patykastanno Paty Kastanno

[Vmin • Taehyung! Top • Jimin! Power Bottom • Romance • Friendzone • Twoshot] Park Jimin e Kim Taehyung são dois melhores amigos que após uma discussão, acabam se afastando. Com isso, Jimin está muito ressentido e para completar, percebe estar apaixonado pelo amigo, este que é heterossexual. Decidido à não sofrer mais pelo outro, o rapaz então vai em uma casa noturna e eis que lá reencontra Taehyung. Agora, as coisas precisam ser resolvidas, mas... como ficarão os inseparáveis soulmates perante isso?


Fanfiction Bandas/Cantores Para maiores de 18 apenas.

#friendzone #bolinhos #pjm #park-jimin #jimin #vmin #yaoi #v #kim-taehyung #kth #bts #taehyung-top #jimin-bottom
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Platônico



Notas Iniciais:


Olá caro(a) leitor(a), seja bem vindo(a) :)

Trago para você esta fic twoshot que escrevi com todo o carinho. Seguem algumas observações abaixo:

* Tradução do Título: Bolinhos;
* Trilha Sonora: Si Supieras de Daddy Yankee, Wisin & Yandel;
* Baseada na discussão real que ocorreu entre os membros de BTS, Taehyung e Jimin, sobre bolinhos;
* Totalmente focada no ship VMin (Taehyung Top e Jimin Bottom), portanto se você não gosta, NÃO LEIA;
* Universo alternativo;
* Conteúdo inadequado para público menor de 18 anos em alguns trechos;
* Narrada em terceira pessoa;
* Plágio é crime, portanto não copie o conteúdo dessa fanfic que é de minha total autoria;
* Postada em Wattpad, Spirit e Nyah;
* Capa por @starsggukie;

Espero que goste, boa leitura!


***

Capítulo 1 - Platônico


Taehyung e Jimin eram dois típicos melhores amigos. Ambos eram da mesma idade, tinham famílias próximas entre si, eram vizinhos e estudavam juntos. Sempre tiveram uma estreita e amistosa relação, com muitos gostos em comum e divergências, que não eram relevantes para a forte amizade que se desenvolveu.

Porém, foi com exatos dezesseis anos, que Jimin sentiu que o amor fraterno, já não era mais tão puro assim. A puberdade também não ajudou de fato, foi somente mais um incentivo para que se sentisse consumido pela curiosidade, visto que era um rapaz se encantando em outro e não o usual homem e mulher, da sociedade padrão.

Mas bastou que o garoto começasse à reparar nos detalhes antes ignorados por si no amigo, para que sua vida mudasse completamente. Os suspiros pelos cantos, as encaradas nada sutis e os pensamentos pervertidos com o físico em desenvolvimento do Kim, eram frequentes. E assim, ele logo entendeu que além da atração, talvez estivesse numa paixão.

O coração palpitando na presença do mais novo, o frio na barriga em qualquer tipo de contato, por mais bobo que fosse e aquela sensação estranha de posse, esta que ficava inflamada quando via o moreno com alguma de suas paqueras, as típicas garotas bonitas, que faziam "fila" pelo moreno de feições bonitas na escola.

Park não sabia qual era a orientação sexual dele e por isso não poderia arriscar nada. Ele precisou ter cautela e uma dose extra de paciência nas investidas, inspecionar o "terreno", para então agir e não estragar a amizade. De início, eram conversas aleatórias sobre sexo, algumas historinhas e perguntas sobre o próprio corpo, em forma de uma análise do gosto de Taehyung.

Com o tempo, ainda sim o rapaz não captara malícia e sempre respondia com naturalidade, dizendo que Jimin era bonito e poderia ter quem quisesse. A frase que tanto machucava o peito do mais velho, pois bastava que ele prestasse um pouquinho mais de atenção em si para ver, que quem o garoto mais queria era ele próprio.

O fim de ano chegou e com ele, uma eminente despedida simbólica à vida de adolescente, para a maturidade e todas as responsabilidades que vem de "brinde" com a idade. O moreno queria ingressar numa faculdade de artes, ser um pintor como seu amado Van Gogh, enquanto o mais baixo, queria algo mais real e estava empenhado em se tornar policial.

Mas foi a partir daí, que as confusões entre os dois começaram, já que Taehyung era muito categórico em enumerar os riscos da profissão e que Jimin não estava apto e muito menos ciente deles, além da óbvia incapacidade física e mental, pois segundo este, Park era um rapaz de porte pequeno e que gostava de bolinhos, ou seja, inadequado.

E tão afiada quanto uma faca, aquela descrição de si, machucou para valer os sentimentos e a esperança de Jimin, este que se afastou do amigo por dias. E em busca de algum consolo, procurou até seu outro "amigo", Jeon Jungkook, vulgo o rapaz que tinha uma queda por si e que em nada ajudou, pois... não estava interessado no momento.

Sua visão só focava em Taehyung, o infeliz colega da escola e amigo de infância, o mesmo que o atormentava com palavras cruéis ditas dias atrás, insinuando que ele comia demais e era frágil. Mas infelizmente, o que também o fazia proferir bobagens desconexas e esquentava sua imaginação como nenhum outro conseguia.

Precisamente no dia de hoje, Park decidiu que fechar-se numa "concha", não seria o melhor para sua saúde mental e com esse intuito, viu a ideal oportunidade de se enfiar numa noitada, algo que ele jamais tinha feito até então, pois... Taehyung o impedia. Sim, mais uma vez aquele digno filho da puta, se metendo em sua vida mais do que o necessário.

Jimin perguntava-se o porquê de ter permitido tanto tempo tais atitudes vindas de Taehyung, mas a resposta estava notória: porque era Taehyung quem fazia. Mas naquela noite linda e de folga, ele iria definitivamente esquecer que um dia se apaixonou pelo amigo e por sua postura possessiva e falsamente boa, iria se divertir.

A casa noturna era bem barulhenta, muitas pessoas transitando por entre o pouquíssimo espaço e luzes neon que seguiam de acordo com a música alta. Um ambiente curioso e que seria explorado por Jimin, este que logo foi se achegando ao bar, onde deparou-se com feições desconfiadas sobre si, talvez por suas vestes que não combinavam em nada, com tudo ali.

Vestia um suéter azul, uma bermuda jeans e tênis surrados, não sabia bem como se portar e apenas sentou no banco alto. Ele nunca tinha ido à lugares assim e não tinha quem pudesse acompanhá-lo ou "instruí-lo" de certas "regras", mas com o resto de coragem que tinha, ali estava, debruçado no balcão, com as mãos unidas e cruzadas sobre o colo.

Foi assim, que ousou virar-se para frente e viu dois homens com aventais, estes que preparavam as bebidas. Um deles enfim o enxergou e com certa má vontade, lhe questionou o que queria e mais uma vez, Park não soube o que fazer. Não conhecia bebidas alcoólicas, apenas vinho e champagne, as bebidas que tomava nas festividades de fim de ano, além da cerveja e soju que seu pai consumia, mas a primeira não agradava seu paladar.

- E-eu... o que você tem para beber? - perguntou erguendo o queixo com alguma dignidade e viu o riso debochado surgir nos lábios do funcionário.

- Antes que eu diga, preciso ver seus documentos. - pediu duvidoso.

Ótimo. Ele estava nos plenos dezenove anos, mas ainda era tratado como um maldito bebê. Aquilo lhe remeteu à certa frase dita por Kim, sobre sua estatura e porte físico, além dos preciosos bolinhos que comia sempre. Que mundo mais preconceituoso, a aparência não é tudo, na verdade, é apenas a "casca" da sua essência.

Cheio de birra, retirou do bolso seu documento, jogando sobre o balcão lustrado e vendo que o homem havia avaliado, cheio de caras e bocas. E assim que o mais velho o fez, Park enfim recolheu de volta, esperando por sua resposta, já incomodado com o olhar velado e pernicioso de algumas mulheres sobre si.

- Ok, você não é criança, apesar da cara. - zombou risonho e jogou o pano encardido sobre os ombros num suspiro. - Tenho soju, martini, vodca, vodca com energético, uísque, cerveja, mojito, tequila e vinho. O que vai ser? - questionou firme.

Jimin não queria arriscar muito, já que chegar em casa embriagado não estava em seus planos para essa "aventura". Seus pais não aprovariam o comportamento e também ele sempre sentiu repulsa por tais coisas, apenas iria beber um pouco e dançar, nada mais. Nem mesmo ficar com alguém estava calculado, pois aquele lugar tinha tudo, menos o que Park precisava para sair dos problemas já existentes.

- Quero soju. - soltou sem delongas e viu o barman se afastar, preparando seu pedido. Enquanto isso, voltou à encarar o recinto, focando na pista de dança, onde muita gente se amontoava. Mulheres muito atraentes, estas que Taehyung provavelmente iria gostar. - Aish! - chiou ao lembrar-se da memória ruim de quando flagrou seu amigo, no jardim dos fundos da escola, com uma tal de Yerin. Aquele dia foi tão cruel.

A simples lembrança lhe causava arrepios e ali, concentrado, Park não mensurou o momento em que um corpo másculo sentou no banco em sua frente, despertando o baixinho para o mundo real. Era um cara muito elegante, tinha um sorriso largo, além de um copo generoso de cerveja na mão.

- Oi. - disse ele todo animado e Park se limitou a acenar, sem jeito. Era péssimo com flertes, desde muito cedo descobriu isso. Quando ainda não era homossexual assumido, arriscou algumas tentativas, mas simplesmente não levava jeito e preferindo não parecer medonho, evitava pretendentes. Nem mesmo um beijo ele tinha dado em alguém, deprimente.

- Está sozinho? - perguntou sorridente e o barman enfim voltou com a bebida, que Park apanhou temeroso. Era uma boa quantidade de álcool, esperava não ficar bêbado somente com aquilo.

- Estou. - afirmou bebericando o líquido forte, que ardeu em sua garganta. Fez uma careta e viu o desconhecido rir de si. Ele conseguiu mais uma vez passar vergonha, tão chato.

- Você é bonito. Qual seu nome? - perguntou interessado, esgueirando-se no balcão com gesto tranquilo.

- Jimin. - elucidou ainda tenso pela aproximação do rapaz e também porque estava arisco em não conhecer aquele sujeito, que poderia muito bem ser um bandido ou mal intencionado. Mas por outro lado, talvez era assim que funcionavam as coisas em baladas, então precisava ter mente aberta.

- Sou Hoseok. - estendeu a mão simpático e Park sorriu, apertando-a.

Passou-se algum tempo e já mais calmo com o tal Hoseok, seja pela bebida ou pelo período que conversaram, descobriu que tinham muito em comum. Todavia, algo parecia não ser o certo e assim, Jimin precisava infelizmente despistar o amigável rapaz, este que até mesmo o arrancou do bar para a pista em certo momento. Foi divertido, dançaram até os pés pedirem descanso e assim, Park encontrou sua deixa para ir para casa.

- Oh, eu posso te levar. - ofereceu o mais alto com tom ameno e expressão de expectativa.

- Não, tudo bem. - negou o mais novo num curto suspiro. Pobre Hoseok, pensou. Ele parecia alguém legal sim, mas não conseguia tirar o infeliz Taehyung da cabeça, nunca. - Vou pegar um táxi, moro perto. Obrigado. - alegou numa rápida despedida que rendeu até mesmo com o moreno lhe entregando seu número. Ele deveria estar mesmo à fim, o que era uma pena.

Parado na rua e agora sozinho, Jimin buscou o telefone no silêncio da madrugada, encontrando o aplicativo procurado. Os dedos trêmulos pela baixa temperatura enfim teclaram o endereço. Não havia ninguém por perto na fachada da casa noturna, somente alguns casais se abraçando deliberadamente e carros saindo em disparada. Por fim achou um carro disponível e chamou, esperando na calçada e encolhendo-se do frio.

E nos minutos longos de espera, enquanto aquecia as pequenas mãos, achou em seu bolso um bolinho amassado que tinha consigo. Provavelmente comprara na cantina quando foi trabalhar mais cedo e acabou esquecendo. O gosto era tão mágico mesmo velho, que Jimin saboreou-o com deleite numa careta satisfeita, contudo...

- Jimin? - a voz familiar chamou duvidosa e Park se virou alarmado, vendo que era quem previu: Taehyung, ali, ao lado de dois rapazes e com uma jaqueta de couro que o amigo tanto gostava de vê-lo vestir. Um maldito príncipe, pensou baixo. Fazia tempo que não o via e as reações ainda eram as mesmas. - Hyungs, podem ir na frente. Eu falo com vocês depois. - emendou para a dupla, que saiu de cena desconfiada. - O que faz aqui? - findou numa interrogativa quase feroz, enquanto se aproximava em passos largos.

- O que eu poderia fazer numa casa noturna, Taehyung?! Me divertindo, bebendo, dançando?! Coisas assim. - ironizou ofendido com o tom usado pelo outro, que bufou agarrando seu braço e o puxando para si.

- Você bebeu, Jiminie?! Seus pais devem estar preocupados. - entoou autoritário. Sempre a mesma postura, apesar da diferença de idades dos dois.

- Me solta! - exclamou inconformado. - Eu não sou uma criança, você não é meu pai e já estou indo embora. - rebateu se desvencilhando do aperto em seu antebraço, no entanto...

- Olha, eu sei que ficou chateado pelo que eu disse sobre sua "profissão", mas eu... - visivelmente contrariado, o Kim quis argumentar, mas foi prontamente cortado.

- Não se preocupe. Eles não me aceitaram de qualquer forma, fui reprovado na prova teórica pelo meu peso. Talvez seja como você disse mesmo: sou um fraco idiota, viciado em bolinhos e pior, gordo. - o tom amargurado saiu do mais baixo. Estava se controlando para não chorar, mas de repente ficou difícil não fazê-lo.

- Jimin, você não é fraco, muito menos gordo. - sentenciou, respirando fundo. - Me desculpa, eu lamento que não tenham aceitado você, sei que queria mesmo seguir nisso. - completou vendo as feições ainda tristes no amigo, algo tão comum naquela personalidade sensível e que sempre era acalentada por seus abraços, mas não podia arriscar um naquele momento. Pelo menos, não ainda.

- Enfim, isso não importa. - Park sorriu murcho. - Você conseguiu entrar na faculdade que queria? - tornou inexpressivo. Era estranho como eles sendo tão íntimos, agiam como desconhecidos agora pela mágoa entre eles, ou melhor, a mágoa de Park com Kim.

- Ah sim, eu... me saí bem no vestibular, consegui bolsa integral. - revelou baixo e viu o mais velho assentir com pouco ânimo.

E a verdade por trás daquilo era uma só: Taehyung sabia que Jimin estava frustrado e não tirava sua razão. Era desanimador ver o sucesso de outros quando o seu não foi conquistado, ele conseguia ler perfeitamente na expressão do baixinho aquele sentimento. Droga, conhecia-o melhor que si mesmo.

- Eu vou te levar pra casa, estou de carro e não tô bêbado. - garantiu num riso em forma de quebrar o clima pesado, mas sua tática não obteve a reação desejada ao ver que Park cruzou os braços sobre o peito.

- Não precisa. Eu já chamei um uber. - esclareceu empinando o nariz.

- E daí?! Cancela a corrida. Qual é Jimin, somos amigos e vizinhos. Não vou te deixar aqui. - persuadiu estreitando os olhos, porém um embrulho nas mãos de Jimin lhe chamou a atenção. - Isso é... bolinho? - observou por fim.

- Alguma objeção? - bradou o rapaz rabugento.

- Nenhuma. Você até parece com eles, mochi. - provocou risonho.

- Nem vem com esse apelido idiota. - recriminou o mais velho num bico.

Sim, o famoso apelido que somente Taehyung o chamava, assim como só ele quem chamava o moreno de Tae, era uma particularidade do vínculo que tiveram e ainda tinham. Porém ouvir aquela palavra após tantos anos desde a infância soava diferente, algo... sexy. Inferno, o que estava havendo? Deveria ser o soju fazendo efeito.

- Vai me levar ou vamos ficar de papinho nesse frio?! - dispersou o Park esfregando os braços no suéter e viu o Kim assentir, com o infame sorrisinho quadrado.


***


Notas Finais:


E aí, gostou? Então comente, eu vou ficar feliz em responder :D
O próximo capítulo será postado na próxima quinta, lembrando que é uma fic twoshot, ou seja, possui dois capítulos apenas.
Beijos e até breve ♥

22 de Maio de 2021 às 04:59 0 Denunciar Insira Seguir história
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