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Quando Agust D vê as atividades do novo gângster de Seul, Kitty Gang, ele já imaginava que poderia ser um problema, mas não imaginava que o que Kitty queria dele ia além dos negócios ilegais.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 21 anos apenas (adultos).

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Capítulo único

Escrito por: @louiselobo_

Notas Iniciais: Olaaaaaaa, aqui é a Loui outra vez 💜

Eu amo escrever dki, então gostei de fazer essa história apesar do bloqueio criativo que tive antes de comseguir concluir.

Obrigada Nonoh, pela paciência. @jupteryoon, pela betagem tão fofa que me deixou apaixonada 🥺 e @TMessi que fez esse design para a história. Vocês são maravilhoses! 💜

Espero que gostem, boa leitura 💜


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Seul nunca mais foi a mesma. Não depois da fabulosa aparição do gângster de cabelo cor de rosa.

Kitty Gang, como se auto intitulava, era um novo gângster que havia aparecido do nada, vindo do nada. Fazia anos que Agust D não tinha problemas para controlar suas áreas e iria continuar assim, se não fosse pelo exibicionista rosado.

Em meio a tiros e um assalto ao banco muito bem organizado, a cabeleira rosa despontava para fora da janela do carro, enquanto o enlouquecido Kitty Gang disparava sem parar, descarregando pentes atrás de pentes de balas contra os policiais que o seguiam.

Com a arma em uma mão e o volante na outra, ele não precisava de mais ninguém para conseguir a fuga perfeita, sumindo na noite e deixando todo o resto para trás; no dia seguinte, era manchete em todos os jornais. Kitty Gang começou a ficar conhecido como o gângster que amava rosa, por conta da cor de seus cabelos, carro, moto e acessórios. E, diferente do que deveria acontecer, muitas pessoas até gostavam dele; talvez fosse pela personalidade ou pela aparência exótica.

Vindo de Busan, um distrito pequeno, o jovem não via como poderia seguir tendo a vida tranquila e pacata daquela pequena cidade. Ele era demais para só aquilo ali. Uma tinta rosa comprada na farmácia mais próxima foi o início de tudo; depois o couro colado ao seu corpo e a jaqueta de lantejoulas sobre os ombros, uma nova pessoa havia nascido.

O jovem obediente e estudioso que fora antes não existia mais e, agora, em seu lugar, apenas existia Kitty Gang, o gângster que vinha transformando as ruas de Seul em uma verdadeira bagunça.

— Você acha mesmo que ele poderia conquistar Seul inteira? — perguntou Hope, parceiro de Agust D nos negócios.

Os dois gângsteres sempre foram amigos, se é que poderiam se chamar daquela forma. Mas o que importava era que Hope era o braço direito de D e o descolorido havia conseguido chegar Aonde estava com a ajuda do mais novo. Porém, Hope era medroso e estava começando a cogitar a possibilidade do garoto novo tomar cada vez mais a frente em suas investidas.

Apesar de jovem, era destemido, e Hope podia ver nos olhos do mais velho que este era um medo que ele também tinha.

— É claro que não — respondeu baixo em seu típico tom entediado, o cigarro entre os dedos longos, enquanto a outra mão estava segurando a pistola dentro do bolso grande do casaco largo que vestia, sempre pronto para atirar em quem quer que fosse. — Ele é só um garoto empolgado, ainda está curtindo todo esse início enquanto todos querem saber quem é ele e o quanto ele é capaz de fazer. Mas na real, não é nada de mais. Ninguém com quem se preocupar.

— Você tem certeza? — perguntou para o mais velho. — Ele parece ser maluco de verdade, D. Mesmo que seja lindo.

— É nisso que está prestando atenção? Acho que não está tão receoso assim, Hope — falou, soltando a fumaça do cigarro no rosto do companheiro de crime. Hope apenas abanou a fumaça, tossindo. — Nunca o vi de perto. É verdade o que falam sobre ele?

— Aqui. — O ruivo mostrou a ele uma filmagem do rosado atacando uma joalheria e saindo da mesma com cordões de ouro e prata entre seus dentes, com um sorriso enorme, subindo na moto cor de rosa e mandando um beijinho para a câmera de segurança antes de sair dali.

Durante os poucos segundos de ação, D conseguiu ver exatamente os detalhes que todos diziam ser o que fazia o mais novo gângster diferente de todos os outros. Os cabelos rosados impecáveis, assim como sua roupa claramente feita para chamar a atenção. A calça colada, as botas exageradas e, com certeza, a parte mais evidente, todo aquele brilho. Não só as lantejoulas da jaqueta, mas os inúmeros anéis em seus dedos curtos e o cinto de fivela brilhante marcando bem sua cintura.

Claro que a moto adulterada naquela cor tão incomum fazia parte do conjunto, com as pistolas coloridas — uma rosa e a outra branca e dourada, brega demais — bem como um lançador de granadas que ele carregava em suas costas; quem diabos usaria um lançador de granadas em plena Seul?

— Exibido… — disse quase que inaudível, mas Hope riu, vendo o olhar vidrado de Agust D na tela do smartphone, era sempre assim quando alguém via Kitty pela primeira vez.

— Ele é insano! Não tem o menor medo do que pode acontecer, nem teme ser pego.

— Ele é burro, não tem o menor senso de que pode se foder a qualquer instante — disse, indo até a borda da cobertura onde estavam e jogando a bituca dali de cima.

— Eu não sei, D, talvez seja essa falta de senso que faça com que ele seja destemido ao ponto de fazer algo impensado.

— Não precisa se preocupar com ele, logo, logo ele vai cair…

[...]

Kitty estava a poucos quilômetros dali, sentado sobre a moto cor de rosa — Pinky, como ele gostava de chamar —, e contava os diamantes que havia roubado. Ele era muito esperto ou as outras pessoas eram burras demais para conseguirem ser tão facilmente sabotadas por um sistema de segurança falho, afinal.

— Uh… esta noite rendeu bastante — falava enquanto enfiava os cristais no bolso da jaqueta, já colocando o capacete também rosa sobre a cabeça, não porque, de fato, queria ficar protegido, mas era uma merda chegar nos lugares com o cabelo todo bagunçado.

O rosado subiu na moto e deu partida, rumo ao seu esconderijo, um local afastado do centro, em um parque de diversões abandonado em que costumava ir quando criança e visitava Seul.

Porém, resolveu tomar um caminho diferente naquela noite, dando a volta pelo outro lado da cidade. Ele sabia que ali era o local que Agust D dominava, mas até então, seus caminhos ainda não haviam se cruzado. Coincidência ou não, naquela noite, foi a primeira vez que aconteceu tal coisa.

Kitty estava sondando o perímetro, não sabia bem qual a especialidade de Agust D, mas já tinha escutado que o outro gângster trabalhava mais com tráfico de armas do que com roubos em si, que era o caso de Kitty Gang. Em sua concepção, tudo era dele, e se Kitty queria, Kitty pegava.

D tinha seu carro preto estacionado em uma das boates que costumava frequentar e estava saindo desta quando ouviu o barulho do motor acelerando. Como se a Terra estivesse girando mais devagar, ele o viu perfeitamente.

A jaqueta decorada com brilhantes balançando com a velocidade e o olhar pela viseira do capacete encontrou com o seu. Rápido, mas o suficiente para ele ter certeza de quem se tratava.

— O que ele está fazendo desse lado? — perguntou com nervosismo.

— Eu não sei. Não vejo motivos para estar aqui — respondeu Hope.

— Tente descobrir alguma coisa. Ele é um ladrão de joias. Nem tem comparação com o que fazemos aqui, você sabe.

— Pensei que não estivesse preocupado com isso.

— Não estou, mas ele está na minha área, Hope. Aí não dá para ignorar.

— Certo, então. Vou ver o que consigo descobrir — disse quando entraram no carro.

Agust D estava levemente irritado. Primeiro, por ter visto Kitty Gang em seu território e, segundo, por não ter conseguido reagir àquilo, apenas ficou parado, observando. Os olhos pequenos cheios de maquiagem colorida, lápis de olho preto e uma gotinha de luz abaixo de cada um deles.

Se fosse em outra situação, D teria perseguido o abusado, ido atrás no mesmo momento, fazendo o rosado sair dali o quanto antes, mas não foi o que aconteceu. Ele apenas ficou olhando para aqueles olhos intensos, que o fitavam como se fosse a coisa mais interessante que o outro tinha visto e aquilo o incomodava, claro, pois ele não era uma coisa e, sim, Agust D.

No entanto, alguém não pensava assim tão veemente quanto ele, pois para Kitty Gang, Agust D havia se tornado algo que ele poderia tomar para si, assim como tudo o que o gângster de cabelos rosados quisesse.

E foi exatamente assim que ele chegou em seu esconderijo, pensando em como conseguir a atenção do grande Agust D para si.

A primeira coisa que fez depois de estacionar a moto cor de rosa na garagem específica para esta, foi ligar o computador e fazer uma busca minuciosa sobre o gângster que dominava Seul há tanto tempo. Não era como se ele nunca tivesse ouvido falar sobre Agust D, porém nunca havia tido tanto interesse em saber mais sobre ele. Kitty Gang estava há quase uma hora fazendo a busca sobre o homem descolorido que comandava o tráfico de armas na grande Seul.

O problema de tudo isso era que quando Kitty colocava algo na cabeça, ninguém conseguia tirar. O gângster rosado ficava completamente obcecado até conseguir sua meta e, depois de ver fotos e registros, sua meta era ter Agust D para ele.

Talvez fosse um capricho ou, talvez, fosse a vontade de beijar aquela boquinha pequena e fofa, para descobrir a tal língua tecnológica que muitos falaram. Talvez fosse algo no olhar cético e desafiador de D que fazia Kitty Gang querer testar as águas ao ponto de começar a invadir os espaços do descolorido para chamar a atenção deste.

Kitty não era burro e sabia que Yoongi tinha bem mais experiência do que ele, logo, sua primeira investida não foi nem um pouco impensada, pelo contrário. Havia uma região em Seul onde chamavam de Paradise; era uma área sem domínio, como um ponto neutro dentro da cidade onde, por muitas vezes, os gângsteres se reuniam para negociar.

O rebolado era icônico enquanto passava pelas ruas escuras, os óculos em um rosa claro porque estava de noite, mas ele precisava manter o estilo e logo viu D com mais uma pessoa, Hope — segundo suas buscas —, braço direito de D.

O rosado chamava a atenção de todos, mas Agust D tentava continuar fingindo que nada tinha acontecido, até que o rosado cutucou seu ombro com a pontinha do dedo, o que fez Hope ficar atento a cada atitude do mesmo.

D virou para ele, observando o mais novo com um sorriso no rosto enquanto estendia a mão para ele.

— Kitty Gang, senhor Agust D, sempre é uma honra me conhecerem — disse assim que o mais velho olhou para ele, mas o descolorido não apertou sua mão, apenas olhou o gângster de cima a baixo.

— Não sinto prazer em conhecer o bobo da corte, Kitty sei lá o que — respondeu em um resmungo. Hope havia pesquisado sobre ele, mas não conseguira nada de muito importante, apenas o que já sabiam.

— Ah… uma pena. Posso fazê-lo mudar de ideia? — insistiu o rosado. — Quero sugerir uma parceria, o que acha? — perguntou, vendo o descolorido checar o copo de whisky vazio.

— O que tem a oferecer, Gato Rosa? — perguntou debochado. — Você só faz pequenos roubos. Joias ou pouco dinheiro. O que teria a oferecer a alguém como eu? — disse em tom desafiador.

— Oh, então andou me observando? — questionou com um sorriso no rosto. — Fico encantado por ser motivo do gasto de seu tempo.

Agust D revirou os olhos, não estava com paciência para aquelas brincadeiras bobas de um garoto que nem sabia como aquele mundo funcionava.

— Você estava na minha área, óbvio que precisei saber de quem se tratava. E mais... — disse, sob o olhar intenso do rosado. — Não pense que vou relevar se te ver de novo onde não deve. Se passar de novo para meus territórios, não hesitarei em enfiar uma bala nessa sua cabeça de chiclete.

Agust D esperava ver o medo estampado no rosto do garoto, mas tudo o que conseguiu foi ouvir a risada debochada enquanto o mais novo se curvava para a frente.

— O que foi? Está louco, porra? — perguntou, vendo o mais novo fingir secar uma lágrima.

— Que piada… — Kitty Gang se aproximou, ficando tão perto de D que seus narizes estavam a menos de um palmo um do outro. — Acha que assusta alguém com esse discursinho de merda? Eu ando por onde eu quiser e não é você quem vai me impedir.

Foi a vez de Agust D rir soprado, os outros no local estavam observando a movimentação estranha dali.

— Você acha mesmo que é alguma coisa, não é? — questionou. — Tem sorte que este é um lugar neutro e ainda existe alguma honra entre os maiores — disse, olhando com desprezo para o outro — de Seul, ou eu já teria mostrado a você como as coisas funcionam com Agust D. Você nem deveria estar aqui, para falar a verdade.

Kitty estalou o pescoço para o lado, irritado. Suas bochechas ficaram quase infladas enquanto digeria a negação tão incisiva do outro.

— Eu vim propor algo bem pacífico, gatinho, mas já que é assim, sem problemas. — O rosado deu de ombros. — Não me importo em fazer as coisas do jeito difícil.

Agust D não entendeu bem o que ele queria dizer com aquilo e, em um segundo, o rosado já estava indo embora dali.

— Oh, merda — disse Hope ao ver o mais novo subindo na moto e mandando um beijinho no ar antes de colocar o capacete e sair dali. — Oh, merda, D, ele vai aprontar.

D umedeceu os lábios e, de repente, percebeu que não estava tão preocupado com o que o mais rosado faria, mas sim, ansioso.

Seria ridículo de sua parte não assumir para ele mesmo que o rosado havia mexido consigo de alguma forma. Mesmo que não fosse admitir para alguém, a imprevisibilidade de Kitty Gang o atiçava; ele queria saber mais do gângster de fios rosados e lábios cheios.

Não tinha como não notar o caminhar marcado pelas calças coladas nas pernas delineadas, assim como a cintura marcada. Agust D, em outra situação, não pensaria duas vezes antes de levá-lo para a cama, mas Kitty era um problema.

Mandou que Hope reforçasse todas as equipes que cobriam suas áreas e, assim como esperado, Kitty Gang começou a aprontar.

Foi uma semana turbulenta, não apenas para o descolorido, mas também para as autoridades. Como D imaginava, Kitty Gang gostava de atenção e não media esforços para conseguir isso. Explodiu caixas eletrônicos com fogos de artifício, pichou outdoors com grafite rosa chamando D de “bundinha mole medroso”, assim como chegou atirando em um de seus pontos de atuação.

Agust D não entendia o que diabos estava acontecendo para que o rosado agisse daquela forma, não que realmente precisasse de uma justificativa.

Kitty era tão insano que chegou a cobrir toda a entrada do bairro em que D mais era ativo com tinta rosa, confete e glitter; não era nada necessariamente perigoso, exceto pelos fogos de artifício que disparavam sem que eles soubessem de onde vinham.

— O que ele pensa que está fazendo?! Ele é a porra de um palhaço?! — perguntou D, irritado, enquanto via todo aquele carnaval.

Mas acontece que Kitty era um tanto caprichoso e não estava nem tentando tomar para ele o território de Agust D, ele queria algo mais, e D não achou que precisaria se cercar de muitos capangas ou que precisaria aumentar a segurança, porque, para ele, Kitty Gang não passava de um garoto sem a menor noção do que estava fazendo.

Pensava que o rosado estava apenas se divertindo e fazendo alguma bagunça, até que, em uma noite estranhamente calma, viu seu carro ser cercado pelos lados, levando-o a correr mais do que devia e bater em uma curva fechada demais enquanto tentava fugir dos dois motoqueiros que vestiam máscaras de gato e atiravam bombas de fumaça rosa contra seu carro, fazendo-o perder a visão.

Hope não estava com ele naquela noite, e foi tudo rápido demais. Ele tentou sair do carro, mas estava com as costelas queimando como o inferno, certeza de que tinha fraturado ao menos duas delas.

Deu alguns passos para longe da fumaça colorida, tossindo enquanto tentava se afastar da sensação sufocante que o tomava, porém, assim que conseguiu ir para o lado da estrada onde a fumaça estava mais dispersa, sentiu o baque do taco de metal contra sua cabeça e, assim, apagou.

O lugar cheirava a algo forte, como álcool e cloro, quase como um hospital, e D estranhou assim que sentiu o odor, pois fazia muito, muito tempo mesmo, que ele não pisava em um hospital. No entanto, a luz era fraca e piscava às vezes, não era branca e constante como a de um leito e ainda tinha um leve cheiro de cereja se mesclando a tudo aquilo, o que o deixava ainda mais confuso.

Seus olhos se abriram devagar e ele tentou focar em alguma coisa, mas a cabeça ainda doía demais para conseguir deixá-lo concentrado. Conseguiu identificar suas pernas, estavam juntas e amarradas, logo, tentou mover as mãos, mas estas estavam igualmente atadas. Estava dentro de um quarto pequeno, muito simples e um tanto feio, com papel de parede antigo e carpetes pesados sobre o piso.

Sua consciência tentava se reestabelecer apesar do zumbido no ouvido e ele tentou mexer o corpo, vendo a que ponto estava preso, no entanto, tudo o que conseguiu foi cair no chão, ainda preso à cadeira de madeira em que se encontrava.

— Puta... que pariu — gemeu ao sentir a dor das costelas voltar com o movimento brusco, soprando o ar rapidamente pela boca numa tentativa inútil de amenizar a sensação. Com os olhos na direção da cama, estava pensando o que diabos um gato fazia dormindo tranquilamente ali embaixo, como se nem notasse ou não se importasse com sua presença.

Ouviu uma movimentação porta afora, assim como uma voz conhecida. Suave e mansa, como se ronronasse ordens para aqueles que o cercavam e ele de repente sabia exatamente onde estava. No esconderijo de Kitty Gang.

Logo em seguida, a porta foi aberta e o gângster de cabelo rosa passou por esta. Agust D só conseguia ver as botas grandes e pretas, de fivelas cor de rosa, como o cabelo do dono.

— Oh! — exclamou falsamente surpreso, e D revirou os olhos ao ouvir a risadinha debochada do mais novo. — Não sabia que gostava de ficar no chão, Agust D, senão não teria me dado o trabalho de conseguir uma cadeira para te amarrar… confortavelmente.

O rosado se aproximou, sem cuidado algum, sabendo que as armas de D foram confiscadas assim que este foi abatido.

— Vamos ver… Ai, você é pesado — disse, enquanto puxava a cadeira com o corpo do outro para colocá-la corretamente em seu devido lugar.

Kitty ergueu os ombros de Agust D, arrumando o corpo do moreno sobre o assento, limpando uma sujeirinha inexistente de seu casaco.

— Bem melhor agora — disse com as mãos na cintura, indo até a cama e sentando na ponta desta. — Senhor D, senhor D… Quem diria que seria tão fácil capturar o, por enquanto, maior gângster de Seul.

— Diga de uma vez o que quer, palhaço — disse ríspido, fazendo com que o rosado enchesse um biquinho enquanto encolhia os ombros.

— Não gosto que me chame assim — falou, ainda com seu bico cheio de gloss. — Eu disse que não me importava em fazer as coisas do jeito difícil, não disse?

Ele levantou, caminhando pelo quarto até a janela do outro lado do cômodo. Estava pintada de preto por fora, provavelmente para que ninguém conseguisse ver o que acontecia ali dentro. Agust D torcia para que Hope conseguisse notar logo seu breve desaparecimento e mandasse reforços para invadir aquele lugar antes que ele perdesse a paciência.

— Certo… então me diga seu valor, Kitty — disse em tom mais suave, capturando a atenção do rosado, que servia bebida para si mesmo; mas este último riu soprado, virando o primeiro copo do whisky para dentro da própria boca e se serviu de mais um pouco.

— O que eu quero, você não tem como pagar — respondeu em seu tom ronronado, como se tivesse todo o tempo do mundo para estar ali.

— Oh, certo, então ao menos me diz por que me trouxe aqui? — perguntou, enquanto forçava disfarçadamente suas mãos para tentar retirá-las do aperto da corda; não se importaria se tivesse de matar Kitty Gang com suas próprias mãos, não mesmo.

O rosado levantou, indo até ele, o que o fez parar sua tentativa de fuga por um instante.

— Eu sou muito bom com nós, Agust D — disse baixo, com seu rosto perigosamente perto do outro, e o moreno pôde ver bem de perto toda a beleza da qual falavam, cada pequeno detalhe do rosto e corpo do outro aparentemente havia sido feito para estar ali.

Kitty Gang acompanhou o olhar de D, vendo os olhos pequenos e gatunos descendo por seu rosto, fixando-se por alguns segundos em sua boca e, em seguida, fazendo uma checagem pelo corpo bonito e marcado pelas curvas de Kitty e engolindo em seco logo em seguida.

O mais novo riu soprado, capturando novamente a atenção de Agust D.

— Ao que me parece, Agust D não é tão inexpressivo e inabalável quanto fiquei sabendo.

D voltou a olhar em seus olhos, vendo estes quase fechados em duas pequenas fendas horizontais.

— Me diga o que quer e assim podemos negociar, Kitty — falou rouco, e Kitty Gang quase miou ao ouvir seu codinome sendo falado naquele tom, daquela forma. — Quanto? Me diga quanto quer.

— O que eu quero não pode ser comprado… bom, há quem diga que vale alguns milhões, mas, sinceramente, não estou interessado nisso agora.

Ele segurou os cabelos escuros em uma só mão, fazendo um sutil careta de dor surgir na face de Agust D. Roçou seu nariz pela bochecha do outro, deixando seu prisioneiro fechar os olhos enquanto recebia o afago de sua mão esperta entre suas coxas.

— Eu quero você, Agust D — disse com um sorriso grande, mas que mais beirava a sádico do que algo feliz.

— Como? — perguntou confuso, sem entender o que o outro estava falando, mas atento aos olhos astutos do mais novo.

Sem hesitar, Kitty Gang se enfiou em seu colo, mesmo naquela cadeira tão pequena, com suas coxas grossas ao lado de seu quadril, sentando a bunda farta sobre suas pernas.

Os braços envolvendo o pescoço do gângster, enquanto ainda olhava fixamente para ele, Agust D não sabia como prever aquele comportamento, não era como esperar uma briga ou uma bala.

— Eu quero você 'pra mim, D — disse manhoso e baixinho, quase roçando seus lábios no do outro. — Nós podemos fazer uma grande dupla, na cama e fora dela.

D sentiu um arrepio nada convencional correr por sua espinha tão rapidamente quanto viu a língua rosada de Kitty passar por seus lábios em um movimento ligeiro.

— E se eu recusar? — perguntou rouco, mas as mãos atadas atrás da cadeira mexiam agora para se soltar com outro intuito, elas queriam tocar.

— Huhu! — Kitty riu baixinho. — Você tem essa escolha? — disse, esfregando sua intimidade coberta pelo couro no colo de Agust D que gemeu baixo por ter o outro sobre ele.

Kitty Gang saiu de cima dele apenas para sentar em seu colo novamente, mas agora, de costas para D, de forma que sua bunda roçasse sobre a região íntima do outro.

— Que merda você está fazendo? — disse bravo, tendo que segurar a vontade de retribuir aquela movimentação.

— Um tipo de tortura que você nunca viu, senhor D — respondeu enquanto se inclinava para trás, deixando sua boca no pescoço alheio enquanto rebolava no colo do outro gângster.

D xingou baixinho, virando o rosto para não ter que olhar Kitty Gang subindo a camisa branca que usava, mostrando seu abdômen definido e a tatuagem na costela.

E ele nem poderia imaginar que estaria tão duro apenas por ter o rosado rebolando em seu colo, mas os olhares indecentes e as mordidas nos lábios cheios o hipnotizavam de tal forma que ele não aguentou mais a situação e cedeu.

Deixou que o rosado fizesse seu pequeno show particular, rebolando em seu colo e provocando com seus lábios cheios roçando rente aos de D.

Cada vez que ele deixava seu rosto perto, Agust D se via cada vez mais ao ponto de implorar, porque ele precisava admitir, Kitty Gang era muito gostoso e tê-lo ali ia além de suas expectativas.

Ele queria poder ficar com raiva e tirá-lo de cima de seu corpo, mas ele desejava que o rosado continuasse ali mais intensamente.

— Desate minhas mãos, Kitty, e eu jogo seu jogo com você, hm? O que me diz? — sugeriu D, porque ele precisava mesmo ter suas mãos livres para tomar o corpo do outro para si.

— Acha mesmo que eu sou tão burro, Agust D? Acha mesmo que eu livraria suas mãos para te deixar livre para fazer o que bem quisesse?

— Eu só queria poder apertar essa sua bunda, gatinho. Não precisa ficar arisco.

— Ah, quanto a isso — disse, puxando o cabelo do mais velho e se esfregando em seu corpo. — Não se preocupe também, Dzinho, eu sei bem como fazer sem precisar de sua ajuda.

Kitty atacou os lábios de Agust D em um beijo feroz e apressado. D se inclinava para a frente, tentando alcançar o homem que fazia de si o que quisesse agora, mas Kitty se mantinha impassível quanto a comandar por ali e deixar Agust apenas à sua mercê.

Aos sussurros pedintes e clamores por alívio, D viu o rosado tirando a camiseta que outrora ameaçou remover do corpo, executando a ação até o fim daquela vez.

O corpo delineado pelos músculos rígidos combinava inimaginavelmente com os traços bonitos e delicados do rosto de Kitty, fazendo dele uma criação que transitava entre o tentador e o encantador. Ele conseguia ser perfeitamente os dois.

— Eu não vou tentar fazer nada, eu juro, só preciso… — Gemeu rouco ao sentir as mãos ágeis do rosado deslizando em sua extensão habilidosamente.

— O que dizia? — perguntou, com um sorrisinho debochado no rosto. — Eu só preciso que fique quietinho, eu sei bem como fazer o que eu quero.

— Desgraçado… — xingou baixinho, ainda tentando encostar no corpo alheio enquanto se inclinava para a frente.

— Oh, esse é novo... sempre é um "filho da puta" ou "gatinho safado".

D percebia que estava cada vez mais rígido e não conseguir tocar Kitty o deixava desesperado, pois ele entendia onde o rosado queria chegar.

Só agora ele conseguia entender o que Kitty Gang havia falado para ele naquele quarto à meia-luz. Ele queria Agust D, mas o queria em sua mão, e ele havia conseguido pelo método mais confuso que o gângster conseguia imaginar.

— Porra, gatinho… Eu preciso que você dê um jeito nisso, está doendo.

— Oh! Você precisa? — questionou, vendo o outro sacudir a cabeça rapidamente, já sem pensar em como ficaria sua reputação depois daquilo, pois, no momento, ele apenas queria o rosado sobre ele, mas sem as calças.

— Vamos, Kitty…

— Por que eu faria, senhor D?

— Porque quer tanto quanto eu — disse rápido, conseguindo capturar o lábio do outro, que enrijeceu em seu colo, apertando os ombros do mais velho com seus dedos pequenos.

— Mas eu estou em vantagem aqui… é você quem está preso, e eu estou livre para fazer o que eu quiser.

— Ah, mas é exatamente o que eu peço que faça.

D viu o brilho estranho passando pelos olhos de Kitty e, imediatamente, o rosado levantou. D não sabia se iria morrer naquele instante, pois a aura que o outro emanava era indecifrável.

Horas depois, D saiu do quarto com Kitty em seu encalço e um sorriso vitorioso brincava em seu rosto enquanto acompanhava o gângster — que agora estava solto — até a saída dali.

— Espero que honre sua palavra, Agust D, ou terei que cobrar eu mesmo.

Agust olhou para ele de esguelha, teve de sair dali a pé e sem suas armas. Porém, depois de um longo tempo caminhando, encontrou um telefone público e ligou para que Hope fosse buscá-lo.

— O que aconteceu? Nós estávamos doidos te procurando. Onde você estava? — seu parceiro perguntou assim que ele entrou no carro, olhando para ele dos pés à cabeça, procurando vestígios de algum ataque severo.

— Eu estava… negociando — balbuciou, envergonhado. Não queria dizer a Hope que havia cedido para Kitty por pura luxúria.

— Com quem? — Hope questionou, surpreso. Não era sempre que D saía assim sozinho e seu carro foi achado abandonado em uma curva qualquer.

— Kitty — disse a contragosto. — Kitty Gang agora trabalha conosco. — Olhou para Hope, que ainda estava chocado.

— O quê?! Como? Por quê?! — o outro exclamou sem entender nada, vendo D desviar os olhos para o outro lado, com as bochechas ganhando uma coloração acentuada.

— Sem perguntas, Hope. Apenas dirija.

~~~~


Notas Finais: Obrigada a quem leu! Espero que tenham gostado, pessoal!

Me digam o que acharam e vocês podem achar outras histórias minha no meu perfil, tem várias coisinhas por lá!

Até a próxima 💜

~ YLY

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Ccat: SugaPrincess

29 de Agosto de 2021 às 21:48 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

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