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Lua Branca Dantas


Palco de sangue agrega a história da dançarina de ballet Beth Grover, contada pela voz dela sua história passada e presente. Na noite mais importante para Beth e sua companhia em Londres o destino a contrária com uma gestação inesperada e o assassinato em sua frente de seu noivo. Movida pela magoa e as dúvidas, Beth busca respostas de quem ou o motivo desse assassinato, a cada descoberta tudo se torna um poço mais fundo e mais distante de quem ela tanto amou, ainda mais por seu noivo vim de uma família com grande influência financeira na cidade de Bristol, sem se dar conta de que essas resposta poderá por sua vida e de quem ela ama em perigo. Mais também trás uma nova paixão, tão intensa que a põem a dormir com o inimigo.


Romance Suspense romântico Para maiores de 18 apenas.

#Ballet #assassinato #drama #suspense #romance
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2011

Sentada frente ao espelho eu olhava fixamente a minha pele pálida e o olhar amedrontado ao mesmo tempo em que lutava com a angústia de um amor complicado no peito, ao meu lado as bailarinas empolgadas ajustavam suas chacott, inquietas, e nervosas, nossa companhia havia batalhado meses por esse sonho, o sonho do tão temido palco do Royal opera house, em meio a encantada Londres, um auditório lotado e dezenas de olhares famosos avaliando cada passo bem dado em cima do palco. A cada andar do ponteiro do relógio barulhento de parede, a cada passar de segundo eu olhava ao celular, na esperança de que ali houvesse uma mensagem, uma ligação, sua Eduard, que me encorajasse ao mesmo tempo que a acalmaria as batidas fortes do meu peito. Uma discussão calorosa e um término impiedoso, a beira do portão de embarque em direção ao espelho que me encontro agora,eu sentia como se tivesse que dançar em meio ao peso das lágrimas , mais não, não podia me permitir ao luxo de deixar que todo esse caos me impedisse de dar o meu melhor, mesmo que meu peito ardesse como brasa na esperança que na primeira fileira te encontraria com os olhos orgulhosos da minha conquista, aplaudindo o mais alto que suas mãos fortes aguentasse, e sorrindo, de orelha a orelha. Me permitia imaginar se usaria um terno casual ou uma camisa social mais jovem, talvez o cabelo de lado...
No palco do auditório eu ouvi a voz entusiasmada chamando a nossa apresentação, tomei a água que estava sobre a mesa e me levantei, respirando fundo e caminhando apressada, eu entrei no palco com as outras dez meninas, passando o olho pelo auditório lotado, meu coração disparava mais e mais a cada pulsação, A música começou a tocar suavemente, me lembrando que eu estava exatamente ali em cima do palco, nesse momento eu sorri, me deu o frio na barriga como se fosse a primeira apresentação, a cada toque da música, passava um filme na minha cabeça dos momentos mais nostálgicos até ali, a sensação de tudo era tão grande que é como se a paixão estivesse responsável por cada movimento perfeito em que o meu corpo realizava, foi uma das melhores apresentação da nossa companhia, nosso professor nos olhava sorrindo, feliz da vida em quanto os aplausos se tornava cada vez mais alto e preenchia o lugar, ufa meio peito parecia aliviado, dei espaço aos aplausos abaixei a cabeça em sinal de agradecimento e olhos frente ao chão do gargalhava de entusiasmo. Levantei após o comprimento final, ali na minha frente, parado e sorrindo com os olhos orgulhosos como eu havia sonhado estava Eduard, meu grande amor, o frio na barriga foi mais forte e a rodada de sentimentos que percorreu cada membro do meu corpo exalando o puro hormônio da felicidade, sim, você preferiu a camisa social com a pegada mais jovem, eu sorri, até que, naaaaaaão!!!
Em uma questão de segundos eu via em câmera lenta você caindo com a mão no peito, em direção ao chão, o sangue se espalhava e o auditório entrava em desespero, sem saber de onde, ou quem havia desferido o tiro que arrancava lentamente a sua vida, eu corri, corri e me atirei ao seu lado, os olhos já não havia mais vida, e a sua respiração desacelerava cada vez mais, mais eu ainda podia ver o orgulho mesmo que em seu sorriso, que se mistura com as lágrimas de dor, eu chorava, eu gritava por ajuda, mais ali no chão do palco do meu maior sonho, o amor da minha vida me deixava, era como se toda esperança fosse arrancada a força do meu peito, e só um vazio ali ia se achegando, você se foi, se foi, se foi sem saber que seria pai, esse era o momento que eu havia guardado pra contar pulando em seus braços, mais não a tempo, você já está indo Eduard, não há mais a chance de um abraço e um eu te perdoou, um eu te amo, não há mais a chance de consertar, e agora ?
Dizem que a dor que mais corrói é o eu te amo não dito, e ali eu podia sentir esse eu te amo engasgado paralisando cada vestígio de força minha.

Eu estava agora exatamente na primeira fileira do auditório, parada perplexa enquanto dezenas de polícias rodeavam o auditório em busca da mesmas respostas que eu rodeava milhares de vezes por segundo na minha cabeça, já haviam se passado quase quatro horas e o relógio marcava exatos meia noite e cinquenta e nove e naquele momento eu já não tinha mais forças pra gritar ou chorar, todas elas haviam ido no momento em que os socorristas balançaram sorrateiramente a cabeça em sinal de que já não havia mais oque fazer. Eu pensava se você havia se arrependido, como tinha ido, porque não havia me ligado, e ao mesmo tempo o semblante de orgulho e paixão se transformando em dor misturado com o barulho do disparo. Na minha frente, havia o sangue denso e espalhado pelo palco, o mesmo palco que minutos antes acolhia meu maior sonho, e agora só havia os nossos sonhos ali, estilhaçados, não conseguia imaginar o acordar e me preparar pra enterrar em uma cova o homem que queria ao meu lado no altar, muito menos ver você com as mãos sobre o peito quando queria sentir o toque dessas mãos no momento em que nosso filho vinhesse ao mundo, eu não podia mais nem mesmo imaginar que um pequeno Blossed viria ao mundo em meio a maior dor, mesmo que tentasse estava fraca pra pensar em uma criança que habitava meu ventre.
Imóvel eu vi de longe keyth Din se aproximar, ela era como uma irmã pra mim, quando comecei o ballet ela foi a primeira da companhia a me abraçar, e me apoia mesmo que eu errasse, sempre estava ao meu lado e não se importava com as circunstâncias em que eu me metia, ela tinha um jeito doce, sempre era amada pelas pessoas, porque era uma boa pessoa, não carrega o orgulho e a arrogância em si mesma como o restante da companhia que foi embora encher a cara em qualquer boteco de esquina sem se da ao trabalho de uma palavra de conforto.
- Beth, eu não sei oque te falar, não..
Eu só consegui a abraçar, e permiti que minhas lágrimas molhasse seu cabelo ruivo, eu precisava me levantar, e então ela me amparou, seguiu ao meu lado até o carro, me colocando no banco da frente. Seguimos pela rodovia escura, em silêncio, completo silêncio até o hotel com cheiro de whisky velho e bituca de cigarro, ela me levou até o chuveiro desamarrando meu vestido lilás, permitindo que ele caísse sobre meu ombro, me despindo, ela me colocou em baixo a água morna, que descia sobre meu corpo lavando todo o sangue, indo direto em direção ao ralo, o silêncio ainda era inevitável então tudo que a keyth fez, foi sentar- se embaixo do chuveiro comigo me abraçando e permitindo que eu arrancasse toda aquela dor do peito, me enrolando em uma toalha velha ela me entregou uma blusa azul piscina, com um copo de água com calmante e me deitou sobre a cama, eu desliguei rapidamente sem força até mesmo pra lutar contra o sono, eu pude sentir a piedade dela mesmo de olhos fechados me observando. Ao eu me levantar depois da pior noite da minha vida, tudo ainda era um sentimento oco e cinzento, me dei conta de que não adiantaria mais vigiar o celular, não chegaria um áudio ou uma mensagem de bom dia, não sabia oque fazer se iria até a polícia, ou se voltava pra Bristol e me encontrava com a família Blossed .Keyth apareceu com os olhos pesados de quem não havia dormido praticamente nada.
- como se tá meu amor?
Ela me abraçou como se tentasse pega pra si minha dor. Eu só consegui chorar e acenar com a cabeça um gesto de quem tentava ficar bem.
- Beth querida, o seu voo pra Bristol sai ao meio dia, a família dele irá te encontrar com um carro pra vocês discutirem os detalhes, eu não vou poder estar contigo infelizmente, mais estarei aqui com você em meu coração te dando todo apoio.
- tá tudo bem! Tudo oque faz por mim é mais do que qualquer amiga jamais faria, eu vou me trocar e no caminho ligar pra minha mãe preciso tanto dela agora.
Nesse momento eu queria poder dizer a ela que sentia muito por não ser a melhor amiga que ela podia ter, mais eu ainda me sentia fraca pra falar com alguém. Havia reunião da companhia, eles seguiriam seu dia normalmente como se nada houvesse ocorrido, é dessa forma que eles lidam com as coisas, então keyth saiu pela porta, mesmo que seus olhos mostrassem culpa por me deixar, mais obrigação por ir.
Na minha mala não havia nada que pudesse me vestir bem, então peguei uma calça jeans preta com uma camiseta bordo, ajuntei minhas coisas que estavam espalhadas pelo quarto e parti em direção ao taxi que ficava frente ao hotel, no caminho do aeroporto eu procurava não pensar em nada, enquanto o motorista me olhava pelo retrovisor como se estivesse preste a me perguntar qualquer merda decepcionante, por sorte eu precisei só chegar no aeroporto e me encaminhar direto ao portão de embarque, não queria ficar vendo as despedidas e me lembrando que a um dia eu entrei em um voou sem me despedir. Quando o avião decolou, o frio na barriga foi o único sentimento que eu tinha tido dentro de mais de doze horas,liguei para minha mãe, ela não estava bem de saúde , a três anos vivia sobre uma cadeira de rodas enferrujada e o sentimento frio, minha mãe sempre me apoiava, sempre estava ali por mim, com poucas palavras e até até silêncio a 1hora e meia de distância ela tinha o dom de acalmar minhas feridas pegando o celular eu me permiti olhar nossas fotos, nossas lembranças, ao desligar me permiti ver nossas foto, várias com nossos momentos, a que mais me dói era a de uma semana atrás quando começamos uma guerra de cobertura de chocolate em meio a rua movimentada. Nos éramos esse tipo de casal Eduard, oque não se importava e não economizava tempo em aproveitar as chances de sorrir, você passava isso as pessoas que estavam ao seu lado, dizia que preocupação até quando a respiração passa a agente deixa pra alguém, e agora realmente entendo.
Um voou rápido, uma soneca repentina e estava no aeroporto de Bristol, enquanto desembarcava me lembrei do lugar em que nos vimos pela última vez, e como ironia do destino a senhora Blossed me esperava exatamente nele, com uma roupa que parecia exatamente demonstrar sua dor, toda de preto e óculos escuro, eu me encaminhei até ela como se a cada passo minhas pernas se tornassem mais moles, nos abraçamos em meio a soluços, acredito que a nossa dor de certa forma é a mais compatível por sermos as mais próximas de Eduard, sua família sempre se importou com o status social, nunca me amaram como nora, mais sua mãe ela tinha uma serenidade como se estivesse conformada com o caso, já tinha preparado toda a cerimônia, sem nem dar espaço ao que eu pensava, era como se eu fosse convidada a me despedir de você, e não parte disso.
Um carro nos aguardava no estacionamento, o silêncio ainda predominava a gente até ela começar a dizer o quanto estava cansada.
- eu sabia que ele iria te encontrar com os olhos orgulhosos, que vocês voltariam pra casa felizes e dispostos a fazer dar certo mais uma vez. Mais ao invés eu já separei o terno, a família já está a caminho e não sei se aguentarei essa dor.
- sim, ele foi com os olhos orgulhosos, e sempre vai ter esse olhar independente de onde esteja, eu posso sentir isso.
Foram os vinte minutos mais cansativos ao lado dela, que áurea pesada, ela me olhava como se de certa forma eu tivesse culpa, de certo modo ela sempre foi intimidadora quando o assunto era agente, como se eu roubasse o espaço dela, eu não entendia o porque de competir por um lugar na vida de alguém quando as próprias pessoas decidem a importância de cada qual . Chegando a minha casa onde eu tomaria banho e me arrumaria pra cerimônia, eu me despedaçava e me ajuntava, meus tio Eleanor e Rick me aguardavam no portão da casa, como se esperassem pra ver o estado em que me encontraria, eu desci do carro me despedindo da senhora Blossed, ela apenas acenou com a cabeça, disse que me aguardaria na casa dela onde aconteceria a cerimônia, desci do carro apressada corri pros braços do meu tio, eles desabaram ao mesmo tempo com a minha dor, sempre foram tão próximos de Eduard quanto eu.
- como a mamãe está?
Ela não estava tão bem assim, com pneumonia e sobre a cama ela se encontrava totalmente adoecida em meio a seus múrmuros, tinha uma enfermeira domiciliar oque nos ajudava a lidar com a circunstância. Eu deixei eles após o abraço me encaminhei direto pro quarto dar um beijo em minha mãe, adormecida por conta dos remédios que tomava e sai logo em seguida, me encaminhei ao banheiro como se quisesse que aquela água de chuveiro morna tivesse respostas , porém por outro lado estar em casa já era um tanto confortante, sai do banho apressada indo em direção ao quarto, peguei meu vestido preto com meio calça e meu salto meus tios já estavam vestidos, minha mãe não iria por não estar bem e odiar a família Blossed também, mais me deu todo conforto necessário. Eu queria poder dizer algo, mais ainda a voz era um grito preso na garganta, o silêncio nos tomava conta. A gente foi com a camioneta velha do Rick, ela fazia mais barulho que um carro lotado de latas, mais eu já não mais me importava, eu tentava me prepara pro momento mais era impossível, eu nem ao menos sabia a forma como Eduard havia sido transportado de Londres até aqui. A frente da casa havia vários carros estacionados, pessoas da alta classe social, e algumas que Eduard nem gostava se lamentavam logo na entrada, insegura coloquei o meu casaco preto e o óculos de sol, e desci do carro tomando a frente da situação e deixando meus tios pra trás.
- Beth querida, meus sentimentos, Ele era alguém tão doce e jovem, eu lamento de mais a dor de vocês. Disse a senhora Heine, que nem ao menos gostava de mim, a falsidade estampada no olhar era clara de ser notada, acenando com a cabeça em gesto de compreensão segui sem dar mais trela pra conversa, a casa deles era imensa com um jardim daqueles de estátuas e campo de Golf, a piscina era até maior que a casa em que eu morava, e a casa em si era os dois andar mais longos que já vi, era possível precisar de GPS lá dentro, próximo a entrada havia fotos e o caixão de Eduard, cadeiras e um palco aonde seria rezada uma missa em sua homenagem, e um dos pontos irônicos é que a família Bolssed não era cristã. Eu me encaminhei até o caixão, desesperada, e tremula porque aquela era uma cena das quais jamais imaginei presenciar, eu estava sozinha ali em cima, enquanto os convidados se embebedavam com taças e mais taças de vinho, champanhe e até whisky, parecia que eu estava em uma comemoração, no caixão, o semblante dele era de alegria ao mesmo tempo que tenso, de alguém tão jovem que deixava a vida, eu chorava ao mesmo tempo em que deixava minhas lágrimas caírem sobre seu peito sem vida, como sua partida me dói, você não imagina o quanto me dói.
- Que bom que você veio, se quisesse podia ter me dito que lhe arrumava um vestido pra ocasião, a missa já vai começar tem lugar pra você e seus tios na segunda fileira. – blossed.

Era tão irritante, o olhar de quem parecia nem ter sofrido, ou chorado, enquanto pedia pros seus empregados vinho e bebidas pra um funeral, e criticava a forma que me vestia, era um vestido velho, mais também era uma ocasião terrível. Eu sentei na segunda fileira na quarta cadeira com meus tios, eles estavam mais abalados doque a própria família de Eduard, alguns amigos nossos começaram a chegar, mais respeitaram minha cara de quem não queria conversar e apenas acenaram, alguns abraçaram, e se foram, ao meu lado sentou um rapaz jovem, ele tinha um semblante cansado e vestia uma blusa social preta com jeans meio termo, ele era alto, apresentável, e até o momento o único que não parecia um ignorante.
- situação difícil, ele vai fazer falta.
Ele se referiu a mim como se me conhecesse.
- prazer, Christopher, eu trabalhava no jornal com Eduard, ele sempre me falava de você.
- prazer, eu sou a Beth.
Um comprimento de mão e segui cabisbaixa, até a Amada senhora Blossed subir ao palco pegando o microfone:
- olá família querida, eu gostaria de que as circunstâncias fossem melhores, mais infelizmente não são, nosso amado filho único nos deixa por um plano maior do divino, hoje prestamos nossa homenagem ao homem em que ele foi, e será eternamente em nossos corações. Ficaremos com a missa, se sintam à-vontade.
E desceu limpando os olhos. Um dos garçons se aproximou com um taça de vinho, eu neguei primeiramente mais depois pensei que sóbria fosse mais difícil a situação, eu sabia que não podia beber, mais aquela altura do campeonato eu já não me importava mais. Peguei uma e outra e outra, e a cada gole a ignorância parecia ser mais aparente, no canto direito o pai de Eduard bebia whisky e conversava sem ao menos dar importância à missa, Christopher me olhava de canto de olho pasmado e vendo minha indignação, meus tios já não se importavam pois sabiam que eu precisava descarrega a minha ira nem que fosse no copo de vinho. A tia dele dava um show de soluços na fileira da frente, a mesma que foi o motivo da nossa briga, eu virei a taça com tudo enquanto a missa já se encerrava e me levantei pra ir ao banheiro, eu ouvi cochichos e alivie o passo.
- Eu preciso que você dê um jeito de acessar a conta daquela suburbana imprestável, se o dinheiro foi pra ela vai ser tarde de mais.
Me toquei que eu era o assunto da conversa e não sabia o porquê de estarem falando sobre minha conta, até alcançar o celular no bolso e acessar minha conta bancária já retornando pro local em que estavam os convidados, por efeito do vinho ou da surpresa eu tonteei pasma e esbranquiçada, havia um depósito de um milhão de reais, com a mensagem “ eu te amo e sei que fará um bom aproveito” fiquei tremula e sem entender o porque Eduard né enviaria um quantia tão grande ou onde ele havia arrumado o dinheiro, minha taça caiu no chão fazendo com que todos me olhassem espantados, eu andei apressada e me sentei ignorando os olhares enquanto os amigos de Eduard subiam ao palco pra falar o quanto ele era um amigão e depois sair falando mal como sempre faziam, eu virei um copo de whisky e meus tios pasmados preferiram não pergunta oque estava acontecendo. A senhora Blossed perguntou se alguém tinha algo a dizer e então já bêbada eu me levantei e fui em silêncio até o palco.
- algo a dizer, nada do que for dito aqui em cima vai ser capaz de voltar às 21 horas de ontem e fazer com que aquela bala desvie seu caminho, mais os caminhos do destino são incertos e duvidosos, vocês podem me olhar e me julgar como a suburbana imprestável mais nenhum de vocês tem o direito de achar que sabiam oque o Eduard estava passando. Os amigos na primeira fileira, vocês o apunhalavam pelas costas dia após dia, e agora choram, choram por não ter mais o menino bom que ajudava vocês enquanto sangrava apunhalado, e a sua família, fazia dele um troféu, pros negócios, pra se engrandecer...
- cale a sua boca, quem você acha que é pra falar qualquer coisa, você era uma aproveitadora medíocre!
Gritava a senhora Blossed, em meio aos olhares indignados e meu tio em pé atrás dela.
- Beth vamos pra casa, por favor!
- vamos sim tio Rick, eu não preciso esta rodeada de pessoas ignorantes pra homenagear o homem que sempre vou amar.

E desci, tropeçando nos próprios pés de bêbada, e me encaminhei mostrando o dedo do meio e chamando todos de babaca, ao chegar no lado de fora eu me debrucei sobre a calçada em planto e gritos negando dentro de mim mesma aquela situação que estava me sugando, eu não veria o fim da cerimônia, mais como pode a família velar seu único filho com bebidas e gargalhadas, aquilo tudo era de mais pra mim,meus tios se debruçaram junto a mim chorando, ficamos ali por 5 minutos até eu perder as forças e ser amparada até o carro, no caminho de volta volta peguei no sono, os vinhos e o whisky ajudaram, então eu me desliguei por completo daquele dia.

26 de Outubro de 2021 às 13:56 0 Denunciar Insira Seguir história
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