Kim Junmyeon era
conhecido no escritório que trabalhava por sua pontualidade. O advogado possuía
anos de experiência e era considerado um modelo para todos os que estavam
começando na área. Então, o espanto de seus colegas, quando pela primeira vez não
cumpriu com um prazo, não era exagero. Estaria a velhice começando a afetar o
brilhante advogado?
Nem de longe o problema do Kim era a idade.
O problema de Kim Junmyeon tinha nome, sobrenome, 22 anos e o
incrível poder de o fazer esquecer tudo, até mesmo o trabalho.
Oh Sehun era o filho mais novo do CEO de um grande conglomerado.
Depois de vários anos estudando artes no exterior, ele retornou para seu país. Mimado
como era, foi recebido com uma grande festa, e foi nela que conheceu Kim
Junmyeon, um dos amigos de seu pai. Oh gostou do advogado assim que o viu. Ele era
totalmente o seu tipo, mas não era do pintor demonstrar interesse tão
facilmente.
O primeiro encontro aconteceu dois meses depois. Junmyeon não
escondia o interesse, o que era bastante apreciado pelo Oh, que se sentia cada
vez mais atraído por aquele advogado. Saíram por um bom tempo, se conhecendo
mais um pouquinho a cada encontro. Quando se tornaram oficialmente um casal,
Junmyeon percebeu que namorar um cara tão novinho era bastante trabalhoso, não
que ele estivesse reclamando. Mas Sehun era bastante intenso em todos os aspectos
de sua vida, mesmo que gostasse de joguinhos de conquistas, ao firmar um
relacionamento, se entregava por inteiro. Tudo isso, contribuía para que o
pintor dedicasse bastante tempo para o namorado, a ponto de praticamente morar com
Junmyeon. Mas, para ele, se estava apaixonado não havia motivos para se
reprimir.
A diferença de idade nunca os atrapalhou. Ainda que estivessem em
momentos totalmente diferentes em suas vidas. Enquanto Junmyeon era um advogado
com uma carreira consolidada, Sehun ainda estava iniciado sua carreira como
pintor. Mas, ambos eram adultos e sabiam levar as coisas de um jeito maduro.
Mesmo que o Oh, por ser mais novo, sempre fosse alvo de comentários maldosos.
Mas qualquer traço de maturidade abandonava Sehun quando estava
carente. O mais novo sabia que o namorado precisava trabalhar, mas ele estava
ali, tão concentrado, provavelmente lendo um processo importante, usando óculos
e uma calça a folgada. A ausência de uma blusa deixava todas aquelas pintinhas
que Sehun era apaixonado tão expostas que era difícil resistir.
– Príncipe, eu preciso revisar
esses documentos. – A voz era calma, ele sabia que não iria convencer o
namorado a ficar quieto, mas sempre tentava.
Faltava poucos dias para o fim do prazo de revisão daquele caso, e
mais uma vez, Junmyeon se encontrava no dilema que havia se tornado corriqueiro
nos últimos meses: deixar o trabalho para depois ou negar atenção para seu
lindo namorado?
O advogado sabia qual seria sua escolha, mas ele tentava se enganar,
na esperança de parecer confiante o suficiente para ter um Sehun conformado.
Obviamente, não foi o que aconteceu.
Na verdade, Sehun não estava apenas carente, naquele momento, muito
provavelmente haviam pessoas analisando suas pinturas. O pintor trabalhava por
amor, poderia simplesmente não ter trabalho nenhum, possuía recursos para tal
luxo, mas isso não significava que ele não sonhava em ser um pintor bem
sucedido. Esse era o seu sonho há muito tempo.
- Myeonnie, conversa comigo. – A voz manhosa em nada combina com um
homem daquele tamanho, mas era fofo de uma maneira que o mais velho não
conseguia focar em mais nada.
Sem esperar uma resposta do namorado, Sehun tomou o lugar do laptop, o
soltando na mesinha de centro de qualquer jeito enquanto se acomodava no colo alheio.
Sorriu inocente para o mais velho. Havia uma distância gigantesca entre o Dr.
Kim Junmyeon e o seu Myeonnie. Sehun sempre ficava bobinho quando tinha a oportunidade de presenciar o namorado mais relaxado.
Feliz por finalmente ter conseguido atenção que queria, Sehun se
permitiu relaxar no colo do namorado. Junmyeon deixou o trabalho para depois,
mais uma vez. Aquele era mais um dos dias preguiçosos que iria passar
com o namorado.
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