ageha_sakura Ageha Sakura

Jeongguk cresceu sem conseguir acreditar que existissem mitos como o destino e o famoso fio que interligava as almas gêmeas. Nem mesmo o amor fugiu de suas críticas científicas; todavia a aparição de um rapaz de fios azulados na sorveteria em que trabalhava serviu para abalar os seus conhecimentos, testando a sua mente, fazendo-o ceder e desvendar a verdadeira cor do destino que os interligava.


Fanfiction Bandas/Cantores Impróprio para crianças menores de 13 anos.

#taekook #vkook #kookv #taegguk #taeguk #soulmateau #akaiito
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Único: a linha nem tão vermelha assim

Bom dia / Boa tarde / Boa noite

Sejam todos bem vindos a "Roxo é a cor do destino"!

Escrevi essa história com muito amor, mostrando uma forma diferente do que leio em diversas fanfics sobre o tema "Akai ito" 💜

Tenham uma boa leitura 💞

___________________


Destino. Tudo que é determinado pela providência ou pelas leis naturais; sorte, fardo, fortuna.


O que de vir, de acontecer; futuro.


Alguns também lhe chamam de acaso, outros de mera coincidência. É ele o causador de fenômenos inexplicáveis, de situações irreversíveis e inabaláveis. O senhor capaz de comandar todas as vidas que se espalham pelo mundo, controlando-os de acordo com o que deseja ou o que está escrito.


O destino é geralmente concebido como uma sucessão inevitável de acontecimentos relacionada a uma possível ordem cósmica. Esse mesmo fenômeno, se assim podemos denominá-lo, é o causador de algo que vai além da imaginação humana, a ideia de almas gêmeas.


Desde o período do criação do mundo, histórias nascidas de mitos se espalham por aí, algumas delas enfatizando a possibilidade de dois seres possuírem a mesma alma, como duas chamas irmãs que estão separadas mas que, um dia, irão se unir.


Akai ito é uma delas, o famoso fio invisível de cor avermelhada como o sangue que conecta duas almas, estas com o destino entrelaçado e que carregam o fardo de pertencerem uma a outra.


A lenda teve início no antigo império chinês, onde dizia-se que deuses amarravam cordas vermelhas nos tornozelos de homens e mulheres que estão predestinados a serem almas gêmeas. Logo depois ela se espalhou pelos demais países, ganhando a sua versão japonesa que dizia ter um fio amarrado aos dedos mindinhos das almas destinadas.


Então podemos dizer que a cor do destino é vermelho, uma intensa coloração avermelhada e reluzente à luz do sol, apesar de ser invisível aos olhos humanos. Entretanto, nessa linda história, a verdadeira cor do destino não é vermelha, e sim a junção de duas cores intensas e opostas, capazes de criar algo ainda mais belo, como a aurora ao nascer do dia.


Jeon Jeongguk sempre foi uma criança simples, cercada de amor maternal e familiar, mesmo que a falta de ter um pai atingisse o seu pobre coraçãozinho. Alguns fatores ao longo de sua vida trouxeram para si uma personalidade mais fechada, descrente em mitos e religiosidades, disposto a apenas crer em si mesmo e no que buscava ao longo de sua jornada.


Sua mãe é o oposto de si, pois apesar de ter tido uma grande desilusão amorosa, ainda assim foi capaz de criar e devotar todo amor que Jeongguk necessitava. Nunca deixou faltar nada, sempre fazendo questão de ensinar o seu filho a ser um rapaz direito, dedicado e amoroso.


Inspirado em sua amada mãe, Jeongguk cresceu disposto a também expressar o seu amor, fazendo questão de retribuir todo o trabalho duro que a mais velha havia tido consigo desde a gravidez até a sua adolescência. Apesar de não acreditar no amor romântico, tinha consciência que o seu amor familiar era verdadeiro, sua gratidão era realmente sincera.


Para o Jeon mais novo, a vida sempre será um mar de imprevistos, repleta de coisas que ele não é capaz de explicar, porém, também não consegue acreditar que mitos como o destino sejam de fato verdade, pois para Jeongguk são apenas estórias inventadas para ludibriar a mente frágil dos seres humanos.


Existem de fato situações que não podemos prever ou conseguir uma resposta clara e autoexplicativa, contudo, ainda assim esse é o maior motivo para a prova de que o acaso não seja apenas uma simples coincidência.


[. 💜 .]


O sol havia despertado, as luzes vermelhas e violetas do amanhecer coloriam o céu com todo o seu esplendor, pintando um quadro de beleza incomparável.


Os finos raios solares tinham conseguido ultrapassar as frestas da persiana, tocando e iluminando a pele um pouco clara do rapaz que permanecia adormecido em meio aos cobertores.


Aos poucos, os olhos escuros como o céu noturno iam se abrindo, sendo privilegiado com a marca de um novo dia, um novo recomeço para o jovem Jeongguk. Levantou-se mesmo contra a sua vontade, tendo a consciência que logo deveria ir trabalhar, visto que não poderia faltar mais senão perderia seu dificultoso emprego.


Trabalhar em uma sorveteria nunca esteve nos planos do Jeon, entretanto, visto que não havia conseguido encontrar a faculdade dos seus sonhos e não poderia permanecer em estado sedentário, precisava ajudar com as contas da casa e assim faria. Irá fazer um ano no próximo mês, o tempo havia voado e ele nem mesmo se dera conta, preocupado demais com o bem estar da sua mãe para focar em mudanças costumeiras como aquela.


Realizou todas as suas higienes rotineiras do dia, carregando a expressão de puro cansaço misturado ao tédio em seu rosto. Vestiu as primeiras peças de roupa que encontrou, buscando pelo tecido mais leve para aquela época do ano. Por fim, apenas tratou de tomar seu café da manhã ao lado de sua mãe, Jaehee, que expressava o mesmo bom humor de sempre.


— Bom dia, meu amor — cumprimentou a mais velha, sorrindo docemente para Jeongguk. — Pelo visto não dormiu bem essa noite.


— Tive um sonho ruim, apenas isso — explicou o Jeon mais novo brevemente, poupando-se dos questionamentos futuros que JaeHee iria direcionar a si.


— Quando se sentir confortável pode contar para mim, sabe que temos intimidade suficiente para conversar sobre qualquer assunto — Jaehee disse por fim, tratando de voltar a comer a sua fatia de bolo.


— Sei disso, mamãe, apenas não é algo relevante o suficiente para conversarmos — respondeu Jeongguk, sentando-se à mesa e cortando uma fatia de bolo para si. — Sonhos não passam de sonhos, raramente eles possuem algum significado em si, se você acredita nisso.


— E, como conheço o meu filho bem, sei que não acredita — comentou a mais velha, o olhar afiado direcionado ao rapaz.


— Exatamente. Crenças, mitos e outras coisas que não são provadas cientificamente não me interessam. — Fechou os olhos brevemente, saboreando o gostinho doce e da maciez do bolo.


— Sabe, sempre fico impressionada com a forma que somos tão diferentes. — Pegou a xícara e a levou rente os seus lábios, saboreando o gosto amargo do café que entrava em contraste com o bolo.


— São as nossas diferenças que nos unem — disse Jeongguk, um sorriso pequeno estampado em seus lábios cor de cereja.


— Sim. — Jaehee sorriu largo, a expressão orgulhosa estampada em seu rosto delicado. — Entretanto, ainda acho que deveria acreditar em alguma coisa, pois o mundo é repleto de surpresas e fenômenos que nem mesmo a Ciência pode comprovar.


— Ao que se refere? Como a senhora mesma disse, existem diversos fenômenos e situações que não podem de fato serem comprovadas, porém não mudo o meu ponto de vista sem uma prova concreta. — Aproveitou o momento para beber o líquido do seu suco, provando mais uma vez o quão opostos eram mãe e filho.


Almas gêmeas — respondeu Jaehee em tom baixo, observando o olhar de Jeongguk sendo focado em si. — Compreendo que não seja algo que acredite, mas ainda assim você deveria pensar melhor.


— Mamãe, um romance não vai pagar as nossas contas e muito menos me ajudar a escolher um curso. Um romance agora apenas iria atrapalhar, além de que eu não acredito no amor carnal. — Jeongguk manteve seu olhar sério em sua mãe, analisando o sorriso em seus lábios diminuir gradativamente até não existir mais.


— Eu apenas desejo a sua felicidade — começou a mais velha, o olhar baixo e apreensivo que Jeongguk conhecia e ao mesmo tempo abominava. — Sei que não tive a oportunidade de encontrar um amor, uma alma gêmea, mas mesmo assim não perdi a esperança de ser feliz e desejo o mesmo a você, meu pequeno.


O silêncio se instalou no cômodo. Jaehee ameaçava cair em prantos sobre a mesa, pois aquele assunto sempre era delicado para a mais velha, enquanto Jeongguk apenas ousou se levantar e abraçar a progenitora como forma de conforto. Ele sabia que era apenas sua maneira de protegê-lo, entretanto, não conseguia evitar o uso de suas palavras mais sérias, pois queria do fundo do seu coração que Jaehee esquecesse aquela história e aceitasse viver feliz junto a si.


Não precisavam de paixões desenfreadas descritas em livros mega românticos, apenas era necessária a companhia um do outro para se manterem bem e preservarem aquela família feliz que haviam construído.


— Eu vou ficar bem, mamãe — começou Jeongguk, a destra acariciando os fios escuros com alguns fios esbranquiçados da mais velha. — Tenho a senhora e é mais do que o suficiente, sua companhia sempre preencherá qualquer vazio em meu coração.


— E quando eu me for? — perguntou Jaehee em um fiapo de voz, as lágrimas escorrendo pelas suas bochechas já avermelhadas. — Como você vai se cuidar sem a minha presença? Sem ter alguém a quem amar e se dedicar fielmente?


— Aí, nesse momento, eu penso na sua proposta, mas por agora quero apenas te abraçar e viver alegremente todos os momentos que me restam ao seu lado — respondeu sorridente, depositando um selar delicado na testa da mais velha, a abraçando ainda mais forte do que antes e sendo retribuído na mesma medida.


Amor. Uma forte afeição por outra pessoa, nascida de laços sanguíneos ou de relações sexuais.


Atração baseada no desejo sexual.


Um sentimento forte e inexplicável, algo nascido de uma relação familiar ou interpessoal, conectando as pessoas em algo profundo e capaz de motivá-los a superar grandes desafios, ou apenas mantê-los vivos e crentes em um futuro melhor.


O amor é dividido em sete tipos, todos eles provenientes da sabedoria grega, explicando cada um e mostrando que é algo ainda mais complexo do que muitos poderiam compreender.


Philautia é o amor próprio, amar a si mesmo em primeiro lugar.


Pragma é o amor dedicado ao bem maior, um amor pragmático que vai além de metas compartilhadas e compatibilidades.


Ludus é o oposto de Pragma, embora muitas vezes possa crescer para o outro à medida em que o tempo e as circunstâncias mudam.


Eros é o tipo de relacionamento que normalmente associamos o amor. A paixão, o romance e o desejo.


Philia é o sentimento que compartilhamos com irmãos e amigos próximos, o famoso amor fraternal.


Storge é o tipo de amor altamente fraternal que os pais têm para com os seus filhos, um amor terno e poderoso.


E, por fim, Ágape. É o sentimento de amor universal, algo que todos nós desejamos no fundo sentir; um amor incondicional por todos os seres vivos e, mais uma vez, sem uma explicação prévia do porquê precisamos e podemos sentir algo alastrador nesse nível.


Em meio a tantos tipos de amor, Jeongguk apenas conseguia identificar Philia e Storge, pois, em sua mente, os demais eram apenas formas que a Filosofia encontrou para explicar e tentar sanar as dúvidas da população, impondo algo que no pensamento do Jeon não existia.


Por ele, sua mãe seria bem mais feliz se parasse de imaginar um amor romântico, que não acreditasse nesse sentimento assim como ele, podendo enfim seguir sua vida sem o menor problema. Jeongguk sabia que Jaehee se alimentava desse sentimento constantemente, contudo, gostaria que ela vivesse mais e esquecesse sobre esse assunto, podendo aproveitar a vida ao lado de seu filho amado e dela mesmo, praticando o amor próprio incondicional.


Se fosse necessário, ele se iria se esforçar ainda mais para apagar essa imagem, lutando para livrar sua mãe e a si mesmo de sentimentos frívolos que não fossem o amor que mãe e filho praticavam.


Nenhum tipo amor é necessário senão o que sente pela sua amada progenitora, disposto a tudo para fazê-la feliz.


[. 💜 .]


O suor começava a escorrer por suas têmporas, o calor aumentando gradativamente e a temperatura não aparentava uma mudança amena, para o desespero do Jeon.


Naquela manhã, tudo parecia ser contraditório, nem mesmos os poderosos físicos poderiam explicar tais fenômenos magnéticos que atraíam o caos na vida do sorveteiro. Havia começado o dia com o esquerdo.


A fila se estendia para fora do estabelecimento em uma forma de zigue zague, o que atraía toda a atenção dos que presenciaram a cena. Aquele poderia ser considerado o mais intenso verão que o país já presenciara, influenciando a população a buscar por algo que servisse de refresco.


O chefe de Jeongguk, senhor Do, carregava um largo sorriso em seus lábios, impressionado com a multidão atrás do seu produto, enquanto o pobre Jeon suspirava cansado de atender tantas pessoas, além de aturar o intenso calor que atingia ainda mais a pequena sorveteria.


Jamais imaginou, em toda a sua nobre consciência, que um dia encontraria-se detrás de um balcão aturando a impaciência de pessoas suadas enquanto vendia sorvetes. Era realmente humilhante e exaustivo, exigia muito de si tanto física como emocionalmente, todavia, o seu salário servia de ajuda para as despesas e isso já trazia felicidade para o seu coração.


A Sorveteria Candy existia desde os tempos da sua infância, sendo uma das mais famosas e que carregava sabores únicos que só existiam naquele estabelecimento. Para uma criança de seis anos, aquele lugar era idêntico ao paraíso, conquistando seu paladar e seus olhos grandinhos, o que tornava sua aparência ainda mais fofa.


Tinha consciência de que a admiração que criou por aquele lugar nunca iria apagar, nem mesmo por causa das dificuldades de trabalhar em meio ao calor do verão.


Após entregar o sorvete de duas bolas de baunilha para um garotinho de boné vermelho, finalmente levantou o olhar e conseguiu focar no seu próximo cliente.


Seus olhos de imediato focaram nos fios azuis que brilhavam em meio à luz do dia, sendo refletido pelos raios solares que davam ao rapaz um ar angelical, surreal demais para a aparência de um ser humano qualquer. A pele cor de bronze ganhava um tom ainda mais belo, a blusa violeta grudou no peitoral por causa do suor.


Entretanto, nada conseguiria ser mais anormal e inexplicável do que o belo fio vermelho que se conectava ao dedo mindinho de Jeongguk e terminava no do rapaz de cabelos azuis.


Não existia nenhuma explicação lógica e concreta para aquele momento que o Jeon estava presenciando. Nem mesmo os seus milhares de cálculos seriam suficientes para apresentar uma explicação lógica e altamente científica.


Os olhos castanhos cor de mel pareciam estar perdidos nos seus, possivelmente tendo a mesma alucinação que a de Jeongguk, o que tornava tudo ainda mais apavorante. Em momentos como aquele era necessário apenas a busca pela lógica e era isso o que Jeon faria, buscando afastar a intensa troca de olhares e focar no pedido que deveria entregar ao estranho azulado.


— Senhor? — Jeongguk chamou a atenção do rapaz, observando-o piscar confuso com toda aquela situação mitológica e fantasiosa.


Akai... ito — murmurou o rapaz de fios azulados, causando uma expressão confusa no rosto do Jeon.


— Senhor, pode me informar o seu pedido? — perguntou incerto, fitando os demais clientes do local.


— Claro, claro. — Taehyung permaneceu mirando o rosto de Jeongguk, abismado com toda a situação em que foram envolvidos segundos atrás. — Baunilha e morango, por favor.


— Como desejar. — O sorveteiro se retirou da frente do balcão, buscando a casca para colocar o conteúdo e depois voltou para entregar ao rapaz. — Vai querer mais alguma coisa? — questionou inseguro, não olhando nos olhos do Kim.


— Não, obrigado — disse o Kim, afastando do balcão e saindo do estabelecimento, carregando consigo as milhares de perguntas sobre o que havia ocorrido entre eles.


Um fio vermelho do destino? Tudo isso não passa apenas de uma ilusão, uma miragem por causa da elevação na temperatura, pensou Jeongguk.


O resto do dia seguiu arduamente, trazendo para o Jeon o grande desafio de atender centenas de clientes sedentos por algo doce e gelado para amenizar todas aquela situação semi caótica.


[. 💜 .]


Como eram férias de verão, o trabalho de Jeongguk se tornava ainda mais intenso, tendo que sair cedo e enfrentar a jornada diária de vendas de sorvete.


Era cansativo, principalmente por causa das crianças birrentas e dos adolescentes prepotentes que são o público mais almejado das sorveterias. Infelizmente lidar com eles não era nada fácil.


Todavia, não eram somente os pirralhos que estavam atormentando a sua mente durante aquele feriado infernal; o mesmo rapaz de fios azulados do dia anterior estava ali, frequentando o ambiente e sempre fazendo o mesmo pedido, o que causava certa agonia no Jeon.


Os dias foram passando e a presença do rapaz continuava o irritando, principalmente porque as miragens permaneciam a acontecer, entregando a Jeongguk uma bela visão do fio vermelho do destino. Após o momento estranho que presenciou na primeira vez, o sorveteiro não conseguiu conter sua curiosidade e pesquisou um pouco mais, encontrando suas "respostas" e rebatendo todas elas, as acusando de falsas a todo momento.


Para Jeon Jeongguk, em todo o seu conhecimento altamente científico, um fato não comprovado e espalhado durante gerações é chamado de mito. A mitologia é o estudo e o conjunto dos mitos, explicando suas origens, evoluções e os seus devidos significados.


Era óbvio que algo como destino não existia, muito menos um fio tecnicamente invisível que conectava almas que são consideradas gêmeas, pertencentes uma a outra de forma romântica ou não.


Contudo, ainda existia o mistério para o Jeon conseguir enxergar a anomalia e ter consciência de que não era o único a ter saber da sua existência. Jeongguk se sentia estranho só em relembrar a cena, principalmente por escutar as duas palavras japonesas que foram proferidas pelos lábios cor de pêssego do misterioso rapaz de cabelos azuis.


Seja o que for, não irei me render a algo absurdo como "destino"!, pensou Jeongguk, a seriedade expressada em seus olhos cor de jabuticaba.


Com aquele pensamento em mente, carregando a certeza de não se envolver com o estranho azulado, o Jeon continuou a trabalhar tranquilamente atrás do balcão, apenas deixando que Jisoo servisse as mesas em seu lugar, sem fazer uma troca rotineira.


Os dias foram passando e o sábado da primeira semana do mês havia chegado, trazendo consigo um Taehyung decidido a puxar assunto com a sua possível alma gêmea. Assim que o Kim chegou no estabelecimento, prontificou-se em ir direto ao balcão onde sabia que Jeongguk estava servindo como atendente, possivelmente para evitar de trocar palavras novamente com o azulado.


— Gostaria de fazer um pedido — comunicou o Kim, assustando Jeongguk que estava de costas naquele momento, limpando o freezer onde estavam guardados alguns dos sorvetes.


— Baunilha com morango, como devo presumir — disse Jeongguk, virando-se para fitar o Kim sem de fato olhar em seu rosto.


— Também, mas dessa vez preciso falar com você — informou Taehyung, os olhos afiados no rapaz que estava evitando-o.


— Não temos nada para conversar, senhor — respondeu o Jeon, seu tom frio expressando a clareza de seu pensamento, totalmente contra a ideia de ousar se aproximar do estranho azulado.


— Você também enxerga, não é? — questionou o rapaz de fios azuis, analisando a rigidez nos movimentos do moreno.


— Do que está falando? — respondeu Jeongguk em um tom questionativo, suas falas altamente pensadas para sair daquele assunto sem entregar os seus devaneios nada lógicos.


— Você sabe, o fio vermelho do destino — sussurrou Taehyung, esperando por algum sinal que pudesse respondê-lo.


— Antes de vir ao nosso estabelecimento, não querendo ser intrometido, mas o senhor andou bebendo? — perguntou o Jeon com ar sério, aparentando uma certa preocupação inexistente com o cliente.


A risada baixa do Kim serviu como uma resposta muda, decidindo que naquele sábado quem havia ganhado o confronto teria sido Jeongguk.


— Entregue meu pedido na mesa doze — disse o Kim, encerrando o assunto e deixando a vitória do dia ser comemorada pelo afrontoso de cabelos escuros como um céu sem estrelas.


A discussão havia sido tecnicamente amigável, entretanto, o destino não aceitava uma afronta daquele nível e iria insistir até conseguir convencer a cabeça teimosa de Jeon Jeongguk.


[. 💜 .]


Mais duas semanas haviam passado e as vitórias permaneciam sendo as de Jeongguk, causando uma certa irritação no poderoso e enigmático destino, que não deixaria aquela história terminar da forma que o descrente desejava.


Se ele era conhecido pelos seus enigmas e situações inexplicáveis, faria jus aos mitos e fatos contados e espalhados sobre si. Naquele dia não seria diferente.


Jaehee caminhava pelas ruas do bairro sorridente, o pensamento distante focava apenas em seu amado filho, Jeongguk. Desde o começo do mês andava reparando em atitudes estranhas e engraçadas no rapaz, principalmente a forma como ele havia aumentado os murmúrios dentro de casa, calculando e conversando com as paredes sobre lógicas de situações impossíveis, como o mais novo denominava.


Em toda a sua grande sabedoria fornecida pela a vida adulta, imaginava que a mente não era a única atingida pelos fenômenos do verão, o que levantava suspeitas nos pensamentos de Jaehee.


Continuou a andar calmamente até chegar na feira do bairro, aproveitando para fazer as compras do mês com o dinheiro que havia recebido adiantado do trabalho. Ao percorrer em meio às barracas de frutas e verduras, sua mente ainda avoada acabou causando uma distração maior, causada por algo que ela acreditava chamar-se coincidência.


Dessa vez a sua coincidência era peculiar, de fios um pouco longos e azuis como o céu limpo de nuvens, chamando a atenção por onde passava, além de esbanjar uma beleza deslumbrante, nunca vista pelas redondezas.


— Senhora, perdoe a minha grosseria, se machucou? — O tom de voz rouco e o rosto preocupado eram o sinal de que aquele rapaz era bom, perfeitamente bondoso.


— Oh, não se preocupe, rapaz. — Levou a destra em direção aos seus lábios, escondendo uma pequena risada para amenizar o clima, — Estou muito bem, mais viva do que nunca.


A risada gostosa percorreu pelas barracas próximas, chamando ainda mais a atenção do rapaz alto e de pele bronzeada. Jaehee, em todos os seus anos de conhecimento, nunca havia conhecido um rapaz como aquele, gentil e bonito em todos os sentidos.


De repente, a imagem de Jeongguk ganhou espaço em sua mente, um sorriso esperto brotou em seus lábios que expressavam a sabedoria de uma especialista no amor.


— Você aparenta ser um bom rapaz, qual o seu nome? — perguntou com a voz mansa, milhares de idéias passando pela sua cabecinha.


— Kim Taehyung, senhora. — Fez uma breve referência para a mulher, esbanjando em seus lábios um sorriso largo e um olhar avaliador em seu rosto.


— Gostaria de comer alguns docinhos? Infelizmente meu filho não gosta muito, imaginei que você pudesse experimentar, se não for incômodo — convidou a mais velha, carregando um olhar ansioso por uma resposta positiva de Taehyung.


— Não será incômodo algum. — O Kim sorriu largo para a mulher, mostrando a peculiaridade de seu sorriso retangular.


— Então vamos!


Ambos percorreram todo o caminho em direção a casa da senhora Jeon, aproveitando para conversarem um pouco e se conhecerem melhor. Jaehee sentia o seu faro apurado, tendo plena certeza de que o que estava fazendo era certo, porém, ainda existia uma insegurança em seu coração, temendo por uma reação negativa de seu filho descrente no amor.


Ao chegarem na casa da família Jeon, Taehyung analisou os traços da pequena e confortável moradia, sentindo-se no seu próprio lar. O imóvel era semelhante à aparência de Jaehee, principalmente nos detalhes simples mas chamativos.


Ao entrarem, Jaehee fez questão do Kim se sentar e esperar pelo chá que faria para acompanhar os doces que havia feito na noite anterior. Em alguns minutos, Jeongguk chegaria em casa, provavelmente não aprovaria da ideia da progenitora, mas ela teria que arcar com as consequências.


Voltou para a sala após alguns minutos, servindo o chá e os doces caseiros que emanavam um cheiro gostoso, atentando ainda mais o paladar aguçado do Kim.


— Taehyung, me disse que é professor do jardim de infância — começou a mais velha, puxando assunto para não deixar o azulado desconfortável até a chegada de seu filho.


— Sim — respondeu brevemente, bebericando o líquido quente que apenas servia para piorar a alta temperatura. — Leciono na escola do bairro.


— Que incrível! — disse Jaehee em um tom animado. — Meu filho infelizmente não encontrou uma vocação ainda, por enquanto trabalha na sorveteria do bairro.


Candy? — perguntou o Kim em um tom baixo, torcendo para que a sua intuição estivesse correta.


— Exatamente! — Bebeu um pouco do chá e em seguida comeu algum dos doces, sendo acompanhada por Taehyung.


— A senhora me parece ser uma boa mãe, imagino que apoia seu filho em todas as suas decisões. — Os olhos cor de mel de Taehyung focaram em Jaehee, transmitindo carinho através de seu olhar doce.


— Jeongguk é um garoto diferente, desde a infância — começou a mais velha, o olhar distante acompanhado de um sorriso pequeno pintado em seus lábios. — Ele nunca conseguiu acreditar no amor, sinto que a culpa é minha por não ter tido a oportunidade de vivenciar o amor romântico, não ter dado um pai a ele. — As lágrimas finas desceram por suas bochechas, a voz de Jaehee agora se encontrava falha e um pouco embargada.


— Não é sua culpa, senhora Jeon — disse Taehyung, aproximando sua mão para tocar a da mais velha, como forma de demonstrar apoio e conforto a Jaehee.


— Obrigada, querido. — Sorriu pequeno para o Kim, limpando as fitas de lágrimas do seu rosto. — Fora essa insegurança, ele é um bom garoto. Ele acredita em tudo que pode ser explicado cientificamente, provavelmente será um cientista no futuro.


— Somos bem opostos — comentou o azulado, sorrindo fechado para a mais velha, que o retribuiu de bom grado. — Acredito que ele irá perceber a sua vocação logo, pois tem uma mãe tão especial como a senhora.


O sorriso meigo de Jaehee fora a resposta final. Jeongguk havia chegado logo em seguida, abrindo a porta e cumprimentando sua mãe sem olhar para a sala.


— Cheguei — comunicou o mais novo, os olhos cor de jabuticaba buscando pela imagem da mais velha e a encontrando ao lado de quem menos esperava, o estranho azulado.


— Filho, que bom que chegou. — O sorriso largo de Jaehee tentava disfarçar o aparente desconforto que sentiu ao analisar a feição séria de seu filho. — Aconteceu alguma coisa, meu bebê?


— Mãe — murmurou em tom baixo, um suspiro fraco escapando de seus lábios —, por que ele está na nossa casa?


— Jeon Jeongguk, isso não é a forma certa de cumprimentar uma visita! — repreendeu Jaehee, indignada com a grosseria de seu filho para com Taehyung.


— Desculpe, mamãe — pediu à mais velha, recebendo um aceno afirmativo como resposta. — Apenas não temos um bom relacionamento, mas peço desculpas pela forma desagradável que me referi a você. — Curvou-se rapidamente, tentando recuperar o resquício de educação que ainda residia em si.


— T-Tudo bem, Jeongguk — respondeu o Kim em tom vacilante, temendo irritar aquele que estava conectado a si.


— Pelo visto vocês estavam tendo uma boa conversa, não vou atrapalhar — o Jeon disse, tratando de seguir caminho reto em direção ao seu quarto.


Taehyung estava envergonhado. Ao fitar as costas do rapaz podia ver a linha ganhando extensão, acompanhando o rapaz de fios escuros que o encantava em cada pequeno detalhe, como se o conhecesse de outras vidas, o que não duvidava.


O Kim soltou um fraco suspiro, compreendendo que aquele era o momento de partir e deixar o rapaz a sós com os seus pensamentos e questionamentos. Levantou-se um pouco inseguro, por dentro a tristeza e o medo dominava o seu corpo.


— Taehyung. — Jaehee chamou a atenção do azulado, que focou os olhos cor de mel com incerteza. — Jeongguk é difícil de lidar, mas não impossível de se aproximar — confessou a mais velha, segurando ambas as mãos do Kim para transmitir segurança. — Não desista tão rápido, se aproxime aos poucos e siga o ritmo dele, vocês são jovens e possuem a vida inteira para tentarem algo a mais.


O pequeno sorriso retangular formou-se nos lábios cor de pêssego do Kim, demonstrando o quanto as palavras haviam servido de incentivo para não desistir da sua alma gêmea.


Despediu-se e deixou os Jeon para trás, decidido a voltar semanas depois na sorveteria até conseguir conquistar o coração do rapaz, nem que para isso tivesse que conquistá-lo todos os dias de sua vida.


[.💜 .]


O verão havia chegado ao fim, levando consigo a temperatura ardilosa que queimava a pele e deixava os corpos suados e exaustos pela alta temperatura.


Junto com ele foram passando os dias em que Taehyung conquistava Jeongguk, aproximando-se devagar da maneira como Jaehee havia lhe instruído.


Levou quase um mês para que Jeongguk conseguisse ter uma conversa civilizada com Taehyung, sem as famosas patadas científicas, batizadas pelo Kim. Eles conseguiam formular uma conversa ativa, sem tocar nas palavras que serviam como gatilho para o fim de uma boa conversa: destino, almas gêmeas, akai ito e amor.


A insistência de Taehyung não poderia ser comprovada nem mesmo pela NASA, pois o Kim não havia desistido em nenhum momento até Jeongguk se dar por vencido e aceitar o azulado em sua vida de forma relevante.


Jaehee era o maior cupido entre ambos, fazendo questão de convidar Taehyung em todos os momentos para que eles praticamente pudessem conviver durante todos os dias de forma tranquila e amigável.


Já Taehyung estava feliz por todo o seu avanço, não dando bola para toda a demora e o desenvolvimento da relação de ambos. Iria avançar com Jeongguk de degrau em degrau, respeitando o espaço e os sentimentos do rapaz.


Iria ensinar ao Jeon todas as formas de amor, prová-lo mesmo sem fatos científicos a existência de cada um deles e do fio que os une como um só.


Em um piscar de olhos, o tempo passou.


Naquela manhã de sábado, fazia exatamente quatro meses que ambos se conheciam, quatro meses de luta para uma aproximação e o começo de uma grande amizade.


Taehyung havia combinado um dia antes com Jaehee que visitaria a casa da mais velha, depois de duas semanas sem aproveitar as tardes regadas a risadas e doces caseiros. Cada passo que caminhava em direção à moradia dos Jeon parecia uma eternidade, lutando contra o tempo e ele mesmo, eram os próprios empecilhos para admitir que sentia algo forte, mas que não chegava a ser um amor descrito em filmes.


Ao chegar em frente à casa em tom esverdeado, tocou a campainha e sorriu pequeno ao escutar o som ameno do objeto. Dentro de um minuto a porta fora aberta, revelando para Taehyung um Jeongguk de cabelos bagunçados e a cara amassada pelo travesseiro.


— Oh, Taehyung. — Jeongguk o olhou sem muito interesse, afastando-se para conceder a entrada ao Kim.


— Sua mãe está ocupada? — perguntou ao entrar e fitar o interior da casa tão conhecida por si.


— Sim, decidiu fazer um bolo de última hora — comunicou o Jeon, fechando a porta e acompanhando o rapaz até a cozinha, onde Jaehee se encontrava animada batendo a massa do bolo.


— Após falar com ela, podemos conversar? — Taehyung parou próximo à porta da cozinha, analisando as costas largas de Jeongguk.


— Tudo bem, já imagino qual seja o assunto — respondeu em tom baixo, entrando no cômodo e sorrindo ao encontrar Jaehee suja de massa de bolo. — Seu filho amado acabou de chegar.


Os olhos grandes de Jaehee sorriram junto aos lábios pequenos, largando a vasilha da massa em cima do balcão e correndo para abraçar o Kim. A relação de ambos era muito bonita, pois Taehyung preencheu os espaços que faltavam em Jaehee, permitindo a mais velha completar as peças que faltavam no seu quebra cabeça chamado vida.


— Quando o bolo estiver pronto chamo vocês, por enquanto podem ir se divertindo! — avisou a mais velha, tratando de empurrar ambos para fora do seu antro pessoal.


Em meio a risadas, os garotos subiram para o quarto de Jeongguk, inseguros sobre como seguiria o rumo da conversa que adiaram durante quatro longos meses.


Já sentados sobre a cama do Jeon, esperavam pela coragem que parecia ter dado uma escapada dos corpos de ambos. Suspiros fracos e risadas anasaladas preenchiam o ambiente, retirando um grande peso causado pela tensão dos rapazes.


Não muito longe dali, o senhor destino analisava ambos de braços cruzados, esperando pelo próximo passo que os futuros amantes iriam dar a qualquer momento. No fim, tudo seria obra do seu próprio acaso.


— Taehyung. — Jeongguk fora o primeiro a cortar a cortina de silêncio que os rodeava.


— Jeongguk. — O Kim focou nos olhos do Jeon, analisando os traços que passou a admirar ainda mais e decorar com o passar do tempo e da convivência.


— Você sabe que não gosto de enrolação, vamos ser práticos e diretos. — Ao terminar de dizer aquilo, Jeongguk riu alto, sendo correspondido pelo rapaz.


— Como desejar, senhor simplicidade — respondeu em mesmo tom, aproveitando para puxar um pouco mais de ar e prosseguir com o ponto principal daquela conversa. — Nós estamos destinados e eu sei que tem consciência disso, mesmo que não acredite.


Jeongguk concordou em silêncio; não era mistério para ninguém a sua descrença em situações e fenômenos não explicados de forma científica e segura.


— Eu quero a sua permissão para continuar tentando sabe? Não quero desistir, nem que seja para termos apenas uma amizade, pois nem toda alma gêmea é obrigatoriamente um casal — explicou Taehyung, mesmo que tivesse plena certeza de que o Jeon sabia sobre aquilo, pois ele sempre se manteve atento a tudo, apesar de não acreditar.


— Entendo — concordou Jeongguk com um aceno de cabeça, pensando no que poderia responder ao rapaz.


— Gosto muito de você, não só por causa da nossa ligação, mas também porque conheci alguém que não sabia existir. Você é fantástico em todos os sentidos — disse a última parte fitando os olhos cor de jabuticaba do outro, tentando expressar em palavras e gestos tudo o que sentia no começo daquela relação.


— Não desaprovo, então pode sim continuar a ser meu amigo e, quem sabe, podemos mudar a nossa relação no futuro — respondeu também olhando nos olhos cor de mel de Taehyung, determinado a expressar sua seriedade para com o assunto. — Me ensine todos os tipos e as formas de amor, se for capaz.


O sorriso retangular ficou largo, causando uma sensação nova e desconhecida em Jeongguk. O garoto dos fatos científicos não se arrependeu de permitir a aproximação do estranho azulado, queria se permitir a descobrir algo novo e fugir do seu mundinho de cálculos e fatos comprovados.


— Aceito o desafio. — Ambos sorriam um para o outro, satisfeitos com aquele novo passo, um degrau a mais na evolução afetiva entre ambos.


— Sabe, depois de conhecer você eu descobri mais um fato sobre o que chama de akai ito.


— Qual seria esse fato? — perguntou Taehyung com curiosidade.


— Que a cor do destino não é vermelha.


— Como assim? A linha que nos une possui um tom escarlate, tão intenso como as chamas — questionou em um tom curioso, esperando ansioso pela resposta do Jeon.


— Justamente — começou Jeongguk, um sorriso esperto pintava os seus lábios. — A cor vermelha da linha que nos une combinada ao azul intenso dos teus fios, a mistura de ambos é a verdadeira cor do destino.


Roxo?


— Sim. Roxo é a verdadeira cor do destino, do nosso destino.


Os sorrisos largos adornaram ainda mais os rostos de ambos, sendo prontamente acompanhados pela mistura de novas sensações que iam nascendo nos garotos.


O próprio destino tem consciência de que amores não nascem da noite para o dia, muito menos podem ser realmente verdadeiros, entretanto, enquanto ainda existir uma pessoa acreditando nesse próprio sentimento, ele surgirá.


Existem sete tipos de amor espalhados pelo mundo, cada um deles nos colore como as sete cores do arco-íris; no fim, amar é como colorir uma tela em branco, dando de presente a vida que uma nova arte irá ganhar.


*Notas Finais*


Primeiramente gostaria de agradecer a @vmissues / @daegguci por ter feito essa belíssima obra de arte, realmente amei tanto essa como a capa para o Wattpad, todas ficaram lindíssimas! Também agradeço a @taquiomorfria por betar a minha fanfic, desculpe pelos erros e obrigada novamente por todo o seu trabalho duro.

Espero que tenham gostado e continuem apoiando o nosso projeto 💜

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Nos vemos em uma próxima história 💕

30 de Maio de 2020 às 22:48 0 Denunciar Insira Seguir história
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Fim

Conheça o autor

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