Segunda metade da década de 1940. A guerra havia terminado, e a ditadura, também. O Rio de Janeiro, capital do país, estava maior, mais populoso e mais caótico que nunca. De um lado, agitadores, comunistas e militantes políticos de todo tipo. De outro, golpistas, meretrizes, cafetões, bicheiros, curandeiros, falsários e artistas apinhavam-se pelo fervilhante centro da cidade.
Para aquela laia narcisista da noite a ditadura findada em 1945 deixara um legado: a Delegacia de Jogos e Diversões. Oficialmente, Delegacia de Costumes, Tóxicos e Mistificações - DTM, mas ninguém sabia ou se importava com isso. Convencionou-se tanto entre policiais quanto jornalistas, boêmios e criminosos, referirem-se a ela como Jogos e Diversões, devido à antiga delegacia que cuidava destes assuntos. Um departamento polícial responsável por regular jogos legais, garantir a "decência" dos espetáculos artísticos, impedir a promiscuidade do meretrício, desmascarar mistificadores ou falsários e reprimir o jogo ilegal.
Era tapar um caldeirão que fervilhava.
Apesar do nome singelo, a DJD lidava com uma malta de delinquentes vaidosos, imprevisíveis, inconsequentes e temperamentais. Este livro é sobre eles: estrelas que não surgem nas capas de revistas, mas nas páginas políciais, cujos shows podem ser tão letais quanto surpreendentes.
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