2minpjct 2Min Pjct

Onde Yoongi morre e seu espírito acompanha seu grande amor, Jimin, que estava presente na cena do crime e viu o amor da sua vida falecer. Para trazê-lo de volta, o reviver, Jimin fará de tudo. Inclusive usar magia negra.


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#pwp #mcd #2minpjct #sujim #minmin #2min #suji #minimini #sugamin #yoonmin #jimin #yoongi #bts #magia #Bangtan-Boys-BTS #boyslove #boyxboy #btsfanfic #btsfic #fantasia #gay #romance-gay #Tema-Mensal #yaoi
1
1.7mil VISUALIZAÇÕES
Completa
tempo de leitura
AA Compartilhar

Capítulo único

Escrito por: @showdaegu

Capa por: @yoonckyn


~~~~

Era incrível como exatos três minutos poderiam virar vidas de cabeça para baixo.

O inicio do dia havia sido perfeito. Finalmente, após dois anos, um orfanato havia autorizado Yoongi e Jimin á entrar na lista para adotar.

Yoongi e Jimin eram casados á cinco anos e, dois anos atrás, haviam decidido adotar. Porém, como a Coreia era um país bastante conservador, muitos orfanatos os negavam por serem um casal gay.

Entretanto, aquele orfanato em específico era bastante liberal. Eles haviam uma grande quantidade de crianças e quem liderava era um casal de lésbicas, que adotou quatro das crianças. Yoongi e Jimin sentiram que aquele era o local e realmente haviam acertado.

Lá, eles conheceram muitas crianças, mas as que chamaram a atenção foram três: um casal de gêmeos de dois anos e sua irmã mais velha de dez. Quando eles conheceram aquelas crianças, eles decidiram que seriam elas.

Receber a notícia de que já estavam na lista de seis meses para adoção fez com que o casal Min ficasse ansiosos e eufóricos. Naquele mesmo dia queriam já começar a arrumar os quartos das crianças. Começaram pelo escritório de Yoongi, tiraram as coisas e colocaram no escritório do Jimin. Logo depois foi o quartinho da bagunça e retiraram todas as coisa velhas e antigas, as quardando na garagem para mais tarde vende-las.

— Nós vamos fazer a nossa família.

Jimin sorriu abertamente após dizer. Yoongi foi em sua direção, o abraçou e beijou romanticamente.

Jimin era um escritor com um best-seller. Já Yoongi era médico pediatra de um grande hospital de Seul. Era assim que eles conseguiram aquela grande casa.

— Eu te amo tanto Jiminie.

Yoongi disse, o beijando e agarrando o marido pela cintura, enquanto o outro colocava suas pernas ao redor da cintura do mais velho. Yoongi começou a subir a escada em direção ao quarto.

— Vamos fazer bastante agora, já que daqui a um tempo não poderemos fazer isso com as crianças por perto.

O mais velho disse rindo, fazendo Jimin também rir e corar. Yoongi beijou a ponta de seu nariz e bateu a porta do quarto do casal.


//


Eram 3:56 da manhã. Yoongi e Jimin haviam acabado de ter uma doce noite de amor. Jimin se encontrava deitado no peito do marido, que respirava profundamente ao seu lado. Eles amavam esses momentos.

Yoongi amava porque podia abraçar seu pequeno, cheirar seu cabelo suave e acariciar a área.

Já Jimin amava porque ele podia sentir o coração de Yoongi batendo. Parecia bobo, mas saber que seu amor estava colado em si, respirando, vivo, fazia Jimin ter uma das melhores sensações.

Então eles escutaram um estrondo no andar de baixo. O coração de Yoongi errou uma batida, deixando Jimin aflito.

— Eu vou ver o que é, ok? Deve ser só um gato que entrou pela janela do banheiro como aquela vez.

Yoongi disse, selando rapidamente seus lábios aos de Jimin e começou á colocar a calça, continuando sem camisa. Eram 3:57.

Jimin colocou também uma calça e uma camisa, ambas do mais velho, e esperou no andar de cima. Se passaram quinze segundos que Yoongi chegou no andar de baixo e Jimin escutou algo assustador.

Yoongi berrando de agonia.

Jimin imediatamente saiu do quarto e desceu as escadas, encontrando móveis caídos e a pior coisa que veria na sua vida.

No chão estava o amor da sua vida, Min Yoongi, com marcas de sangue e corte no estômago, cintura e perna.

Os olhos de Jimin marejavam, enquanto berrava o nome do marido, que arfava de dor no chão. Ele pegou a grande toalha de mesa e cortou em pedaços, pegando um e amarrando em cada ferimento. O médico da relação era Yoongi, mas como ele já havia visto o marido lidando com coisas assim, ele deu seu jeito. Eram 3:58.

— Você vai ficar bem! Você vai que eu sei, Yoongi!

Yoongi sorriu fraco e segurou a mão de Jimin, que havia acabado de prender uma faixa na sua perna.

— Nós sabemos que não... Arf.

Yoongi cuspiu sangue e Jimin rapidamente limpou. As lágrimas caiam no rosto do marido, que ainda o olhava sorrindo.

— Não diga isso, Yoon...

— Song Donpyul... Filho do sócio do meu pai... Já sabia que algo assim podia acontecer...

Jimin já havia escutado sobre o sócio de Min Yoonpil, pai de Yoongi. Yoonpil negou vender sua parte do negócio e o sócio surtou, mas não tanto quanto o herdeiro, Song Donpyul, que não aceitava. Ainda por cima não aceitava que o herdeiro da empresa Min não trabalhasse com isso e mesmo assim seu pai não venderia sua parte.

— Eu vou achar ele, meu amor. Você vai ficar bem.

Yoongi sorriu e, com a pouca força que tinha, puxou o rosto de Jimin para perto do seu, selando os lábios suavemente. Ele sorriu novamente, enquanto o marido ainda chorava.

— Eu te amo, Jimin...

E então o peito de Min Yoongi não retornou á bater.

Eram 3:59.


//


4:31 a polícia chegou na casa. Os policiais cobriram o corpo de Yoongi e levaram para o carro. A ambulância que havia caso Yoongi tivesse chances de reviver levou o corpo para o necrotério, á pedido de Jimin, o qual ainda chorava alto com o conjunto de coisas.

— A arma do crime ficou aqui, sabemos quem é o assassino.

— Song Donpyul, eu sei. Yoongi me disse antes de...

Jimin voltou a chorar alto. Os policiais entreabriram os olhos, chocados.

— Ele disse mais alguma coisa?

Jimin fez de não com a cabeça, abraçando uma almofada do sofá, enquanto os policiais se encaravam e saiam da casa.

— Vamos encontra-lo, senhor Min.

E Jimin estava sozinho. Tinha dias que Yoongi viajava e o deixava sozinho em casa. Mas agora Yoongi não ia voltar dessa viagem.

Jimin começou a chorar alto, chegando á berrar, soluçar e apertar os punhos, fazendo as unhas perfurarem a carne de sua mão. Foi com tanta força que pequenas gotículas de sangue caíram de sua mão, junto com as lágrimas.

Assim que ambos fluídos tocaram o chão de madeira na parte onde o corpo de Yoongi estava, uma luz verde surgiu.

Jimin enxugou os olhos para ver se tinha visto direito e foi então quando um sussurro fraco foi escutado por si.

"Pegue o pé de cabra e abra."

Quer algo mais assustador que isso?

A voz que disse era de Yoongi.

Jimin então pegou o pé de cabra que tinha no armário de bagunça e começou á puxar com ele a madeira do chão. Fazendo uma força estrondosa, ele conseguiu.

Puxou a madeira e viu algo que nunca pensou que veria naquele local: um livro com capa de couro.

Foi então que Park Jimin começou á pensar em estar virando insano. Seu marido foi assassinado á uma hora atrás, ele quebrou seu chão e achou um livro com capa de couro que, pelo que aconteceu anteriormente, soltava raios verdes. Sem contar ter escutado sussurros de seu marido morto.

— Estou ficando louco... Eu estou ficando louco. Eu não sei o que está acontecendo mas é insano! Eu vou colocar esse livro no lugar e...

"Não! Abra-o!"

O sussurro retornou, novamente ordenando á Jimin, que tinha lágrimas nos olhos.

— Eu quero meu Yoongi... Eu quero que tudo volte ao normal... Eu quero ter uma noite de feliz com meu marido, dormir no seu peito e ouvir seu coração bater...

"Abra o livro e poderemos fazer isso, meu amor..."

O sussurro disse e Jimin olhou para a direita, de onde o sussurro veio.

— Eu... Eu quero meu Yoongi...

E então Jimin abriu o livro.

O livro soltava luzes verdes, um vento desconhecido começou á invadir a casa de Jimin, que começou á berrar de medo. As luzes da casa sumiram, deixando um breu. As folhas do livro trocavam com o vento. Jimin, amedrontado, fechou os olhos com força, desejando que aquilo parasse.

E então parou, como seu pensamento disse. Ele abriu os olhos e viu o livro parado em uma página, além de que a vela na mesa de centro da sala se acendeu sozinha, dando claridade para Jimin ler se apoiar o livro na mesa. E foi isso que ele fez, pegando o livro com cuidado.

— Opstand De Døde?

Um raio, logo seguindo um trovão foi escutado do lado de fora, mesmo não estando chovendo, assim que Jimin leu a frase em grandes letras.

"Isso me trará de volta..."

O sussurro disse e Jimin sorriu sem mostrar os dentes. A energia do livro invadia suas veias.

— Então eu vou assim te trazer de volta, meu amor.


//


Uma flor morcego negro, a lágrima do ancião Kim Seokjin, os ossos moídos de um rato-pigmeu, o veneno de uma mamba negra e a alma torturada do assassino de quem deseja reviver, junto com água do pântano Død, eram os ingredientes do feitiço.

Entretanto, Jimin não queria aprender apenas esse feitiço, mas também outros do livro, especialmente Gå Der, um feitiço de teletransporte.

Para isso, Jimin precisava, ainda, de uma varinha. Então ele pegou o cabo do guarda-chuva favorito de Yoongi e sussurrou os versos.

"Eu cedo á Sort Magi, o livro secreto, minha ligação á realidade mundana, me tornando, assim, um usuário da magia das trevas."

O cabo soltou luzes verdes e começou á crescer vinhas de roseiros em seu torno. Na ponta do cabo, onde se ligava anteriormente ao guarda-chuva, uma rosa negra de obsidiana surgiu. No local onde se segurava, apareceram "pjm, you know" escritos.

A varinha de Jimin estava pronta.

E, utilizando Gå Der e sua varinha, Jimin se teletransportou para uma floresta tropical, onde coletou seu primeiro ingrediente. A flor morcego negro estava logo ao seu alcance.

Jimin esticou a mão para alcança-la e assim que a tirou do chão, da árvore veio um morcego negro gigante em sua direção, o mesmo pegou sua varinha e recitou.

— Vende dig til sten!

Apontando na direção do morcego. O morcego se tornou uma estátua de pedra. Como ele estava voando, ele caiu no chão, quebrando-se em diversos pedaços.

Aquilo estava se tornando... Interessante.


//


— Pare de chorar, seu idiota. -Jimin disse para si mesmo, enxugando algumas lágrimas que saiam de seus olhos.

"Está tudo bem chorar, Jiminie..." -O sussurro de Yoongi disse e Jimin sorriu fraco.

— Eu prometo que vou te trazer de volta, meu amor. Vamos adotar nossos lindos filhos assim que voltar.

Jimin obviamente não conseguia ver, mas sentia de que, onde estava, Yoongi também estava sorrindo.

— Agora... Como eu vou fazer esse ancião chorar, Yoonie?

Jimin disse, voltando á escalar a montanha que dava para o templo do ancião Kim Seokjin, um dos maiores monges de Jeju.

"Você sabe que nunca fui bom com essas coisas, Jiminie. Eu fazia você parar de chorar."

Sussurrou novamente Yoongi. Jimin riu fraco. Esperava que os sussurros pudessem trazer um sentimento, uma gargalhada, de Yoongi. Mas eram sempre com uma voz sem sentimentos, uma voz sem nada dentro. Mas ele sentia, no fundo de seu coração, que Yoongi dizia essas coisas feliz com as recordações.

E assim que Jimin terminou de subir, limpou o suor de sua testa e suspirou, cansado. Na sua frente, encontrava o templo de Seokjin.

— Skjule.

E Jimin agora estava disfarçado no corpo de uma senhora de idade, de aproximadamente oitenta anos; essa escolha foi exatamente porque o ancião seria um senhor de idade, então sentiria mais compaixão por alguém de idade próxima.

Se dirigiu ao templo se agarrando na varinha, a utilizando como bengala. Ele bateu na porta de madeira do enorme templo e logo foi aberta por alguém que não esperava ver.

Um jovem de aproximadamente trinta anos.

— B-Bom dia, meu jovenzinho...

Jimin disse, forçando a falha na voz para dar mais realismo.

— Bom dia, senhora. Gostaria de entrar para um chá?

Jimin, confuso ainda, assentiu. O jovem deu espaço para ele entrar e ele assim fez, com o jovem logo fechando a porta atrás de si.

— E-Eu vim fa-falar com Kim Seokjin...

Jimin foi logo falando, enquanto o jovem se sentava em frente á uma mesa de chá.

— Está falando já com ele.

E Jimin novamente ficou confuso.

— E-Eu vim falar com o an-ancião-

— Já disse que já está falando com ele.

Seokjin interrompeu. O queixo da velha Jimin caiu.

— Agora, feiticeiro, pode já tirar seu disfarce.

— C-Como assim feiticeiro...?

Jimin perguntou, se fazendo de sonso.

— Eu moro no topo de uma montanha que só pode se subir escalando. Uma senhora de oitenta anos não consegue subir. E eu também te vi escalando da janela.

Jimin bufou e murmurou.

— Omvendt stave.

O jovem Jimin apareceu e Seokjin abriu um sorriso.

— Aí está o garotão! Veio em busca da minha lágrima, não? Enquanto isso, aceita chá?

Jimin continuava sério. Agarrava sua varinha com força no braço direito.

— Você está mentindo. Seokjin é um ancião e você...

— É apenas um jovem de trinta anos. Já ouvi isso tantas vezes na vida; vocês mortais não tem criatividade para frases não?

Jimin fechou a boca, após ser interrompido, se sentindo atacado.

— Eu não sou um ancião comum como pode ver. Eu estou vivo desde o século XVIII, quando o Sort Magi foi criado. Sou o irmão mais velho de Celeste.

Celeste? A mesma Celeste que Jimin leu sobre?

— Minha irmãzinha, assim que descobriu o livro, também descobriu outra coisa: eu estava com uma doença terminal. Então ela decidiu me tornar imortal, já que o feitiço de cura não existia, mas esse sim. -Seokjin bebericou o chá antes de continuar.

— Ela matou nossa mãe para me tornar imortal. Porém, quando ela decidiu também se tornar imortal, junto com a filha, eu a proibi. Ser imortal é ao mesmo tempo algo que todos almejam mas, quem tem, quer acabar o máximo que pode. Eu vi o amor da minha vida morrer, meus filhos morrerem, todos morrerem. Mas eu nunca morro. Meu fim só chegará quando o fim do mundo chegar. E eu não quero que mais ninguém sofra isso.

Jimin pode notar a força que Seokjin fazia para não chorar. Não ia ser tão fácil ter as lágrimas.

— Celeste colocou minhas lágrimas em somente um feitiço. Quem você quer reviver?

— O amor da minha vida.

Jimin agora se aproximou da mesa de chá. Seokjin encheu a xícara do outro.

— O nome dele é... era Min Yoongi. Estávamos casados por cinco anos e... Íamos adotar. Três crianças. Um casal de gêmeos e a irmã mais velha, que é cega. Foi quando...

Jimin enxugou a lágrima e ouviu "Está tudo bem.", de Yoongi.

— O filho do sócio do pai de Yoongi invadiu nossa casa e o matou... Eu vi ele perder a vida na minha frente e... Agora ele está do meu lado, como um sussurro. Mesmo onde ele está, ele não vai me abandonar e eu não vou abandonar ele. Por isso eu quero traze-lo de volta.

Jimin sorriu e Seokjin também o seguiu.

— Ok... Eu vou te ajudar. Mas a lágrima tem que ser verdadeira. Então, se não se incomodar, eu vou falar da minha família.

Jimin assentiu e Seokjin tomou mais um gole da xícara.

— Eu tive duas filhas: Jiyoung e Jieun. Jiyoung era a mais velha e Jieun a mais nova. Jiyoung era a minha cara, já Jieun tinha tudo da mãe. E eu acompanhei elas, desde a adolescência, vida adulta, os meus netos, e sua morte. Jiyoung morreu mais cedo, já Jieun foi guerreira, durou até os noventa e três anos. Elas sempre gostaram do fato de eu não ficar velho. Mas eu vi elas ficarem velhinhas e irem, sem ir junto.

O rosto de Seokjin já demonstrava a tristeza e a saudade que sentia. Só faltava pouco para o choro vir.

— Minha esposa se chamava Jinsoul. Ela tinha heterocromia, o que fez as pessoas acharem que ela era uma bruxa. Mas a minha Jinsoul não machucaria nem uma mosca. A conheci quando fugia de seu vilarejo por acusações de bruxaria e a abriguei na minha carroça. Ela era teimosa e não aceitou de primeira entrar, mas ou era isso ou morrer. Ficamos meses na carroça procurando um vilarejo e nesses meses nos apaixonamos. Antes de casarmos, ela engravidou de Jiyoung. E quando eu fiquei imortal, ela ficou feliz. Eu ia durar mais. Mas quem não durou foi ela... Ela logo morreu da mesma doença que eu.

E então Seokjin deixou escorrer a primeira lágrima. Jimin pegou o pequeno frasco que trouxe e colocou a lágrima dentro. O ancião enxugou o outro olho e sorriu fraco.

— Pronto. Conseguiu.

Jimin sorriu, enxugando as próprias lágrimas.

— Obrigado.

Ele começou a se levantar, mas Seokjin segurou seu braço.

— Posso te pedir um favor?

Jimin assentiu.

— Por favor, não destrua o mundo. Meus tarara-netos vivem nele.

Jimin se virou de costas, continuando á seguir para a porta. Seokjin o olhava ainda. Então, logo na frente da porta, Jimin se virou e sussurrou de forma audível para o mais velho.

— Eu vou tentar.

E então saiu do templo.


//


O pântano Død ficava em uma ilha próxima á Noruega. As águas eram negras como a noite, porém, pelo menos a noite tinha as estrelas e a Lua.

Jimin pegou o grande jarro e mergulhou-o nas águas do pântano. Assim que retirou, fechou e se virou de costas, dando de cara com uma senhora idosa. Deu um pulo para atrás, assustado, quase caindo no pântano.

— Perdão, meu jovem! Não queria assusta-lo. Só queria saber se queria ajuda. O pântano é muito escuro, principalmente de noite.

Jimin sorriu fraco e se acalmou mais.

— Estou bem, senhora. Obrigado por sua preocupação.

Respondeu sorrindo, se afastando. Não poderia se teletransportar na frente de uma senhora.

— Espero que seu feitiço dê certo!

A senhora disse. Assustado, Jimin olhou para atrás, mas ninguém estava alí.


//


Jimin agora utilizava a pele e a carne do rato-pigmeu como isca para a mamba negra, em uma floresta na África.

— Pega o ratinho, tira o ossinho e usa como isca para a cobrinha!

Jimin cantarolou baixo, rindo fraco com isso. Na outra mão, em um pote de madeira moía os ossos do rato-pigmeu com uma base de pedra.

Assim que Jimin novamente olhou para frente, viu a superfície branca no chão e riu baixo.

— Você amava cobras, lembra, Yoon? Queria uma com a gente se não conseguíssemos adotar.

"Você nunca aceitou meu pedido." -O sussurro de Yoongi disse enquanto Jimin se aproximava da cobra.

— Podíamos nos machucar com ela. Elas podem até saber que somos seus donos...

Então a cobra pulou na direção de Jimin, com a boca aberta. Jimin habilmente largou o cadáver do rato e pegou a varinha, berrando.

— IMMOBILISERE!

A cobra ficou parada no ar, com a boca aberta, como se o tempo tivesse parado. Em um frasco igual ao que recolheu a lágrima de Seokjin, apertou uma área da cabeça da cobra que liberava seu veneno, despejando tudo no frasco.

— Elas são muito burras. Dø.

A cobra caiu no chão, imóvel. Seca. Morta. Jimin fechou o frasco, colocou-o no bolso e continuou a moer os ossos.

— Agora vem a melhor parte.

E, com um feitiço de teletransporte, retornou para casa, pronto para a sessão de tortura que logo chegaria.


{ATENÇÃO}

Desse // até o próximo conterá cenas de tortura explícita. Se você se sentir desconfortável, não leia. As notas conterão a parte importante da história que você não lerá se preferir pular. Se você continuar a ler, é por conta e risco. Obrigada.


//


Em um caldeirão Jimin reuniu todos os ingredientes que recolheu. Colocou primeiro a água do pântano Dø, depois colocou a flor morcego negro, que imergiu na água. O próximo foram os ossos moídos do rato-pigmeu e em seguida o veneno da mamba negra. Por último, a lágrima de Seokjin. Assim que tocou na água, que antes era negra, ela tomou a coloração roxa.

— Agora... Só falta o astro da noite! Kom til mig.

E, sentado e amarrado, Song Donpyul apareceu. Suas roupas eram negras e ele tinha um gorro cinza na cabeça. Jimin pegou uma cadeira e sentou nela, logo na frente do outro homem.

— Visitas! Boa noite, Donpyul! Fez boa viagem para cá?

O mais velho começou a se estremecer, tentando se soltar das cordas e Jimin negou com a cabeça.

— Você só sai dessa cadeira quando eu quiser! Que coisa feia, uma visita fazendo desfeita na casa dos outros...

— Quem é você?! Onde eu estou?!

Song disparou e Jimin apenas riu.

— Você sabe quem eu sou. Quer que eu prove? Undersøge minder.

O feitiço de investigação de memórias. Jimin recebeu todas as informações da memória de Donpyul que precisava.

— Você é Song Donpyul, trinta e três anos; meu hyung! Cresceu com Yoongi, filho do sócio de seu pai. Nunca gostou desse trabalho, mas o seguiu para orgulhar seu pai.

Jimin se concentrou mais para procurar as memórias certeiras.

— Você... Se apaixonou por Yoongi... Quando soube que nos casamos sentiu raiva. E quando descobriu que íamos adotar... Você ia ME matar... Fortæl sandheden.

Jimin sentiu as lágrimas nos olhos. Donpyul abaixou o rosto. O feitiço da verdade fez efeito.

— Eu ia te matar para depois consolar Yoongi e assim o conquistar... Íamos ser felizes juntos... Quando ele desceu, eu sabia que não podia simplesmente sair. Ele tinha me visto. Então eu tive que o matar, mesmo o amando.

Mesmo sabendo que era efeito do feitiço da verdade, Jimin sentiu raiva da forma tão simples que Donpyul assumiu tudo. Pegou a faca de cozinha e, odiosamente, esfaqueou sua perna. O outro homem soltou um berro de agonia. O sangue espirrou no rosto de Jimin.

— VOCÊ MATOU O AMOR DA MINHA VIDA POR CIÚMES DELE, QUE ERA NÃO NADA SEU?!

Deu um tapa no rosto do mais velho, que ainda gemia de dor.

— Você ainda não vai morrer. Eu tenho que te apresentar às minhas amigas.

Jimin se levantou da cadeira, pegando Sort Magi, e recitou.

— Eu invoco Celeste, a bruxa, e Serena, a inocente, para aparecerem em meu lar nessa noite de Lua de Sangue.

Jimin abriu a cortina, mostrando a Lua vermelha do lado de fora. Um raio seguido de trovão foi visto e escutado e logo duas imagens pálidas apareceram na sala: uma moça e uma criança.

— Queria te apresentar, Donpyul, minhas amigas, Celeste e Serena. Posso te contar a história delas?

O outro respondeu nada, apenas continuou a gemer. Jimin pegou a faca e enfiou na outra perna de Donpyul, que novamente berrou de agonia. O fantasma de Celeste colocou o fantasma de Serena atrás de si, tapando a cena.

— Me responda, você quer ouvir a história.

Donpyul suava. Gemidos de dor saíam á todo momento de sua boca. Ele fez força para apenas responder "Sim". Jimin sorriu e pegou o livro novamente.

— Era uma vez uma camponesa chamada Celeste.

O fantasma de Celeste sorriu fraco, ainda com o fantasma de Serena atrás de si.

— Celeste conheceu o Barão Lee, que todas as noites se encontrava com ela. Celeste se apaixonou pelo Barão, mesmo com seu irmão mais velho insistir que o homem não queria nada com si, apenas sexo. E não é que ele estava certo? O Barão Lee, depois de um mês, se casou com a Baronesa Jung, deixando Celeste arrasada.

"A questão é que a Baronesa estava grávida. Celeste então esperou os nove meses até a criança nascer. Ela matou uma vaca com cinquenta facadas e usou o couro para a capa de um livro muito especial. Ainda sobre o livro, ela usou o sangue da vaca para escrever a primeira página: Sjæl torturer."

Outro trovão foi escutado do lado de fora da casa. Jimin sorriu fraco com isso.

— Ela então usou o feitiço no Barão e na Baronesa. Ela torturou duas vacas e fez com que toda a dor que as vacas sentissem seria a dor que eles sentiriam. Eles morreram depois de dias de tortura. Mas a bebê sobreviveu, já que Celeste sentiu pena da pequena. Essa era Serena. Ela a criou como sua filha.

A pequena fantasma saiu de trás da mãe, segurando seu ursinho de pelúcia.

— Quando Serena cresceu, ela descobriu o livro de feitiços. Só de segurar isso aqui dá para sentir a força ruim. Então ela, para proteger a mãe, que usava muito o livro, desse mal, correu em direção ao precipício próximo de sua casa para jogar o livro. Ela correu rápido em direção ao precipício e quando foi jogar o livro, tropeçou em uma pedra e caiu junto. A diferença é que a magia do livro o teletransportou para casa, já Serena...

Serena mostrou a parte que seu cabelo cobria: uma cicatriz do meio da testa até o fim do rosto do lado esquerdo.

— Assim que viu o livro com gotas de sangue, Celeste soube que algo de ruim havia acontecido. O livro flutuou até o precipício, onde Celeste pôde ver o corpo de Serena. Com ódio, Celeste pegou o livro e escreveu mais uma página: Opstand De Døde.

Outro trovão pôde ser escutado e algo o acompanhou: a risada do fantasma de Celeste.

— Nessa página, ela escreveu os ingredientes do feitiço para trazer quem deseja de volta á vida: Uma flor morcego negro, a lágrima do ancião Kim Seokjin, os ossos moídos de um rato-pigmeu, o veneno de uma mamba negra, a água do pântano Død, e, o mais importante e o melhor ingrediente, a alma torturada do assassino de quem deseja reviver.

Jimin riu alto e o fantasma de Celeste acompanhou. Donpyul olhou assustado para o olhar sanguinário que Jimin passou á ter o olhando.

— Ela esfaqueou sete vezes o chão até acertar o lagarto da pedra, ser que não existe, mas representa a natureza, torturando a natureza, assassina de sua filha. E assim Serena reviveu. Mas como quem matou Yoongi não foi a natureza...

Jimin apunhalou sua varinha e apontou para a perna direita de Donpyul.

— Brand.

A perna começou á entrar em combustão instantânea. Donpyul começou á berrar de agonia e os fantasmas de Celeste e Serena se foram. Jimin se dirigiu agora para a esquerda.

— Fryse.

E a perna esquerda congelou, causando uma queimadura intensa. Donpyul berrava ainda mais alto de dor. Com a altura dos berros de Donpyul, com certeza alguém o ajudaria. Isso se Jimin não soltasse um feitiço de silêncio absoluto na casa, fazendo com que aparentasse que a casa estava vazia.

— Donpyul... Você sabe que vai morrer, não sabe?

Donpyul não respondeu, berrando de dor. O gelo subia no seu lado esquerdo, enquanto o fogo subia no direito. Jimin segurou o queixo de Donpyul.

— Eu posso acabar isso mais rápido. Tome isso.

Jimin colocou na boca de Donpyul um frasco com líquido negro.

— Isso é uma mistura simples que eu fiz: água do pântano Død e veneno de taipan, a cobra mais venenosa do mundo.

Donpyul começou a tremer, seu rosto inchando e suas bochechas também. Então ele começou á vomitar muito do mesmo líquido negro que Jimin colocou em sua boca.

— Essa mistura derrete seus órgãos e faz vomitar eles. Ah, e também faz sua alma virar uma pedrinha negra que sai no vômito. Aí está.

Jimin se abaixou e pegou a pedra negra. Olhou novamente para Donpyul, que tinha os olhos brancos e a gosma negra na boca e na roupa, junto com os órgãos queimados ou congelados.

— Você sabe que mereceu, não?

E jogou a pedra da alma de Donpyul no caldeirão. Tudo ficou branco e Jimin caiu no chão.


//


Quando Jimin abriu os olhos, a primeira coisa que pôde ver foi que suas roupas agora eram brancas. Não só suas vestes eram brancas como tudo ao seu redor também era. Jimin andou pelo local, sem rumo, procurando alguém.

Então, á uma distância que se assemelhava á vinte metros, Jimin viu.

Ele viu o que ele mais queria ver no mundo.

Yoongi estava lá, com vestes igualmente brancas, sentado em um piano branco, o olhando.

Jimin saiu correndo em sua direção e o Min se levantou, abrindo os braços. Chorando já, Jimin entrou no abraço, beijando o peito de Yoongi atrás da camisa branca.

— Você conseguiu, Jiminie. Demorou um pouco, mas você conseguiu.

Yoongi dizia com um sorriso grande, enquanto Jimin agora passava seus beijos para seu pescoço, bochecha e boca.

O beijo era simples, tinha gosto de algodão doce, gosto de saudade. Gosto de tudo que Jimin sentia por Yoongi e tudo que Yoongi sentia por Jimin.

— Eu senti tanto sua falta...

Jimin disse, limpando as lágrimas. Yoongi apenas o apertou mais forte.

— Eles vão fazer com que as pessoas se esqueçam da minha morte e substituir pela do Donpyul, não?

Jimin assentiu. Yoongi beijou sua testa.

— Sua tataravó era fofa quando criança.

Jimin disse e Yoongi assentiu.

— Você viu a árvore genealógica então, não?

— Estava solta no final do livro. Depois que eu peguei ela caiu e eu vi. Fez sentido então ela estar no chão da nossa casa.

Yoongi separou o abraço, olhando nos olhos de Jimin.

— Você sabe que eu nunca encostei nesse livro e aprendi as coisas dentro dele, não é?

Jimin assentiu.

— Você não conseguiria. Eu não conseguiria. Só consegui porque eu precisava. Eu precisava e você e ainda preciso.

Yoongi sorriu e selou rapidamente seus lábios nos de Jimin.

— Temos três caminhos agora. Abandonar a magia, seguir a magia do bem ou seguir a magia do mal.

Yoongi disse e Jimin suspirou profundamente.

— Eu não vou conseguir largar a magia.

— Eu sabia.

Yoongi disse, sorrindo fraco. Jimin retribuiu o sorriso.

— Eu posso te tornar meu aprendiz. Você tem o sangue de Serena, a inocente. Vai ser o melhor feiticeiro do novo século. E eu vou ser seu companheiro.

Jimin disse animado e Yoongi sorriu abertamente.

— Isso vai ser perfeito. Vamos voltar para lá e cuidar disso.

Yoongi passou o braço sobre os ombros de Jimin e eles começaram a andar.

— Ainda não decidimos se vai ser o bem ou o mal...

Jimin disse, não parando de andar.

— Você não prometeu á meu tio-avô nada. Você não disse que prometia nada á ninguém. Nosso destino será traçado por nossas escolhas e apenas por elas.

Yoongi relembrou e abriu a porta que tinha no fim do branco. Olhou para Jimin, sorriu, e passou por ela.

Jimin olhou á seu redor. Tudo branco, tudo pacífico. O piano branco de fundo.

Abriu a porta e entrou. E o piano branco pegou fogo. E Jimin sorriu.

~~~~


Notas Finais: Era uma vez uma camponesa chamada Celeste. Celeste conheceu o Barão Lee, que todas as noites se encontrava com ela.

Celeste se apaixonou pelo Barão, mesmo com seu irmão mais velho insistir que o homem não queria nada com si, apenas sexo. E não é que ele estava certo? O Barão Lee, depois de um mês, se casou com a Baronesa Jung, deixando Celeste arrasada.

A questão é que a Baronesa estava grávida. Celeste então esperou os nove meses até a criança nascer. Ela matou uma vaca com cinquenta facadas e usou o couro para a capa de um livro muito especial. Ainda sobre o livro, ela usou o sangue da vaca para escrever a primeira página: Sjæl torturer.

Ela então usou o feitiço no Barão e na Baronesa. Ela torturou duas vacas e fez com que toda a dor que as vacas sentissem seria a dor que eles sentiriam. Eles morreram depois de dias de tortura. Mas a bebê sobreviveu, já que Celeste sentiu pena da pequena. Essa era Serena. Ela a criou como sua filha.

Quando Serena cresceu, ela descobriu o livro de feitiços. Só de segurar isso aqui dá para sentir a força ruim. Então ela, para proteger a mãe, que usava muito o livro, desse mal, correu em direção ao precipício próximo de sua casa para jogar o livro. Ela correu rápido em direção ao precipício e quando foi jogar o livro, tropeçou em uma pedra e caiu junto. A diferença é que a magia do livro o teletransportou para casa, já Serena...

Assim que viu o livro com gotas de sangue, Celeste soube que algo de ruim havia acontecido. O livro flutuou até o precipício, onde Celeste pôde ver o corpo de Serena. Com ódio, Celeste pegou o livro e escreveu mais uma página: Opstand De Døde.

Nessa página, ela escreveu os ingredientes do feitiço para trazer quem deseja de volta á vida: Uma flor morcego negro, a lágrima do ancião Kim Seokjin, os ossos moídos de um rato-pigmeu, o veneno de uma mamba negra, a água do pântano Død, e, o mais importante e o melhor ingrediente, a alma torturada do assassino de quem deseja reviver.

Ela esfaqueou sete vezes o chão até acertar o lagarto da pedra, ser que não existe, mas representa a natureza, torturando a natureza, assassina de sua filha. E assim Serena reviveu.

24 de Julho de 2021 às 19:49 0 Denunciar Insira Seguir história
1
Fim

Conheça o autor

2Min Pjct projeto dedicado ao shipp yoonmin ㅡ jimin 𝐧𝐝’ yoongi ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ Nos encontre também no Ao3 | Spirit| Wattpad https://twitter.com/2MinPjct?s=09 | ♡ twitter Fundado por: @minie_swag Inscreva-se no projeto: https://docs.google.com/document/d/1S7jiLlhRzyqft3XkhovbahIsbVFJRAIdeOWOmAtOSsY/edit?usp=sharing Para histórias exclusivas, inscreva-se na nossa assinatura! ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ ✦ ‹ ✩ ㅡ

Comente algo

Publique!
Nenhum comentário ainda. Seja o primeiro a dizer alguma coisa!
~