Claudio Batista


Ricardo está à procura de um novo amor para esquecer a decepção que sofreu ao ser abandonado por Carol. Quando conhece Mariane ele acredita reencontrado a felicidade. Ela aceita o pedido de namoro, porém os acontecimentos vão revelando as diferentes faces de Ricardo, por um lado um homem romântico, gentil e carinhoso por outro um cara problemático atormentado pelos fantasmas do antigo relacionamento. A paixão entre Ricardo e Mariane se consolida, porém o casal para permanecer juntos tem que superar diversas dificuldades. Mariane se sente incomodada por ele ter pesadelos e chamar por Carol o que a faz desconfiar que Ricardo é mesmo o homem de seus sonhos ou perigoso sociopata, para isso ela terá que descobrir o que teria acontecido a Carol ao mesmo tempo que tem sua curiosidade despertada por Carter, o suposto amante que teria sido o pivô da separação entre Ricardo e Carol. Acha que é mais uma história clichê? Vem ler e conferir.


Romance Suspense romântico Para maiores de 18 apenas.

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01 A garota da borracharia

A borracharia do Gonzales era o meu lugar favorito de levar meu carro, além de ótimo profissional o cara era muito simpático, tinha uma conversa agradável que deixava o cliente a vontade. O ambiente era super legal, em aquele negocio de tudo organizado, a gente se sentia em casa, já chegando e encontrando aqueles pôsteres com moças belíssimas seminuas, o cara entendia mesmo no ramo. Ele também sempre tinha uma cerveja no frigobar que a gente podia degustar enquanto deixava o carro para alinhar e balancear.

Fui entrando com meu novo carro, meu Hb20, ante costuma ir com meu antigo Ford K, porem logo na entrada percebi que a borracharia estava diferente, não tinha a moça da folhinha, ou seja, aquele pôster tradicional que os borracheiros costumam fixar em nas paredes para agradar a clientela masculina. Tudo estava limpinho, organizadíssimo. —O Gonzales deve ter passado o ponto— pensei eu — mas, olhei melhor na parede e o nome era o mesmo. Borracharia Gonzales. Vi um par botas dele debaixo de uma picape, me aproximei e o chamei.

—Boa tarde!

Logo notei que aquelas botas não poderiam ser a Gonzales. Porém uma pessoa saiu de debaixo do carro e para a minha surpresa, era uma bela garota morena de cabelos castanhos.

—Pois, sim.

—Olá, Gonzales ainda é o dono daqui?

—Infelizmente, não mais, o senhor ainda não sabe?

—Saber de que, aconteceu alguma coisa com ele?

— Bem, infelizmente ele, não está mais entre nós. Faleceu faz um ano e meio.

Eu fiquei chocado com a notícia pois ele não era tão velho, Parecia um cara saudável e cheio de vida, mas eu fiquei uns quatro anos afastado dali normal que muita coisa tivesse mudado.

—Desculpe, realmente eu não sabia, faz alguns anos que não venho até aqui, pois ele fazia revisão com ele desde que comprei meu primeiro carro —Mas imagino que borracharia ainda seja da família, pois conserva o mesmo nome.

—Sim, sou Mariane Gonzales, sobrinha dele, assumi os negócios quando meu tio faleceu.

—Prazer, sou Ricardo, mas todo mundo me chama de Rick, em primeiro lugar meus sentimentos pelo passamento de seu tio, ele foi uma pessoa maravilhosa.

—Obrigada, realmente ele foi um exemplo de vida, fico contente em ter o senhor como nosso cliente, acredito que de onde ele estiver deve estar feliz.

Eu respondi com um sorriso meio sem graça, a jovem apesar de estar usando uma indumentária simples de borracheiro era muito simpática e se mostrou articulada. Eu estranhei um pouco, era a primeira vez que via uma moça trabalhando numa borracharia, mas isso não era relevante, apesar da tristeza de saber que meu amigo não mais estava nesse mundo, eu gostei de conhecer sua sobrinha. Então pedi a ela para fazer o alinhamento e o balanceamento do carro, ela pediu para aguardar um pouco enquanto ela terminava o serviço da picape.

Não demorou muito, logo ela, completou o trabalho e entregou o carro para uma senhora loira que estava aguardando na recepção depois, me pediu as chaves do carro, deu uma volta para o quarteirão, depois colocou ele na plataforma para remover os pneus, ofereci ajuda pois achei o serviço pesado para ela, porém ela recusou.

—Obrigada, Senhor Rick, mas não é necessário, clientes não precisam por a mão na graxa, sente-se, temos uma recepção, enquanto arrumo seu carro pode assistir TV ou usar nossa wifi. Fique à vontade, temos café e suco a sua disposição.

Ela parecia ter herdado o dom da cordialidade do saudoso Gonzales, a mesma simpatia, o mesmo sorriso fácil e cativante, mas queria ver se herdou as mesmas habilidades. Fiquei conferindo o WhatsApp e minhas redes sociais enquanto ela trabalhava. Bem, trabalhou rápido pois quando percebi ela tocava em meu braço para me avisar que o carro estava pronto, me apresentou o preço e a discriminação do trabalho, me perguntou ser o pagamento seria em dinheiro ou cartão. Eu disse que seria em dinheiro.

—Quanta eficiência! Tem mesmo o dom da família para esse negócio!

—Obrigada, fico feliz que tenha gostado do serviço, aqui está a garantia. Qualquer coisa é só comparecer que daremos um jeito.

—Daremos? Eu vi você na oficina.

—Bem, minha irmã Tarsila trabalha comigo, porém hoje ela não pode ficar, pois temos um assunto para resolver com o banco.

—Ela também trabalha com alinhamento e mecânica?

—Não, ela não leva jeito, mas faz a parte de ajudante quando está aqui e cuida do serviço administrativo.

—Interessante, acho legal ver duas moças trabalhando em um serviço que geralmente é feito por homens.

—Obrigada, você é o primeiro cliente do sexo masculino que nos faz esse elogio, desde que herdamos a borracharia de nosso tio. Ele foi mais que um pai para a gente. Nos criou desde pequenas como filhas, nos sentimos honradas de representar bem o nome dele.

—Claro, estão representando muito bem, eu percebi que o ambiente da mudou, mas a qualidade do serviço permanece excelente.

Ela abriu um sorriso gostoso, olhou para mim e me disse:

—Sim, isso foi necessário, o a maioria dos clientes do meu tio não sentiu confiança em nosso trabalho, então a Tarsila e eu tivemos a ideia de deixar o ambiente, mais como eu diria, mas agradável ao público feminino, por acaso está se referindo as moças dos pôsteres?

—Não, quer dizer, sim eu sinceramente, até gostava, mas é claro, não é algo essencial.

—A gente removeu, sabe aquilo podia ser agradável para uma parte da clientela, mas digamos constrangedor para outra, e essa outra parte é que tem possibilitado a sobrevivência de nosso estabelecimento, mas por favor não vá pensar que estamos fazendo misandria. Prezamos todos os nossos clientes, principalmente pessoas educadas como o senhor. Eu também entendo de mecânica e será um prazer tê-lo conosco.

—Obrigado pela parte que toca, mas entendo que vocês tenham tirado os pôsteres, aliás foi justamente por um deles que eu acabei tendo que me afastar daqui.

—Como assim?

—Bem, eu tinha uma namorada, seu nome era Carol, um dia como estava ocupado, pedi para ela trazer o carro para a revisão. Quando ela viu os pôsteres ficou indignada, nem deixou o carro aqui com Gonzales, quando cheguei em casa me ela fez aquela cena, dizendo que sabia porque eu gostava de trazer o carro aqui, acabou por me fazer prometer que iria passar a ir em outro lugar, porem ela mesmo acabou se encarregando de Fazer a revisão pois sabia que eu costuma fazer as revisões religiosamente a cada três meses, nisso acabei me habituando com um auto center perto de minha casa, que também fazia um prestava um serviço muito bom, porem mês passado eles encerraram as atividades, por isso lembrei do velho Gonzales e decidi vir até aqui.

—Veio escondido de sua namorada?

—Não, a gente, terminou faz algum tempo. Ela está noutra.

—Desculpe, não quis ser indiscreta. Eu não deveria ter perguntado isso.

—Tudo, sem problemas, a vida é assim. Nada é para sempre né.

Ela balançou a cabeça assentindo, quando ela ia pegar o troco para mim, o telefone da loja tocou, ela atendeu e pareceu ter ficado aflita, então desligou me deu o troco e perguntou se eu não precisava de mais nada, e disse que não, então ela pediu licença pois precisava fechar o estabelecimento e ir ao banco com urgência encontrar a irmã. Eu me dirigi ao meu carro enquanto ela me pareceu está procurando algo.

—Ai meu Deus! Minha irmã foi com nosso carro, eu preciso chamar um Uber, mas acho que deixei o celular no carro, você poderia fazer o favor de chamar um Uber pra mim, preciso ir rápido se não dará tempo de resolver esse assunto.

—Então vamos fazer assim, creio que você está indo para o centro eu também, venha comigo, aí te deixarei na porta do banco.

—Não senhor Rick, eu não quero te atrapalhar.

—Que nada Mariane, será um prazer, faço questão de te levar.

—Obrigada, só vou ali dentro pegar minha bolsa.

Quando ela retornou, havia tirado o blusão de borracheiro e vestido uma blusinha regada, eu então não consegui desviar o olhar, ela tinha os seis fartos e durinhos, eu fiquei quase embasbacado enquanto ela fechava o estabelecimento, depois dentro do carro, foi difícil manter a discrição, pois sempre tive uma atração por mulheres de seios grandes, além pode perceber, em seus olhos uma beleza singela, rosto bem feito, boca pequena mais carnuda, era realmente uma moça muito atraente. Fazia um bom tempo que eu não me interessava por uma garota, desde o rompimento com Carol, o qual tinha sido bem traumático para mim.

O Trânsito do período tarde não ajudava estava ajudando, eu sentia a preocupação nos olhos dela, tentei puxar assunto, mas diferente do que tinha sido na loja, ela permaneceu reservada e séria durante o trajeto, então me restringi a um comentário ou outro sobre o trânsito enquanto dava um soslaio naquele lindo par de seios.

Chegamos, ela desceu apressada, dizendo apenas uma obrigada, ninguém tive ousadia para tentar ama despedida com beijinho no rosto, apenas um sorriso de retribuição, então me dirigi para casa feliz por ter feito uma boa ação, mas contente por ter conhecido aquela simpática e mais ainda por perceber que voltava a olhar para outras mulheres, talvez meu trauma com a Carol estivesse perto de ser superado.

Dormir bem a noite, cheguei até o estágio sono profundo, que ouvi falar ser a fase onde acontecem os sonhos, não é que sonhei com Mariane, arrancando a blusa e exibindo aqueles lindos seios para mim. No sonho ela aparecia diferente, bem sensual e lasciva, como em todo sonho bom acordei na hora em que o melhor ia acontecer —não acredito! —Gritei sozinho como um doido. Depois de dois anos eu voltava a sentir meu pau duro novamente, tinha tido uma ereção, fiquei emocionado, pois achei que o trauma da separação havia acabado com minha vida sexual para sempre. Levantei e fui para o banho e enquanto me banhava ele permanecia rígido, era bom demais. Benditos seios de Mariana, eu me sentia vivo novamente.

Pela primeira vez em muito tempo eu conseguia ir para o trabalho feliz, sem me estressar com o trânsito, sem brigar ou xingar ninguém. Cheguei sorridente, apertei a mão do porteiro o Givanildo um cara muito gente boa, mas que eu ignorava, pois eu também ignorava a vida por todo aquele tempo.

Entrei no escritório distribuído sorrisos e abraços, e cumprimentando os colegas, eles me olharam com certo estranhamento, mas a rotina seguiu e até o trabalho, costumeiramente monótono me parecia mais agradável. Alguém comentou que a folga tinha feito bem, pois eu tinha usado o banco de horas para fazer a revisão do carro. Achei que nada estragaria aquele dia, porem estava enganado, logo depois do almoço, Anabella, a assistente administrativa da minha ala me chamou.

—Rick, telefone pra você, uma ligação dos Estados Unidos.

—Quem é?

—Disse que se chama Carter Montana.

—Não, droga! Eu já falei para não me chamarem quando a ligação for desse sujeito!

—Mas ele está insistindo, está prendendo a linha, vê logo o que ele quer.

Tomei o telefone de Anabella e bati com toda força, ela me olhou indignada e exclamou:

—Que grosso!

—Desculpe, Ana, sei que você não tem culpa de meus problemas pessoais, mas por favor, não atenda mais quando for esta pessoa, diga que eu não estou, que fui demitido ou que morri, mas não me peça para falar com ela.

Ela assentiu sem mostrar muito boa vontade, mas o importante foi ter concordado, pois Carter era a ultima pessoa que eu desejava falar no mundo, ele era o responsável pelo sofrimento que eu estava passando.

Quando voltei para minha sala, escutei alguém murmurar algo como —deve ser o cara que pegou a mulher dele —Me virei, mas não pude discernir que tinha feito o comentário, na verdade minha cabeça voltara a ficar confusa, assim cogitei que talvez o comentário tivesse se formado dentro de minha mente.

A tarde estava perdida, voltei para minha mesa, passei a tentar a me concentrar no trabalho, para não ver as horas passarem. Fiz muito coisa errada, tive que refazer mas o tempo passou. No retorno tive vontade de desviar um caminho para a borracharia e falar com Mariane, porém, eu havia desaprendido a paquerar. eu precisa ter uma desculpa qualquer, mas o carro tinha ficado ótimo e só precisaria de alinhamento depois de uns três meses. Pensei em dissimular um defeito qualquer, assim iniciar uma conversa, mas minha mente estava bugada, me distrai e não vi um enorme buraco, acabei passando por ele, por sorte o carro não ficou preso, mas acho que desalinhou o tudo. —Que bom!

7 de Junho de 2021 às 05:29 1 Denunciar Insira Seguir história
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ES Emily Silva Dos Santos
Ficou top continue assim
August 30, 2021, 18:33
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