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Bruno Fernandes


A Floresta das Almas tem um mistério Muitos sabem o que é e porque ela tem esse nome Porém, poucos tem a coragem de conferir por si mesmos Lá existe alguém misterioso que fez da sombria floresta o seu lar O motivo? Ninguém sabe... Mas pessoas corajosas sempre existem, talvez loucas, mas corajosas Um grupo de amigos está indo atrás dessa lenda Seria apenas uma viagem, mas viram ali o que mais os atormentava Aquela pessoa daquele dia... Daquele terrível dia... Ele estava lá... Mais vivo do que nunca...


Horror Para maiores de 18 apenas.

#Bruno-SIlfer #terror #drama #mistério
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Lenda

Quem olha para um grupo de jovens, dentro de uma van, rumando para algum lugar que se sabe que é perigoso já pensa em uma coisa: loucura. Hoje é comum que esses pequenos seres inexperientes queiram se aventurar com o desconhecido e explorar lugares que despertem sua curiosidade.

Em uma estrada cheia de terra e folhas dois carros cheios de jovens adultos se aventurava na estrada deserta atrás de uma aventura, ou melhor, uma lenda.


— Ainda falta muito?


Ao todo quatro casais e dois passageiros estavam dividindo dois carros. No carro da frente estava ao volante um homem chamado Sasuke e ao lado sua namorada Sakura, no banco de trás Ino e Gaara também estavam, além de uma garota chamada Hinata. No carro de trás quem dirigia era Neji, primo de Hinata, tendo ao lado a namorada Tenten, além de Shikamaru e Temari que também viajavam com eles. Kiba completava o carro. Quem fez a pergunta fora Hinata no carro da frente.


— Estamos mais perto do que longe. — responde o motorista de cara fechada.

— Não gosto de respostas vagas.

— Eu também não.

— Que ironia...


O silêncio reinou. Não era segredo para ninguém que Hinata não gostava do Uchiha, tanto quanto não gostava do ruivo que estava ao seu lado.


— Dá para melhorar essa cara? — Sakura ralha — Você parece sempre de mau humor.

— A companhia não ajuda.

— Se quiser posso lhe mandar pro outro carro.

— Com o Kiba? Dispenso.


Kiba sempre quis pegar Hinata, mas ela nunca deu chance dele se aproximar. E não tinha nenhuma intenção de dar.


— Pois eu acho que vocês formariam um casal lindo. — Ino comenta.

— Vou fingir que nem ouvi...


Alguns quilômetros depois a própria Hinata pergunta.


— Não sei porque viemos para uma floresta. Nas férias, com tantos lugares bons, viemos para uma floresta?

— Não é qualquer floresta Hinata. — explica Gaara — Aqui tem algo que nenhuma outra tem.

— Fala da criatura que dizem morar lá?

— Já ouviu falar dela?

— Um pouco, mas nunca levei a sério.

— Se eu fosse você, levaria. — diz Sasuke — Os relatos são reais. Você poderá conferir com os próprios olhos. O que eu tenho mais certeza é que você ficou muito rabugenta de uns anos para cá.


Coincidentemente no outro carro o assunto era o mesmo.


— Então tem alguma entidade lá que mata quem se aproximar? — Neji pergunta incrédulo.

— Não sei o que é, mas é fato que muita gente se embrenhou naquela floresta e nunca mais voltou. — Temari responde.

— E nós estamos indo direto para a boca do leão... — ironiza.

— Conferir não faz mal não é? — Tenten justifica — Não é como se não pudéssemos lutar.

— É isso aí! — Kiba mostra a pistola que sempre carregava consigo — Se algo aparecer eu mando ele para o além.

— Isso é para parecer seguro? Sei não...


Nenhuma resposta se seguiu, até que...


— Dizem que de noite os gritos das vítimas podem ser ouvidos no coração da mata. — ele falava olhando a paisagem pelo vidro do carro — Não é à toa que ela é chamada de Floresta das Almas.

— Você acredita nisso?

— Não, mas não posso garantir que seja mentira. Em toda história há sua pontinha de verdade.


Eles viam a tarde avançar e a mata ficar cada vez mais fechada, mas a estrada ainda estava firme, sinal que tinha movimento constante ali. Alguns quilômetros depois uma espécie de mini-restaurante de beira de estrada pôde ser visto. Então era por isso que tinha movimento por aquele lugar.

Eles entraram e um homem alto com uma cicatriz transversal no rosto, passando pelo nariz vem atendê-los.


— Bem-vindos! — cumprimenta — O que vão querer?

— Cerveja! — Gaara bate no balcão.

— Para todos?


Todos concordam e várias garrafas tomam conta do balcão e das mesas onde eles sentaram. Ficaram algum tempo bebendo e rindo até que a curiosidade toma conta do dono do estabelecimento.


— Perdão por perguntar, mas... Vocês estão indo para a floresta das almas?

— Sim. — Neji responde.

— Entendo. Ficaram sabendo da lenda.

— Não é como se ela fosse algum segredo. Praticamente todo mundo sabe.

— De fato.


Gaara para de tomar sua cerveja e reinicia o assunto.


— Como se chama?

— Perdão por não me apresentar. Me chamo Iruka. — estende a mão

— Gaara. — aperta a mão ofertada.


Depois de cada um ali se apresentar, ele continua.


— Sabe de alguma coisa sobre a floresta e a lenda?

— Se sei? — ri enquanto enxugava um copo recém-lavado — Fui um dos primeiros a entrar nesse mato quando essa história surgiu.

— Nós queremos ver essa história de perto. Dizem que tem um espírito, uma entidade ou um monstro lá e nós queremos ver.

— “Queremos” é muita gente! — Hinata grita mais afastada — Eu nunca quis vir.

— Mas veio! — o ruivo responde — E então? É verdade o que dizem?

— Sobre o que exatamente?

— É verdade que as pessoas somem lá dentro e morrem?

— Bom, a floresta é grande e muitos vão mais longe do que devem e se perdem. A partir de certo ponto não há mais pontos de referência.


Sasuke chega mais perto acompanhado de Sakura.


— Então as mortes são por causa disso?

— A minoria. — guarda outro copo e se volta de novo para eles — Sobre as pessoas executadas lá dentro é também verdade, só que vocês estão enganadas em uma coisa.

— O que?

— Não é um espírito, entidade ou monstro que mata os desavisados... Mas um ser humano.


Agora todos estavam aglomerados no balcão interessados no assunto.


— Então é alguém de verdade que fez essa lenda surgir?

— É isso aí.

— Você já viu quem mata as pessoas? — Sakura pergunta.

— Não só já vi, mas lutei com ele.


Eles não acreditaram, então resolveram testar a veracidade de tal afirmação.


— Lutou com ele... — Shikamaru diz cético — Então como foi?


Iruka suspira nostálgico.


— Na época ele parecia um adolescente, então acho que hoje ele tem mais ou menos a idade de vocês. O cabelo dele era meio esbranquiçado, mas acho que é por falta de cuidado já que era claro o tom amarelo deles. Ele morava em uma casa abandonada na margem do rio, perto da antiga área de pesca, complicado de chegar e mais ainda para sair. Lembro como se fosse ontem...

— Sabe se ele ainda está lá?

— Não fui mais lá desde então e isso já faz uns sete anos... Acho que é por aí mesmo. Mas pelo número de pessoas que somem lá dentro eu chutaria que ele está mais vivo que nunca e morando no mesmo lugar.

— Isso está ficando cada vez mais interessante... — Sasuke se empolga.

— Eu não iria lá se fosse vocês. — adverte — Quer dizer, até poderia ir, mas não se aproximem da área perto do rio antes do antigo porto de pesca. Vão mais adiante que tem uma casa que os visitantes de antes dessa pessoa surgir ficavam. É abandonado também, mas é melhor que dormir em barracas.

— Ele só fica na área dele?

— Basicamente.

— Como sabemos se estamos dentro dela? — Temari se manifesta.

— Ele mesmo marcou algumas árvores. Acho que não quer companhia.

— Entendo...

— Só aviso que se o virem não se aproximem. Ele é inofensivo quando não invadem seu território e não o atacam, mas se isso acontecer ele persegue vocês até matar.


Kiba se aproxima.


— Se ele vier dou cabo dele. — mostra a arma.

— Pode ser, eu também fui armado. — responde calmamente — Mas não esqueça que ele conhece perfeitamente o terreno inclusive à noite. Se você confia só nessa arma não terá muita chance em um confronto direto.

— Você diz que lutou com ele e está aqui vivo.

— Exato, mas ganhei isso aqui. — mostra a cicatriz no rosto — Ele sempre usa uma máscara de hóquei igual a do Jason, anda com um facão muito afiado que parece mais uma espada e é muito habilidoso com ela, parece que faz parte do corpo dele. Ele a usa tanto para matar os invasores quanto para caçar animais para comer. Quando a vi pela primeira vez a lâmina estava meio avermelhada, talvez ele não a lave bem depois de usar.

— Só é essa a arma dele?

— Que eu vi, sim.

— E como ela é?

— Igual àquela ali. — mostra uma réplica da arma em um quadro atrás do balcão na parte de cima da parede. Fazia parte da decoração do ambiente — Lembro bem daquele dia... Eu e mais dois amigos entramos lá querendo ver quem era a pessoa da lenda e fomos descobertos. Tivemos que lutar com ele e um dos golpes dele acertou meu rosto. Se eu não tivesse movido minha cabeça para trás não estaria aqui.

— E o que aconteceu com seus amigos?

— Foram mortos. — explica seriamente — Por isso eu sempre aconselho quem passa por aqui a não prosseguir viagem. Eu vi em primeira mão o que acontece com invasores.

— Se isso te traz lembranças ruins, o que uma réplica dessa faz aqui? — Ino curiosa pergunta.


Iruka ri e responde com sinceridade.


— Depois que consegui fugir da floresta vi que cada vez mais pessoas vinham visitar esse lugar e decidi abrir esse bar. Quanto mais a lenda dos sumiços ganha força, mais visitantes aparecem e esse bar é a última coisa que vêem antes da estrada de acesso à mata fechada. E claro que todo esse movimento é devido ao indivíduo que mora lá.

— Bem bolado. — a loira admite.

— Mas me diga uma coisa. — Neji também fica curioso com uma coisa — O que acha dele?


Iruka pensa um pouco antes de responder.


— Acho que é alguém que perdeu a esperança na vida. — respira fundo — Ele deve ter problemas mentais e só vive para dizer que vive. Não o considero uma pessoa ruim, duvido que ele faça o que faz por perversidade, mas pelo distúrbio que deve ter e pela repulsa por pessoas. Muita gente tem vontade de fazer o que ele faz, mas não admite.


Era a pura verdade e todos sabiam. A maioria ali já teve vontade de fazer a mesma coisa. Para quebrar o silêncio, Iruka resolve dar uma última informação.


— Se ainda quiserem ir lá, sigam pela estrada principal e quando o caminho ficar escondido pelo excesso de folhas diminuam a velocidade, a pista fica irregular. Sigam até acharem uma plaquinha gasta pelo tempo escrito “Floresta das Almas” e segue o caminho até se perder de vista.


Todos escutavam com atenção.


— Só há uma curva para a direita que leva à casa que visitantes costumam ficar. Do lado esquerdo fica o rio e onde fica o morador e, por que não dizer, guardião da floresta. Mais uma vez peço prudência e que não se aproximem dele, mas a decisão é de vocês.


Todos saíram de lá em silêncio e seguiram viagem com os pensamentos voltados para a misteriosa pessoa que morava naquela mata. Claro que queriam conhecer quem era essa pessoa e talvez, quem sabe, saber sua identidade. Tudo era intrigante e eles adoravam esses assuntos.

Em breve eles realmente se encontrariam.

Ou talvez já tivessem se conhecido...


CONTINUA...

27 de Agosto de 2020 às 15:36 0 Denunciar Insira Seguir história
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