the9intheafternoon Lay

A juventude vem carregada de momentos para serem experimentados. Em um relacionamento sério, Bang Chan se vê explorando as diversas faces de sua relação com sua namorada. Algumas contendo mais restrições e segredos do que poderia alguém de fora adivinhar. Inspirado pelo MV de Red Lights.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#stray-kids #skz #smut #bang-chan
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Capítulo único

Tudo começou daquela forma engraçada que é sempre muito típica de um filme de qualidade duvidosa com uma hora e meia de duração: alguém vomitou na minha fantasia de Emily, de A Noiva Cadáver, enquanto estava dançando na pista com as minhas amigas naquela festa de fraternidade. Saí correndo, angustiada, querendo me livrar daquilo o mais rápido possível, antes que o corante vermelho da bebida estragasse a minha obra de arte. Subi para o segundo andar da casa, empurrando portas até encontrar a do banheiro, que já tinha um garoto debruçado sobre a pia.

— Será que o efeito colateral desse drink é passar mal até desmaiar? — Reclamei, muito mais para mim do que para o estranho, mas ele olhou para mim pelo reflexo do espelho. Seu olhos estavam vermelhos e molhados, assim como o nariz, que parecia genuinamente irritado. De imediato fiquei constrangida, pensando ter interrompido um momento muito pessoal. — Eu… sinto muito. Er… vai passar.

Arrisquei de improviso, o que pareceu ser ainda pior.

— O que vai passar? — Ele me perguntou, e não parecia ser algo que o irritasse. Na verdade, ele estava com uma expressão muito confusa. E então ele olhou para o próprio reflexo, fez as contas, e soltou um longo "aaah". — Não. Não foi nada. Tive a rinite atacada pelo gelo seco.

— Ah! Okay, faz mais sentido. — Comentei, menos constrangida da minha bola fora.

— Você… desculpa, parece que alguém lhe deu um tiro. — O garoto comentou, apontando para a mancha no meu vestido, acertando no peito em cheio, naquele tom vermelho intenso.

— Mais ou menos isso, mas não, não foi de verdade. — Me adiantei em explicar, dando um passo vacilante a frente. — Falando nisso, posso…?

— Claro! — Assim que me viu apontar para a pia, se afastou da mesma, dando espaço para que eu começasse a difícil missão de limpar licor golfado em minha roupa. — Acho que só um produto de limpeza mesmo poderia ajudar.

— Você acha? — Perguntei, torcendo o nariz, olhando para o rapaz, percebendo só agora sua roupa de chef de cozinha e que boa parte de sua maquiagem havia escorrido com a lavagem apressada do rosto. — Somos praticamente as vítimas da festa à fantasia.

— E você sabe o pior? Eu nem gosto dessas coisas! — Isso me arrancou uma risada, a qual ele acompanhou. — Sério, eu fico sempre sem saber o que fazer, porque basicamente o negócio é se vestir de uma forma que as garotas te achem bonito e os caras achem maneiro. E é uma coisa muito específica para deixar a criatividade agir.

— E o que você vestiria se não tivesse que se esforçar tanto? — Perguntei, franzindo a sobrancelha em sua direção, esperando mesmo uma resposta mega imaginativa. Mas ao contrário disso, ele encolheu os ombros.

— Sei lá. — Ele me respondeu de cara, sem se preocupar em parecer realmente esperto. — Acho que de ar condicionado: era só pintar uma caixa de papelão de branco e fazer um buraco na cabeça.

— Bem, se alguém vomitasse em você, pelo menos era só jogar fora. — Rebati, frustrada pela mancha ter apenas se espalhado em minha fantasia. Aquele foi o momento em que o imitei e o analisei pelo espelho, abrindo um sorrisinho em sua direção. — Meu nome é Sooyoung, a propósito.

— E aí, Sooyoung. Eu sou o Christopher. Mas todo mundo me chama de Chan.

— Você entende alguma coisa de manchas, Chan? — Perguntei, a voz um tanto lamuriosa, com os pensamentos em seu comentário anterior.

— Então, sim. E acho que tenho o que precisa no meu dormitório.

E não foi preciso dizer que que ocorreu ao chegar no dormitório. E mais de uma vez.



Namorar Chan era fácil. Como não me sentir apaixonada por aquele rapaz gentil e atencioso que sempre tinha mais do que duas palavras gentis a dizer sobre todo mundo? Era como se toda uma energia positiva o guiasse, fizesse chuva ou sol. Chan era como um herói de um romance épico, defendendo quem ele acreditava ser oprimido e sendo caloroso com qualquer pessoa que fosse ao menos simpática de volta. E, droga, o maldito carisma, tão alto.

E não era só como ele se comportava como os outros, mas comigo. Como a forma como ele ria com a cabeça baixa cada vez que eu atormentava, apenas pela brincadeira, alguma das meninas mais novas da minha turma de Dança. Ou como ele sabia decorado o nome das minhas autoras favoritas e me presenteou com livros que eu não tinha de cada uma delas. E tinha seu jeito de sempre dar um beijo leve em minha nuca, quando esta estava descoberta, como se fosse seu jeito de dizer que estava ali e que tudo ficaria bem.

Não tinha como não me entregar e confiar naquele rapaz.

— Não vai ser nada assustador, eu prometo. — Ele me disse uma noite, quando colocou a venda sobre meus olhos.

A adrenalina pulsava dentro de mim, meu corpo exposto sem minhas roupas e portando apenas a minha calcinha ainda em meu corpo. O beijo em minha nuca me fez arrepiar inteira, para além do nosso código de carinho e cumplicidade. Era um sinal de que eu poderia confiar nele para o que estava por vir.

Chan ajustou cuidadosamente meu corpo com a barriga para baixo, afastando meus cabelos da altura dos ombros e deixando minhas costas como um terreno livre para seus dedos, percorrendo minha pele, em um toque tão sutil que me fez prender a respiração, esperando por mais. Foi quando ele me surpreendeu acertando um tapa na nádega direita, me fazendo soltar um gemido fraco em surpresa.

— Doeu? — Ele me perguntou, seu tom de voz preocupado.

Sorrindo, mordi meu lábio inferior.

— Pode continuar.

E em meio a toda a fofura, havia aquele lado onde meu namorado gostava de me vendar e amarrar enquanto me dava alguns tapas, entre outras coisas. Era até engraçado como aquela parte dele escapava do seu perfil de garoto prodígio. "O tão generoso Chan curte deixar a pele da namorada vermelha depois de uma sessão de uma hora de algo próximo ao BDSM". Sempre que alguém falava sobre como ele tinha cara de quem era um bom garoto a qualquer momento, segurava o riso.

Uma noite estávamos sozinhos no meu dormitório. Era um final de semana, então não existia nenhum sinal de minha roomate chegar e nos interromper. O quarto estava decorado por velas e a luz apagada, o tom avermelhado e bruxuleante das chamas sendo a única fonte de iluminação.

Muito carinhosamente, as mãos de Chan percorrida minhas pernas; do calcanhar a panturrilha, da panturrilha a coxa. Um gemido escapou quando seus dedos se apertaram contra a minha pele de maneira abrupta. Uma de suas mãos continuou o percurso, alcançando a minha barriga, arranhando com suas unhas curtas de modo suave a minha pele. Seu olhar estava em meu rosto, e eu podia ver que seus olhos brilhavam com a expectativa. Podia assegurar que os meus também.

— Sooyoung?

— Sim.

— Posso vendá-la essa noite?

Estava prestes a responder que sim, que iria aceitar ser tocada no escuro, amplificando cada beijo, mordida e lambida que pudesse receber, quando me ocorreu a ideia. Devolvi a intensidade de seu olhar, aos poucos sentando lentamente até estar com o rosto a poucos centímetros do de Chan.

— Prefiro amarrar você dessa vez. — A minha frase o pegou de surpresa, o fazendo arquejar baixo, empurrando os ombros para trás. Esperei alguns segundos, antes de pronunciar em voz baixa: — Eu vou tomar cuidado, exatamente como você faz.

Demorou alguns segundos para que ele fizesse o movimento afirmativo com a cabeça, como se estivesse avaliando as suas opções. De joelhos sobre a cama, Chan esticou os punhos para a frente, esperando que eu o amarrasse. Fiz o som negativo com a ponta da língua no céu da boca.

— Não é assim que eu sou amarrada, certo? Vai. É a sua vez. Eu vou assistir.

Me sentei com as costas contra a cama, incentivando meu namorado a se levantar, com um sorrisinho meio tímido no rosto. Ele estava de frente para mim quando abriu botão por botão de sua camisa. A forma como seus dedos corriam pela peça, tranquilamente, rompendo o fecho um por vez, em uma segurança absurda, causava uma reação no meu corpo. O vi retirar a camisa e deixar cair no chão, se amontoando, ao passo em que seus dedos puxavam o cinto para fora de sua calça. Isso acendeu uma ideia em minha mente.

— Me dá isso aqui. — Estiquei a mão, pegando o cinto para mim. Ele não protestou, apenas me olhou com desconfiança enquanto me assistia dobrar ao meio o material feito em couro, batendo sugestivamente com ele sobre meus lábios. — Continua.

— Sooyoung…

— Vamos lá. Está tudo bem.

Ele riu. Aquela sua risadinha que me lembrava que era apenas um garoto doce que me trazia presentes todo fim de semana em formato de doces e versinhos. Apertei minhas pernas uma contra a outra, sentindo meu corpo reagir a esse fato. Mesmo sabendo que ele gostaria de me amarrar e bater com aquele cinto, naquele momento, estava o corrompendo. E era tão excitante!

Chan removeu o resto de suas roupas, e então aguardou minhas próximas instruções. Me coloquei de pé, dando então a volta em seu corpo, passando o cinto por suas costas, por suas nádegas, pelos ombros e braços. De modo sutil, estiquei meu corpo, me colocando até mesmo na ponta dos pés, para lhe dar um beijo na nuca, lhe causando um arrepio da mesma forma que ele me causava. E então disparei a chicotada com o cinto contra sua pele, na altura das nádegas. O vi soltar o ar pesadamente, antes de se recompor.

— Isso doeu? — O questionei, em voz baixa, atenta a qualquer sinal de hesitação ou desgosto.

— Bate mais. — Ele me pediu, o que me fez sorrir.

— Assim? — Acertei sua pele mais uma vez com o cinto, agora com um pouco mais de força. O gemido emitido por Chan me fez sentir uma adrenalina que nunca senti percorrendo meu corpo inteiro. Toquei sua pele avermelhada, fazendo carinho com a ponta dos dedos, a quentura pelo impacto sendo ainda marcante, o sangue correndo para o local e criando os vergões. Não me contive e mordi seu ombro. — Bom garoto. Senta na cama, e estica os braços, um de cada lado.

Enquanto ele me obedecia, pegava do chão, onde ele tinha deixado os apetrechos que usaria em mim. Venda, algemas, óleos. Sorri disfarçadamente. Não iria vendá-lo, tinha outras coisas em mente e queria que ele assistisse. Abandonei o cinto e peguei as algemas, tomando a atitude de colocar uma em cada um de seus pulsos e prender ao espelho da cama, com um piscar de olhos. Sentia sua respiração em expectativa, pesada, curta, excitante. Me sentei à sua frente na cama, prendendo os fios para trás da cabeça, em um rabo de cavalo firme. Com a sua mesma calma, me desfiz de minhas roupas e de minha lingerie, me restando mais nada a ser revelado a não ser meu plano de ação, que foi minha mão em suas coxas, tocando de forma lenta e discreta, quase não deixando meus dígitos encostarem em sua pele. Debruçada por seu corpo, lhe permitia uma boa visão, e sabia disso pela forma arfante na qual Chan se mostrava.

— Você quer que eu o toque? Que eu te coloque na boca? — Questionei, ao que ele apenas assentiu com a cabeça. Sorri, paciente, mas autoritária. — Eu não ouvi.

— Sim. Eu quero que me chupe. — Admitiu, sem um pingo de vergonha em seu rosto perfeito.

— Tanta pressa… — Meus dedos percorreram suas bolas, antes de pressionar a base. O ouvi arfar mais alto dessa vez. — Ainda estamos só começando.

— Sooyoung.

— Chan.

— Eu… — Ele não completou seu raciocínio, uma vez que minha mão subiu e desceu por seu membro, o indicador e o médio esfregando a sua glande com gentileza durante o ato. Sua ereção começava a não ser nem de longe discreta, muito menos disfarçada naquela situação tão exposta. — Por favor.

Pisquei para ele, antes de cobri-lo com meus lábios. O calor de minha boca o preencheu, assim como minha língua tratou de contorná-lo. Tudo muito lentamente, sem pressa, arrancando do meu namorado os sons de angústia e ansiedade. O retirei de minha boca, massageando suas bolas, sem voltar a tocar em sua ereção, vistosa e vigorosa a poucos centímetros do meu rosto.

— Quer mais? — O questionei.

— Quero. — Ele disse, se debatendo contra as algemas, indicando que estaria empurrando minha boca de volta onde ela estava anteriormente se pudesse.

— E o que mais?

— Quero sua boca, Sooyoung. Preciso. — Ele admitiu, naquele tom de voz de necessidade.

Em resposta, a minha língua pressionou contra a sua glande mais uma vez, antes de me permitir mergulhar naquela ereção, forçando cada vez mais para que entrasse completamente em minha boca. Sentia como encostava em minha garganta, me arrancando lágrimas dos olhos, mas ainda assim mantive o olhar sobre o seu rosto. Ele movia seu quadril, inquieto. Foderia minha boca até mesmo preso e sabia disso. E isso me excitava ainda mais. Arranhei com força as suas coxas, enquanto o tirava da minha boca, o suave som do desencaixe sumindo contra o meu próprio gemido. O encarei longamente antes de voltar a chupá-lo, os sons de deus gemidos cada vez mais claros e altos.

— Eu não vou aguentar. — Ele me avisou, com a voz entrecortada, ao passo em que ergui a cabeça, o encarando novamente com autoridade. Ainda tinha seu membro em meus lábios e o senti pulsar nesse momento.

— Você vai aguentar o quanto eu disser para aguentar. — O avisei, antes de levantar da cama.

Fui até o móvel ao lado da cama, onde geralmente portava meus livros e cadernos. Porém, assim que abri a gaveta superior, encontrei o que precisava: um pacote de preservativos. Abri e fiz o uso necessário, antes de recolher o cinto do chão, levando para a cama. O olhar de Chan era atento sobre mim, ainda mais quando ajustei meu corpo acima do seu. Sentia como sua ereção se atritava contra o meio de minhas pernas, me deixando em tanta expectativa quanto ele.

— Você vai aguentar, não vai? — Perguntei, novamente deslizando o cinto por seu corpo, como uma carícia perigosa, tendo em vista o meu ato mais cedo.

— Irei. Eu prometo que irei. — Ele me disse, sem titubear, porém com uma pressa inacreditável.

Ele queria muito aquele gesto. E eu também, teria que admitir. Com uma das mãos, guiei sua ereção na direção correta, a sentindo tomar posse de mim. Meu gemido se misturou ao seu, alto o suficiente para ecoar pelo quarto.

— Eu prometo não ser gentil. — Lhe disse, antes de quicar com força em seu colo, em uma cavalgada ritmada ágil, diminuindo apenas nos momentos em que escapava para fora de mim.

O quarto era tomado pelas nossas figuras desenhadas nas paredes pela sombra projetada pelas velas. Podia ver a mim, subindo e descendo e arranhando o peito de Chan, e a forma como ele erguia o quadril e se esforçava para fugir das algemas, gemendo e pedindo para me tocar. Pelas sombras, podia se notar a determinação em nós dois, como não queríamos ceder. Era notável como ele arqueava seu corpo para cima e como eu lançava minha cabeça para trás.

O suor escorria pelo meu corpo quando me apoiei com os pés e as mãos sobre a cama e anunciei que estava quase lá e que ele deveria se apressar. O modo como Chan me encarou, olhando no fundo dos meus olhos enquanto o observava por cima do ombro, disparou uma nova carga de energia em meu corpo. As luzes vermelhas sobre nós dois aumentavam a atmosfera de presa e predador, típica daquela situação.

Tudo se transformou em suspiros, gemidos e arquejos. E então veio o silêncio. Meu corpo desmontou sobre o dele, esgotada por toda a trajetória realizada.

— Sooyoung, poderia me soltar? — Ele me pediu em um murmúrio, ao que me arrastei para fora da cama atrás das chaves que o libertaram. De imediato, seus braços me puxaram para seu colo. Seu rosto se afundou em meu pescoço, devolvendo a mordida que lhe dei mais cedo. Ri baixo, arrepiada mais uma vez. — Acho que precisamos treinar isso mais vezes.

— Não foi assim tão ruim, não é? — Questionei, levemente insegura, antes que ele negasse com a cabeça.

— Só precisamos praticar. Muito.

Eu sorri para ele e Chan devolveu, com aquele ar de inocência pairando muito sutilmente em seu rosto, agora vermelho pelo esforço recém realizado.

Corrompíamos um ao outro, afinal. E praticar ainda mais não me era uma má ideia.

28 de Setembro de 2021 às 02:59 0 Denunciar Insira Seguir história
2
Fim

Conheça o autor

Lay Perfil para postagens de fanfics apenas. Altas doses de cultura pop através de histórias sobre kpop, filmes e séries. Para publicações de material original, siga @layiswriting. Migrei pro AO3.

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