Talvez tenha sido tudo um sonho
onde minhas lágrimas representavam o meu espanto
olhei pra mim mesmo e não vi os vestígios do meu pranto
só os restos de um homem, cenas de um crime medonho
Fiquei tempo demais no futuro sentindo pena de mim mesmo
todo o esforço, toda dor e toda cor foram a esmo
Pois a ilusão foi o meu pão de cada dia
consumi lentamente esse alimento com sabor de agonia
Assisti meu passado ao encarar o relógio que flutuava no céu
estava encoberto pelo fracasso que ainda me é um grande véu
e ainda tinha as mãos e as pernas frias e mortas
...talvez eu nunca deveria ter atravessado todas aquelas portas
Mas se tudo isso não passa de uma grande alegoria
então isso tudo sou eu, o grande arquiteto da minha vida
um engenheiro que não compreende as próprias estatísticas
um homem que não entende as próprias fantasias
...nem tudo foi um sonho
senti todas as dores oníricas ao longo do dia
e como todas as outras vezes, no final eu sempre me recomponho
eu não tenho outra escolha... Quem diria!
Obrigado pela leitura!
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