u15514544731551454473 Luiz Fabrício Mendes

Narração do enredo do game Resident Evil 2 na forma de poema. Os versos acompanham Leon e Claire em seu heroico esforço para sobreviver a Raccoon City.


Fanfiction Jogos Impróprio para crianças menores de 13 anos.

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Capítulo Único

RESIDENT EVIL 2


Notas do autor:


- Tentando terminar o remake de Resident Evil 2 na dificuldade "Intenso" em menos de duas horas e meia e três saves, acabei morrendo na primeira batalha com William Birkin, perdendo todo o progresso – o que me fez desligar o videogame frustrado. Abri então o Word, e escrevi furiosamente este poema até ele estar concluído. Espero que gostem.

- Baseei-me muito mais na versão original de Resident Evil 2, de 1998, do que no remake. Tentei seguir a história estabelecida na ordem de cenários "Claire A" e "Leon B", mas não a segui religiosamente – misturando alguns acontecimentos entre cenários e remontando cenas épicas ao sabor da memória. Divirtam-se!


I


1998: era setembro e fins de verão

Na pacata cidade entre as montanhas

Mas, o que dela restou de recordação

Foi um pesadelo de muito sangue e entranhas


Leon guiava seu jipe, atrasado

Para o início do trabalho como policial

Pela bebida e a briga com a ex-namorada prejudicado

Mal sabia que a demora lhe era providencial


Claire acelerava na moto em busca do irmão

Chris Redfield, do S.T.A.R.S. célebre atirador

Desaparecera após investigar certa mansão

Gerando na irmã incompreensão e temor


No dia 29, o sol já se escondeu

Um motorista de caminhão exclama injuriado:

"É um maníaco! Por que me mordeu?"

E deixa o posto com o braço ensanguentado


Leon chega à cidade por uma rua vazia

Freando ao encontrar algo suspeito

Um corpo destroçado jaz na via

Seu primeiro dia já começava perfeito!


Ali perto, Claire chega a um bar

Ansiosa por colher informações

Atrás do balcão, um canibal está a jantar

A ela avança – quais serão suas intenções?


O corpo na rua cria vida

Tentando agarrar Leon pela perna

Outros iguais o cercam, sem saída

Caindo aos pedaços à luz de sua lanterna


Leon recua até a porta do mesmo bar

Onde Claire vê-se encurralada pelo morto

"Pro chão!", grita Leon ao atirar

Eliminando o zumbi que a perseguia absorto


Ele lhe oferece sua mão:

"Venha, na delegacia estaremos seguros!"

Claire o segue até uma viatura, então

Deixando para trás os mortos com seus urros


No carro, ambos se apresentam

Perguntando-se o que pode estar havendo

Ao caminhão em seu encalço se desatentam

O motorista mordido, já zumbi, ainda correndo


Claire e Leon perdem controle da viatura

O caminhão desgovernado com ela colidindo

Ao acidente, uma explosão se mistura

Uma barreira entre os dois agora existindo


"Te encontro na delegacia!", grita Leon a ela

Claire encara o fogo e se vira à rua

Zumbis se aproximam de toda porta e janela

Apenas uma loja de armas o perigo atenua


Ao entrar no lugar, o dono a tem como alvo:

"Quem é você? O que faz aqui?"

O nome dele é Kendo, que diz estar ali a salvo

Para em seguida ser tragado pela horda zumbi


Claire foge por cada beco e viela

Contornando seu caminho ao distrito policial

Após um ônibus, o prédio surge como cidadela

A esperança de nele se abrigar, o principal


Leon, por sua vez, toma a rua oposta

Entrando na delegacia pelos fundos

De ser refúgio se desfaz logo a aposta:

Zumbis já a habitam moribundos


Claire pelo hall, uma estátua admirando

Leon pelo telhado, dos mortos se esquivando

Recém-chegados à delegacia, de lados diferentes

Do risco à vida ainda maior – ambos já cientes


II


Vistoriando uma sala, Claire encontra um policial vivo

Ainda que por zumbis seriamente vitimado

"Marvin, agora é só você?" – pergunta em tom incisivo

Ele a expulsa e tranca a porta do outro lado


Explorando a delegacia porta a porta

Claire não vê possibilidade de atalho

Uma nova busca logo importa:

Encontrar as chaves de naipes de baralho


Enquanto isso, no telhado

Leon vê um helicóptero cair

Por um corredor obstruído e incendiado

Agora é necessário um caminho abrir


Claire encontra sinistra criatura

Um ser sem pele, de língua e cabeça bizarras

Cego, porém, em toda sua estatura

Andar lentamente servindo a evitar suas garras


Leon encontra uma válvula redonda

Usando-a para apagar o incêndio no corredor

Eis que outro helicóptero, em ronda

Despeja sobre a delegacia novo tipo de horror


Passando a perseguir Leon com seu casaco verde

Um brutamontes careca, mais alto que tudo

Os braços capazes de derrubar uma parede

"Mr. X" é o apelido do oponente sisudo


Claire e Leon reencontram-se na sala do S.T.A.R.S.

"Meu irmão não está aqui" – a heroína conclui

Pesarosos, o desalento domina-os, mas

A vontade de sobreviver ímpeto lhes restitui


Uma garotinha fugindo Claire descobre

Arrastando-se entre dutos e tubulações

Desperta nela, de súbito, o objetivo nobre:

Salvá-la de todas as atribulações


Claire chega ao local em que Leon o incêndio apagou

Usando explosivos para limpar do helicóptero, a carcaça

No caminho, confronta Marvin, que um zumbi se tornou

Eliminado para sempre, conclui-se sua desgraça...


Do outro lado da carcaça, Claire chega à sala do delegado

Brian Irons, o cadáver de uma jovem sobre sua mesa

"Tornou-se uma zumbi, para meu desagrado!"

Mas, em suas palavras, Claire não sente firmeza


Acessando o subsolo, Leon encontra uma jovem misteriosa

Que por pouco não o alveja, achando ser um zumbi

Ada Wong, é o nome da chinesa em traje rosa

Que afirma procurar seu namorado desaparecido ali


Aos fundos da sala do chefe, Claire reencontra a garotinha

Sherry Birkin, dos pais desgarrada

Fugindo de monstruoso berro, por um duto engatinha

E Claire entende haver com ela coisa errada


Embaixo do prédio, Ada e Leon encontram Ben, o jornalista

Envolvido na investigação da Umbrella e seus desmandos

Ada acredita guardar com ele alguma pista

E ela desaparece, deixando Leon para trás se perguntando


Encontrar uma saída aos esgotos torna-se meta

Para deixar a cidade infestada pela infecção viral

Mas um monstro bloqueia a passagem secreta

Disposto a colocar em Leon e Claire ponto final


O chefe Irons, desmascarado como psicopata

E Ben, trancado até que a situação melhore

São ceifados pela criatura, que em vontade inata

Injeta neles embriões para reproduzir sua prole


Adentrando os esgotos, Claire e Leon encaram a ameaça

É necessário que o empecilho ao avanço se desfaça

O monstro clama por Sherry – um dia foi um homem

E, momentaneamente derrotado, seus gritos logo somem


III


Pelos esgotos, encontrar dois medalhões é o novo objetivo

Para garantir acesso aos laboratórios da Umbrella

Leon por um crocodilo gigante quase é engolido vivo

E, quando uma mulher dispara contra Ada, salva a vida dela


A mulher é Annette Birkin, esposa de William, o pesquisador

Criador do G-Vírus, arma das armas virais

O marido pretendia entregar o vírus a um comprador

Mas a Umbrella não aceitava ser traída por seus serviçais


Enviou ao laboratório de William uma equipe armada

Para tomar o G-Vírus com força letal

Ao tentar reagir, William teve a sina selada

Metralhado pelos soldados num ataque fatal


Nada disposto a abandonar sua maior criação

William injetou o G-Vírus em si mesmo

Perseguindo os soldados enquanto buscavam extração

Encurralou-os nos esgotos, caminhando a esmo


William, agora um monstro, aniquilou-os um a um

Derrotá-lo estando acima de suas armas e capacidade

No confronto, destruiu amostras dos víru em comum

E, em contato com os ratos, contaminaram a cidade


Lutando com Annette, Ada no esgoto cai

Leon, mesmo ferido, partindo em sua salvação

Enquanto isso, Sherry, encontrada pelo pai

É impregnada inconsciente com seu embrião


Começa a descida até o laboratório

Contendo uma rota de fuga, ao que aparenta

Leon e Ada veem prolongado seu purgatório

Quando, no elevador-plataforma, William os re-enfrenta


Ada é ferida pelo monstro, rompendo com a garra a cabine

Leon, para salvá-la, superando o impossível

Claire, trazendo Sherry, busca o que a reanime

Batalhando para tornar a vacina ao vírus acessível


O laboratório é dominado pelos mortos

Plantas carnívoras vagando por sua extensão

Zumbis de jaleco erguem-se tortos

Uma mariposa gigante esconde-se em uma seção


A vacina por Claire é sintetizada

Garantindo a Sherry o amparo prometido

Por Leon, a área de uma fundição é alcançada

Metros abaixo correndo metal derretido


Um confronto entre ele, Ada e Annette ocorre

Revelando Wong ser uma espiã

Leon descobre que aquela a quem socorre

Deseja apenas o G-Vírus numa caçada vã


No alto da plataforma, Mr. X ressurge

Obter o vírus sendo também sua missão

Num golpe violento, contra Ada ele se insurge

Atirando-a de encontro a um pilar da fundição


Leon engana o robótico soldado

Fazendo-o despencar no ferro derretido

Ada, agonizante, tem seu destino consolidado

Leon grita ao constatar tê-la perdido


Sirene de alarme: a autodestruição é acionada

Todos devem urgentemente evacuar

Rumar ao trem de fuga, ou não restará nada

Tão logo o laboratório se auto-incinerar


William, cada vez mais disforme, volta a perturbar

Claire esforçando-se para liquidar sua carne mutada

Nas profundezas do laboratório, ela volta-o a derrotar

A passagem ao trem subterrâneo sendo liberada


O veículo por Leon é ativado

Mas um problema ainda não foi encerrado:

Mr. X reaparece junto ao trem, ainda mais forte

Conseguirá o policial contar de novo com a sorte?


IV


Mr. X tenta atravessar Leon com suas garras

Nenhuma arma comum sequer o arranhando

A contagem regressiva aperta do tempo as amarras

A Umbrella não podia acabar ganhando!


Perto da explosão, uma silhueta à espreita

Chama a atenção de Leon com sua voz familiar

Será Ada? – a sua traição desfeita

Quando de uma bazuca ela dispõe para ajudar


"Game Over!", Leon grita à aberração

Antes de um míssil contra ela disparar

O corpo dela se desfaz num só clarão

Agora nada pode o trem ameaçar


Claire e Sherry a bordo já estão

O trajeto à segurança iniciado

Súbito, o estrondo num vagão

O insistente monstro não foi ainda derrotado!


Nossos heróis convergem ao final do trem

Onde William, irreconhecível, devora a composição

Precisam detê-lo, pois se escapar também

O mundo estará à mercê da contaminação


Tiros e mais tiros são disparados contra o mutante

Até seu vagão ser do trem isolado

Consumido pela autodestruição no próximo instante

William Birkin é finalmente superado


A luz ao fim do túnel é atingida

E os sobreviventes ganham reconfortante amanhecer

Após noite intensa e tão sofrida

Sabem um respiro de alívio merecer


Leon julga terem terminado sua provação

Mas Claire mostra estar enganado:

"Ainda preciso encontrar meu irmão!"

Diz ela antes de desaparecer no descampado


Já Leon acredita ter o dever

De extinguir a Umbrella e suas criações

Auxílio ao governo buscará então fornecer

Entregando Sherry a novos guardiões


Da sujeira do esgoto, um quarto sobrevivente se ergue

Único restante da equipe por Birkin destruída

Uma amostra do G-Vírus à Umbrella é entregue

O "Sr. Morte" resgatado após insana corrida


Leon e Claire concluem sua jornada

Enquanto, na Torre do Relógio, uma policial desperta aturdida

Recém-curada do T-Vírus, por um mercenário ajudada

Sua última fuga precisa ser logo concluída...


Continua?

5 de Outubro de 2020 às 16:20 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

Luiz Fabrício Mendes Goldfield, alcunha daquele em cuja lápide figura o nome "Luiz Fabrício de Oliveira Mendes", vaga desde 1988. Nasceu e reside em Casa Branca - SP, local que se diz ter sido alvo da maldição de um padre. Por esse motivo, talvez, goste tanto do que é sobrenatural. Atualmente é professor de História, mas nas horas vagas, além de zumbi, se transforma em agente de contra-espionagem, caçador de vampiros, guerreiro medieval, viajante do espaço ou o que quer que sua mente lhe permita escrever.

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