cellehobari celle hobari

[ONESHOT] Park Jimin não costumava aceitar nenhum tipo de desrespeito, muito menos quando ele vinha de seu gatinho favorito. "Me diga, gatinho. Sabe enumerar quantas coisas fez hoje para que merecesse alguma punição?" - [yoonmin] +18 oneshot - [bdsm]


Fanfiction Celebridades Para maiores de 18 apenas.

#yoonmin #bts #jimin #yoongi #bangtanboys #inkspiredstory #jungkook #Seokjin #Kim #jin #namjin #namjoon #bdsm #petplay #dirtytalk #submissive #dom #sub
18
3.5mil VISUALIZAÇÕES
Completa
tempo de leitura
AA Compartilhar

capítulo único • be my boss

Oi leimores!
Como estão?


Pra nos distrair um pouco nessa quarentena, 'tô chegando com uma one gostosinha yoonmin.
Mas vamos a alguns avisos antes de começar, tudo bem?


• A temática é BDSM.
Caso você não goste ou não se sinta confortável com o assunto, por favor, evite a leitura.


Não vou adiantar quem é o que aqui. Se desprendam de esteriótipos e aproveitem a história. (:


• Tem dirty talk e pet play, se não curtir, já sabe, né? (:


🌑


Jimin ajeitou a gravata uma última vez enquanto olhava seu reflexo pelo grande espelho do elevador. Passou os dedos pelo cabelo loiro e cheio, mantendo o topete que formava alinhado, sem fio algum sair de seu devido lugar.


O terno negro que usava caía perfeitamente bem em seu corpo, as calças envolviam as coxas grossas e o terno acompanhava o delinear desenhado de sua cintura, como se tivesse sido modelado exatamente para si.


Jimin era um pecado a quem quer que colocasse os olhos em sua figura.

Quando as portas de aço abriram em seu andar de destino, ajeitou a pasta sobre o ombro direito e caminhou para fora logo recebendo a atenção dos funcionários que trabalhavam até então tranquilamente, cada um em seu próprio cubículo.

Era sempre daquela maneira, sempre chamava aquela atenção. Como se apenas sua presença lançasse um feitiço absoluto sobre qualquer ser que o cercasse.

Acenou brevemente com a cabeça para algumas pessoas, recebendo de volta os mesmos cumprimentos acompanhados de sorrisos maliciosos de alguns e olhares receosos de outros. Além da sensualidade natural que parecia exalar de seus poros, Jimin carregava também um olhar intimidatório, parecia quase perigoso.

Saindo do amplo salão onde as várias estações de trabalho dos funcionários do departamento financeiro estavam dispostas, chegou ao hall de acesso às salas privadas da gerência e diretoria de setor.
Cumprimentou brevemente a secretária do diretor que ocasionalmente também exercia algumas funções em seu auxílio e recebeu de volta o costumeiro jogar de cabelos, acompanhado de um sorriso nada puritano. Riu ladinho, imaginando que não passava pela cabeça da bela mulher o que realmente lhe agradava.

Teclou a senha de segurança para acesso a sua sala no pequeno teclado virtual acoplado à fechadura da porta adentrando ao espaço amplo e bem iluminado.

Deixou sua briefcase sobre o pequeno sofá que ficava na lateral do escritório e caminhou até sua cadeira, sentando-se atrás da grande mesa repleta de relatórios e gráficos deixados ali no dia anterior para continuar com todas suas análises.
Respirou profundamente, seria um dia longo e longe de ser tranquilo e confirmando essa constatação, o telefone começou a tocar constantemente em intervalos cada vez menores. Atendia a cada um com toda paciência que tinha, paciência essa que ia se esgotando conforme os pedidos e requisitações iam se tornando mais frequentes e descabidas, a impressão que tinha a cada passar de minuto era que a incompetência reinava em cada parte daquela empresa.

Estava respondendo o que deveria ser o trigésimo e-mail apenas naquela parte da manhã quando ouviu batidas leves sendo dadas na porta pouco tempo antes de ver a imagem de Seokjin entrando mesmo sem autorização para tal.

— Bom dia, coisa rica. — O mais velho tinha no rosto o sorriso gentil de sempre, e isso de certa forma acalmava o amigo, mas não da maneira e na intensidade que desejava ou precisava — Como está hoje?

— Ocupado. — Respondeu seco tornando o olhar para a tela do notebook.

— Nossa, que grosso! — Jin levou uma das mãos ao peito como uma falsa reação de indignação — Que feio, Park Jimin. Está merecendo umas palmadas.

Ainda com a cabeça inclinada em direção à tela do computador, Jimin apenas levantou a vista para enxergar o amigo e colega de trabalho sorrindo quase sapeca. Adorava o alfinetar daquela forma, sabia disso, e por isso apenas soltou uma risada soprada em resposta.

— O que quer, senhor Kim? — Afastou o corpo da mesa, recostando-se na cadeira.

— Nada, em particular. — Balançou as mãos no ar como se não fosse nada — Vou almoçar com Namjoon e Jungkook naquele novo restaurante do centro. Quer ir?

— Namjoon e Jungkook, é? — Arqueou uma das sobrancelhas quase em desafio — Desde quando anda com seus dois lances juntos ao mesmo tempo, Kim Seokjin?

— Desde que eles sabem um do outro e transamos deliciosamente anteontem. — Deu de ombros, mas o sorriso orgulhoso estampava o rosto bonito.

Os pequenos olhos do mais novo se arregalaram consideravelmente, não esperava em absoluto aquela colocação.

— E como foi? Não quer compartilhar as alegrias com os amigos? — Cruzou os braços sobre o peitoral ainda encarando o outro, apenas para o ver acenar negativamente com a cabeça.

— Não, sem detalhes sórdidos. — Rolou os olhos, mas Jimin sabia que era puro fingimento então apenas aguardou que o amigo soltasse sua língua, o que não demorou nada a vir — Porém, posso lhe dizer com tranquilidade que foder Namjoon enquanto ele metia forte em Jungkook e ouvir aquele garoto implorando por mais pode me fazer explodir de tesão apenas em lembrar.

Jimin mais uma vez riu vendo o mais alto passar a mão pelos cabelos provavelmente tentando afastar da mente os pensamentos que ele mesmo havia invocado.

— Não sei se vou querer ir a um almoço para servir de candelabro para o trisal, hyung.

— Pare de drama e vamos! Pelo menos vai conseguir relaxar e tirar essa tensão toda que está estampada na sua cara.

Park clicou a língua no céu boca sabendo que não seria uma simples conversa em um almoço que faria com que aliviasse tudo o que estava sentindo, não precisava de uma conversa com risadinhas. Para tirar o peso que começava a incomodar em seus ombros precisava de outra coisa, e sabia exatamente o que era.
Contudo, precisaria se alimentar de toda forma e, por esse motivo, concordou em ir almoçar com os outros três depois de mais uma insistência do amigo. Pegou a carteira e o celular os colocando nos bolsos da calça social apertada, e saiu pela porta a fechando, mas sem esquecer de acionar o alarme de segurança.

Assim que teclou o último dígito no painel eletrônico, olhou para o lado tendo visão do corredor extenso e muito bem iluminado pelas grandes janelas onde tinha apenas uma porta no final do mesmo. Fitou a porta de madeira brilhosa por breves segundos e logo virou-se para acompanhar o amigo que ainda falava sem parar sobre algo que sinceramente não havia prestado muita atenção.

O andar já estava vazio quando cruzaram o salão, o que fez Jimin olhar para seu relógio de pulso percebendo o horário já avançado para almoço. Ao descerem para a recepção do prédio, encontraram Jungkook e Namjoon de pé em frente a uma das saídas já os aguardando.
Cumprimentou os outros dois que pareciam estar em uma conversa imersiva quando foram despertos pelo tom de sua voz acompanhado ao quase estridente de Jin, mas ao invés de se incomodarem os homens apenas pareceram se divertir, pouco ligando para a o falatório espalhafatoso e as risadas altas que o mais velho entre eles soltava.

Assim que chegaram ao restaurante já tão conhecido, Jimin os direcionou à mesa que sempre se sentava e fizeram seus pedidos para a garçonete simpática que os recepcionou. A conversa entre os quatro seguiu agradável, mesmo que em determinados momentos o Park tivesse que desviar o olhar e fingir que estava alheio aos toques e olhares recorrentes que os outros três davam entre si.

Como imaginou, tinha virado a um lindo e lustroso candelabro, que no momento estava ostentando três belíssimas velas.

Assumindo seu papel com toda a calma que não tinha, apenas suspirou quando ouviu Jin chamar pelo mais novo.

— Coelhinho. — O apelido fez Jimin rolar as íris dos olhos fazendo quase que sumirem por completo, tamanho foi o rolar de olhos que deu — Você vai participar da reunião de hoje?

— Não, hyung. — O mais novo respondeu com a boca um pouco cheia demais de comida, fazendo com que suas bochechas ficassem estufadas — Até onde sei a reunião é apenas para os setores jurídico e financeiro. E eu e Namjoonie-hyung também temos que entregar as projeções do próximo período para o setor comercial, então não tenho nem previsão de quando vou poder tirar meu bumbum daquela cadeira hoje.

Namjoon soltou uma risada pela fala do moreno e se inclinou para deixar um beijo estalado em sua bochecha.

— Não se preocupe, lindo. — Disse ainda raspando o nariz na pele da bochecha — Vamos cuidar muito bem do seu bumbum gostoso depois.

Jungkook ficou vermelho como um pimentão ao mesmo passo que Jin esticou um sorriso safado nos lábios apenas meneando com a cabeça em confirmação ao o que o outro havia dito.

— Pelo amor de deus, se controlem! Estamos em um restaurante! — Jimin reclamou entredentes recebendo nada mais que sorrisos cínicos dos amigos.

O restante do almoço foi pautado pelas piadas ruins de Seokjin que sempre eram estranhamente incentivadas por caretas engraçadas de Jungkook e risadas encantadas de Namjoon. De uma forma estranha aqueles três davam certo de uma maneira incomum.

Ao finalizarem a refeição, passaram mais alguns poucos minutos conversando trivialidades até o mais velho alertar que já era horário para retornarem.

No caminho de volta, Seokjin deixou que Namjoon acompanhasse o mais novo indo a frente e ficou alguns passos atrás para conversar com Jimin sobre a reunião que teriam que enfrentar logo mais.

— Como estão os levantamentos para o fechamento do próximo trimestre?
— Não tão bons, Jin. — Park suspirou pesado, aquele assunto estava lhe tirando o sono — Não alcançamos as metas de faturamento e tenho certeza que há algum problema nos relatórios gerenciais. Aquilo não parece nada certo.

— Isso com certeza. Por isso vão auditar toda a área financeira.

— Auditar? — O choque na voz era evidente e confundiu um pouco o mais velho — Como assim teremos uma audição?

— Jimin! Por que você acha que vamos ter uma reunião com o setor jurídico e financeiro juntos? As contas não batem, tem dinheiro vazando por algum ladrão por essa empresa e a área comercial está cada dia mais em baixa. Era óbvio que exigiriam análise.

— Meu Deus... — Park apertou as têmporas com as pontas dos dedos já prevendo a quantidade enorme de trabalho que teria pela frente — Eu 'tô é muito fodido.

— Isso é um fato, meu bom amigo.
Longe de estar mais aliviado depois daquele almoço que teoricamente tinha por objetivo o distrair, voltou à sua sala apenas para organizar o que deveria levar a reunião de logo mais. Solicitou a sua assistente todos os relatórios devidos e os recebeu organizados por ordem de importância, todos conforme o padrão exigido pela empresa.

Quando o relógio marcou às 14h, saiu mais vez de sua sala seguindo até o andar de cima onde ficava o espaço para reuniões maiores, que envolviam a diretoria.

Seokjin já estava lá, assim como outros gerentes e supervisores. Park tomou seu lugar na ponta extrema da mesa, tendo de lá a visão perfeita de onde os diretores se sentariam, o que não tardou a acontecer.

Jung Hoseok e Min Yoongi adentraram ao local pelas portas de vidro não fazendo a mínima questão de cumprimentar quem quer que fosse. Ambos tinham o semblante pesado, carregado do que parecia ser a mais pura impaciência.

Hoseok era o diretor jurídico do conglomerado de empresas e Yoongi, diretor financeiro, chefe direto de Jimin, que era o gerente do setor. O último se remexeu um pouco na cadeira ao ver os dois homens de pé em frente à tela brilhosa que refletia os gráficos pelo projetor e deixou os olhos repousarem na imagem de seu chefe.

O homem, como sempre, estava impecável. O corpo pequeno e magro, bem desenhado dentro do terno de aparência cara, não ornava com o jeito imponente e sério. Tudo no Min parecia gritar delicadeza, a pele leitosa, os olhos rasgados felinos, a boca pequena que sempre formava um bico quando falava. Mas naquele momento, Jimin apenas enxergava a imagem de um diretor, e não a de um gatinho, como sempre o tinha em mente.

Assim que a voz grave de Hoseok tomou o lugar o silêncio que já era pesado entre todos os outros passou a ser quase desconfortável, em definitivo nada viria de bom daquela reunião.

Depois que Jung iniciou sua fala direcionando como a reunião se desenvolveria, passou a palavra à Yoongi, que deu dois passos à frente antes de pigarrear limpando um pouco a garganta.

— Os senhores já estão cientes de todas as tratativas sobre as inconsistências entre o faturamento e o fechamento. — A voz grave do Min ecoou pelo recinto fazendo com que Jimin se remexesse um pouco mais na cadeira — Estamos tendo um grave erro no setor financeiro, e precisamos apurar o que está havendo. — Desviou o olhar do geral até focar no loiro sentado no outro extremo da grande mesa — Park, você tem alguma coisa para nos falar sobre isso?

Jimin assentiu à pergunta do homem buscando abrir os documentos que tinha consigo, procurando pelos relatórios de maior relevância, e entregou uma cópia nas mãos do assistente de Yoongi para que fosse entregue ao outro.

— Como pode ver pelas tabelas e controles, senhor. — Finalmente tomou a palavra — Não temos nenhuma discrepância entre entradas e saídas. Tudo o que entra é via faturamento e tudo o que sai, seja em compras, contratos ou despesas funcionais, é com o aval da diretoria. Com a assinatura do responsável por cada área.

— Então está insinuando que a diretoria está envolvida em algum desvio de dinheiro dentro dessa empresa, Park?

— Como? — A voz de choque de Jimin era clara, em momento algum foi aquilo que quis dizer — De forma alguma! Apenas mostrei ao senhor nossos controles, e eles não têm como estar errados.

— E por qual motivo eu devo acreditar no seu trabalho ou em sua palavra, Park? — Por algum motivo, o Min parecia lotado de raiva, e para sua infelicidade, Jimin havia sido pego como cristo — Até onde sei você muito bem poderia estar confabulando sobre isto.

Os olhos pequenos de Park se arregalaram no momento em que a frase foi finalizada.

— Você está dizendo que eu estou roubando a empresa, Yoon—

A mão direita do Min foi suspensa no ar, sinalizando que se calasse e se fosse possível, os olhos de Jimin sairiam faíscas tamanho o ódio que estava sentindo naquele momento. Por vários motivos.

— Senhor. — O diretor ditou em tom firme — Use as tratativas adequadas, Park Jimin. Não vou aceitar desrespeito seu.

O loiro engoliu em seco, apertando suas mãos em punhos, tentando regularizar os batimentos que de uma hora para outra pareceram disparam dentro de seu peito.

Clicou a língua e piscou lentamente, como se aquele conjunto de ações lentas lhe trouxesse uma calma que não tinha.

— Me perdoe, senhor Min. — Disse à todo contragosto — Não quis ser desrespeitoso com o senhor, muito menos insinuar nada. Apenas coloquei que nosso trabalho está sendo da maneira correta. O erro que está havendo, muito provavelmente, não passa por nossas mãos.

— Isso veremos, Park. — Hoseok interveio não dando oportunidade para que Min prosseguisse.

Porém, ao invés de relaxar, o corpo tanto de Jimin quanto de Yoongi pareceram responder de formas diferentes após aquele breve desentendimento. Quem tivesse olhos mais atentos poderiam enxergar com tranquilidade a postura de Park se tornando mais rígida, incômoda e até mesmo, raivosa, tudo em corpo transpassava uma inquietação gigantesca. Enquanto o Min parecia desviar o olhar para qualquer outro ponto da sala que não a figura do gerente. As mãos grandes estavam suando e juntas umas as outras atrás de seu corpo enquanto mexia com os dedos nervosamente, sentindo a palma suar cada vez mais.

Mas foi em um breve momento, no qual seus olhos mais uma vez se cruzaram, que puderam ler nas orbes uns do outro todas as palavras que não poderiam ser ditas naquele contexto, que ficou claro que aquele assunto não acabaria ali.

Após horas de reunião, com o esgotamento psicológico alcançando níveis alarmantes, o encontro foi dado como encerrado e Jimin tomou a dianteira sendo um dos primeiros a deixar o local. Não tinha paciência, muito menos estômago para permanecer por mais um segundo sequer à frente de toda aquela gente, precisava apenas respirar. E por esse motivo, apenas voltou à sua sala para pegar sua bolsa, juntar seus pertences pessoais e bater em retirada daquele prédio.

Não conseguia nem mesmo raciocinar direito, a quantidade de informações que foram jogadas em seu peito eram esmagadoras, a responsabilidade por repassar todos os passos de um setor inteiro de uma multinacional para revisão e auditoria lhe esmagavam os ombros, e tudo isso quando, no dia seguinte, teria que viajar para a filia de Tóquio e passar três dias imerso em mais problemas.

Entrou em seu carro que estava estacionado em sua vaga cativa no subsolo e deu partida, cruzando a cidade em uma velocidade talvez não tão aconselhada, mas queria apenas chegar o mais rápido possível em seu apartamento, e assim foi feito. Logo estava mais uma vez estacionando o automóvel, mas dessa vez na garagem do condomínio em que morava. No hall de entrada, cumprimentou o porteiro e tomou o elevador apertando o décimo oitavo andar.

Quando já em seu destino, tirou as chaves de dentro de sua bolsa e destrancou a porta, tirou os sapatos de qualquer jeito ainda andando, jogou a pasta sobre a mesa de madeira na sala de jantar e não parou até estar dentro do banheiro amplo de sua suíte.

Despiu-se por inteiro e se enfiou debaixo da água gelada do banho, queria que com o choque térmico todas as tensões fossem levadas de seu corpo, mesmo sabendo que nada daquilo poderia lhe acalmar da maneira devida.

Jimin, mais do que ninguém, se conhecia. E sabia muito bem que apenas uma coisa poderia lhe trazer respiro de alívio, mas o problema era que o mesmo antídoto que sempre o curava, dessa vez era um dos grandes motivos de seu nervoso.

Permaneceu por longos minutos com o corpo inclinado, as mãos apoiadas na parede diante de si e a água batendo em seus cabelos e suas costas, levando junto as gotas que escorriam por seu corpo curvilíneo, parte da tensão acumulada.

Desligou o registro, se secou sem muito cuidado deixando ainda várias gotículas de água escorrerem por sua pele, tentando ao máximo manter a sensação de frescor. Ao sair do banheiro buscou dentro de seu guarda-roupa apenas uma calça folgada de moletom para vestir, permanecendo com o dorso nu.

Em sua cabeça ainda pairavam todos os tipos de preocupação e estresse, e enquanto servia uma taça de vinho branco na cozinha deixou-se levar mais uma vez para a fatídica que terminou por carimbar seu dia como desastroso. Por diversos motivos.

Tomou da taça em goles repassando em sua mente cada palavra direcionada a si, cada atitude errônea, e pela primeira vez no dia, um sorriso pequeno contornou seus lábios grossos ao imaginar o deleite que teria em colocar tudo aquilo a limpo.

Estava sentado em uma das banquetas na ilha de sua cozinha enchendo a taça novamente quando o som da campainha foi ouvido, e o que apenas era um esboço de um sorriso contido, se transformou em algo orgulhoso, quase perigoso.

Não tinha a mínima dúvida de quem estaria do outro lado da porta, apenas uma pessoa tinha autorização para subir ao seu apartamento sem ser anunciado. E assim que a porta de madeira trabalhada foi aberta, a imagem do homem ali de pé, ainda em suas roupas de trabalho, com a cabeça levemente inclinada para baixo e as mãos juntas em frente ao corpo, fez com que Jimin levantasse uma sobrancelha ao aguardar as primeiras palavras de sua visita não tão inesperada.

— Oi, Jimin. — A voz grave estava baixa, quase tímida. Os olhos fitando os sapatos caros pareciam nervosos e as mãos eram espremidas umas junto as outras.

— Senhor. — A primeira palavra que saiu de sua boca fez o outro enrijecer a postura — Use as tratativas adequadas, Min Yoongi. Não vou tolerar desrespeito seu.

O uso das palavras exatas que foram ouvidas poucas horas antes fez com que Yoongi se desesperasse um pouco. Sabia que não deveria ter ido tão longe.

— Me desculpe, senhor.

— Ainda não. — Afastou o corpo deixando a passagem livre ainda segurando a maçaneta — Entre.

Viu-o adentrar ao apartamento ainda com a postura intimidada, como se tivesse receio de apenas o olhar nos olhos, e cada pedaço daquela atitude estava satisfazendo Jimin em níveis alarmantes.

Fechou a porta atrás de seu corpo e aguardou que Min tirasse seus sapatos e o terno do paletó, o pendurando no móvel de entrada. Assim que finalizou, Jimin acenou com a cabeça em direção ao sofá da sala em uma ordem muda para que seguisse até lá, e assim foi feito, sem que nenhuma palavra fosse dada.
Sentou-se despojadamente na poltrona enquanto o homem se acomodou no sofá à sua frente onde permaneceu calado, como se aguardasse uma autorização para que falasse, e realmente estava. Aquela era a natureza da relação de Park e Min, era assim que funcionavam.

Enquanto um era fogo, o outro era água. Enquanto um era tempestade, o outro era calmaria.

E enquanto um dominava, o outro se submetia.

Desde o primeiro momento que colocaram os olhos um no outro, há três anos, quando Jimin foi transferido da filial de Busan para assumir a gerência da matriz em Seoul, souberam que algo a mais aconteceria, a eletricidade que correu entre os corpos desde o começo não era algo comum, se reconheceram de uma forma nada habitual.

E essa identificação apenas teve sua confirmação quando, algumas semanas depois, se esbarraram por acaso em um evento em um munch.
Yoongi estava sentado no colo de outro homem, com uma coleira em seu pescoço, tão lindo quanto Jimin nunca imaginou jamais ter visto alguém em sua vida. Era delicado, felino. Fazia o loiro aguar.

Era a primeira vez que via Suga.

Jimin soube naquele dia que não conseguiria ter paz até que o colo em que Suga estivesse sentado fosse o seu, até que a coleira que usava fosse a sua.

Mas para sua felicidade, Yoongi não ficou diferente. Quis o Park desde que pôs os olhos nele na empresa, e agora, mais do nunca, queria pertencer a ele.

O único porém era que o loiro nunca foi de dividir o que era seu, gostava de exclusividade. E mesmo sabendo que dentro de um cenário de dom/sub aquilo não fosse via de regra, era uma exigência pessoal, e definitivamente não abriria exceção com o Min.

Ninguém mais teria direito de tocá-lo da forma que tanto ansiava, contudo, tão pouco Yoongi queria outras mãos em seu corpo que não as do Park.

E isso os levou ao ponto atual, três anos depois. Três anos dentro de uma relação bdsm, mas que por muitas vezes se confundia. A verdade era que nenhum dos dois sabia muito bem quando iniciava a relação puramente de dom/sub e onde começava a dinâmica carinhosa e quase romântica que desenvolveram com o tempo. O diálogo não era o forte dos dois quando se iniciava qualquer assunto que dissesse respeito ao o que realmente sentiam um pelo outro, mas de alguma forma não precisava ser dito, era latente, exalava de suas dermes.

Na empresa, Yoongi era seu superior, mas ali, sozinhos, despidos de qualquer imagem pré-fabricada, todas as posições se invertiam. Ali, enquanto via o olhar penetrante de Jimin, com o corpo inclinado para frente, os cotovelos apoiados nos joelhos, os dedos entrelaçados na altura do rosto enquanto raspada os lábios carnudos por eles, Yoongi sabia.

O chefe ali era Park, e ele queria tanto que fosse que chegava a doer.

— Tem alguma coisa a me dizer, meu amor? — A voz soava baixa, em um tom que sempre, sem falhas, fazia o corpo inteiro de Yoongi se eriçar. Era calmo, carinhoso, e passava uma paciência que Min sabia que Jimin não tinha no momento — Por que se desculpou?

— Pela forma que falei com você mais cedo.

— Apenas isso? — A cabeça foi tombada levemente para o lado com as duas sobrancelhas bem feitas se erguendo em questionamento. A resposta, em contrapartida, não veio, apenas o olhar de dúvida clara se estampou no rosto bonito e Park deixou um riso soprado escapar, fazendo com que mais uma vez Yoongi engolisse a seco — Que decepção, gatinho... — Clicou a língua no céu boca, ajeitando a postura no sofá — Veio direto do trabalho? — Viu o outro assentir em confirmação — Palavras. Me responda com palavras.

— Sim, senhor. — Corrigiu de pronto — Vim direto da empresa.

— Certo. Acho que temos algumas contas para acertar, não acha?

— Sim, senhor.

— Ótimo. Vá para o quarto, se refresque se quiser, suas coisas estão no lugar de sempre. — Todas as instruções eram dadas calmamente — Use-as, você sabe o que tem que fazer. Quero ver se hoje meu gatinho está dócil ou arisco como antes.

Obediente, levantou-se assim que a ordem terminou de ser dada e prosseguiu até o quarto já tão conhecido, que tanto amava. Cada pedaço daquele lugar cheirava a Park Jimin, e isso o tirava do eixo.

Desviando do estado inebriante que aquele ambiente o trazia, foi até o banheiro da suíte e tomou um banho um tanto demorado, desejando estar leve, precisava de um pouco de calma e esperava que a água morna trouxesse isso a sua pele gelada.

Ansiava tudo o que estava por vir, era excitante apenas o pensamento. Mesmo sabendo que seria punido, mesmo gostando sempre de ser um bom gatinho, não podia negar que Park Jimin com raiva era a visão do pecado encarnado.

Saiu do banho secando cada partezinha de seu corpo com cuidado, e com a toalha enrolada na cintura foi até o guarda-roupa procurando na sua parte os itens que sabia que seu senhor queria que usasse.

Deixou a toalha apoiada sobre uma cadeira ali disposta, e com uma caixinha vermelha em mãos foi até a frente do grande espelho que tomava estrategicamente parte da lateral da cama próximo a parede, tirando de dentro do pacote duas orelhinhas negras de gato, as fixando com as presilhas em seus cabelos tão escuros quanto, fazendo com que parecesse realmente serem suas próprias.

Buscou a coleira de couro preta, revestida em veludo, a fechou em volta de seu pescoço fino e bateu levemente com o dedo no pingente redondinho que ficava pendurado a argola central, fazendo com que o barulho de um sininho soasse baixo. Como a coleira de um verdadeiro gatinho.

O último item era um rabinho felpudo, preto como todos os outros objetos, ligado a um plug. Sorriu um tanto nervoso em antecipação, levou a parte de metal até a boca, o chupando, deixando-o molhado o suficiente para que conseguisse usá-lo.

Quando se viu satisfeito, inclinou o corpo apoiando uma das mãos no espelho, e com a outra o plug até o meio de suas pernas entreabertas. Soltou a mão que estava apoiada, a levou até uma das bandas de sua bunda se abrindo melhor. Rodeou o metal gelado em sua entrada, sentindo arrepios de espalharem por toda parte, e começou a o introduzir devagar, com calma, até que fosse finalmente sugado pela pressão feita para dentro de si.

Respirou fundo sentindo-se levemente preenchido, e ajeitou sua postura vendo no reflexo do espelho o conjunto que tanto parecia agradar ao outro. As orelhas, a coleira, o rabinho, tudo tão delicado, ornando o corpo nu, magro e tão delicioso.

Ainda conseguia ver as marcas feitas pelos dentes de Jimin em sua clavícula e os arroxeados dos chupões por parte de seu quadril. Tocou com a ponta dos dedos cada uma das marcas como se com isso conseguisse rememorar as sensações que elas causaram quando feitas.

Ouviu uma movimentação do lado de fora e se apressou em subir na cama, se colocando no meio dela, sentou-se sobre suas pernas dobradas e repousou as mãos sobre as coxas.

Sua respiração estava cadenciada, tentava a manter sob controle, mas a palma das mãos soavam e a boca parecia cada vez mais seca.

Abaixou a cabeça, mantendo o olhar em suas mãos pouco antes da porta ser aberta em um clique baixo. Ouviu os passos de Jimin pelo quarto sem ainda dizer nada, mas sabia que ele o olhava, sabia que analisava cada parte de seu corpo, de seu conjunto, de seu ser. Park conhecia seu cada pedaço seu como ninguém jamais teve a capacidade de conhecer.

Ouviu algumas gavetas serem abertas e depois fechadas, barulhos de objetos sendo postos sobre alguma superfície qualquer, até que novamente se fez silêncio.

O loiro parou em frente a cama, apoiando as mãos no colchão, se inclinou até que seu rosto estivesse rente ao do outro, aproveitando a proximidade para sussurrar em seu ouvido.

— Meu gatinho está tão lindo. — Deixou um beijo no lóbulo da orelha branquinha que já estavam ficando avermelhadas pelo calor que começava a sentir — Vai ser bom para mim, amor?

Yoongi apenas meneou a cabeça em concordância, sabia que quando estava como um gatinho não deveria falar, mas aquela não era a ordem do dia.

— Pode falar. — Ainda muito próximo, com os lábios carnudos raspando no pescoço do outro, proferiu grave — Hoje quero ouvir tudo o que meu gatinho disser. Quero te ouvir gritar, implorar. Quero te ouvir gemer do jeito que só você sabe fazer. Vai fazer isso?

— Sim, senhor.

Era a confirmação que precisava. Esticou os braços até alcançar duas tiras grossas e longas de veludo.

— Deite com a cabeça nos travesseiros.

A ordem foi obedecida prontamente, e quando o outro estava acomodado devidamente sobre a cama, Jimin subiu de um vez nela se colando no meio nas pernas abertas do Min.

Buscou um de seus punhos e o envolveu com a tira, fez um nó firme e o prendeu em uma lateral da cabeceira da cama. Repetiu o mesmo procedimento com o outro punho, conferindo ao final se as amarras estavam firmes o suficiente para que não se soltasse e folgadas o bastante para que não o machucasse.

Havia de ter equilíbrio em tudo, ali Jimin era responsável pelo corpo e pelo prazer de seu submisso, nunca se deixaria falhar com ele.

Inclinou o corpo até que estivesse sobre o outro, com os rostos alinhados e sentindo a respiração quente batendo contra seu rosto, capturou os lábios finos entre os seus grossos, ouvindo um arfar leve que foi solto em deleite pelo contato.

Invadiu-o com sua língua sendo aceito imediatamente, o lábio cheio foi chupado e mordido com força média enquanto suas mãos viajam pelo corpo nu abaixo do seu. Capturou os mamilos amarronzados entre os dedos os apertando, ouvindo em resposta um gemido ser abafado pelo beijo afoito.

Interrompeu o ósculo, descendo os beijos pelo maxilar, pescoço, a clavícula exposta sempre recebia uma atenção em particular, era um ponto sensível do Min e Jimin adorava deixar marcas ali para que sempre se lembrasse dele.

Os beijos continuaram seu caminho pela barriga magra, virilha, e quando chegou ao pênis avermelhadinho e pulsante, deixou um beijo seguido de uma sugada forte e única na glande, fazendo com que o outro virasse os punhos e agarrasse as tiras que o amarravam com força.

Desceu o rosto até lambeu do períneo até a entrada que piscava ao redor do plug. Segurou a parte de fora do plug, e iniciou movimentos fazendo com que o objeto rodasse no interior do outro. Buscou na lateral da cama um tubo de lubrificante deixado ali, retirou a tampinha e despejou uma quantidade generosa do produto sobre o pau teso, agarrando a glande com força colocando pressão na área que sabia ser tão sensível. Os gemidos e murmúrios do Min passaram a ser altos, evidenciando todo o prazer que sentia com os toques precisos.

Continuou com os mesmos movimentos durante alguns minutos, aumentando a velocidade das investidas e as diminuindo quando via que o outro estava chegando no limite. Yoongi sentia a virilha formigar, o pau querendo explodir em um orgasmo delicioso, mas toda vez que quase chegava em seu ápice, mais uma vez Jimin parava os movimentos. Era torturante. E Suga sabia que aquilo fazia parte de seu castigo, sabia que estava sendo privado do orgasmo de propósito.

— Senhor, por favor... — O gemido manhoso na voz grave era sempre desestabilizante, mas Park não deixaria se levar.

— O que, hm? Por favor, o que, gatinho?

— Me deixa gozar... Por favor...

Mais um movimento rápido, e mais uma parada repentina. Yoongi sentia que seu peito ia entrar em combustão a qualquer momento.

— Ah, meu amor. — O som da risada baixa era a confirmação de que com certeza seu pedido não seria acatado — Você realmente acha que está merecendo?

Suga prensou os lábios com força, mentir seria pior, sempre era. Por esse motivo, balançou a cabeça para os lados.

— Não, senhor.

— Então não peça o que não pode receber agora, gatinho. — Os movimentos no plug e em sua glande foram parados em definitivo quando Jimin afastou as mãos de seu corpo, colocando-se de pé na cama apenas para retirar a única peça que cobria suas pernas. Jogou-a de qualquer forma para o lado e deu dois passos para frente para sentar-se sobre o peitoral do outro. Segurou seu pau, punhetando devagar pela primeira vez, tentando aliviar um pouco do tesão que sentia. Ergueu novamente o quadril e posicionou os joelhos em cada lateral da cabeça do moreno, olhou-o de cima, vendo a boquinha aberta formando um bico fudidamente delicioso. — Abre a boca, coloca a língua pra fora e prende a respiração. — Ordenou acariciava a bochecha do outro e assim que foi obedecido, segurou seu pau pela base o enfiando na boca quente e molhada até que sentisse sua glande tocar a garganta — Puta que pariu!

Saiu mais uma vez, apenas para entrar de novo, fodendo a boca pequena, enquanto não perdia de forma alguma o contato visual que Yoongi nunca deixava falhar. Os olhos lacrimejavam, as bochechas estavam em um tom rosado demais, um pouco de saliva escorria pela lateral da boca, as orelhas de gatinho entre os cabelos negros lhe fazia ter certeza que aquele era a porra do homem mais perfeito que poderia existir.

Não conseguiria se controlar e não gozar se continuasse a olhar para a cena explícita que era seu pau saindo e entrando da boca do outro. Então logo parou os movimentos, se retirou de dentro e arfou com a falta da quentura. Levou a mão direita até os cabelos, os jogando para trás e afastando do rosto, deixando a testa exposta. E Suga mais uma vez teve certeza que não encontraria ninguém tão lindo quanto Jimin.

Mas a próxima coisa que viu foi o loiro inclinar mais o corpo, ainda ajoelhado e desamarrar ambas suas mãos da cabeceira da cama, o deixando momentaneamente livre, apenas com as tiras ainda amarradas aos punhos.

Retirou o corpo de cima do outro, e se afastou o suficiente para agarrar a cintura do moreno e girá-lo na cama, o colocando de barriga para baixo. Juntou os punhos nas costas e mais uma vez os amarrou, agora fazendo com que ficassem presos uns aos outros.

Quando bem amarrados, suspendeu o quadril do outro, mandando que permanecesse com a cabeça nos travesseiros. O queria completamente empinado, exposto e amarrado, assim como estava.

Suga espremeu um pouco as pernas, tentando de alguma forma aliviar o pau que latejava, com em resposta recebeu um tapa pesado da mão pequena em sua nádega esquerda. O corpo impulsionou para frente tanto pela surpresa do ato, quanto pelo prazer que aquela dor o trazia.

Gemeu manhoso ao sentir o formigamento ser aliviado pela carícia que a mesma mão deu logo após sobre a superfície.

O plug com o rabinho foi retirado de dentro de si, e foi a vez de Park gemer apenas ao ver a entrada se contraindo.

Se posicionou atrás do moreno, deixando apertos em sua cintura e carinhos pelas costas, colocou o próprio pau por entre as bandas da bunda sem o penetrar, apenas esfregando o falo duro e gotejante.

— Me diga, gatinho. — Iniciou sua fala com a voz firme, carregada de prazer, não parando por nenhum momento os toques pelo corpo do moreno — Sabe enumerar quantas coisas fez hoje para que merecesse alguma punição?

Yoongi esfregava o rosto sobre os travesseiros macios, sabia de seus erros, mas não conseguia verbalizar nada coerente, por isso apenas sinalizou em negação.

— Não? Então eu vou lhe dizer e você me diz se concorda comigo, tudo bem?

— S-sim, s-senhor. — A fala se quebrou assim que sentiu Jimin agarrar seu pau entre suas pernas e começar a punhetar devagar.

— Eu te liguei hoje de manhã para saber como estava. Você lembra como finalizou a chamada?

Yoongi engoliu a seco, lembrava-se bem.

— Desliguei na sua cara, senhor. — A resposta saiu em um fio arrependido de voz.

— Exatamente. — Clicou a língua no céu boca e apertou com mais força a cintura do outro, pressionando a glande entre a palma — Esse foi seu primeiro erro, gatinho. Na reunião, por que tenho a impressão que falou comigo daquela forma apenas para ser malcriado? Estava com raiva e queria descontar em mim, não foi? — Era simplesmente ridículo como Park conseguia lê-lo com tanta facilidade. — Me diminuiu na frente de todos por puro capricho, levantou dúvida sobre mim e sobre meu trabalho, insinuou que eu estava colocando a culpa sobre a diretoria. — Abaixou o corpo até deixar um beijo no final da coluna do outro — Mas eu sou um dom bonzinho, e por isso vou deixar que seu bom senso trabalhe. Me diga um número entre um e quinze.

Yoongi retesou, tinha plena consciência do que aquilo significava. Estava dividido entre sentir-se culpado por ter se comportado mal com seu dominador, gostava de ser sempre um bom garoto, Jimin sempre lhe mimava da forma mais deliciosa possível, era um dom carinhoso. Mas, em contrapartida, Min Yoongi era um masoquista nato, sentia prazer imenso na dor, e por esse motivo não tardou em responder.

— Doze, senhor.

Jimin sorriu em resposta — Meu gatinho é tão safado...

Ajeitou mais uma vez à postura, soltou a mão que ainda punhetava o pau do outro, a levou até uma das bandas de sua bunda branquinha a acariciando delicadamente antes de suspender a mão e voltar com força, fazendo com que o barulho de um tapa pesado e estalado ecoasse pelo quarto, e junto a ele um gemido alto de Suga.

— Conte para mim, gatinho.

— Um.

Mais uma vez a mão foi levantada e abaixada com força sobre a outra banda da bunda.

— D-dois.

Jimin esticou o braço para a lado da cama e agarrou o tubo de lubrificante, lambuzando seu pau e a entrada pulsante de Min. Segurou-se pela base, com a outra mão, afastou a nádega para o abrir mais, e sem mais avisos se enterrou em uma estocada forte e funda, fazendo com que o corpo menor se impulsionasse para frente ao mesmo tempo que tremia em um misto de prazer e dor. Era assim que Suga gostava, e era assim que Park amava fazer.

— Caralho. — Jimin espremeu as sobrancelhas, mantendo a boca um pouco aberta — Apertado pra caralho! — Mais um tapa forte foi desferido na lateral da coxa esquerda. — Conte!

— T-três... três.

As estocadas aumentavam de velocidade, sendo intercaladas por reboladas lentas, parecendo que Jimin estava cavando para procurar algo.

Yoongi já era uma bagunça, a boca formando seu biquinho aberta não parava de gemer manhoso por um segundo sequer, uma das orelhinhas de gatinho já havia saído de seus cabelos pela quantidade de vezes que entregava o rosto e a cabeça dos travesseiros.

Sentia o ardido delicioso dos tapas na sua pele, o barulho das peles se chocando com força, as gemidos graves de Jimin, suas mãos pequenas e fortes agarrando cada parte possível de seu corpo, seus próprios movimentos limitados pela posição e pelas mãos amarradas. Era demais, e tudo apenas se potencializou quando em uma estocada certeira, Jimin encontrou seu ponto sensível ao mesmo tempo que descia mais um tapa pesado.

— Quatro!

A palavra foi expulso em um quase grito e Park soube que encontrou o lugar que tanto queria.

Continuou as estocadas precisas no mesmo local, descendo mais tapas na pele branca que já estava pintada em um vermelho lindo, enquanto ouvia a contagem sôfrega saindo dos lábios do moreno juntamente com os gemidos altos.

Parou por um momento apenas para tirar os cabelos de frente dos olhos e foi surpreendido quando os quadris de Suga começaram a se mover contra seu pau, se fudendo sozinho em seu caralho duro.

— Puta que pariu, gatinho! — Apertou uma banda entre dos dedos — Você 'tá gostoso pra caralho! 'Tá tão apertado. — Não deveria, mas quase choramingou de prazer, Yoongi era delicioso demais para seu próprio bem.

Segurou os quadris, fazendo com que parasse e iniciou as estocadas em um ritmo frenético, mais dois tapas foram dados, chegando a marca dos dez.

— Senhor... — Chamou manhoso com a voz engasgando — Me deixa gozar, senhor. Por favor, eu fui um bom gatinho.

Jimin sorriu umedecendo os lábios com a ponta da língua, sem parar de meter, puxou as tiras que envolviam os punhos magros, e fez o corpo do moreno suspender na cama, ficando erguido, de joelhos, com as costas coladas em seu peitoral suado.

Abraçou-o pela cintura, enterrando a nariz no pescoço do outro, aspirando o cheiro que tanto o entorpecida, o cheiro dele. Tinha certeza que conseguiria gozar apenas o sentindo.

— Quer gozar apanhando, meu amor? — As palavras foram sussurradas rente ao ouvido.

— Por favor, por favor. — Assentiu fervorosamente, sentia que ia explodir a qualquer momento.

— Termine de contar.

Mais um capa foi desferido na lateral da coxa.

— O-onze!

— Caralho, gatinho! Você 'tá esmagando meu pau!

Park rolou os olhos em puro prazer, estava em seu limite e sentia Yoongi se apertar cada vez mais ao redor de seu membro teso.

Segurou-o com mais firmeza pela cintura, estocando fundo, raspando sua glande repetidamente na próstata alheia. Fechou os olhos com força, sem aguentar mais, e mordeu o ombro do moreno ao desferir o último tapa na lateral de sua bunda.

A última contagem não foi feita, pois Suga perdeu completamente a voz e qualquer raciocínio quando gozou forte, tendo espasmos por todo seu corpo, enquanto sentia ainda sua próstata ser acertada continuamente, prolongando o prazer extremo.

Sentia que seu corpo ia desmoronar a qualquer momento, mas quando ouviu um gemido alto, e o pau de Jimin pulsar dentro si, soube que ele estava chegando também em seu limite. E com um sorriso quase letárgico no rosto, se apertou mais ainda ao redor dele.

— Porra, Yoongi! — O cabelo negro foi puxado para trás até que conseguisse alcançar os lábios e os tomar em um beijo descoordenado — Filha da puta gostoso!

Yoongi sorriu largo quando ouviu mais um gemido grave e alto e o pau de Jimin expulsar dentro de si o gozo quente e espesso.

Deitou a cabeça no ombro do outro quando os movimentos foram se encerrando e as respirações se acalmando aos poucos.

Park se retirou com cuidado de dentro, o deitou na cama, desamarrou as tiras de seus punhos e retirou a única orelhinha que ainda restava presa em seus cabelos.

Afastou os cabelos negros para o lado, deixando livre o rosto pálido e tão lindo que tinha os olhinhos quase fechados pelo cansaço.

— Foi bom, meu amor? — Perguntou baixo dando um selar carinhoso em seus lábios.

— Sempre é. — Suspirou sentindo ainda em cada parte de seu corpo os resquícios de prazer.

— Não durma, vem, vou te dar um banho e cuidar do meu gatinho.

— Quero dormir.

— E você vai. — Deixou um beijo em cada olhinho fechado — Vai dormir comigo hoje, não te deixo ir embora por nada. Mas antes vou cuidar de você, certo?

— Certo. — Sorriu pequeno, era fraco demais para aquele homem.

Yoongi deixou ser levado para o banheiro, deixou que desse banho em si, o tocando da forma tão carinhosa que apenas Jimin era capaz de fazer.

O observou o secar com todo cuidado do mundo, e depois o fazer deitar novamente na cama para passar hidratante na pele irritada pelas palmadas.

Deixou-se ser vestido com um shortinho folgado, que não o apertasse e por fim, deixou ser abraçado quando Jimin deitou a seu lado na cama e o puxou para que repousasse a cabeça em seu peito.

O abraçou de lado, jogando as pernas magras por cima das grossas de Park, sentindo o outro fungar o cheirinho de seus cabelos lavados.

Mais uma vez, fechou os olhos se entregando nos braços daquele homem que era tanto para si. Desejando por em palavras tudo o que seu coração implorava para que fosse dito, tudo que a falta de coragem nunca lhe permitiu.

Mas não era mais uma opção, nunca mais queria sair de dentro daquele abraço, e por isso decidiu romper qualquer amarra que o segurasse.

Ia abrir sua boca, mas antes que fosse feito a voz de Jimin se vez presente no silêncio do quarto.

— Eu te amo, gatinho. — Os olhos fitavam o teto do quarto, como se buscasse qualquer ponto fixo para o distrair da declaração que há tanto estava presa em sua garganta — Te amo tanto, e eu sei que esse não era nosso acordo, mas eu não sei mais o que fazer. Preciso de você do meu lado, sendo meu em todos os sentidos. — Yoongi sentia o peito do outro aumentar frequência das respirações — Não fuja de mim, por favor.

— Eu não vou fugir. — Levantou a cabeça apenas para deixar um beijo no peitoral e tornar a repousar sobre ele — Não vou a lugar nenhum que não tenha você a meu lado. — Respirou fundo e buscou uma das mãos de Park, entrelaçando seus dedos aos dele — Eu só preciso de você. — Beijou as costas de suas mãos — Eu te amo, chefe.




Espero que tenham gostado.
Beijos, meus amores ❤️



8 de Maio de 2021 às 17:32 1 Denunciar Insira Seguir história
4
Fim

Conheça o autor

Comente algo

Publique!
J. Oliveira ⟭⟬ ⟬⟭ J. Oliveira ⟭⟬ ⟬⟭
Ansiosa para o próximo capítulo 😊😊
May 09, 2021, 22:11
~