luraywriter Luray Armstrong

Em que Shoto precisava sair do armário e seus amigos acharam uma boa ideia que ele fizesse disso um grande show para irritar seu pai durante a festividade de Natal da empresa. E Katsuki, claro, tornou o que já estava ruim para Enji em algo ainda pior. "(...)Odeio seu sobrenome. — Katsuki bufou de forma agressiva, e, em seguida, corou. — Que tal usar o meu a partir de agora?" arte da capa: Seventh Tea


Fanfiction Anime/Manga Tout public.

#bnha #todobaku #nosmut #gay #trans #nãobinário #pan
Histoire courte
3
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Capítulo único

Shoto se levantou com elegância. Seu pai parecia relaxado, conversando animadamente com os acionistas da empresa. É óbvio que com Natsuo e, claro, o próprio Shoto ao lado dele, ele não se preocuparia tão cedo com a ausência de Fuyumi, além de há muito tempo não se preocupar com Toya. Mas, hoje, ele deveria.

Se aproximando do microfone não usado desde que a comemoração de Natal com os acionistas e os contatos importantes da empresa começou, quando seu pai deu um dos mais entediantes discursos da vida, ele falou:

— Boa noite. Gostaria de cumprimentar e agradecer a todos que se esforçaram para que nós da família Todoroki pudéssemos aproveitar vossa companhia nesta noite especial de Natal. Espero que estejam aproveitando tudo que nossa festa, feita com muito esmero, pode oferecer. Agora, se me permitem, irei apresentar algo que estou trabalhando há algum tempo. — Shoto fez uma pausa, soltando um riso educado e fingido. — Não se preocupem, não tem a ver com trabalho. É que meu pai me ensinou a tocar piano há muito tempo e nunca pude retribuir o favor por isso e todas as outras coisas que ele fez na minha vida de forma adequada. Hoje, finalmente, é hora de fazer isso.

Shoto sorriu enquanto as pessoas sentadas no grande salão fechado aplaudiam. Enji Todoroki, seu pai, o observava com um sorriso educado e discreto, tão elegante e frio como sempre foi e o ensinou a ser.

Shoto se sentou em frente ao piano. Sua timidez definitivamente não chegaria agora.

Acariciou as teclas com cuidado antes de começar a tocar Over the rainbow.

Não precisava olhar para seu pai para saber que ele estava desconfortável, e a escolha da música foi propositalmente para isso. Sua mãe amava assistir O Mágico de Oz com os filhos quando era viva, antes dela enlouquecer completamente naquela casa. Shoto e Rei cantavam a música o dia inteiro quando viam o filme, Toya fazia brincadeira gritando as notas mais altas da música, Fuyumi arrastava Natsuo para dançar. E, claro, Enji Todoroki nunca participou desses momentos, por isso que eram momentos felizes. Ele, no máximo, aparecia uma vez ou outra para mandá-los calar a boca.

Enji Todoroki, de fato, ensinou Shoto a tocar piano. Com surras e castigos deploráveis quando ele errava qualquer lição, horas na frente do piano. Antes de conhecer Katsuki Bakugou, Shoto mal podia encarar um piano.

Katsuki Bakugou era outra longa história. E começava ainda antes de Toya ser expulso de casa.

Quando Shoto ainda era um adolescente quase sem sonhos, aos 17 anos, seu irmão começou a ter diversas brigas com seu pai, revoltado com absolutamente tudo o que acontecia em casa. Shoto não entendia o sentimento dele, ele mal podia sentir algo além do vazio, quiçá raiva. Mas Toya sentia e, como todos os irmãos Todoroki, culpava o pai pela morte solitária e doente da mãe. Pelo menos, Shoto pensou que era só isso na época.

Um dia, ele reparou que seu irmão estava fugindo de casa no meio da noite. E assim toda semana, toda sexta, Toya saia escondido de casa e voltava no dia seguinte, pontualmente às 5 da manhã. Curioso, ele seguiu o irmão, certa vez. E essa foi a melhor decisão de toda a sua vida.

Acontece que Toya ia para uma boate. Uma boate cheia de luz e com gente muito diferente do círculo de amigos de seu pai. Muito bem escondido, ele até que conseguiu entrar, mas se destacava facilmente lá dentro com seu suéter bem feito e as calças de tecido chique. Além, claro, da cicatriz feita durante um dos surtos de sua mãe. Ele atraía diversos olhares daquelas pessoas que ele nunca vira, com vestimentas chamativas que ele só pensou ver em programas de comédia. E, no meio daquilo tudo, estava Toya, com roupas não menos chamativas e maquiagem em seu rosto e Shoto só conseguiu pensar no quanto seu pai reprovaria a roupa dele, o lugar e todas aquelas pessoas. Toya gritava animado para o palco, aplaudindo uma...pessoa que dançava no palco, com asas vermelhas presas em suas costas e uma coreografia que cansava o jovem só de olhar.

Se aproximou, meio hesitante. Toya o encarou.

— Eu vi você me seguindo, mas não achei que fosse mesmo entrar. Corajoso, mas não devia estar aqui. — seu irmão comentou com o tom gentil que sempre usava com ele, o batom preto se destacando enquanto os lábios se moviam.

Shoto ainda estava perplexo.

Não sabia o que pensar, então só falou a primeira coisa que passou pela sua cabeça:

— Papai não ia te querer aqui, ou vestido assim. Ele odiaria esse lugar e essas pessoas e as roupas.

Antes que Toya respondesse, um desconhecido de gênero até então indefinido para Shoto falou:

— E você, o que você pensa do lugar? Não sabe pensar por você mesmo, Riquinho?

E assim foi seu primeiro encontro com Katsuki Bakugou. E esse foi apenas o primeiro balde de água fria que ele jogou em sua cara para lhe acordar.

Katsuki estava montado, muita maquiagem e um belo vestido demarcando sua curvas, um salto alto que marcava o movimento de seu quadril enquanto ele subia ao palco e se apresentava.

Ele parecia brilhar no palco, como se estivesse em seu habitat natural, como se pertencesse àquele lugar.

Naquele dia, Shoto ficou até o fim no lugar, conhecera Hawks, o já namorado de seu irmão, aquele que se apresentava no momento em que ele chegou, Katsuki Bakugou, a drag queen com a língua mais afiada e a personalidade mais agressiva da cidade (segundo seu irmão), e também Mina e Ochaco, o casal lesbico mais adorável, feminino e estiloso de todo o país (segundo o próprio Shoto).

Foi, com certeza, muita informação. Então seu irmão era gay, tinha um namorado e amigos… que tipo de amigos eram aqueles?

Shoto foi ao local mais duas vezes com o irmão, antes do fatídico dia no qual deram de cara com Enji Todoroki os esperando na porta ao chegar. Toya foi expulso de casa e Shoto só permaneceu porque fora “aliciado pelo irmão”, além de “não estar cometendo nenhuma abominação grotesca”, nas palavras de Enji Todoroki. Shoto não achava que ter um namorado era uma abominação grotesca. Na verdade, depois de reencontrar Katsuki em diversas roupas diferentes, maquiagens diferentes e os mais diversos sorrisos terem cruzado aquele rosto, ele achava a ideia até tentadora.

Com o tempo, ele também pôde se encontrar mais e mais. Conheceu pessoas trans binárias e não binárias, fez amigos, algo bastante inédito em sua vida até então e conheceu a não-binariedade em primeira mão. Shoto conseguiu entender aquele sentimento de diferença que teve durante toda a infância, de pertencer demais a dois lugares e ao mesmo tempo não pertencer a lugar nenhum.

O sentimento esmagador de não ser “exatamente” algo, o desconforto no próprio corpo que ele sempre pensou ser apenas culpa da cicatriz, o incômodo que o próprio nome o causava às vezes e como incomodava marcar seu gênero como masculino em qualquer lugar. Foi confuso entender aquela desconformidade com o que era considerado normal. Com pouco tempo foi fácil perceber que ele é uma pessoa trans, mas demorou para entender o que era exatamente.

Ele sabia que não era um homem. O que automaticamente já o fazia trans. Mas também não se sentia uma mulher. Quer dizer, também. Mas não. Não só isso. Demorou anos até que entendesse que era não-binário, e daí a entender o que exatamente ele era, até porque “Não-binárie” era apenas um termo guarda-chuva para aqueles que não se identificavam exclusivamente dentro do sistema binário de gênero (homem ou mulher). Claro, ele não era obrigado a se classificar entre nada, mas ele queria. Ele queria aquele rótulo, queria erguer aquela bandeira e encontrar mais pessoas que fossem como ele. E então, após pesquisas e mais pesquisas, ele se entendeu bigênero. Se sentia homem e mulher ao mesmo tempo, o tempo todo. Não se importava com pronomes ou estilos de roupas. Mas, infelizmente, tinha bastante disforia, aquele sentimento horrível de não pertencer ao próprio corpo, de não estar confortável, como se vestisse uma pele que não era sua. E Shoto sequer sabia o que exatamente queria mudar. O que, de fato, o incomodava? Não sabia. Alguns dias era mais confortável, a disforia diminuía e ele estava feliz. Outros dias era ruim. Não havia um padrão.

E enquanto tudo isso acontecia quem estava ao seu lado, além de seu irmão, era Katsuki. Nem ele sabia explicar o que criou aquela amizade, mas gritando e xingando o tempo todo, lá estava Katsuki. O primeiro beijo aconteceu quase acidental. Shoto estava no camarim da boate, seu irmão havia acabado de sair para organizar os últimos detalhes de sua apresentação na noite e Shoto estava testando maquiagens com o homem loiro. Ele só queria saber se se sentia confortável de maquiagem, qual seria a sensação. Então Katsuki fez a própria pele e a parte dos olhos antes de ir trabalhar no rosto de Shoto, onde ele pretendia destacar a cicatriz com glitter, sombras, bijuterias e desenhos, ao invés de escondê-la.

Assim, tão perto do rosto um do outro, eles se beijaram. Ninguém soube dizer quem fez o primeiro movimento. Só se beijaram, como se fosse certo, como se esperassem por isso há tanto tempo.

E, depois daquele dia, eles se aproximaram cada vez mais. Shoto sabia que Katsuki era um homem demissexual e panromantico, o que significava que, se ele sentia desejo por Shoto, então provavelmente gostava dele. Katsuki nunca tinha dito uma declaração em voz alta, justamente porque sabia que sua atração já era prova suficiente, além de ser muito orgulhoso e ter um enorme problema em experienciar e demonstrar afeto (graças a alguns traumas familiares, o que era mais uma coisa que os dois tinham em comum). Na verdade, com sua personalidade, se importar, apoiar e estar este tempo todo ao lado de Shoto, de verdade, já era prova suficiente.

Assim, Shoto pôde finalmente se conhecer melhor ao longos dos anos. Hoje, aos 28 anos, ele sabia que era uma pessoa não-binária, bigênero, homossexual/homorromântico. E, tinha o prazer de dizer que namorava um homem (que às vezes trabalhava como drag queen) panromântico e demissexual, chamado Katsuki Bakugou.

O que os levava ao dia de hoje. Shoto tocou as últimas notas de Over the rainbow segurando as lágrimas nos cantos de seus olhos, sabendo que a hora do show era agora.

Era a hora de entregar o presente de natal de Enji Todoroki.

E, obviamente, todos os seus filhos tinham que estar presentes, afinal, é Natal.

Shoto começou os acordes de Born this way, da Lady Gaga. Como os presentes em sua maioria eram idosos à beira da morte se agarrando à vida pelo dinheiro além de cis/héteros/allo japoneses fechados em escritórios, muitos não reconheceram o toque suave. Mas Enji Todoroki jamais confundiria a voz de seu filho Toya.

Toya Todoroki entrou no salão em saltos altíssimos e um vestido rosa bebê, montado como Dabi, a drag queen que se apresentava nas noites em clubes LGBT+, acompanhado de Fuyumi, de mãos dadas. Seu irmão cantava uma versão calma, doce e ao mesmo tempo forte e determinada da música enquanto o acompanhava no piano. Notou muito mais amigos encheram o salão. Seu pai teria um ataque do coração.

Não era bem assim que Shoto planejava sair do armário, mas foi o que aconteceu.

Há algum tempo, conversando com, surpreendentemente, a grande quantidade de amigos que ele fez e conseguiu manter graças à Katsuki (era uma outra surpresa que ele tivesse muitos amigos) e Toya, foi Keigo, também conhecido como a drag queen Hawks, o namorado de Toya, que deu a ideia. Saiu como um “Imagina se você se assumisse num jantar de negócios super importante?” Foi quase uma brincadeira, mas então Katsuki se animou, Mina fez planos, Toya decidiu que queria aparecer e cantar Born this way, Izuku e seu namorado Eijiro (melhores amigos de Katsuki) se ofereceram pra juntar os amigos da academia de Muay Thai para evitar qualquer problema com os seguranças e, de alguma forma, deixou de ser uma brincadeira de Keigo chapado para se tornar um show fabuloso, e estava acontecendo ali diante de seus olhos.

Ele sabia que aquela não era uma atitude muito madura ou profissional, na verdade era muito parecida com a de um adolescente. Mas Shoto achava que passou tempo demais preso numa vida profissional e madura. Ele nunca pôde ser criança quando era criança, pois perdeu a mãe aos 8 anos. E muito menos pôde ser adolescente na adolescência, pois seu pai jamais o permitiu, preparando-o para seguir seus passos. Shoto, naquele momento, sentia que podia se dar o direito de ser um adolescente, ao menos um pouco.

Além disso, ele tinha todo o plano: sabia que seu pai não ia fazer daquilo um escândalo maior, mas não permitiria ir muito longe, então ele iria se assumir depois da música e ir embora, curtir o resto de seu Natal com a família que o apoiava e amava de verdade. Se Natsuo não queria fazer parte dela e ficaria do lado de seu pai, era uma pena. Ele, ao menos, realizaria seu sonho de superar Shoto que, nas suas palavras, “como o caçula da família jamais deveria ser cogitado como o sucessor”, então seu irmão ficaria bem. Na medida do possível em que se pode ficar bem na companhia de Enji Todoroki.

Não havia a mínima desvantagem em perder seu emprego, já que já tinha uma ótima oportunidade em Londres na empresa de Momo, a sua melhor amiga, que conheceu durante uma viagem de negócios com as mais diversas pessoas com seu pai e era uma lésbica assumida que namorava Jirou, mais uma parte de sua verdadeira família que estava ali hoje.

Shoto mal podia acreditar em todos os amigos que ele fez ao longo da vida e estavam ao seu lado para apoiá-lo agora. Era mágico finalmente sentir que pertencia a algum lugar, que era amado de verdade. Não se sentia mais tão sozinho..

Seu olhar correu pelo salão quando Toya terminou de cantar, procurando Katsuki. Para sua surpresa, ele estava de terno, se destacando na multidão ao ir em direção a ele. Não era bem o plano, não era para ele estar de terno, mas tudo bem, depois poderia perguntar a ele.

Todavia, o número de perguntas que queria fazer aumentou quando Toya entregou o microfone a Katsuki e seu namorado se ajoelhou.

O coração de Shoto acelerou de uma forma que ele nem achava ser possível. Bakugou não estava fazendo o que ele achava que estava fazendo, né?

— Shoto, eu não sou o melhor com as palavras, você sabe disso. — Ele começou — Você também não é, na verdade.. — Shoto riu, vendo uma veia pulsar na testa de seu pai, visivelmente tremendo de ódio. — Começar a terapia nos ajudou muito, mas ainda temos defeitos, temos problemas, e eu sei que sou tão insuportável quanto você. Mas às vezes, quando a noite cai e é tudo silencioso, nas raras vezes em que podemos dormir juntos e eu estou nos seus braços, seu cheiro espalhado por todo o cômodo, na cama, nos lençóis, na minha roupa, o único barulho que eu consigo ouvir é o meu coração acelerado, porque até sua respiração é tão calma. E, porra, eu queria congelar esses momentos e ficar ali pra sempre. Eu sou estupidamente apaixonado por você. Sou completamente gado e boiolinha por você. Tenho todo orgulho do mundo pela pessoa foda que você se torna a cada dia. Eu amo você. Agradeço a sua mãe por você ter nascido e tenho certeza que essa foi uma das únicas coisas boas das quais seu pai participou. E que se foda ele! Odeio seu sobrenome. — Katsuki bufou de forma agressiva, e, em seguida, corou. — Que tal usar o meu a partir de agora?

Shoto tinha em mente todo um discurso para seu pai. Um discurso sobre ele mesmo, sobre família, sobre seu pai, sobre seus amigos e tudo o que ele descobriu no mundo fora dos portões de sua casa, sobre Katsuki e o amor arrebatador que sentia por ele mesmo que isso não ficasse tão claro em sua superfície para a maioria das pessoas. E tudo se apagou, fugiu de sua mente. A expressão estóica não engoliu as lágrimas suaves que rolaram de seus olhos e ele sorriu, resumindo seu grande discurso em:

— Pai, eu sou uma pessoa transgênero não binária, bigênero e homossexual. Não se incomode com pronomes, eu também não me importo com eles. — ele respirou fundo. — Além disso, eu amo um homem chamado Katsuki Bakugou… — Shoto deixou o sorriso crescer em seus lábios quando o de Katsuki despontou nos dele. — E eu vou me casar com ele.

Katsuki arrancou Shoto do banco do piano e o abraçou forte. Eles trocaram um beijo cheio de significados. Um beijo que parecia parabenizar Shoto por finalmente tirar esse peso de seus ombros de uma vez, e dar as boas vindas a uma vida inteira pela frente sendo ele mesmo ao lado da pessoa que o ajudou nesse caminho de autoconhecimento e sempre esteve ao lado dele com todos os defeitos. Noivar com Katsuki Bakugou na frente de seu pai. Se gravassem a cena e voltassem ao Shoto de 17 anos para mostrar, ele pediria para a pessoa explicar que nível de tecnologia era aquele que eles teriam no futuro capaz de fazer tudo isso, e que tipo de mente criativa bolaria tal estória inverossímil. Ele diria que era inconcebível. Mas ali estava ele. Vendo TetsuTetsu, Kirishima e Midoriya se aproximarem lentamente de seu pai tentando mantê-lo no lugar de forma discreta quando ele ameaçou se levantar. Era hora de ir embora.

Entregue o presente de Natal de Enji Todoroki, as pessoas que estavam ali em apoio a Shoto saíram gritando, pegando as bebidas e comidas que eram oferecidas aos convidados da festa.

Shoto riu. Era uma família cheia de diversidade e meio estranha, mas era a família que ele teve a chance de escolher e que cuidava dele de verdade, então estava tudo bem.

Olhou de relance para Bakugou ao seu lado, sorrindo. A aliança dourada pesando em seu dedo o fez ter ainda mais certeza de cada escolha de vida que fez que o levou até aquele momento, na companhia de sua família verdadeira.

12 Avril 2020 17:11 0 Rapport Incorporer Suivre l’histoire
4
La fin

A propos de l’auteur

Luray Armstrong Oiii Sou não binário e pansexual. Pronomes masculinos: ele/dele. Obrigado! Viciado em: SasuNaru, KiriBaku, WangXian. No meu perfil você encontra fics de Naruto, BNHA, PJO e em breve MDZS. Sejam bem viad0s! arte do perfil: Nathy Maki

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