alunos. Isso me fez começar a recolher meus materiais de minha carteira, louco para ir para casa e me levantar para fugir da Professora Kim. — Min Yoongi, você fica. Organize esses relatórios primeiro, e deixo você sair em seguida.

Sim, Min Yoongi, um jovem de 24 anos, teve de ficar até mais tarde do que o esperado na faculdade por conta de um castigo típico de crianças de 10 anos. Tudo por dormir quase metade da aula.

[...]

Toda ação gera uma reação, não é mesmo? E a reação daquele tão amado castigo foi eu perder o único ônibus que tinha para finalmente ir para casa, tendo que enfrentar uma longa e sofrida hora de caminhada, chegando em casa depois de meia-noite.

31 de outubro. O dia tão esperado por mim: Halloween.

Eu era tão fascinado pelo dia que, desde pequeno, criava vários personagens macabros como monstros, personagens assassinos, entre outros que uma criança de 8 anos normalmente nunca sonharia em desenhar.

E foi naquela noite de Halloween que o mais inesperado aconteceu.

Quando vi as luzes de minha casa — diga-se a casa antiga de meus pais, que se mudaram para outra cidade e eu tomei conta enquanto frequentava a faculdade —, notei que havia várias silhuetas se mexendo lá dentro, como se houve alguma... festa?!

Os meus passos iam rápidos em direção à porta, subindo a pequena escada que dava acesso à porta principal de casa, remexendo as chaves como se não houvesse amanhã. Fui surpreendido por diversos daqueles personagens que eu mesmo havia desenhado, andando por minha casa como se ela já pertencesse a eles a anos.

Será que eu estava sonhando enquanto ainda dormia naquela carteira dura na aula de ergonomia? Poderia ser, mesmo.

— Criador, por que está aí parado? Entre e aproveite a festa! — Infires Man disse, indo colocar sua mão em meu ombro, mas me esquivei assim que me lembrei de todos seus poderes.

Infires Man era um personagem completamente envolto pelo fogo, que qualquer lugar que ele tocasse era todo tomado pelas chamas. E bem, eu que não queria ser morto naquele momento!

— O que está acontecendo aqui? — Minha voz era baixa, eu não conseguia descrever o que se passava pela minha cabeça agora. Talvez eu estivesse ficando maluco.

— É noite de Halloween! Não é o máximo? Vamos beber, o pessoal do BT21 trouxe bebidas pra gente! — E meus passos iam involuntariamente em direção ao outro.

Havia tudo o que estava em meu caderno de desenhos, geleias que se dividiam em várias partes, sombras pretas e todos os personagens imagináveis que uma criança — e até mesmo um adulto como eu, já que até adulto continuei criando — poderia desenhar.

[...]

— Não tem o menor sentido! — eu dizia, enquanto ainda nem tinha terminado meu primeiro copo de bebida. — Como, em uma simples noite de Halloween, vocês podem surgir do nada assim em minha casa? Vocês são fictícios! E eu não sou um personagem de uma história, sou carne e osso! — dizia enquanto puxava um pouco de minha pele do braço, mostrando o quanto sou "real". E o outro apenas deu de ombros, tomando um pouco da bebida, fazendo o fogo de sua cabeça aumentar por conta do álcool.

— Criador, Jimin está lhe chamando! Jimin está lhe chamando! — Os personagens do BT21 saltitavam ao meu lado repetidas vezes; na verdade, eram somente seis deles. Shooky — diga-se o meu preferido dentre os sete — não estava entre eles. — Criador, Jimin está lhe chamando! Jimin está lhe chamando! — E a repetição constante da frase me fez acordar.

Park Jimin... Então ele também tinha ganhado vida?

Os bonequinhos fofos iam pulando enquanto me guiavam pela casa, levando-me a uma pequena sala onde eu sempre desenhava os personagens.

— Yoongi... — Jimin disse assim que a porta foi aberta, revelando-me enquanto deixava um leve carinho em cima da cabeça de Shooky, que permanecia em seu colo. — Sente-se... — Ele era o único que me chamava pelo nome real, sem ser Criador...

Jimin era o personagem que fiquei mais tempo trabalhando, e também o que tinha a aparência completamente humana, mas com traços tão perfeitos que qualquer um duvidaria que ele fosse um. Seus cabelos eram de um tom rosa claro, que combinavam completamente com seus olhos avermelhados e brilhantes, que eram acompanhados de roupas sempre pretas e elegantes, bem desenhadas. Sua pele era como a de um bebê, tinha algum brilho que se assemelhava a de uma boneca, seus lábios brilhavam fortemente com o gloss rosa claro. Jimin era o personagem perfeito ao meu meu olhar, que encantava pessoas em noites frias à meia-noite, e em seguida, arrancava seus corações sem dó nem piedade. Jimin era sem dúvidas a minha criação favorita e, ao mesmo tempo, a mais cruel de todas.

— Como consegue se sentar na cadeira de seu criador como se fosse o dono de tudo isso? — disse em um pingo de coragem, aproximando-me da mesa e me sentando na cadeira que ficava de frente para ele.

— Ai, ai, Min... — Soltou uma risada sarcástica colocando Shooky na mesa, que, aliás, tinha cerca de quinze a vinte centímetros assim como os outros. — Você sabe que eu tenho um lugarzinho especial nas suas criações... — E deu a volta na mesa, posicionando-se atrás da cadeira onde eu mesmo estava. — Acha mesmo que eu ficaria no meio daquela bagunça toda, perdendo a chance de ficar aqui pertinho de onde toda a magia acontece? Meu querido Yoongi... — E suas mãos agora deslizavam suavemente por meus ombros, fazendo-me fechar os olhos sem nem mesmo perceber.

— Você sabe o porquê de todos terem saído do papel, Jimin? — disse, com a voz um pouco mais relaxada do que antes.

— Eu não sei... — E senti seu polegar entrar levemente por cima de minha camisa, melhorando a massagem se aproximando e sussurrando em meu ouvido. — Mas eu tenho certeza que esse Halloween será perfeito...

— Infires Man colocou fogo na poltrona! Infires Man colocou fogo na poltrona! — E os pequenos bonequinhos entraram no cômodo gritando insistentemente, fazendo Shooky se juntar a eles, novamente pulando.

— O quê?! — Levantei, saindo do cômodo, sendo acompanhado de Jimin, que me seguia com uma risada exagerada, mas ainda assim em passos elegantes.

Todos tentavam apagar o fogo de alguma forma, seja jogando água e falhando miseravelmente, ou até mesmo abanando com a própria mão como se ajudasse em algo. Até eu me lembrar do pequeno extintor que tinha sob a pia da cozinha, correndo para pegá-lo e logo tentar apagar o fogo. Felizmente, conseguindo.

Após as chamas sumirem, o local ficou em completo silêncio e todos aqueles seres sobrenaturais me olhavam em silêncio com um olhar de… coitados?! Menos Jimin, claro, que colocava uma mão na frente de sua boca tentando esconder o sorriso arteiro.

— Vocês fazem uma festa na minha casa, quebram todos os copos de minha mãe e ainda por cima colocam fogo no meu sofá?! — Minha voz estava alterada, muito alterada.

E mesmo assim, o silêncio continuou após minha fala.

— Criador, ainda sobraram três copos! — Os personagens agora estavam em cima da bancada, apontando para os três copos que tinham um resto de bebida, que logo foram ao chão com toda a agitação dos sete. Eles pararam de pular assim que ouviram o barulho de vidro sendo quebrado completamente, assustados e amedrontados com minha expressão. Os meus olhos já estavam fixos nos copos no chão, ainda sem saber o que fazer. Como eu resolveria aquilo?

— Pessoal, podem continuar a festa. — A voz calma invadiu o local, aproximando-se do lugar onde eu estava, pegando o extintor que ainda estava em minhas mãos e o colocando sobre o sofá. — O Criador de vocês precisa se acalmar, não é, Yoongi? — E olhou novamente em minha direção com um olhar indecifrável.

Sua fala fez, assim, toda a música voltar a tocar e a bagunça retornar como se eu não tivesse tido aquele meu surto no meio da sala.

[...]

— Eu não vou cair em seus encantos, Park. Eu sei muito bem como você é e o que você quer... — falei assim que o Park me puxou pela mão novamente à minha sala de criações.

— Nossa, Yoongi... — reclamou com um bico, soltando minha mão e se aproximando da grande cadeira que estava atrás da mesa, repleta dos desenhos que eu fazia. — Olhe, o seu primeiro rascunho do Shooky... — E tirou uma folha dentre as outras, com um sorriso mais dócil do que o anterior, fazendo-me me aproximar da mesa para pegar a folha.

— Eu não subestimo o fato de ele ser um dos meus preferidos, desde pequeno eu já imaginava esse pequeno biscoitinho... — Meu sorriso foi automático naquele momento, eu nunca imaginaria que algum dia o meu tão querido Shooky estaria pulando pelos cômodos de minha casa.

— Por que nos criar, Yoongi? — A voz de Jimin agora era mais calma, um pouco mais rouca. O típico tom que eu imaginava que Jimin teria enquanto criava seus desenhos.

— Hum? — Levantei meu olhar, confuso, e naquele segundo, percebi que tinha me afogado em um mar sem fim. — Não, Jimin...

Naquele momento, o cheiro adocicado se espalhava por todo o cômodo, e eu não conseguia desviar meus olhos dos orbes vermelhos do outro de forma alguma. Aquele era um dos meus maiores pontos fracos.

— Por que criar um personagem perfeito aos seus olhos, Yoongi? — Jimin disse, aproximando-se pouco a pouco, até seu rosto estar a poucos milímetros do meu.

— Jimin, por favor, não use esses poderes comigo... — Fechei meus olhos, engolindo em seco, sem conseguir mexer nenhum músculo de meu corpo que estava sob meu controle.

Uma risada sarcástica, foi somente aquilo que ouvi.

— Eu não estou usando meus poderes, Yoongi — E seus dedos, aos poucos, foram raspando a lateral de meu pescoço. — Você sempre ficou de quatro por mim, desde o seu primeiro traço, Yoongi...

E eu não sabia quando e nem como meu corpo foi prensado contra a mesa, que estava ao nosso lado. E não me perguntem como eu consegui abrir meus olhos depois daquilo. Eu só podia estar sob os feitiços de Jimin, não era possível eu estar daquela forma, querendo-o tanto.

Ele tinha sua testa colada à minha e seus olhos permaneciam fixos nos meus. As pequenas mãos foram contornando meu quadril lentamente, enquanto eu tentava não me focar naquele cheiro maravilhoso. Então, falhei miseravelmente.

Desde quando Jimin era tão ativo assim?

— Você sabe que a qualquer momento pode sair dessa sala, Yoongi. — E sua mão direita segurava minha perna levemente, para me ajudar a sentar sobre a mesa, arrastando todas aquelas folhas para o chão, comigo fechando meus olhos e direcionando uma mão até os cabelos rosados, sentindo diretamente pela primeira vez como eles eram macios como nuvens, exatamente da maneira que sempre imaginei.

Eu não sabia como tinha ficado tão entregue ao Park. A cada segundo que olhava em seus olhos, eu sentia que aquilo era uma das coisas que eu mais queria desde seu primeiro traço, como ele mesmo havia dito segundos atrás.

Aos poucos, as roupas iam caindo junto às folhas do chão e a temperatura do local parecia ainda mais quente. Era Jimin que tinha feito aquilo?

Não era possível eu sentir aquilo a não ser com seus poderes.

— Você me quer, Yoongi? — Jimin dizia enquanto passava uma mão por meu tronco arrepiado, que estava completamente deitado na mesa. Sua outra mão estava entre minhas pernas perto de minha entrada, acariciando levemente com dois de seus dedos indicando que logo me prepararia.

Porém, de acordo com a história que eu mesmo tinha criado para Jimin, ele encantaria a presa e, em seguida, faria a pergunta "Você me quer?". A presa automaticamente responderia algo como "Quero-te", e somente com essa resposta exata, Jimin poderia atacar a pessoa pretendente.

— Porra, começou então termina... — Eu fugi ao máximo de dizer a frase, já ciente de todos seus planos.

Mas eu realmente queria aquilo, nem que eu tivesse que me segurar toda a noite para não falar a frase, eu suportaria somente para sentir um pouco do outro próximo de mim. Minha voz era sussurrada, mas mostrava total entrega. Só de imaginar ter Jimin daquela forma, meu corpo já entrava em início de combustão.

Os dedos caminhavam tão bem por minha pele e interior... A boca em meu tronco fazia eu me sentir como se tivesse colocado fogo sobre meu peito, que subia e descia freneticamente.

— Jimin, pelo amor de Deus, dedo não sacia vontade! Continua... Ah! — E fui surpreendido pelo membro do outro indo contra mim, fazendo-me soltar um gemido alto de total dor, mas satisfação de que logo melhoraria. Jimin era perfeito.

— Diga que me quer, Yoongi... — Jimin dizia enquanto acelerava os movimentos e me fazia começar a sentir o prazer. — Eu sei que você quer dizer... — O seu sorriso era a coisa mais pecaminosa que já tinha encontrado em toda minha vida. Os olhos avermelhados... Tudo.

— Se você acha que eu vou falar isso durante uma das melhores transas que já tive, pra depois ser sua presa, você tá muito fodido. — A minha risada era de completo deboche, mas que logo foi cortada quando o outro começava a me masturbar de uma velocidade tão lenta que era totalmente torturante.

— Então teremos que mudar as regras do jogo com o Criador? — Jimin disse sugestivo, antes de levantar meu tronco e me puxar para um beijo.

[...]

Os raios de sol entravam lentamente pelas cortinas, indicando o início de um dia ensolarado e bem quente, fazendo-me tirar os olhos da grande janela que tinha no cômodo, quando, curiosamente, ouvi um gemido baixo do outro que estava entre meus braços. As costas desnudas de Jimin tinham um tom avermelhado e cada vez mais iam ficando machucadas ao serem expostas ao Sol. Rapidamente coloquei minha mão por cima daquilo para ver se não estava sonhando e fui surpreendido por um Jimin completamente assustado, soltando um gemido de dor.

— Puta merda, o que é isso?! — Levantou-se rapidamente e soltou um gemido alto, quando todo seu corpo estava exposto à luz do Sol.

E em questão de segundos, corri em direção às cortinas, fechando-as e impedindo o Sol de entrar e possivelmente o machucar.

— Sente-se, me deixe ver como isso está... — Jimin agora tinha um rosto distorcido e seu corpo parecia ainda mais tenso quando se sentou no pequeno sofá. — Por que você ficou assim? — Coloquei meu dedo em cima de uma ferida sem pensar muito, mas logo fui repreendido pelo outro, que se virava novamente em minha direção.

— Se esqueceu que os personagens de terror "ficam à solta" durante a noite? — Eu ainda permanecia com uma expressão confusa no rosto. Tinha vezes que nem eu mesmo entendia as coisas que eu mesmo criava. — Que lerdeza, Yoongi! Nem parece que você gosta tanto de terror! Os "monstros" não atacam durante o dia porque a luz do sol os queima!

Agora tudo fazia sentido! Por isso, todos têm menos medo de ver filmes de terror de dia e nem mesmo sabem o porquê. Era por isso que eu sempre me sentia inspirado para criar personagens macabros durante noites medonhas. Todos eles foram criados durante a noite, todos gostavam da noite.

— Os outros, Jimin! — Pulei do sofá, colocando minha roupa que estava no chão desde o ocorrido à noite, logo correndo atrás dos outros.

Todos tremiam de medo, se escondiam atrás de sofás, cadeiras, balcão, fogão e qualquer coisa que causasse alguma sombra. Poucos entendiam o que estava acontecendo, e os que entendiam tinham medo de se aproximar da janela.

Uma, duas, três cortinas fechadas da sala por mim.

— Vocês vão ficar aqui pra sempre? — perguntei indignado, ouvindo uma risada segurada do Park, escorado no batente da porta, agora já com uma calça no corpo.

— Criador, você não gosta de nós? — Guinho, um de meus personagens, disse, saindo de trás do sofá com os olhos marejados. O personagem tinha a aparência de 6 anos, e era idêntico a mim quando criança, mas tinha um ponto aposto: se alguém discordasse de si, o mesmo o atacava no mesmo momento com os olhos completamente vermelhos.

— Não! Digo, quer dizer... Sim! O quê? — Arregalei meus olhos, logo percebendo que toda a minha própria confusão tinha feito os olhos do outro começarem a se avermelhar. Eu tinha o contrariado.

— Guinho, não fale assim, você sabe que todos te amamos! — Jimin se aproximou do outro, já com uma coberta em volta de seu tronco desnudo, abaixando-se para pegar o outro em seu colo, que já começava a esbanjar total raiva quase voando em cima de mim. — Você acha mesmo o que o seu criador não gostaria de você? Você é o preferidinho daqui! — disse, antes de dar um beijinho em sua bochecha, fazendo os olhos do outro voltarem ao normal esbanjando um sorriso fofo no rosto.

Aquele lá não tinha nada de fofo, na realidade.

[...]

Por mais impressionante que seja, Jimin foi completamente gentil e compreensível, ajudando os outros a se acostumarem com a situação, consolando-os e dizendo que logo a noite chegaria e tudo voltaria ao normal.

Mesmo Jimin sendo o mais perigoso de todos eles, era o que mais mostrava naquele momento um coração completamente dócil, junto a um sorriso de se invejar.

Eu mentiria se dissesse que ele não me ajudou em nada, porque ele sem dúvidas foi uma das maiores peças para que tudo desse certo, encantando-me mais ainda... Já estou avisando, eu provavelmente estava sob os seus encantos para me sentir assim, hein!

— Olhem, o Sol já está indo embora! — Jimin disse sorridente para todos, abrindo um pouco a cortina, tomando todo o cuidado para não ferir alguém.

— Agora podemos ir brincar lá fora! — Guinho já abria a maçaneta para sair, mas logo foi repreendido por um grito.

— Não! — Jimin disse, colocando suas mãos em frente ao corpo, logo percebendo o outro não abrir mais a porta e seu rosto se virar levemente em direção a Jimin, com os olhos vermelhos como sangue. — Guinho... — Eu sentia de longe que Jimin tremia de medo daquilo, mesmo sendo "irmão" do mesmo. Falar um 'não' daquela altura seria como enfrentar sua própria mãe no período da adolescência.

— Você não pode fazer isso! — Eu me encontrava agora entre os dois, contrariando o outro pequenino que se aproximava aos poucos.

— Por que, Criador? — Sem dúvidas, o personagem não era uma criança, era um adulto no corpo de uma criança!

— Porque eu lhe criei, então de certa forma sou seu pai, mereço respeito — disse simples, logo percebendo o outro parar de andar em minha direção. — E Jimin é como você, assim como todos dentro dessa casa... — Engoli em seco. Qual é? Eu ainda estava com medo!

— O criador tem razão! O criador tem razão! — BT21 voltou a gritar quando o silêncio se instalava no cômodo, fazendo assim o pequeno Guinho se afastar e se sentar em um canto da sala sozinho, olhando para o nada como uma criança arrependida.

— Obrigado, Yoongi... — E novamente tive a oportunidade de ver o raro sorriso dócil do Park. — Obrigado por tudo... — E veio em minha direção, puxando-me para um forte abraço.

Eu não tinha criado Jimin para ter aquele tipo de comportamento... Não tinha mesmo...

[...]

Já era noite, e todos já estavam com os costumeiros hábitos — que conseguiram criar em menos de um dia — de fazer minha humilde residência virar uma casa de festas. Não que eu não tivesse gostado de tomar alguns drinks ao lado de minhas criações... Eu tinha adorado! Mas ainda assim, havia uma resposta não respondida: como tudo aquilo tinha acontecido? Por que todo aquele fenômeno sobrenatural aconteceu?

Eu não sabia se conseguiria ter as respostas daquilo tudo, ainda mais quando vários daqueles personagens tinham dito a mim que não estavam se sentindo bem, e sentiam como se estivessem sendo puxados para alguma coisa ou lugar.

E nenhuma resposta...

— Yoongi, eu acho que vou ter que me despedir de você... — Jimin dizia, enquanto se encostava em uma parede do corredor vazio à minha frente.

— O quê? Por quê? — perguntei confuso.

— Fala sério, Yoongi! — Suspirou, passando a mão por seus cabelos rosados e olhou para o chão. Jimin estava completamente estranho... — Aparecemos meia-noite na sua casa, quando o relógio indicou dia 31 de outubro, você não acha que a gente sumiria quando o tão esperado dia que você ama acabasse?

Silêncio.

— Isso não faz sentido — Não fazia... Como aquilo tudo apareceria e sumiria do nada sem explicações? — Jimin, por que você tá chorando? — perguntei depois de ouvir um fungar baixinho do outro. — Jimin?!

— A vida real é muito melhor do que viver preso em uma história de papel conquistando outras pessoas, Yoongi... — E suspirou, levantando seu olhar em minha direção. — Sabe como é ruim ser simplesmente algo fictício?

Jimin, desde o amanhecer, começou com comportamentos carinhosos e manhosos, contradizendo tudo o que eu havia criado.

— Se eu pudesse, te deixaria aqui comigo... — disse baixo em um sorriso doce, que foi retribuído pelo outro quando me ouviu.

Se eu pudesse ter um ser tão perfeito como aquele nos meus braços todo dia…

— Você me quer, Yoongi? — o rosado disse, alguns minutos antes de dar meia-noite.

— Quero-te... — E foi naquele momento que eu me toquei. Fiquei durante toda a noite passada evitando o tão esperado 'quero-te', que, em questão de segundos, eu não me toquei.

— Sério...? — o garoto disse, dando um sorriso ladino em minha direção, mostrando que aquelas lágrimas eram completamente falsas, e se aproximando enquanto os olhos ficavam de um vermelho cada vez mais vivo.

O Jimin dócil e carismático de antes tinha desaparecido, tirando aquela máscara falsa e mostrando a sua real verdade. A que eu havia criado…

— Não é possível... — Naquele momento, eu começava a ficar trêmulo, nunca poderia ter dado aquele vacilo, nunca deveria me render tão fácil a Jimin ao ponto de ser sua presa. E tudo sem nem mesmo me dar conta!

— Quero-te... — Jimin dizia enquanto passava as mãos por meu pescoço em uma leve cosquinha agonizante que ia se espalhando por meu corpo aos poucos. Como se, aos poucos, parte do meu corpo ficasse dormente e não estivesse mais sobre o meu controle…

— Você não pode fazer isso comigo… — Utilizei meu último fio de voz para tentar me defender de alguma forma. — Eu lhe criei, eu sou a pessoa que você mais deveria amar…

O seu corpo agora estava completamente colado ao meu, prensando-me na parede contra ele, peito a peito, acabando por atrapalhar um pouco minha própria respiração.

— Eu lhe disse que teria que usar outros meios de conquista, Yoongi… — E sorriu, aproximando seus lábios dos meus para deixar um último beijo. — Esse sou eu, independente da situação ou pessoa… devo cumprir meu papel…

E aos poucos, eu sentia que meus pulmões não conseguiam receber ar, meu coração estava a mil por hora. Cada vez mais, o formigamento aumentava…

A voz queria sair com tudo de minha garganta, até que enfim saiu em um grito completamente horrorizado.

— O QUE FOI ISSO, RAPAZ? — a tão amada professora de ergonomia gritou, levantando-se da cadeira, enquanto todos os outros alunos me olhavam assustados.

— C-como? — Minha voz estava trêmula, e eu tocava a mesa em busca de saber se aquilo era real ou não.

Tudo foi...

— Esses são modos de um jovem estudante de faculdade?! Dormir durante a aula, e ainda atrapalhar os colegas? — A voz dela estava ficando cada vez mais fina, completamente irritante.

Um sonho?

Eu não era a próxima presa de Jimin, todos os personagens estavam no papel e, com certeza, continuariam depois da meia-noite como todos os anos.

Tudo não tinha passado... de um simples sonho.

E Jimin, a minha criação perfeita, ainda estaria preso em um mundo fictício, criado por minha cabeça.


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Notas Finais: Primeiramente eu queria agradecer a essa betagem perfeita da @monpecs e também a busanjimin/@xbusanjimin e a @JE0N que fizeram essa capa mararavilhosa.

Eu fico com um pouco de vergonha nas notas finais, mas eu espero de coração que vocês tenham gostado da fic, ela foi realmente uma coisa diferente das outras que eu já escrevi kkk

Beijinhos com chocolate e fiquem em casa, anjinhos. 💜

31 de Outubro de 2021 às 22:32 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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